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TÉCNICO ENFERMAGEM
TERAPIA INTENSIVA
MARILIA – SP
HISTORIA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
As doenças são inúmeras o que torna muito difícil a compreensão de todas elas. Porém,
os mecanismos de morte são poucos e comuns a todas as doenças. É atuando
diretamente nos ditos mecanismos de morte que o médico intensivista tira o paciente de
um estado crítico de saúde com perigo iminente de morte, pondo-o numa condição que
possibilite a continuidade do tratamento da doença que o levou a tal estado (doença de
base).
Infarto
Desconforto respiratório
Acidente vascular cerebral
Hipotensão arterial refratária.
Ainda é função da UTI amenizar sofrimento tais como dor e falta de ar, independente do
prognóstico.
É muito importante tanto para o paciente como para família compreender a UTI como
etapa fundamental para superação da doença, porém tão importante é aliviar e
proporcionar conforto independente do prognóstico. A equipe está orientada no respeito
a dignidade e autodeterminação de cada pessoa internada, estabelecendo e divulgando a
humanização nos seus trabalhos, buscando amenizar os momentos vivenciados através
do paciente e família. A UTI é sem dúvida muito importante para o avanço terapêutico,
porém impõe nova rotina ao paciente onde há separação do convívio familiar e dos
amigos, que pode ser amenizada através das visitas diárias. Outro aspecto importante é a
interação família-paciente com a equipe, apoiando e participando das decisões médicas.
Equipamentos
Cada leito contém monitores cardíacos, cama elétrica projetada, oximetria de pulso e
rede de gases. Dentre os principais equipamentos utilizados em UTI estão:
Termômetro
Oxímetro de pulso: Equipamento que possui sensor óptico luminoso o qual é
colocado no dedo. Através da determinação da coloração sanguínea capilar,
verifica a taxa de saturação do oxigênio designada Saturação de O2, ou seja,
mede indiretamente a oxigenação dos tecidos de maneira contínua.
Eletrocardiográfico, com frequência cardíaca e medida intermitente de pressão
arterial. Situa-se na cabeceira do leito e é conectado ao paciente através de
eletrodos descartáveis no tórax.
Monitor de pressão arterial
o Não-invasivo (Esfigmomanômetro)
o Invasivo (por punção arterial em geral a radial)
Capnógrafo
Monitor Cardíaco - Efetua o controle do débito cardíaco
o Swan-Ganz
Sonda naso-enteral: quando ocorre dificuldade da ingestão dos alimentos, é
introduzida sonda maleável de baixo calibre na narina até o duodeno, porção
após o estomago. Dietas especiais designadas Dietas Enterais, são mantidas em
infusão contínua dando aporte necessário de calorias, proteínas e eletrólitos. As
Dietas especiais dispensam as dietas convencionais, podendo o paciente utilizá-
las por longo período.
Sonda vesical - Em pacientes inconscientes ou que necessitam controle rígido da
diurese (volume urinário), é necessário introduzir sonda na uretra (canal
urinário) até a bexiga. A sonda é conectada em bolsa coletora que fica ao lado do
leito em locais baixos.
Máscara e cateter de oxigênio - São dispositivos utilizados para fornecer
oxigênio suplementar em quadros de falta de ar. O cateter é colocado no nariz e
a máscara próxima a boca com finalidade de nebulizar umidificando e ofertando
O2. Em geral são dispositivos passageiros e retirados após melhora dos quadros
dispneicos (falta da ar).
Cateter Central - O cateter é chamado de central em decorrência de estar
próximo ao coração. Fino, da espessura de uma carga de caneta, é introduzido
através do pescoço ou no tórax (infraclavicular – abaixo da clavícula). Permite
acesso venoso rápido e eficaz. Sua permanência pode variar de semana a meses.
É indolor.
Tubo orotraqueal - Trata-se de tubo plástico, maleável, de diâmetro aproximado
de 0.5 a 1.0 cm e é introduzido na traqueia sob anestesia e sedação. Permite a
conexão do ventilador mecânico com os pulmões. A permanência pode ser de
curta duração, até horas, ou semanas. Caso não possa ser retirado e com previsão
maior de duas semanas, poderá ocorrer possibilidade de traqueostomia e
inserção da cânula baixa permitindo ao paciente maior conforto e até alimentar-
se.
Ventilador Mecânico - Aparelho microprocessado valvular que permite a
entrada e saída do ar dos pulmões, oxigenando-os e mantendo estabilidade e
segurança do sistema respiratório. Os equipamento modernos permitem maior
interação entre paciente-ventilador com seu comando ou não. Apesar das
inúmeras vantagens e em vários casos obrigatórios, estabelece interrupção da
fisiologia normal respiratória, favorecendo infecções pulmonares designadas
“pneumonias do ventilador”. O processo de retirada do ventilador mecânico é
chamado de desmame ventilatório, que é gradual.
Patinho (ou "Cumpadre") - É usado para pacientes homens conscientes e lúcidos
urinarem por vontade própria. Pode ser usado até mesmo com o paciente em pé
(como se fosse uma espécie de "mictório portátil"). Necessita da ajuda de um
enfermeiro ou de uma enfermeira, mas é um método muito importante para
ajudar a manter a fralda do paciente limpa e para fazer o paciente se
movimentar.
Técnicas
Todos os órgãos e sistemas são avaliados diariamente nos pacientes internados nas
UTIs. Após avaliação clínica, são solicitados exames de rotina como:
ELETROCARDIOGRAMA
ELETROCARDIOGRAMA
Não existe preparo específico. Nos homens com muito pelo no tórax pode ser necessária
a realização de tricotomia (corte de pelos) para fixação dos eletrodos.
Onda P
Corresponde à despolarização atrial, sendo a sua primeira componente relativa à
aurícula direita e a segunda relativa à aurícula esquerda, a sobreposição das suas
componentes gera a morfologia tipicamente arredondada (excepção de V1)[não se
encontra explicação sobre o que vem a ser V1], e sua amplitude máxima é de 0,25 mV.
Tamanho normal: Altura: 2,5 mm, comprimento: 3,0 mm, sendo avaliada em DII.
A Hipertrofia atrial causa um aumento na altura e/ou duração da Onda P.
Complexo QRS
Corresponde a despolarização ventricular. É maior que a onda P pois a massa muscular
dos ventrículos é maior que a dos átrios, os sinais gerados pela despolarização
ventricular são mais fortes do que os sinais gerados pela repolarização atrial.
Anormalidades no sistema de condução geram complexos QRS alargados.
Onda T
Corresponde a repolarização ventricular.
Normalmente é perpendicular e arredondada.
A inversão da onda T indica processo isquêmico.
Onda T de configuração anormal indica hipercalemia.
Arritmia não sinusal = ausência da onda P
Onda U
A onda U, nem sempre registrada no ECG, corresponde a repolarização dos Músculos
Papilares.
Onda T atrial
A onda T atrial, geralmente não aparece no ECG, pois é "camuflada" pela
Repolarização Ventricular. Ela corresponde a Repolarização Atrial, e quando aparece
possui polaridade inversa a onda T - Repolarização Ventricular.
Intervalo PR
É o intervalo entre o início da onda P e início do complexo QRS. É um indicativo da
velocidade de condução entre os átrios e os ventrículos e corresponde ao tempo de
condução do impulso elétrico desde o nódo atrioventricular até aos ventrículos.
O espaço entre a onda P e o complexo QRS é provocado pelo retardo do impulso
elétrico no tecido fibroso que está localizado entre átrios e ventrículos, a passagem por
esse tecido impede que o impulso seja captado devidamente, pois o tecido fibroso não é
um bom condutor de eletricidade.
Período PP
O Intervalo PP, ou Ciclo PP. É o intervalo entre o início de duas ondas P. Corresponde a
frequência de despolarização atrial, ou simplesmente frequência atrial.
Período RR
O Intervalo RR ou Ciclo RR. É o intervalo entre duas ondas R. Corresponde a
frequência de despolarização ventricular, ou simplesmente frequência ventricular.
Riscos
O exame não apresenta riscos. Eventualmente podem ocorrer reações dermatológicas
em função do gel necessário para melhorar a qualidade do exame.
Técnica
Para se realizar o exame eletrocardiograma (ECG), o cardiopneumologista (CPL)
(Também designado por técnico de cardiopneumologia) deve inicialmente explicar ao
paciente cada etapa do processo. O ambiente da sala deve estar com temperatura
agradável (nem muito quente nem muito frio). O paciente deve estar descansado há
pelo menos 10 minutos, sem ter fumado tabaco há pelo menos 40 minutos e estar
calmo. Deve ser investigado quanto ao uso de remédios que esteja usando, ou que
costume usar esporadicamente.
Com o paciente em decúbito dorsal, palmas viradas para cima, o técnico determina a
posição das derivações precordiais (V1 a V6) corretas; em seguida é colocado o gel de
condução nos locais pré-determinados, como sendo a zona precordial, e membros, são
conectados aos eletrodos do eletrocardiógrafo. Às vezes é necessário uma tricotomia
(corte dos pelos) em parte do precórdio, principalmente em homens. É então registrado
o eletrocardiograma de repouso. Os sinais elétricos podem ser vistos com
um osciloscópio, mas geralmente são registrados em papel quadriculado. Correntemente
existem eletrocardiógrafos digitais, com relatório automático. No entanto deve ter-se
sempre em conta que esses resultados devem ser analisados pelo cardiologista, pois
muitas vezes esses aparelhos têm erros no algoritmo de diagnóstico.
DERIVAÇÕES DO ECG
Todo esse percurso do impulso elétrico é captado e interpretado pelo eletrocardiograma através de
traçados. As várias posições dos eletrodos são usadas para captar diferentes ângulos do coração,
como se fossem várias câmeras voltadas para cada uma das partes do órgão.
O ECG habitual possui 12 derivações, que são como 12 ângulos diferentes que acompanham
simultaneamente a propagação da atividade elétrica. Estas 12 derivações cobrem boa parte do tecido
cardíaco. São chamadas de: D1, D2, D3, aVR, aVL, aVF, V1, V2, V3, V4, V5 eV6.
Exemplos: a parede inferior do ventrículo pode ser avaliada pelas derivações D2, D3 e aVF; a
parede anterior por V1 a V4 e a parede lateral alta por D1 e aVL. Portanto, uma alteração da
condução elétrica que se repete nas derivações D2, D3 e aVF, por exemplo, indica algum problema
na região inferior do ventrículo.
