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Quais são os tipos de anestesia?

P O S T E D BY   P R O L I F E   O N   MA R Ç O 1 1 , 2 0 2 1

Fazer um procedimento cirúrgico, por mais simples que seja, ainda é algo que
assusta muitas pessoas. Porém, imagine como isso era complicado antes do uso
de anestesias. Procedimentos básicos, como uma simples extração de dente,
deviam se assemelhar a uma tortura.

Usada em uma cirurgia pela primeira vez em 1846, nos EUA, e em 1847, no Brasil, a
anestesia proporcionou que procedimentos cirúrgicos se tornassem mais seguros
e confortáveis, tanto para o paciente, que não sofre mais durante a operação,
quanto para o cirurgião, que consegue conduzir a cirurgia com mais tranquilidade,
pelo fato de não ver seu paciente agonizar e se debater.

Enquanto anestesiado, o paciente tem a ausência de sensações, por isso, não


sente dor. Porém, existem diversos tipos de anestesias, que devem ser usados em
diferentes casos, são eles:

Anestesia Local: é utilizada para impedir a dor em locais específicos do corpo,


além de ser superficial e atingir somente a pele, não os nervos, mantendo o
paciente acordado. É usada em operações simples, como extração de um dente ou
sutura de um corte.

Anestesia Geral: deixa o paciente sem nenhuma consciência e é recomendada em


cirurgias no abdome, peito ou cérebro. Costuma ser utilizada em cirurgias longas e
complexas.

Anestesia Regional (ou Bloqueio): tem como objetivo anestesiar apenas a região
do corpo que será operada, podendo manter o paciente acordado ou não. Quando
aplicadas na região da coluna espinhal, são chamadas de bloqueios do neuroeixo,
e quando aplicadas em outras partes do corpo, são chamadas de bloqueios
periféricos. Entre os bloqueios do neuroeixo estão:

 Raquianestesia: sob seu efeito, o paciente perde a sensibilidade dos membros


inferiores e da região inferior do abdome. Os membros ficam dormentes,
pesados e sem mobilidade. É muito utilizada em procedimentos ortopédicos de
membros inferiores e em cesarianas. É aplicada entre a dura mater e a medula,
tirando sensibilidade e movimento do paciente;
 Anestesia Peridural: é indicada na analgesia para o parto normal e nas cirurgias
que envolvem tórax e abdome. É aplicada no espaço antes da dura mater e tira
a sensibilidade mas mantém o movimento;
 Anestesia Caudal: é semelhante à peridural, porém, é utilizada na pediatria.
Entre tantos tipos, o que mais importa para quem passará por uma cirurgia é que,
felizmente, tudo correrá tranquilamente, sem dores ou desconforto, graças a esta
incrível invenção de mais de 150 anos. Nos próximos artigos do blog, falaremos
mais sobre a anestesia geral e suas diferentes abordagens.

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Tipos de anestesia

Existem basicamente quatro tipos de anestesia: local, plexular,


geral e os bloqueios espinhais. Cada uma serve para um objetivo
específico, e seja por questões de estética ou saúde, é sempre
importante saber o que distingue uma da outra. É importante
salientar que atualmente os procedimentos anestésicos são muito
seguros e seus riscos podem ser muito bem calculados e
controlados.  O Dr. José Rocha Campos Neto, anestesista do
Hospital São Rafael, explica quando e onde são utilizadas cada uma
delas a seguir.
1. Anestesia local
A anestesia local, muito comum em cirurgias mais superficiais,
como na remoção de sinais da pele, age somente na região
aplicada, - única que não possui efeito no sistema nervoso central -
com duração de 1 a 2 horas e o paciente mantém total nível de
consciência.
2. Anestesia plexular
A anestesia plexular é realizada nos plexos nervosos e serve para
a realização de cirurgias nos membros, como braços e pernas, pois
anestesiam somente essas partes. Ela tem duração de 3 a 6 horas.
3. Anestesia geral
A anestesia geral é utilizada em cirurgias onde há necessidade de
se manter o paciente em estágio de inconsciência, relaxamento
muscular e analgesia. Pode ser venosa, inalatória ou combinada,
depende de cada caso.
4. Anestesias espinhais
As anestesias espinhais são divididas basicamente em
duas: raquidiana e peridural, podendo ser combinadas, raqui-
peridural. Em ambos os casos é realizada a injeção de soluções
anestésicas, combinadas ou não com opióides, no neuro-eixo,
produzindo anestesia em apenas alguns segmentos do corpo.
 

É importante ressaltar que as anestesias local, de plexo e bloqueios


podem ser combinadas com sedação para proporcionar mais
conforto aos pacientes durante as intervenções.

