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Cálculo de gotejamento e medicação: dicas para realizar da

maneira correta.
O cálculo de gotejamento da medicação é um dos pontos fundamentais para garantir a correta
dose ao paciente conforme a medicação prescrita pelo médico. Esse processo pode viabilizar a
efetividade ou causar danos ao paciente.

Sabendo dessa complexidade, é essencial calcular adequadamente o gotejamento dos


medicamentos administrados e escolher o equipo ideal para cada tipo de tratamento, além de
acompanhar a resposta do paciente.

Caracterização dos equipos utilizados

O tipo de gotejamento de uma medicação está relacionado ao conteúdo que será


administrado. Assim, para soluções de eletrólitos, cristaloide, entre outras medicações que
serão infundidas em grandes volumes, recomenda-se o equipo de macrogotas, também
conhecido como simples.

O equipo de microgotas é mais utilizado em pacientes pediátricos e neonatais ou em pacientes


que estejam fazendo uso de quimioterápicos antineoplásicos, pois, nesses casos, a precisão da
quantidade é muito relevante para a resposta do paciente.

Outro equipo de grande utilidade é aquele que deve ser conectado à bomba de infusão.
Nesses equipamentos, é possível programar o cálculo automático da velocidade em que o
medicamento será administrado, o que pode deixar os profissionais sem prática em fazer as
análises matemáticas, quando necessário.
EQUIPO MACROGOTAS E MICROGOTAS
Caracterização dos equipos utilizados
O tipo de gotejamento de uma medicação está relacionado ao conteúdo que será
administrado. Assim, para soluções de eletrólitos, cristaloide, entre outras medicações que
serão infundidas em grandes volumes, recomenda-se o equipo de macrogotas, também
conhecido como simples.

O equipo de microgotas é mais utilizado em pacientes pediátricos e neonatais ou em


pacientes que estejam fazendo uso de quimioterápicos antineoplásicos, pois, nesses casos, a
precisão da quantidade é muito relevante para a resposta do paciente.

Outro equipo de grande utilidade é aquele que deve ser conectado à bomba de infusão.
Nesses equipamentos, é possível programar o cálculo automático da velocidade em que o
medicamento será administrado, o que pode deixar os profissionais sem prática em fazer as
análises matemáticas, quando necessário.

Para todas essas situações, é necessário “pegar a veia” de forma correta, acoplar a solução que
está em sistema fechado ao equipo desejado, verificar se não estão ocorrendo vazamentos e
observar a reação do paciente durante o procedimento.

Em algumas situações, pode ser necessária a suspensão da administração, tanto em virtude do


estado clínico do paciente, que pode ser agravado, quanto em virtude da medicação, que pode
causar intoxicação e desconfortos significativos.
Tipos de cálculo de gotejamento
Conhecendo os equipos mais utilizados no ambiente hospitalar, o enfermeiro deve saber
também que a versão macrogotas equivale a 20 gotas/mL, enquanto o tipo microgotas
equivale a 60 gotas/mL.

Outra informação a ser avaliada para calcular o processo de gotejamento é que uma gota
equivale a três microgotas, que é a aferição dada pelos principais tipos de equipos usados no
ambiente hospitalar. Dessa forma, para calcular o gotejamento das infusões em gotas, é
necessário entender a fórmula:

Gotas (gts) = volume (mL)/tempo (horas) x 3

Então, para calcular o gotejamento de uma solução de 500 mL de volume, no período de 6


horas, o resultado será:

Gotas = 500mL/6 (h) x 3 = 28 gotas

Se o cálculo for em microgotas, então, o resultado será:

Microgotas = 500 mL/6 horas = 84 gotas

O profissional de saúde mensurará o tempo para “correr” a medicação, considerando os


demais cuidados que são requeridos para esse paciente.

Existem outras variáveis da fórmula que devem ser consideradas, principalmente quando o
médico prescreve em volume/minuto. Nesse caso, a fórmula mais adequada é:

Número de gotas/min = volume x 20 / valor em minutos.

Importância do cálculo do gotejamento


Quando o médico elabora uma prescrição medicamentosa, ele se baseia na duração do efeito
da medicação e na velocidade na qual o produto deve ser infundido na veia do paciente. Esse
procedimento garante efetividade e pode proteger o doente do vazamento de substâncias
vesicantes, que podem contribuir para o aparecimento ou a complicação de feridas.

Sendo assim, após a elaboração desse documento, a enfermagem deve interpretar as


informações, diluir e reconstituir os medicamentos na forma de pó liófilo (pó para solução
injetável) e, em seguida, calcular o gotejamento dos que serão administrados por via
endovenosa.

Apesar de essa tarefa ser complexa em termos clínicos, o cálculo, em si, é simples de ser
executado, utilizando regras de três para a obtenção do volume e da velocidade da medicação
a ser infundida, conforme visto.

No entanto, após a conferência do cálculo, cabe aos enfermeiros executar a abertura do


equipo e cronometrar o número de gotas que pingarão da solução medicamentosa prescrita
para se certificar de que está na velocidade recomendada.
Variáveis no cálculo do gotejamento
Apesar das fórmulas existentes, há variáveis que podem influenciar no gotejamento, como a
apresentação dos medicamentos, o que pode gerar estranhamento e insegurança no
momento de realizar o cálculo.

Alguns antibióticos e a insulina, que são frequentemente usados no ambiente hospitalar,


requerem muita atenção, pois são prescritos em UI e podem gerar confusão durante a
administração dessas medicações. Nesse caso, a regra de três também se aplica e não existem
muitas diferenças.

Outros pontos relevantes são as soluções que foram diluídas ou reconstituídas


inadequadamente, que podem se precipitar durante a infusão e entupir o bico do equipo,
gerando complicações clínicas significativas no paciente.

Existem aquelas soluções mais viscosas, em que as gotas se desprendem lentamente do ponto
do equipo, por isso, o tempo calculado pode ser estendido para facilitar a infusão adequada do
medicamento, assim como há também o paciente agitado, que se mexe constantemente e
causa a perda do acesso venoso, demandando recomeço do esquema soro + equipo,
atrasando a infusão dos medicamentos.

Avaliação clínica pós-gotejamento


O cuidado com o paciente perpassa pela avaliação dos sintomas clínicos, a transcrição das
informações relevantes para o prontuário e o acompanhamento do estado de saúde ao longo
dos dias.

Em relação ao gotejamento dos medicamentos, além de observar se a infusão está ocorrendo


conforme esperado, é fundamental retirar o acesso, se não houver necessidade de “correr”
outros medicamentos.

Ainda que não seja cientificamente respaldado, é usual que a equipe de enfermagem
mantenha uma solução fisiológica acoplada ao equipo para não perder o acesso venoso do
paciente, que, muitas vezes, foi bem difícil de conseguir.

Esse processo de fechamento do acesso venoso e a realização dos curativos corretos são
passos fundamentais para evitar contaminação e prolongamento da internação do doente por
motivos preveníveis.

O cálculo do gotejamento é uma das responsabilidades do enfermeiro e, por isso, deve ser
feito com atenção e embasado na prescrição médica. Para tanto, é fundamental que os
profissionais da enfermagem conheçam as regras simples e monitorem o paciente para evitar
quaisquer anormalidades durante essa atividade.

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