RESULTADOS DO ELETROCARDIOGRAMA
É impossível explicar todas as alterações possíveis de um ECG. Porém, posso indicar quais são os
valores normais e as alterações mais comuns.
Um eletrocardiograma normal apresenta as seguintes informações:
– Frequência cardíaca entre 60 e 100 batimentos por minuto.
– Onda P presente, indicando ritmo sinusal. A onda P normal costuma ter menos de 0,12 segundos
de duração.
– Intervalo PR tem duração entre entre 0,12 e 0,20 segundos.
– Complexo QRS tem duração entre 0,06 e 0,10 segundos.
– Eixo elétrico normal situa-se entre -30º e +90º.
ALTERAÇÕES COMUNS NO ECG
1- Bloqueios de ramo
Bloqueio de ramo esquerdo (BRE): significa que a condução elétrica está comprometida no ramo
nervoso que conduz o impulso elétrico para o ventrículo esquerdo.
O ramo esquerdo bifurca-se em ramo anterior esquerdo e ramo posterior esquerdo. Por isso, se
apenas uma parte do ramo estiver comprometida, são possíveis também os diagnósticos
de hemibloqueio anterior esquerdo (HBAE) ou hemibloqueio posterior esquerdo (HBPE).
Bloqueio do ramo direito (BRD): significa que a condução elétrica está comprometida no ramo
que conduz o impulso elétrico para o ventrículo direito. O ramo direito não bifurca, portanto só
existe este um tipo de BRD.
Hemibloqueio anterior esquerdo (HBAE) + Bloqueio do ramo direito (BRD): é uma situação
que significa que a transmissão dos impulsos elétricos para o ventrículo está sendo feita apenas por
metade do ramo esquerdo (apenas pelo ramo posterior esquerdo). Este é um paciente que está
próximo de perder a condução elétrica para os ventrículos.
Os bloqueios de ramo são comuns em pacientes com doença isquêmica cardíaca. Geralmente
ocorrem em pessoas que já tiveram um infarto e/ou que tenham insuficiência cardíaca (
2- Desvio do eixo elétrico
O eixo elétrico normal varia entre -30º e 90º.
Se o eixo estiver entre -30º e -90º dizemos que há um desvio do eixo para esquerda. As principais
causas são o BRD, hipertrofia do ventrículo esquerdo, enfisema pulmonar, síndrome de Wolff-
Parkinson-White
Se o eixo elétrico estiver entre 90º e 180º há um desvio do eixo para direita. As principais causas
são o BRE, o infarto prévio e a hipertrofia do ventrículo direito. Assim como o desvio para a
esquerda, o desvio para a direita também pode surgir em pessoas sem doenças do coração.
3- Arritmia sinusal
Apesar do nome arritmia assustar, a arritmia sinusal é uma condição benigna que ocorre
frequentemente em jovens. Geralmente é uma alteração do ritmo cardíaco provocada pela
respiração. Como é sinusal, indica que apesar do ritmo irregular, o impulso elétrico está sendo
gerado corretamente pelo nodo sinusal. É um alteração que costuma desaparecer com o tempo.
4- Extra-sístoles
Extra-sístoles são batimentos cardíacos isolados fora do ritmo. Nestes casos o coração bate
regularmente, mas de repente surge um batimento isolado inesperado. A extra-sístole é chamada
supraventricular se o foco deste batimento anômalo surgir em algum ponto do átrio (fora do nodo
sinusal) e extra-sístole ventricular se o foco anômalo surgir em algum ponto do ventrículo.
Extra-sístoles isoladas costumam não ter nenhum significado clínico. Se forem frequentes, podem
causar sensação de palpitação. Nestes casos a causa deve ser investigada.
5- Alterações na repolarização ventricular
Alteração da repolarização ventricular é uma achado também relativamente comum. São alterações
na onda T do eletrocardiograma e podem estar presentes no caso de hipertensão arterial, estenose da
válvula aórtica ou na isquemia cardíaca.
Porém, quando o laudo vem descrito como alterações inespecíficas na repolarização ventricular,
geralmente o quadro não tem significado clínico. As alterações da onda T que sugerem doença
cardíaca têm uma aparência característica que permite distingui-las das alterações inespecíficas, sem
valor clínico.
6- Fibrilação atrial
A fibrilação atrial (FA) é um arritmia comum, principalmente em idosos. A FA é um ritmo não
sinusal, onde ocorre uma geração caótica de estímulos elétricos por todo o átrio, fazendo com que o
mesmo não consiga se contrair. O átrio fica tremendo, como se estivesse em convulsão. Como
existe o nodo atrioventricular, esses impulsos caóticos são abortados antes de chegar ao ventrículo.
Portanto, o paciente não apresenta onda P, o ritmo cardíaco é irregular, mas o QRS é normal.
7- Hipertrofia ventricular esquerda (HVE)
Também chamada de sobrecarga ventricular esquerda, a HVE é um aumento da massa muscular do
ventrículo esquerdo provocado pelo esforço do coração em bombear sangue nos pacientes com
hipertensão arterial.
A hipertrofia ventricular esquerda costuma ter com sinais o aumento da amplitude do complexo
QRS, uma alteração da onda T e desvio do eixo elétrico para a esquerda.
PAPEL DO ELETROCARDIOGRAMA NO INFARTO DO MIOCÁRDIO
O eletrocardiograma, por ser barato e de fácil acesso, é o primeiro exame realizado nos pacientes
que se apresentam com queixas de dor no peito. Há vários achados que podem indicar uma doença
isquêmica, entre eles, elevação do segmento ST (supra desnivelamento do segmento ST), redução
do segmento ST (infra desnivelamento do segmento ST), ondas T invertidas ou ondas T apiculadas.
O sinal mais clássico de infarto ao ECG é o supra desnivelamento do segmento ST, chamado infarto
com supra. Porém, é importante destacar que nem todo infarto se apresenta com achados no
ECG. Um eletrocardiograma normal não é suficiente para descartar um infarto! Se o
paciente tem dor no peito e, principalmente, se tiver fatores de risco, como idade acima de 50 anos,
obesidade, diabetes, hipertensão, tabagismo, etc., deve-se colher análises de sangue (geralmente
doseamento da troponina) para melhor investigar um possível quadro de infarto.
AULA 3
VENTILAÇÃO MECANICA
Na medicina, a ventilação mecânica é o método de substituição da ventilação normal.
A ventilação mecânica, ou suporte ventilatório, consiste em um método de tratamento
para pacientes com insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada. Tem por
objetivos, além da manutenção das trocas gasosas, ou seja, correção da hipoxemia e da
acidose respiratória associada à hipercapnia: aliviar o trabalho da musculatura
respiratória que, em situações agudas de alta demanda metabólica, está elevado; reverter
ou evitar a fadiga da musculatura respiratória; diminuir o consumo de oxigênio, dessa
forma reduzindo o desconforto respiratório; e permitir a aplicação de terapêuticas
específicas.
Em certa época a VM era utilizada somente em procedimentos de emergência em
reanimação ou, em última instância, no tratamento do paciente crítico, hoje a ventilação
pulmonar mecânica é um método de suporte respiratório ao paciente, podendo ser
utilizada até mesmo preventivamente (VNI) porém, não constituindo uma terapia
curativa. Porém, o emprego da ventilação mecânica implica riscos próprios, devendo
sua indicação ser prudente e criteriosa, e sua aplicação cercada por cuidados específicos.
Classificação
Para tanto, existem alguns fatores que devem ser controlados durante a VM:
FiO2 (concentração de oxigênio): necessária para manter uma taxa arterial de
oxigênio (PaO2) adequada. O FiO2 inicial em qualquer paciente que é
introduzido na ventilação mecânica deve ser de 100%. Esse valor deve ser
alterado de acordo com a evolução do paciente até alcançar os valores de oferta
de O2 em ar ambiente, que é de 21%.
Volume corrente (VC): é o volume de ar que deve ser administrado ao paciente
em cada ciclo respiratório. O volume ideal para cada paciente é calculado
multiplicando o peso aproximado do paciente por 6-8.
Fluxo inspiratório (V): é a velocidade em que o ar será administrado. Quanto
maior o fluxo maior a velocidade que o volume corrente será administrado. O
fluxo deve ficar entre 40 e 60 L/min.
Frequência respiratória (FR): é a quantidade de ciclos respiratórios realizados em
um minuto. São resultado do tempo inspiratório (Ti) e o tempo expiratório (Te).
A Fr deve ser programada de acordo com a necessidade do paciente, sendo
reduzida até que o ventilador não seja o responsável pelos disparos de cada ciclo.
Tempo inspiratório (Ti): é o tempo em que ocorre a insuflação do pulmão.
Depende dos valores do fluxo. Quanto maior o fluxo, menor será o Ti.
Tempo expiratório (Te):é o tempo de desinsuflamento pulmonar. Pode ser
definido pelas necessidades metabólicas do paciente como através da
programação prévia do ventilador.
Relação I:E: é a relação entre o tempo inspiratório e o tempo expiratório. Em
geral, o valor normal da relação I:E é de 1:2, podendo ser alterado de acordo com
a necessidade do paciente. Contudo, o tempo inspiratório nunca deve ser maior
que o tempo expiratório.
PEEP: é a pressão expiratória final que fica dentro do alvéolo. Quando um
paciente está em um ventilador mecânico, é necessário que a PEEP seja mantida
para evitar o colabamento dos alvéolos. O valor fisiológico da PEEP é de 5
cmH2O e esse deve ser o valor programado no ventilador.
Pressão inspiratória: é a pressão máxima que deve ser exercida internamente na
caixa torácica, esta não deve ultrapassar o valor de 40 cmH2O.
Sensibilidade: nível de pressão ou fluxo predeterminado que deve ser atingido
para que seja feito o disparo que irá iniciar a inspiração. A sensibilidade permite
que o paciente entre em conjunto com a máquina nos disparos inspiratórios.
Quanto maior a sensibilidade, maior a facilidade do paciente realizar um disparo.
Volume minuto: é a quantidade de ar que foi administrado ao paciente durante
um minuto. É o produto do volume corrente pela frequência respiratória.