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QUAIS SÃO OS TIPOS DE
ANESTESIAS?

Existem basicamente três tipos de anestesia: local, regional e geral.

ANESTESIA REGIONAL

A anestesia regional é um procedimento anestésico que visa anestesiar


apenas a porção do corpo a ser operada, e o paciente pode permanecer
acordado ou sedado. Os tipos de anestesia regional mais utilizados são:

– Anestesia raquidiana (ou raquianestesia).

– Anestesia peridural ou epidural.

– Bloqueio de nervos periféricos.

Anestesia raquidiana

Para realizar a anestesia raquidiana, uma agulha de pequeno calibre é


inserida nas costas, de modo a atingir o espaço subaracnoide, dentro da
coluna espinhal. Em seguida, um anestésico local é injetado dentro do
líquido cefalorraquidiano (líquor). Para que a anestesia seja eficiente, é
necessária somente uma pequena quantidade de anestésico local, sendo
que esta é uma das grandes vantagens da anestesia raquidiana quando
comparada com a peridural, pois, deste modo, o risco de uma intoxicação
por anestésicos locais é muito pequeno.

Neste tipo de anestesia, perde-se a sensibilidade dos membros inferiores


e da zona inferior do abdome. Os membros inferiores ficam dormentes e
pesados, perdendo a mobilidade. 

Este efeito é temporário e desaparece ao fim de duas a três horas,


recuperando totalmente a sensibilidade e a mobilidade.

A raquianestesia é muito usada para procedimentos ortopédicos de


membros inferiores e para cesarianas.

Anestesia peridural

A anestesia epidural (peridural) está indicada na analgesia para o parto


normal e nas cirurgias que envolvem tórax e abdome. Na anestesia
peridural, os anestésicos são injetados pela agulha e pode ser inserido
um fino cateter, que permanecerá no espaço peridural. É através desse
cateter que os anestésicos serão administrados, tanto no período
perioperatório como no período pós-operatório, para controle da dor pós-
operatória nas cirurgias maiores e controle da dor durante o trabalho de
parto.

A anestesia peridural é muito semelhante à raquidiana, porém há


algumas diferenças: o local onde é administrado o anestésico local, o
tipo de agulha e o volume de anestésicos utilizados:

1. Na anestesia peridural o anestésico é injetado na região peridural, que


fica ao redor do canal espinhal, e não dentro do espaço subaracnoide,
como no caso da raquianestesia.

2. Na anestesia peridural, o anestésico é injetado através da agulha e


pode ser implantado um cateter, que permanecerá no espaço peridural.
3. A anestesia peridural pode continuar a ser administrada no pós-
operatório para controle da dor nas primeiras horas após a cirurgia.
Basta manter a infusão de analgésicos pelo cateter.
4. A quantidade de anestésicos administrados é bem menor na
raquidiana.

Em situações normais, não há contato direto nem da agulha nem do


cateter com o líquor.

Anestesia combinada raqui-peridural: combina os dois tipos anteriores,


raquidiana e peridural.

Bloqueios de nervos periféricos: o anestésico local é administrado ao


redor dos nervos responsáveis pela sensibilidade e pelo movimento do
membro onde vai ser realizada a cirurgia. Por exemplo: para uma cirurgia
da mão, é possível anestesiar apenas o braço, administrando anestésico
local ao nível da axila, associado a sedação para melhor conforto do
paciente.

Raquianestesia dá dor de cabeça?

Sim, pode acontecer. Embora a complicação mais comum das


anestesias raquidianas e peridurais seja a dor de cabeça, este evento
diminuiu muito sua ocorrência com o avanço das técnicas anestésicas.

A dor de cabeça ocorre quando há saída de líquor pelo furo feito pela
agulha no canal espinhal. Essa perda de líquido provoca uma redução da
pressão do líquor ao redor de todo o sistema nervoso central, sendo esta
a causa da dor de cabeça.

Hoje em dia, as agulhas são mais finas, o que diminuiu


consideravelmente a chance de dor de cabeça após o procedimento.

O tratamento se dá basicamente com repouso e ingestão de líquidos, e a


dor de cabeça tende a se resolver em
três ou quatro dias.

Versão FEV/2020

A Medicina está em constante evolução e as condutas mais aceitas podem ser alteradas. As

informações desta página foram adaptadas de acordo com as seguintes referências

bibliográficas:

 1. Miller’s anesthesia (8th ed.). Philadelphia, PA: Churchill


Livingstone/Elsevier.

https://www.mdsaude.com/2018/07/cefaleia-pos-raqui.html

https://www.lusiadas.pt/pt/unidades/HospitalLisboa/servicosclinicos/P
aginas/tiposanestesia.aspx

https://www.infoescola.com/medicina/raquianestesia/

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