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Acesso Venoso Periférico - AVP

● O acesso venoso periférico (AVP) se dá pela introdução de um cateter de


tamanho curto na circulação venosa periférica, sendo uma via capaz de
prover a infusão de grandes volumes ao paciente diretamente na corrente
sanguínea, além a infusão de drogas de efeitos diversos com a obtenção
de rápida resposta.

● Indicações:

Na maioria das vezes, é obtido para fornecer terapias que não podem ser
administradas ou são menos eficazes se administradas por vias alternativas.
Como exemplos, hidratação IV e suporte nutricional podem ser dados a um
paciente com vômitos intensos ou dor abdominal devido a uma condição
cirúrgica.

Certos medicamentos são mais eficazes quando administrados por via


intravenosa devido ao início rápido ou aumento da biodisponibilidade.
Algumas situações clínicas, como parada cardíaca, requerem tratamento com
medicações intravenosas; os hemoderivados devem ser administrados por via
intravenosa.

O acesso periférico é geralmente mais seguro, fácil de obter e menos doloroso


do que o central.

● Contraindicações:
Existem poucas contraindicações para a colocação de cateteres venosos
periféricos. A maioria diz respeito a problemas com a canulação em um local
específico.

A única contraindicação absoluta é quando a terapia apropriada pode ser


fornecida por uma via menos invasiva (por exemplo, oral).

● Cuidados de Enfermagem:

- Observar local da punção/inserção do cateter(dispositivo) quanto à presença


de sinais flogísticos: dor, rubor, calor, edema, perda da função(permeabilidade da
veia);

- Proteger local punção com material impermeável durante o banho;

- Higienizar adaptadores com swab álcool 70% antes de qualquer manipulação;

- Trocar fixação do acesso 1x/dia após o banho ou na presença de


sujidade/umidade, caso não esteja com filme transparente;

- Sempre utilizar luvas de procedimento quando manipular o acesso;

- Na técnica de punção, salinizar (5ml) o acesso antes e depois da introdução do


medicamento.

- Salinizar o acesso uma vez por plantão quando ele não estiver sendo utilizado.

● Escolha do Dispositivo:

Deve considerar:

- Condições clínicas do paciente;

- Planejamento terapêutico;

- Viscosidade da solução;

- Velocidade de administração;

- Calibre da veia;
- Idade do paciente;

- Emergências;

- Administração de contrastes;

● Scalp: Indicado para períodos curtos de uso (Ex: Administração em bôlus);


● Abocath: Indicado para períodos prolongados com o cateter (ex:
Administração de Soro, Internações, etc);

● Inserção do Dispositivo:

- Selecionar a veia se puncionada, garroteando o membro;

- Selecionar dispositivo adequado;

- Higienizar mãos;

- Calçar luvas de procedimento;

- Antissepsia com álcool 70%, com fricção, em movimentos circulares;

- Introduzir agulha com bisel para cima em um ângulo de 15;

- Verificar refluxo de sangue, introduzir cateter e retirar introdutor metálico;

- Soltar garrote e conectar dispositivos acessórios;

- Sorolizar local com SF 0,9%;


- Estabilizar e fixar acesso com técnica asséptica;

- Cobertura com fita/filme transparente;

● Seleção do local:

A seleção do local varia de acordo com as circunstâncias clínicas, a duração


prevista do tratamento e a condição das extremidades.

Em geral, os locais das extremidades distais devem ser usados ​primeiro,


salvando locais mais próximos para canulação subsequente, se necessário.

Dá-se preferência às veias dos membros superiores do antebraço por


acomodar cateteres mais calibrosos:

- Veia cefálica;
- Veia basílica;
- Veias medianas do antebraço e cotovelo;
- Veias do dorso da mão.

Não conseguiu com nenhuma dessas veias, selecione veias dos membros
inferiores:

- Veia safena magna e parva;


- Veias dorsais dos pés.

● Dificuldades de colocar este tipo de acesso:

Dificuldades de colocar um acesso venoso periférico em um adulto incluem


obesidade, baixo peso e inexperiência do profissional.

● Complicações:
Quando realizada de maneira adequada, o acesso venoso periférico é um
procedimento seguro e com poucos riscos graves. No entanto, uma série de
complicações potenciais foram descritas. Dentre as complicações mais
frequentes relacionadas a este procedimento, estão a saída acidental,
obstrução, flebite, até complicações mais graves como tromboflebite,
infiltração, extravasamento, embolia e infecção de corrente sanguínea.

● Acesso Venoso Periférico x Acesso Venoso Central:

A decisão de obter acesso venoso periférico em vez de central depende das


circunstâncias clínicas. Em geral, cateteres periféricos são preferidos quando o
acesso IV é necessário por períodos mais curtos, quando o acesso direto à
circulação central é desnecessário e quando cateteres de calibre menor são
suficientes.

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