Ciclo ventilatório
O ciclo ventilatório durante a ventilação mecânica com pressão positiva pode ser
dividido em:
7 Modos ventilatórios
Parâmetros Ventilatórios
Disparo do Ventilador
Disparo a tempo
Disparo a pressão
Disparo a fluxo
Ciclagem do Ventilador
Ciclagem a volume
Neste modo de ciclagem o final da fase inspiratória é determinado pelo valor de volume
corrente ajustado. Há um sensor no aparelho que detecta a passagem do volume
determinado e desliga o fluxo inspiratório. A pressão inspiratória não pode ser
controlada e depende da resistência e da complacência do sistema respiratório do
paciente, de modo que este tipo de ventilação pode provocar barotrauma. Ao mesmo
tempo, este tipo de ventilação é bastante segura uma vez que garante o volume corrente
para o paciente, principalmente para aqueles em que se deve fazer um controle rigoroso
da PaCO2, como nos pacientes portadores de hipertensão intracraniana.
Ciclagem a pressão
A fase inspiratória é determinada pela pressão alcançada nas vias aéreas. Quando o
valor predeterminado é alcançado interrompe-se o fluxo inspiratório, independente do
tempo inspiratório ou do volume utilizado para se atingir esta pressão. Desta forma, este
tipo de ventilação também não garante um volume corrente adequado e pode ser
ineficaz caso haja grandes vazamentos de ar como nos casos de fístulas bronco-pleurais.
Os ventiladores ciclados a pressão são representados pela série Bird-Mark 7, 8 e 14,
possuindo como vantagens o fato de não dependerem da eletricidade e serem pequenos
e leves facilitando seu uso nos transportes de pacientes.
Ciclagem a tempo
Ciclagem a fluxo
Modos Ventilatórios
Controlado
Assistido/Controlado(AC)
Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada(SIMV)
Pressão de Suporte Ventilatória( PSV)
CPAP
BIPAP
AULA 4
REANIMAÇÃO CÁRDIO-PULMONAR
O diagnóstico do mecanismo de PCR exige imediata monitorização do ritmo cardíaco.
O reconhecimento precoce da modalidade ou mecanismo de PCR permite adequar o
tratamento e, consequentemente, melhorar a sobrevida da vítima.
Assistolia
Fibrilação Ventricular
Caracteriza-se por frequência cardíaca que pode oscilar entre 150 e 500 batimentos por
minuto, em que ondulações irregulares do tipo ziguezague substituem os complexos
QRS e as ondas T, com amplitudes e duração variáveis.
É um procedimento utilizado para converter um ritmo irregular e/ou rápido num ritmo
normal por meio de um choque elétrico no tórax.
A cardioversão elétrica está indicada nos pacientes com ritmos rápidos que
proporcionam risco de vida (taquicardia ventricular), quando esses causam sintomas
graves (desmaios, pressão baixa, angina, falta de ar importante) ou quando as
medicações falharam em restaurar o ritmo normal.
Em alguns casos, quando há risco de vida ou sintomas graves, a cardioversão elétrica é
realizada em caráter de urgência e preparo algum pode ser realizado.
Que cuidados devo tomar após a cardioversão elétrica? • Após cardioversão elétrica,
o médico conversará sobre as medicações que deverá tomar. Não se esqueça do
anticoagulante! (Deverá ser tomado por no mínimo 4 semanas). • Após o procedimento
poderá retornar para casa. Porém, não poderá dirigir durante 12 horas a seguir do
procedimento. • Você poderá sentir alguma dor/sensibilidade no tórax nos dias
subsequente à cardioversão. Utilizar analgésicos comuns (paracetamol, dipirona).
Desfibrilação
Ilustração de uma desfibrilação, com o operador próximo à cabeça, mas livre de contato
do paciente.
A desfibrilação é a aplicação de uma corrente elétrica em um paciente, através de
um desfibrilador, um equipamento eletrônico cuja função é reverter um quadro
de fibrilação auricular ou ventricular. A reversão ou cardioversão se dá mediante a
aplicação de descargas elétricas no paciente, graduadas de acordo com a necessidade.
Os choques elétricos em geral são aplicados diretamente ou por meio
de eletrodos (Placas metálicas, ou apliques condutivos que variam de tamanho e área
conforme a necessidade) colocados na parede torácica.
Em 1959 Bernard Lown iniciou as pesquisas em um desfibrilador com um banco
de capacitores que descarregava através de um indutorgerando uma onda senoidal na
descarga do circuito RLC chamada onda de Lown. O trabalho iniciado por Lown foi
colocado em prática pelo engenheiro Barouh Berkovits
Além dos desfibriladores tradicionais, onde um especialista (de preferência) averigua a
situação presente e ajusta o aparelho conforme a necessidade, há também os aparelhos
DEA (Desfibrilador Automático Externo), estes com a capacidade de fazer uma
avaliação das condições cardíacas do paciente e informar o utilizador se um choque
deve ser dado ou não, bem como também (eventualmente) dando os procedimentos para
reanimação na parada cardiorrespiratória
Desfibrilador
Equipamento utilizado na parada cardiorrespiratória com objetivo de restabelecer ou
reorganizar o ritmo cardíaco . O primeiro equipamento foi elaborado através de Claude
Beck em 1947 utilizado em intra-operatório ( desfibrilação interna ). Em 1956 o
médico Paul Zoll elabora a teoria e equipamento da desfibrilação externa. O
Desfibrilador Automático Externo (DEA), utilizado em parada cardiorrespiratória, tem
como função identificar o ritmo cardíaco "FV" ou fibrilação ventricular, presente em
90% das paradas cardíacas. Efetua a leitura automática do ritmo cardíaco através de pás
adesivas no tórax. Tem o propósito de ser utilizado por público leigo, com
recomendação que o operador faça curso de Suporte Básico em parada cardíaca.
Descarga: 200 J ( bifásico ) e 360 J ( monofásico ) em adultos. Crianças, acima de 8
anos - 100 J (redutor). Não há consenso na utilização de crianças com menos de 30 kg.
Hoje, são utilizados equipamentos em Unidade Emergencia e UTI, com cargas
monofásicas que variam de 0 a 360 Joules ou Bifásicas de 0 a 200J.
O DEA, Desfibrilador Automático Externo, é equipamento capaz de efetuar
desfibrilação com leitura automática, independente do conhecimento prévio do
operador.
Em muitos paises a aquisição e utilização dos aparelhos DEA é livre e incentivada,
pelas seguintes razões: -Em caso de paragem cardio-respiratória tem de ser aplicado de
imediato, não havendo tempo para chamar o 112/emergência; -Os DEA actuam
sozinhos/inteligentemente, aplicando o choque apenas se for estritamente necessário.
AULA 5
VISITA TÉCNICA AO PRONTO SOCORRO SANTA ANTONIETA
AULA 6
MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA
MONITORIZAÇÃO INVASIVA
A aferição do débito cardíaco ocorre por termo diluição, baseada nos princípios de
Stewart-Hamilton. Um líquido de temperatura diferente do sangue é injetado na via
proximal do cateter e um termistor localizado na ponta do cateter detecta a diferença de
temperatura do sangue e calcula o débito de forma intermitente. A fim de obter dados de
forma contínua sem necessidade de injeção de salina na via proximal e, assim, permitir
observar as tendências do débito, uma nova tecnologia que permite o aquecimento do
sangue na cavidade proximal por filamento elétrica ou mola térmica foi desenvolvida,
obtendo-se o débito cardíaco contínuo, apesar de um atraso de alguns minutos
necessários para obtenção das médias do débito.
Apesar de estudos terem mostrado que a monitorização por CAP não reduz
mortalidade6 mesmo quando seu uso está associado à terapia por metas, este método
continua sendo visto como padrão-ouro, com o qual todos os outros métodos de aferição
do débito cardíaco precisam ser comparados.
Outro dado que pode ser obtido é a saturação venosa mista de O2 (SvO2) através da via
distal do cateter, provavelmente o melhor indicador isolado de transporte global de
oxigênio. Baseado nesse dado, pode-se obter a DO2 (oferta de oxigênio), VO2 (consumo
de oxigênio) e percentual de shuntpulmonar. Todos estes dados, juntamente com os
dados pressóricos, podem ser obtidos simultaneamente, o que é uma vantagem sobre
outros tipos de monitorização.
É indubitável que a correta análise dos dados obtidos pelo CAP, incluindo aí sua correta
localização, fundamenta o diagnóstico e a terapêutica de pacientes hemodinamicamente
instáveis. Outrora muito utilizado nas fases precoces dos vários tipos de choque, após a
publicação de vários trabalhos retrospectivos e prospectivos que não demostraram
redução da mortalidade, seu uso foi abreviado e nos dias atuais somente pacientes em
choque com disfunção cardíaca e pulmonar não esclarecida parecem merecer seu uso.
Entretanto, é importante enfatizar que nenhum monitor hemodinâmico demostrou, com
o seu uso, uma redução inequívoca da mortalidade. Devemos considerar também o fato
de que terapias voltadas para metas somente surgiram nos últimos 11 anos. Portanto, em
pacientes selecionados, o CAP continua sendo de importância tanto diagnóstica quanto
terapêutica, uma vez que tenhamos a correta interpretação dos dados e que medidas
terapêuticas comprovadamente eficazes sejam utilizadas.
DOPPLER ESOFAGEANO
AULA
PRESSÃO INTRA-CRANIANA(PIC)
HIPERTENSÃO INTRA-CRANIANA(HIC)
AVALIAÇÃO NEUROLOGICA
Guastelli, Ribas e Rosa (2006) completam a definição, quando afirmam que a PIC
fornece informações importantes que precedem o aparecimento de sinais e sintomas de
descompensação (lesões secundárias), permitindo um tratamento precoce e eficaz.
Reis (2002) afirma que mais importante que a simples mensuração da PIC é o seu papel
na determinação da pressão de perfusão cerebral (PPC). Este parâmetro permite a
manutenção do fluxo cerebral em níveis adequados. Isto permite a abordagem ao
paciente baseado em dados objetivos e oferece a possibilidade de adequar o tratamento
as necessidades do paciente.
A PPC é calculada através do gradiente existente entre a pressão arterial média (PAM) e
a PIC, ou seja, uma aplicação da fórmula:
O valor aceitável da PPC é de 70 mmHg. Smith (1997) declara que valores de PPC
abaixo de 60 mmHg permite um suprimento sanguíneo para o encéfalo inadequado
levando a hipóxia neuronal e morte celular.
Guastelli, Ribas e Rosa (2006) explicam que o encéfalo normal tem a capacidade de
auto regulação do fluxo sanguíneo cerebral (FSC), assegurando um fluxo sanguíneo
constante ao encéfalo através dos vasos cerebrais. Em condições normais a circulação
encefálica se adapta as variações pressóricas arteriais para manter o FSC constante.
HIPERTENSÃO INTRACRANIANA
O fluxo sanguíneo cerebral tem relação direta com a RVC: FSC = PPC / RVC
Intraventricular;
Subaracnóide;
Subdural;
Epidural;
Intraparequimatoso.
A monitorização ideal é a intraventricular, pois permite a drenagem de LCR no
controle da hipertensão intracraniana e a recalibração do sistema com o cateter
em posição; porém nem sempre é possível acessar o ventrículo devido ao
edema ou à compressão. Nesse caso, opta-se pela posição
intraparenquimatosa, que passa a ser a técnica de primeira escolha.
Índice Cardíaco
Resistência Vascular Sistêmica
Resistência Vascular Pulmonar
As duas últimas estimativas acima são calculadas a partir das pressões e do índice
cardíaco.
Japiassú (2002) comenta que em 1960 Dr. Swan criou um cateter que permitia aferir as
pressões do átrio e ventrículo esquerdo, porém houve muita dificuldade na passagem do
cateter até a artéria pulmonar, causando algumas complicações nos pacientes como
arritmia e até perfuração do miocárdio; algum tempo depois Dr. Swan teve a ideia de
colocar um balonete na ponta, diminuindo a densidade do cateter e melhorando sua
passagem, alcançando a artéria pulmonar.
Após mais alguns anos Dr. Ganz sugeriu a ideia de um termostato na ponta do cateter
permitindo a mensuração do débito cardíaco, tornando-se o cateter que utilizamos
atualmente.
Neto, Laselva e Silva (2003) completam que inicialmente o uso do cateter estava
limitado aos pacientes cardíacos. E somente após a década de 70 sua utilização se
estendeu a um grande número de pacientes graves não cardíacos.
- Hipertensão pulmonar
- Choque séptico
- Insuficiência respiratória
- Hipertensão Intracraniana
A pressão por este método é medida através de um cateter introduzido na artéria, o qual
é conectado em uma coluna liquida. A medida da pressão é obtida através do transdutor
de pressão que faz a leitura; é obtida pressão sistólica, diastólica e média.
- Instabilidade hemodinâmica
- Doenças hemorrágicas
- Uso de anticoagulantes ou trombolíticos
Cintra (2003) afirma que o cateter arterial pode ser colocado na artéria radial, pediosa,
femoral ou axilar. A artéria radial é um vaso de escolha porque sua utilização tem sido
associada com menor número de complicações. A artéria braquial deve ser evitada
devido ao risco de tromboembolia do braço e antebraço. A artéria axilar e femoral são
os vasos mais calibrosos, porém com mais dificuldade de punção e maior potencial de
contaminação.
A linha arterial pode ser obtida por punção ou dissecção arterial. A punção é o
procedimento mais indicado, por permitir menor lesão da artéria; deixando a dissecção
somente para casos mais graves, após várias tentativas de punção sem sucesso.
É um procedimento de extrema importância em uma UTI. Indicado para pacientes mais
críticos, para controle rígido de pressão juntamente com drogas vasoativas. A pressão
por este método é medida através de um cateter introduzido na artéria, o qual é
conectado em uma coluna liquida. A medida da pressão é obtida através do transdutor
de pressão que faz a leitura; é obtida pressão sistólica, diastólica e média (PAM).
– Doenças hemorrágicas
COMPLICAÇÕES
– Insuficiência vascular
– Isquemia da região
– Trombose
– Infecção
EQUIPAMENTOS E MATERIAIS
-Mesa auxiliar
-Antissépticos padronizados na instituição
-Bandeja para acesso venoso profundo ou bandeja de pequena cirurgia
-Máscara
-Luva estéril
-Óculos
-Avental estéril
-Seringa descartável
-Agulha 13 x 0,38
-Agulha 40 x12
-Anestésico local ( lidocaína a 2% sem vasoconstrictor )
-Fio de sutura agulhado para fixação cateter ( preferência mononylon )
-Kit arterial
-Transdutor de pressão
-Bolsa pressurizadora, suporte para solução e suporte para transdutor.
-Solução salina 0,9% ( 250 ou 500 ml )
-Heparina sódica 5000 UI / ml
-Verificar pacientes com indicação para cateterização arterial e solicitação médica para
o
procedimento;
-Selecionar material para punção arterial, selecionar monitor com módulo de PAM,
bomba de infusão para o soro fisiológico de manutenção ;
– Higienizar as mãos;
– Abrir embalagem contendo circuito de PAM estéril, observando para evitar
contaminação
-Montar adequadamente circuito de PAM acoplando ao soro fisiológico 0,9% de
preferência de 500ml puro, retirando ar do sistema, deixando-o pronto para conexão na
linha arterial;
– Preparar paciente posicionando o membro escolhido para punção;
-Deixar bandeja com material para punção próxima do Box;
-Oferecer ao médico material para punção, paramentação e antissepsia;
-Calçar luvas acompanhando durante o procedimento;
-Após punção da linha arterial, conectar via paciente do circuito de PAM, verificar
refluxo de sangue arterial e realizar flush de solução fisiológica, para garantir
permeabilidade do cateter;
-Após proceder a zeragem do sistema, tendo como ponto zero a linha média axilar, 4º
espaço intercostal;
-Preferencialmente deve ser zerado com cabeceira a 30º, sendo que se a zeragem for
outra deverá ser informada e registrada em local visível a equipe;
-Zerar sistema no monitor (calibrar);
-Observar curva;
Resultado esperado:
NÃO CONFORMIDADE:
O paciente deve estar em posição supina, mas como o paciente deve ser mantido em seu
decúbito natural (usualmente 30-45º), para evitar aspiração aceita-se a aferição nesta
posição. O importante é que o sistema esteja zerado a do eletrocardiográfico como guia.
Com a pressão hidrostática no decúbito em que a medida está sendo feita. Não há
necessidade de desconexão do aparelho de ventilação mecânica. A análise da PVC
relaciona o retorno venoso com função ventricular, porém variações na complacência de
um dos ventrículos ou na capacitância venosa podem provocar erros nesta relação,
como ocorre na disfunção diastólica, na ventilação mecânica e com o uso de drogas
vasoativas.
O excesso de liquido desnecessário é deletério ao paciente grave, o que faz com que a
necessidade de proceder um desafio hídrico deva ser cuidadosamente avaliada. A
mensuração do ∆PP permite avaliar a real necessidade de infundir líquido, sem esse
desafio. Para realizar de maneira correta a verificação da ∆PP, o paciente deve ter os
parâmetros da ventilação mecânica ajustados, ciclando em PVC ou VCV,
preferencialmente nesse último.
Em primeiro lugar deve-se avaliar o grau de consciência do paciente. Avaliando assim se este
encontra-se consciente ou inconsciente de tal modo a ser realizado os exames mais
adequados à avaliação neurológica respectiva. Logo em seguida será realizada a anamnese do
paciente, onde este consta da queixa principal, história da doença atual, história patológica
pregressa, história familial, história familiar, história social, AVDs, uso de medicamentos e
exames complementares.
O exame neurológico pode revelar distúrbios do cérebro, dos nervos, dos músculos e da
medula espinhal. Os quatro principais componentes de um exame neurológico são: a
anamnese (história clínica), a avaliação do estado mental, o exame físico e, quando
necessário, exames diagnósticos. Ao contrário do exame psiquiátrico, no qual o
comportamento do indivíduo é avaliado, a avaliação neurológica exige um exame físico. Não
obstante, o comportamento anormal frequentemente fornece indicações sobre o estado físico
do cérebro. Anamnese (História Clínica) Antes de realizar um exame físico e exames
diagnósticos, o médico realiza uma entrevista com o paciente para obter a sua história clínica.
Ele solicita ao paciente que lhe descreva os sintomas atuais e informe precisamente onde e
com que frequência esses sintomas ocorrem, qual o seu grau de gravidade, a sua duração e se
ele ainda consegue realizar suas atividades quotidianas. Os sintomas neurológicos podem
incluir a cefaleia (dor de cabeça), dor, fraqueza, incoordenação motora, diminuição ou
anormalidades da sensibilidade, desmaios e confusão mental. O indivíduo também deve
informar ao médico sobre doenças ou cirurgias passadas ou atuais, doenças graves de
parentes próximos, alergias e medicações que vêm sendo utilizadas. Além disso, o médico
pode perguntar ao paciente se ele vem apresentando dificuldades relacionadas ao trabalho ou
ao ambiente doméstico, uma vez que essas circunstâncias podem afetar a saúde e a
capacidade de enfrentar a doença.
1. Linguagem
2. Coordenação de movimentos
3. Postura e marcha
4. Motilidade
5. Sensibilidade
6. Nervos cranianos
7. Reflexos
8. Funções esfincterianas
1. Linguagem
2. Coordenação de movimentos
A pessoa deve estar deitada primeiro com os olhos abertos e depois fechados.
Verificar o movimento de levantar cada calcanhar até ao joelho do lado oposto.
3. Postura e marcha
As alterações são avaliadas pela observação das provas seguintes
executadas, com os olhos abertos e fechados.
• Prova de Romberg
4. Motilidade
Motilidade involuntária
Motilidade passiva
Motilidade ativa
7. Reflexos
Escala de avaliação
1. Superficiais
Plantar
Cremastérico
Cutâneo abdominais
2. Profundos
Nasopalpebral
Reflexos de sucção
Mandibular
Biciptal
Triciptal
Estiloradial
Patelar
Aquileu
Exame Físico
Ao realizar um exame físico como parte de uma avaliação neurológica, o médico costuma
examinar todos os sistemas orgânicos, mas com maior atenção no sistema nervoso. São
examinados os nervos cranianos, os nervos motores, os nervos sensoriais e os reflexos, assim
como a coordenação, a postura, a marcha, a função do sistema nervoso autônomo e o fluxo
sangüíneo cerebral.
Nervos Cranianos
O médico examina a função dos 12 pares de nervos cranianos, que estão diretamente
conectados ao cérebro. Um nervo craniano pode ser afetado em qualquer ponto de seu trajeto
em decorrência de lesões, tumores ou infecções e, por essa razão, é necessário que seja
determinada a localização exata da lesão.
Nervos Motores
Os nervos motores ativam os músculos voluntários (músculos que produzem movimento, como
os músculos dos membros inferiores utilizados durante a marcha). A lesão de um nervo motor
pode causar fraqueza ou paralisia do músculo por ele inervado. A falta de estímulo ao nervo
periférico também causa deterioração e emaciação muscular (atrofia). O médico investiga a
presença de atrofia muscular e, em seguida, testa a força de vários músculos, solicitando ao
paciente que ele empurre ou puxe alguma coisa contra uma resistência.
Nervos Sensitivos
Os nervos sensitivos transmitem informações ao cérebro sobre a pressão, a dor, o calor, o frio,
a vibração, a posição das partes do corpo e a forma das coisas. São realizados testes para se
verificar a perda de sensibilidade na superfície do corpo. Geralmente, o médico concentra-se
em uma área na qual o indivíduo sente adormecimento, formigamento ou dor, utilizando
primeiramente um alfinete e, em seguida, um objeto com borda romba, para verificar se ele
consegue perceber a diferença entre a picada e a pressão. A função dos nervos sensoriais
também pode ser testada com a aplicação de uma pressão suave, de calor ou de vibração. A
capacidade de discernir a posição é verificada solicitando-se ao paciente que feche os olhos e
mova um dedo (de uma das mãos ou de um dos pés) para cima e para baixo, pedindo que ele
descreva a sua posição.
Reflexos
O reflexo é uma resposta automática a um estímulo. Por exemplo, quando o tendão localizado
abaixo da patela é percutido suavemente com um pequeno martelo de borracha, a perna
flexiona. Esse reflexo patelar (um dos reflexos tendinosos profundos) fornece informações
sobre o funcionamento do nervo sensitivo, sobre sua conexão com a medula espinhal e sobre o
nervo motor que emerge da medula espinhal e vai até os músculos da perna. O arco reflexo
segue um circuito completo, desde o joelho até a medula espinhal e retorna à perna, sem que
haja envolvimento do cérebro. Os reflexos mais comumente testados são o reflexo patelar, um
reflexo similar nos cotovelos e no tornozelos e o reflexo de Babinski, que é testado através da
aplicação de um golpe firme precina borda externa da planta do pé com um objeto rombudo.
Normalmente, os dedos dos pés encurvam, exceto nos lactentes com menos de seis meses de
idade. Quando o hálux (dedão do pé) se eleva e os demais dedos se estendem e abrem
lateralmente, isto pode ser um sinal de uma anomalia cerebral ou de nervos motores que vão
do cérebro até a medula espinhal. Muitos outros reflexos podem ser testados para se avaliar
funções nervosas específicas.
Arco Reflexo
Uma distúrbio do sistema nervoso autônomo (involuntário) pode causar problemas como a
queda da pressão arterial quando o indivíduo fica em pé (hipotensão), a ausência de sudorese
ou problemas sexuais (p.ex., dificuldade de ereção ou de sua manutenção). Novamente, o
médico pode realizar uma série de testes como, por exemplo, a mensuração da pressão arterial
com o indivíduo sentado e logo após ele colocar- se em pé.
Um estreitamento (estenose) grave das artérias que transportam o sangue até o cérebro coloca
o indivíduo em risco de um acidente vascular cerebral. O risco é maior em indivíduos idosos ou
hipertensos, diabéticos ou que apresentam doenças arteriais ou cardíacas. Para avaliar as
artérias, o médico coloca um estetoscópio sobre as artérias do pescoço e verifica a presença
de ruídos anormais (sopros) produzidos pelo sangue sendo forçado através de uma área
estreita. Para uma avaliação mais acurada, é necessária a realização de exames mais
sofisticados como, por exemplo, a ultrassonografia com Doppler ou a angiografia cerebral.
Punção Lombar
Em uma punção lombar, é realizada a inserção de uma agulha no canal espinhal, o qual
percorre o interior das vértebras, para se coletar uma amostra de líquido cefalorraquidiano.
Geralmente, o procedimento não leva mais do que 15 minutos e não exige anestesia geral.
Geralmente, o líquido cefalorraquidiano é transparente e incolor, mas pode apresentar
alterações características de diversos distúrbios. Por exemplo, a presença de leucócitos
(glóbulos brancos) ou de bactérias faz com que o líquido cefalorraquidiano apresente um
aspecto turvo e sugere uma infecção cerebral ou da medula espinhal (p.ex., meningite, doença
de Lyme ou outra doença inflamatória qualquer). Níveis elevados de proteínas no líquido
cefalorraquidiano frequentemente são um sinal de tumor da medula espinhal ou de um distúrbio
agudo de nervos periféricos, como a poli neuropatia ou a síndrome de Guillain-Barré. A
presença de anticorpos anormais sugerem a esclerose múltipla. O nível baixo de glicose indica
uma infecção das meninges ou, algumas vezes, um câncer. A presença de sangue no líquido
cefalorraquidiano pode indicar uma hemorragia cerebral. Várias doenças, inclusive tumores
cerebrais e as meningites, podem aumentar a pressão do líquido cefalorraquidiano.
Tomografia Computadorizada
Ressonância Magnética
Ecoencefalografia
A ecoencefalografia gera uma imagem ultrassônica do cérebro de crianças com menos de dois
anos de idade. O procedimento é simples, indolor e relativamente barato. Ele pode ser
realizado à beira do leito e é útil para a detecção de hemorragias ou dilatações das câmaras
existentes no interior do cérebro (hidrocefalia). A TC e a RM substituíram a ecoencefalografia
nas investigações de crianças maiores e adultos.
A tomografia por emissão de pósitrons (TEP) usa emissores de pósitrons (um tipo especial de
radioisótopos) para obter imagens das estruturas internas do cérebro e informações sobre o
seu funcionamento. É injetada uma substância na corrente sanguínea, que se desloca até as
estruturas cerebrais, permitindo mensurar a atividade cerebral. Por exemplo, essa técnica pode
revelar qual parte do cérebro é mais ativa quando um indivíduo realiza operações matemáticas.
A varredura da TEP também pode fornecer informações sobre a epilepsia, tumores cerebrais e
acidentes vasculares cerebrais. Ela é utilizada principalmente na pesquisa.
Angiografia Cerebral
A angiografia (arteriografia) cerebral é uma técnica utilizada para a detecção de anomalias dos
vasos sanguíneos cerebrais, como uma dilatação arterial (aneurisma), inflamação (artrite),
configuração anormal (malformação arteriovenosa) ou uma obstrução vascular (acidente
vascular cerebral). Um contraste radiopaco, o qual é uma substância visível nas radiografias, é
injetado em uma artéria que irriga o cérebro. O contraste revela o padrão do fluxo sanguíneo
cerebral nas radiografias. A RM também pode ser modificada para mostrar o padrão do fluxo
sanguíneo das artérias do pescoço e da base do cérebro, mas as imagens apresentam uma
qualidade inferior às da angiografia cerebral.
Ultrassonografia com Doppler
Mielografia
A mielografia é uma técnica através da qual uma TC ou uma radiografia da medula espinhal é
realizada após a injeção de um contraste radiopaco, uma substância que é visualizada na
imagem. A mielografia pode revelar anomalias no interior da coluna espinhal, como uma
herniação discal ou um câncer. Quando a TC é utilizada, as imagens obtidas são
extremamente nítidas. Atualmente, a mielografia tem sido amplamente substituída pela RM,
que fornece maiores detalhes, é mais simples e mais segura.
Eletroencefalografia
Potenciais Evocados
Eletromiografia
A eletromiografia é uma técnica na qual pequenas agulhas são inseridas em um músculo para
registrar a sua atividade elétrica. Esta é visualizada em um osciloscópio e ouvida através de um
um alto-falante. O músculo normal em repouso não produz atividade elétrica. No entanto,
mesmo uma contração muscular discreta produz alguma atividade elétrica, a qual aumenta à
medida que a contração tornasse mais forte. Em doenças musculares, dos nervos periféricos e
dos neurônios motores espinhais, a atividade elétrica é anormal. A velocidade com que os
nervos motores transmitem os impulsos pode ser mensurada através de estudos da condução
nervosa. Um nervo motor é estimulado com uma pequena carga elétrica para desencadear um
impulso. Este percorre o nervo e, finalmente, atinge o músculo e faz com que ele contraia.
Através da mensuração do tempo que o impulso leva para atingir o músculo, o médico pode
calcular a velocidade do impulso. Mensurações similares podem ser realizadas para os nervos
sensoriais. Se a fraqueza muscular for causada por uma doença muscular, a velocidade de
condução nervosa permanece normal. Se ela for causada por uma doença neurológica, a
velocidade de condução nervosa será mais lenta. A fraqueza apresentada pelos portadores da
miastenia grave é causada por um defeito no ponto onde o impulso nervoso atravessa uma
sinapse neuromuscular. Os impulsos repetidos transmitidos ao longo do nervo até o músculo
acarretam um aumento da resistência aos neurotransmissores localizados na sinapse,
resultando em uma resposta progressivamente mais fraca ao longo do tempo.
AULA 10
INFARTO AGUDO MIOCARDIO / ANGINA
INFARTO AGUDO MIOCARDIO – IAM
São consideradas síndromes coronarianas agudas a angina instável (AI) e o infarto agudo do
miocárdio (IAM), com ou sem supra desnivelamento do seguimento ST. Possuem como
principais características:
A dor típica é descrita como sendo uma dor do tipo “opressão” e tem início na região
retroesternal, podendo se irradiar para membro superior esquerdo e região cervical, atingindo
a região mandibular.
Em situações como essa, tome medidas rápidas de acordo com o protocolo institucional.
Indivíduos da raça negra, portadores de diabetes mellitos, mulheres e idosos podem
apresentar o evento isquêmico sem sintomatologia típica, ou seja, sem desconforto precordial.
Além da queixa dolorosa em opressão, as síndromes coronarianas vêm acompanhadas de
alteração do estado mental, perfusão periférica diminuída, estertores, hipotensão arterial,
estase jugular, náuseas, palpitações, sudorese e algumas vezes de síncope, que pode estar
associada a arritmias complexas, sinalizando dano significativo ao miocárdio.
O mecanismo pode ser dinâmico, quando ocorre vaso espasmo, ou mecânico, quando há uma
obstrução progressiva do vaso em consequência de seu próprio estreitamento, com ou sem
espasmo ou formação de trombo.
A oclusão coronariana por tempo prolongado interrompe o fornecimento de oxigênio e
nutrientes para o músculo cardíaco acarretando em área de necrose miocárdica. Essa situação
caracteriza o infarto agudo com elevação do segmento ST.
Normal
Para isso é importante desenvolver atitudes rápidas e precisas como monitoração do cliente,
oxigeno terapia, instalação de acesso venoso, coleta de exames laboratoriais, realização do
eletrocardiograma, administração de medicamentos em tempo hábil e, por fim, o preparo do
paciente para intervenções hemodinâmicas e/ou cirúrgicas
Tipos
Ambos problemas têm uma coisa em comum: o coração não consegue mais bombear
sangue suficiente rico em oxigênio para o resto do corpo.
Causas
A insuficiência cardíaca é uma doença crônica de longo prazo, embora possa, às vezes,
se desenvolver repentinamente. Ela pode afetar apenas um dos lados do coração, sendo
chamada, dependendo do caso, de insuficiência cardíaca direita ou insuficiência
cardíaca esquerda. Mesmo que ela se desenvolva em somente um lado do coração,
ambos os lados acabam sendo afetados conforme o tempo vai passando.
Fatores de risco
Um fator de risco único pode ser suficiente para causar insuficiência cardíaca, mas uma
combinação de fatores, de acordo com médicos, também pode aumentar o risco da
doença:
Alguns pacientes com insuficiência cardíaca não apresentam sintomas. Nessas pessoas,
os sintomas podem aparecer somente sob as seguintes condições:
Diagnóstico e exames
Na consulta médica
O diagnóstico na maioria das vezes poderá ser feito baseado na história clínica do
paciente, na sintomatologia e no exame físico. Os exames laboratoriais e de imagem
serão complementares no diagnóstico e ajudarão no tratamento e seguimento deste
pacientes.
Exames
tratamento e cuidados
Em geral o paciente deverá restringir o uso de sal, a ingesta de líquidos e perder peso.
Não poderá ingerir gorduras e frituras.
Aldactone
Aminofilina
Ancoron
Aradois
Atenolol
Amiodarona
Apresolina
Atorvastatina Cálcica
Besilato de Anlodipino
Captopril
Carvedilol
Clexane
Concor
Cardcor
Clortalidona
Diamox
Digoxina
Diovan
Diurix
Dobutamina
Enalapril
Espironolactona
Hidroclorotiazida
Higroton
Isordil
Isossorbida
Lipitor
Lisinopril
Losartana Potássica
Monocordil
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem
como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações
do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem
consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito
maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.
Convivendo/ Prognóstico
O prognóstico será melhor quanto mais precocemente a doença for identificada e quanto
maior for a adesão ao tratamento e as recomendações propostas.
Complicações possíveis
Prevenção
Na maioria dos casos, a insuficiência cardíaca é causada por doenças preveníveis. Deve-
se procurar manter um estilo de vida saudável, com alimentação adequada, atividade
física regular, não fumar e evitar o stress. Deve-se procurar um cardiologista com
regularidade para que se possa avaliar a pressão arterial e identificar a presença de
condições que poderão no futuro levar ao desenvolvimento da doença.
AULA 11
A relação entre o grau de severidade do agravo e o tempo em que se estende a doença indica
a necessidade de desenvolvimento de estratégias de proteção e cuidado ao familiar doente.
Trata-se de um mal súbito com evolução rápida que acomete um ou vários vasos sanguíneos
responsáveis pela irrigação do encéfalo, ocasionando alterações histopatológicas e resultando
em déficits neurológicos. Esse acometimento vascular inclui aspectos funcionais e estruturais,
bem como o fluxo sanguíneo e distúrbios de coagulação, podendo originar duas situações: o
AVE isquêmico, que corresponde de 80% a 85% dos casos, e o AVE hemorrágico, que acomete
em torno de 10% a 15% da população. Ambos causam sequelas distintas e de extensão
variável, conforme a região afetada.
O AVE isquêmico é caracterizado por uma área de infarto cerebral devido à interrupção do
fluxo sanguíneo, que acarreta em dano estrutural irreversível. Conjuntamente, ocorre uma
região de instabilidade, denominada zona de penumbra, cujas sequelas dependerão da
magnitude do dano e de sua repercussão futura.
Na fase aguda da isquemia, essa região tem sua irrigação diminuída, mas suficiente para
manter a viabilidade celular temporariamente. Para a delimitação da área afetada pelo infarto
cerebral, bem como sua extensão, devem ser consideradas a oxigenação, o equilíbrio
metabólico, o fluxo sanguíneo e a circulação colateral do local afetado. A principal causa do
AVE isquêmico é o tromboembolismo arterial em decorrência de embolias cardíacas ou ainda
de grandes vasos, que incluem as artérias aorta, carótida e vertebrais. Situações de oclusão de
pequenos vasos, vasculites, dissecção vascular e ainda discrasias sanguíneas, enxaqueca,
cardiopatias congênitas também são considerados fatores etiológicos.
Os fatores de risco para as doenças cerebrovasculares (DCV) são idade avançada, cardiopatias,
hipertensão arterial, diabetes, distúrbios da coagulação, doenças hematológicas, tabagismo,
uso abusivo de álcool e outras drogas ilícitas. Para que você compreenda a prioridade do
atendimento, é importante uma revisão da fisiopatologia do AVE isquêmico e hemorrágico.
Associe essas alterações aos sinais e sintomas.
Para as HSA, destaca-se a ruptura de aneurisma sacular intracraniano como principal causa de
prognóstico sombrio, levando à morte em mais de 50% das ocorrências. As seguintes
manifestações neurológicas podem estar presentes: alterações do nível de consciência, déficit
motor e sensitivo, alterações de coordenação de visão, da linguagem, fala e memória.
Por acometimento de nervos cranianos, o paciente pode apresentar diplopia, nistagmo, ptose
palpebral e paralisia facial. Tonturas, vertigens, cefaleia e vômitos podem estar presentes. A
tomografia computadorizada deve ser realizada o mais rápido possível para evidenciar o tipo
de acometimento. Em casos de indefinição ou piora das condições clínicas do paciente, deve
ser repetida em um prazo de 24 a 48 horas.
A presença de uma ou mais alterações indica sinal ou Cincinnati positivo, pois nessa escala não
há pontuação em valores numéricos. Antes da aplicação, certifique-se de que o paciente não
apresentou AVE anteriormente, pois as sequelas podem dificultar a avaliação do estado atual.
A outra possibilidade, na avaliação pré-hospitalar do AVE, é identificar o nível de alteração
neurológica com a inclusão de outros procedimentos, como a aferição da glicemia capilar e
informações mais detalhadas, por meio do LAPSS. É um pouco mais detalhada e inclui a
glicemia capilar como parâmetro a ser avaliado.
Deve ser utilizada após avaliação criteriosa das condições clínicas do paciente, conjuntamente
aos métodos diagnósticos laboratoriais ou de imagem. Há evidência de real melhora da zona
de penumbra após a trombólise com a administração do ativador plasminogênico tecidual
humano recombinante, propiciando o restabelecimento da circulação que envolve a área de
necrose.
Os processos cerebrais inflamatório, traumático, neoplásico parasitário e vascular podem
alterar o equilíbrio do sangue, líquor e massa encefálica levando à hipertensão intracraniana.
Medidas para contenção da pressão intracraniana (PIC), como diminuição do edema cerebral,
prevenção de convulsão e sedação para diminuição da atividade cerebral podem ser iniciadas
no serviço de emergência após confirmação diagnóstica.
Broncopatias;
Pneumopatias;
Transtornos respiratórios;
Fístula do trato respiratório;
Doenças torácicas;
Transtorno da motilidade ciliar;
Doenças nasais;
Hipersensibilidade respiratória;
Infecções respiratórias;
Doenças da traqueia;
Laringopatias;
Doenças pleurais;
Anormalidades do sistema respiratório;
Neoplasias do trato respiratório.
A única maneira de ter certeza que você tem DPOC é realizar um exame respiratório
chamado espirometria, secundando-se o exame de imagem e clínico.
Quando a DPOC está sob controle, os sintomas serão mais ou menos os mesmos no dia
a dia.
Há muitas coisas que o paciente pode fazer para reduzir os riscos de ter uma crise, tais
como evitar a poluição, certificar que a qualidade do ar em casa é boa, evitar coisas que
possam irritar os pulmões tais como produtos químicos ou fumo do tabaco.
Bronquite Crônica
A bronquite crônica é definida como uma inflamação dos brônquios. Geralmente, surge
depois de 20 a 30 anos de exposição dos brônquios a fatores irritantes, como o
tabaco, poluição do ar, entre outras fontes. Sua ocorrência é mais comum em mulheres
do que em homens.
Tosse;
Expectoração;
Falta de ar;
Sibilância;
Cianose;
Inchaço nas extremidades do corpo graças à piora do trabalho cardíaco;
Febre quando a bronquite crônica estiver associada à uma infecção respiratória;
Cansaço;
Falta de apetite;
Catarro mucóide (na maioria das vezes muco claro ou branco, purulento se tiver
alguma infecção).
Diagnóstico
Examinando o doente, o médico pode notar roncos e outras alterações na auscultação do
tórax com o estetoscópio. A história clínica irá definir se o caso é agudo ou crônico
O médico poderá também solicitar exames complementares, tais como:
Tratamento
Para começar o tratamento, é importante eliminar o cigarro (caso o doente
seja tabagista), e repousar para evitar respirar em ambientes de gás tóxico e poluição.
Para quem já tem a doença há um tempo considerável, deixar o fumo não vai fazer com
que a doença regrida, mas desacelerará o seu avanço.
Agentes Mucolíticos e Fluidificantes diminuem a viscosidade do catarro e assim evitam
que com a secagem da secreção forme obstruções nos brônquios. Com a diminuição da
viscosidade da secreção, as vias respiratórias ficam menos congestionadas, e assim há
uma melhora significante da respiração.
Exercícios da terapia de reabilitação fazem com que o paciente seja capaz de utilizar a
sua energia melhor ou de uma forma em que haja menor gasto de oxigênio.
A oxigenoterapia (uso de oxigênio em casa), quando necessária, também pode melhorar
os sintomas, além de aumentar a expectativa de vida.
Corticóides (medicamentos utilizados para controlar a inflamação crônica
dos brônquios) minimizam os sintomas.
Além disso, antibióticos ajudam muito nos casos de exacerbação da doença, quando
resultam de uma infecção bacteriana nos brônquios.
Broncodilatadores
Os broncodilatadores melhoram o fluxo de ar nesta doença, aliviando a falta de ar e a
sibilância. Podem ser utilizados através de nebulizações, nebulímetros (semelhantes à
"bombinha" da Asma), cápsulas de inalar, comprimidos, xaropes, etc. O meio mais
prático é o uso dos nebulímetros pois estes podem ser utilizados tanto em casa quanto
fora, além de apresentarem menor freqüência de efeitos indesejáveis.
Prevenção
Na bronquite crônica, é importante a vacinação anual contra o vírus causador da gripe,
uma vez que esta pode piorar a doença. Com este mesmo objetivo, é indicado também o
uso da vacina contra o pneumococo, que é a principal bactéria causadora de infecções
respiratórias, entre elas a pneumonia, e é claro, a própria bronquite crônica. A vacinação
deve ser feita uma única vez e, em casos específicos, pode ser repetida depois de cinco
anos.
Tabaco
Uma das principais medidas preventivas a serem tomadas é não fumar. O médico pode
oferecer ao seu paciente auxílio neste sentido, podendo indicar medicações auxiliares. A
reposição de nicotina por gomas, adesivos ou outros recursos podem ser utilizados.
Também pode ser indicado o uso de bupropiona, um medicamento que tem o efeito de
diminuir os sintomas de abstinência ao fumo.
Enfisema Pulmonar
É um tipo de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) caracterizada por danos
aos alvéolos pulmonares, causando oxigenação insuficiente e acúmulo de gás carbônico
no sangue (hipercapnia). Ela geralmente é causada pela inalação de produtos
químicos tóxicos, como fumaça de tabaco, queimadas e poluição do ar.
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Causas
Tabagismo (cerca de 80 a 90% dos pacientes com enfisema foram ou são fumantes)
Exposição a gases tóxicos no local de trabalho (cerca de 10 a 20% dos casos)
Genética (responsável por 1 a 5% dos casos)
Fatores de risco
Fatores que aumentam a chance de desenvolver enfisema incluem
Poluição do ar;
Má nutrição;
Infecções respiratórias;
Histórico familiar de DPOC;
Baixa temperatura.
Fisiopatologia
Sinais e sintomas
Os sintomas, que pioram com o tempo, são
Falta de ar (por hipoventilação);
Chiado ao respirar;
Tórax inchado;
Hipertensão arterial;
Letargia;
Tosse prolongada e persistente.
Assim que o enfisema avança, podem-se observar deformidades nas unhas, causadas
pela baixa concentração de oxigênio. Caracteriza-se pela hipertrofia e hiperplasia das
paredes das mucosas.
Diagnóstico
O diagnóstico de enfisema está intimamente relacionado ao da DPOC (doença pulmonar
obstrutiva crônica), podendo-se utilizar a oximetria de pulso, espirometria,
a gasometria arterial, analise clínica dos sinais e sintomas e histórico familiar.
Tratamento
O enfisema é uma condição degenerativa irreversível, embora possa haver uma pequena
recuperação da função pulmonar. A medida mais importante que pode ser tomada para
diminuir a progressão do enfisema é a interrupção do tabagismo por parte do paciente e
evitar exposição a poluentes. Parar de fumar reduz o risco de morte em
18%. A reabilitação pulmonar também pode ser muito útil para melhorar a qualidade de
vida do paciente.
O enfisema pode ser tratado auxiliando a respiração com diversos medicamentos como
Fisioterapia
Oxigenoterapia
Boa higiene bucal
Ambiente bem ventilado e sem mofo
Exercícios regulares
Boa nutrição e muita água
Em casos graves pode ser necessário ventilação mecânica, como CPAP ou BIPAP,
cirurgia para remover parte do pulmão lesionado e transplante de pulmão.
Asma
A asma, também conhecida como asma brônquica ou bronquite asmática, é uma afecção
pulmonar caracterizada pela inflamação das vias aéreas, que leva à diminuição ou até
mesmo obstrução do fluxo de ar. Sua fisiopatologia está ligada a fatores genéticos e
ambientais, manifestando-se por meio de crises de falta de ar.
Embora não exista cura para a asma, é possível controlar os sintomas, deve incluir a
redução da exposição a alergénios.
Para o alívio rápido dos sintomas de asma são recomendados broncodilatadores.
Alterações no estilo de vida(não fumar, evitar poeiras, ácaros, etc.
A medicação para a asma é geralmente administrada através de inaladores pressurizados
doseáveis. Estes dispositivos podem ser complementados com uma câmara
expansora ou um inalador de pó seco.
Nos Estados Unidos, essa doença leva ao óbito aproximadamente 5% dos adultos. Tanto
os internamentos quanto os óbitos relacionados a essa doença tem aumentado. No
Brasil, dentro do SUS, a asma representa a terceira causa de internamentos, sendo que
no ano de 2007 foram registradas 273.205 internações por essa doença no Brasil (2,41%
das internações totais).
Câncer de Pulmão
O câncer de pulmão é um dos tumores malignos mais comuns, sendo que sua incidência
no mundo todo vem aumentando 2% a cada ano. A mortalidade por esse tipo de
neoplasia é muito elevada e o prognóstico está relacionado à fase em que é
diagnosticado.
Esta neoplasia também pode ser causada por certos produtos químicos, como: arsênico,
berílio, asbesto, radônio, níquel, cromo, cádmio e cloreto de vinila, especialmente
observados em ambiente ocupacional. Outros fatores relacionados ao surgimento desse
tumor são os dietéticos, genéticos, histórico da DPOC e histórico de câncer de pulmão
na família.
ATELECTASIA
Esta é uma das complicações respiratórias mais comuns após cirurgias. Ela também
pode surgir em decorrência a outros problemas na respiração, tais como, inalação de
objetos estranhos, tumores pulmonares, água no pulmão, asma severa e ferimentos
no peito.
Atelectasia pode ser grave, uma vez que reduz a quantidade de oxigênio disponível no
corpo.
Causas
Essa obstrução pode ser devida ao muco, tumor, objeto aspirado até o brônquio,
coágulos de sangue, estreitamento das principais vias respiratórias devido a infecções
crônicas, fungicas, tuberculose, pneumonia, pneumotórax, ou por pressão externa.
Fatores de risco
Sintomas
Sintomas de Atelectasia
Os sintomas de atelectasia não são óbvios, mas, caso tenha sintomas, o paciente pode
experimentar:
Diagnóstico e exames
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É bem provável que o paciente já esteja sob cuidados médicos quando a atelectasia
aconteça, mas, caso não esteja, ele pode consultar o clínico geral ou um pneumologista.
Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram, mesmo
que não pareçam relacionados à atelectasia
Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e
medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
O pneumologista ainda pode pedir que colha uma amostra da secreção para análise.
Diagnóstico de Atelectasia
Ultrassom
Oximetria
Tomografia computadorizada
Broncoscopia
Tratamento e cuidados
Tratamento de Atelectasia
Para pacientes que fizeram ou farão cirurgias nas vias respiratórias, é importante usar
técnicas para respirar fundo e ajudar a expandir a área colapsada. Alguns exercícios que
os fisioterapeutas respiratórios recomendam são:
Tossir
Posicionar o corpo de forma que a cabeça fique mais baixa que o tronco,
fazendo com que o muco seja drenado mais facilmente do fundo dos pulmões
Dar suaves tapas sobre a área colapsada para soltar o muco
Inalações com oxigênio ajudam a aliviar os sintomas da respiração curta
Medicação
Em alguns casos pode ser necessário usar remédios para o tratamento de atelectasia.
Entre eles:
Convivendo (prognóstico)
Complicações possíveis
Se a atelectasia persistir, ela pode não deixar que o pulmão limpe o muco de forma
eficiente, o que gera infecções, como pneumonia.
Prevenção
Prevenção
PNEUMONIA
A pneumonia é uma infecção ou inflamação nos pulmões. Ela pode ser causada por
vários microrganismos diferentes, incluindo vírus, bactérias, parasitas ou fungos.
Esta doença é muito frequente e afeta pessoas de todas as idades. Muitas destas,
anualmente, morrem por pneumonia. A metade de todos os casos de pneumonia é
causada por bactérias e, destas, o pneumococo é o mais frequente.
Normalmente, a doença se desenvolve quando, por algum motivo, há uma falha nos
mecanismos de defesa do organismo.
Mecanismos de proteção
É importante lembrar que, em circunstâncias normais, as vias respiratórias (incluindo os
pulmões) têm mecanismos eficazes de proteção contra infecções por microrganismos.
O primeiro deles ocorre no nariz, onde grandes partículas são filtradas, não podendo
chegar até os pulmões para causar infecções.
As partículas pequenas, quando são inaladas pelas vias respiratórias (que levam ar até os
pulmões), são combatidas por mecanismos reflexos. Dentre estes estão o reflexo do
espirro, do pigarrear e da tosse, que expulsam as partículas invasoras, evitando as
infecções (pneumonias).
Quando as pessoas estão resfriadas ou gripadas, a filtração que normalmente ocorre no
nariz e a imunidade do organismo podem ficar prejudicadas, facilitando o surgimento de
uma pneumonia.
Naqueles casos onde ocorre uma supressão dos reflexos citados acima, também há um
maior risco de surgimento de uma pneumonia. Esta pode ocorrer quando, por exemplo,
uma pessoa dorme alcoolizada, fez uso de sedativos, sofreu uma perda de consciência
por uma crise convulsiva ou é portador de sequela neurológica.
Os pulmões também possuem um mecanismo de limpeza, em que os cílios que ficam no
seu interior realizam, através de sua movimentação, a remoção de secreções com
microrganismos que, eventualmente, tenham vencido os mecanismos de defesa
descritos anteriormente.
Estes cílios ficam na parte interna dos brônquios, que são tubos que levam ar até os
pulmões. É importante lembrar que este mecanismo de limpeza fica prejudicado no
fumante, pois o fumo tem a propriedade de paralisar temporariamente os cílios
envolvidos neste trabalho.
O último mecanismo de defesa da via respiratória ocorre nos alvéolos, onde ocorrem as
trocas gasosas (entra o oxigênio e sai o gás carbônico) e é onde agem os macrófagos.
Estes são células especializadas na defesa do organismo e englobam os microrganismos
que, porventura, tenham vencido a filtração nasal, os reflexos de pigarrear, tossir ou
espirrar, além da limpeza feita pelos cílios das vias respiratórias.
A pneumonia bacteriana clássica inicia abruptamente, com febre, calafrios, dor no tórax
e tosse com expectoração (catarro) amarelada ou esverdeada que pode ter um pouco de
sangue misturado à secreção. A tosse pode ser seca no início.
A respiração pode ficar mais curta e dolorosa, a pessoa pode ter falta de ar e em torno
dos lábios a coloração da pele pode ficar azulada, nos casos mais graves.
Em idosos, confusão mental pode ser um sintoma frequente, além da piora do estado
geral (fraqueza, perda do apetite e desânimo, por exemplo). Nas crianças, os sintomas
podem ser vagos (diminuição do apetite, choro, febre).
Outra alteração que pode ocorrer é o surgimento de lesões de herpes nos lábios, por
estar o sistema imune debilitado.
Em alguns casos, pode ocorrer dor abdominal, vômitos, náuseas e sintomas do trato
respiratório superior como dor de garganta, espirros, coriza e dor de cabeça.
O diagnóstico pode ser feito apenas baseado no exame físico alterado e na conversa que
o médico teve com seu paciente que relata sinais e sintomas compatíveis com a doença.
Os exames complementares são importantes para corroborar o diagnóstico e ajudarão a
definir o tratamento mais adequado para cada caso.
Normalmente, o médico utiliza-se dos exames de imagem (raios-X de tórax ou, até
mesmo, da tomografia computadorizada de tórax) e de exames de sangue como auxílio
para o diagnóstico.
O exame do escarro também é muito importante para tentar identificar o germe
causador da pneumonia. Com isso, o médico poderá prever, na maioria dos casos, o
curso da doença e também definir o antibiótico mais adequado para cada caso.
A pneumonia bacteriana deverá ser tratada com antibióticos. Cada caso é avaliado
individualmente e se definirá, além do tipo de antibiótico, se há ou não necessidade de
internação.
Nos casos graves, até mesmo a internação em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI)
poderá ser necessária.
Os antibióticos e demais medicações podem ser utilizados por via oral ou através de
injeções, que podem ser na veia ou no músculo.
Além das medicações, podemos utilizar a fisioterapia respiratória como auxiliar no
tratamento. Os fisioterapeutas podem utilizar exercícios respiratórios, vibradores no
tórax e capotagem (percussão do tórax com os punhos) com o intuito de retirar as
secreções que estão dentro dos pulmões, agilizando o processo de cura dos pacientes.
Na maioria dos casos de pneumonias virais o tratamento é só de suporte. Visa melhorar
as condições do organismo para que este combata a infecção. Utiliza-se uma dieta
apropriada, oxigênio (se for necessário) e medicações para dor ou febre.
Nos casos de pneumonia por parasitas ou fungos, antimicrobianos específicos são
utilizados.
Como já foi mencionado anteriormente, muitas vezes uma gripe ou resfriado podem
preceder uma pneumonia. Para tentar evitar isso, vacinas foram criadas.
Existe no mercado a vacina contra o vírus influenza e outra contra o pneumococo, que
podem diminuir as chances do aparecimento das doenças causadas por estes germes.
Devemos lembrar que estas vacinas devem ser feitas antes do início do inverno,
preferencialmente.
A vacina contra o vírus influenza deverá ser feita anualmente em idosos e naquelas
pessoas com maior risco de ter uma pneumonia. A vacina contra o pneumococo deverá
ser feita em idosos e naquelas pessoas com o vírus do HIV, doença renal, esplênicos
(pessoas que não tem o baço, órgão que também ajuda na defesa do corpo), alcoolistas
ou outras condições que debilitem o sistema de defesa do organismo. Esta vacina tem a
duração de aproximadamente cinco anos.
Em alguns casos, deverá ser repetida após o término deste período. Em casos
selecionados, a vacina contra o Haemophilus influenzae deverá ser aplicada. Ele
também é um germe frequente que pode causar pneumonias. Existem outras vacinas,
contra outros germes, que ainda estão em estudos.
Medidas simples para prevenção de pneumonias incluem cuidados com a higiene, como
a lavagem de mãos com sabonetes simples.
Uma dieta rica em frutas e vegetais, que possuem vitaminas, ajudam a reforçar o
sistema de defesa do organismo às infecções.
CHOQUES
Choque Hipovolêmico
Choque cardiogênico pode ser definido como uma incapacidade primária do coração de
fornecer um débito cardíaco suficiente para as necessidades metabólicas, na presença de
um volume circulante adequado. Pode ser encontrado em diversas situações clínicas,
porém, sua principal causa é a perda súbita de massa muscular por infarto agudo do
miocárdio (IAM). O choque cardiogênico ocorre em cerca de 7 a 10% dos casos de
IAM, com mortalidade de 70 a 90%, sendo geralmente associado à perda superior a
40% da massa muscular do ventrículo esquerdo. Esta perda pode ocorrer em
consequência de um grande infarto ou com infartos menores sucessivos.
O resultado do tratamento clínico no choque cardiogênico é extremamente desfavorável.
A mortalidade é alta e os sobreviventes apresentam baixa expectativa de vida devido ao
avançado grau de insuficiência cardíaca que se estabelece. A infusão de drogas
inotrópicas deve ser iniciada imediatamente. Vasodilatadores como a nitroglicerina ou
nitroprussiato de sódio, podem ser benéficos, pois diminuem a pré e pós-carga,
reduzindo a congestão pulmonar e facilitando o esvaziamento ventricular. O uso de
dispositivos de assistência circulatória mecânica, o balão intra-aórtico, pode ser uma
alternativa terapêutica nos casos de grande perda de massa ventricular.
Choque Anafilático
Choque Neurogênico
Choque Séptico
Tratamento do Choque
Cirurgia Cardíaca
A cirurgia cardíaca é um procedimento cirúrgico no coração e/ou
grandes vasos feito por um cirurgião cardíaco. Frequentemente a cirurgia
cardíaca é feita para tratar complicações de doença cardíaca isquêmica
(por exemplo, cirurgia de ponte de safena), corrigir doença cardíaca
congênita, ou tratar doença das válvulas cardíacas decorrente de muitas
causas incluindo endocardite. A cirurgia cardíaca também inclui o
transplante de coração.
Válvulas
As válvulas são uma das principais partes do coração, e são várias. Se uma delas não
funcionar direito, elas podem ser trocadas ou reparadas. Entre elas estão a mitral,
aórtica, tricúspide e a pulmonar. A cirurgia de reparação de alguma dessas válvulas
permite ao médico cirurgião cardiologista consertá-la sem precisar substituí-la. Quando
isso não é possível, ela deve ser substituída por uma válvula artificial, ou prótese valvar,
que podem ser de material biológico, como os de tecido animal, ou fabricadas a partir
da liga de metais.
Coronárias
Quando uma ou mais artérias coronárias ficam obstruídas é necessário recorrer à
cirurgia de revascularização do miocárdio. Esse tipo de cirurgia consiste, basicamente,
na utilização de enxertos arteriais (mamária/radial) ou de veia safena que melhoram o
fluxo sanguíneo na área afetada. Popularmente, esse tipo de cirurgia é conhecida como
“ponte de safena”, a qual tem por objetivo evitar o infarto e melhorar a qualidade de
vida dos pacientes.
Marcapasso
A famosa cirurgia de marcapasso é a implantação de pequenos geradores de impulsos
elétricos, que são conduzidos por meio de eletrodos, até a parte interna do coração para
auxiliar nos batimentos cardíacos. Para saber como isso funciona, é preciso lembrar que
dentro do coração existem células com propriedades geradoras de impulsos elétricos,
que são transmitidos compassadamente e são responsáveis pelas batidas do coração.
Quando esses impulsos começam a falhar, o coração fica descontrolado e a pessoa pode
até morrer. Por isso, é necessário colocar um marcapasso para corrigir o ritmo do
coração. O marcapasso é um aparelho que vai comandar os batimentos cardíacos.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA – CAUSAS, SINTOMAS E TRATAMENTO
O coração é um órgão composto basicamente por músculos, sendo responsável pelo bombeamento
de sangue para todos os tecidos. Podemos dizer que o coração é o motor do nosso corpo.
O coração humano tem 4 câmaras: os ventrículo esquerdo e direito, e os átrios esquerdo e direito. Os
ventrículos são as cavidades maiores e mais musculosas, sendo as mais importantes no
bombeamento do sangue para o corpo.
Para entender o que é a insuficiência cardíaca, é preciso primeiro saber como funciona o coração.
Acompanhe o texto a seguir com a imagem fornecida abaixo.
Os tecidos recebem o sangue de onde retiram o oxigênio. O sangue agora pobre em oxigênio volta
para o coração pelas veias, chega no lado direito do coração, entra no átrio direito, depois no
ventrículo direito e é finalmente bombeado para o pulmão. No pulmão o sangue volta a ficar rico em
oxigênio. Esse sangue reoxigenado vai para o lado esquerdo do coração, cai primeiro no átrio e
depois no ventrículo esquerdo, de onde será bombeado de volta para os tecidos, reiniciando o ciclo.
BIOÉTICA
Quando falamos em bioética não podemos deixar de falar: dos seus 4 princípios;
das infrações éticas (imperícia, imprudência e negligência); do código de ética da
enfermagem e dos órgãos reguladores (Cofen-Coren).
Princípios da bioética
Infrações éticas
Código de Ética de Enfermagem
Referência Bibliográfica: