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Enfermagem Urgência

e Emergência
Enfermeira Milka Iglezias
Urgência x Emergência

 URGÊNCIA
 Agravo à saúde sem risco potencial de morte. É
necessário tratamento médico para não agravar,
mas tem caráter menos imediato.

 EMERGÊNCIA
 Agravo à saúde que implica em risco iminente de
morte ou sofrimento intenso exigindo tratamento
imediato.
Conceito Traumatologia

 É uma especialidade médica, que cuida dos problemas


anatômicos e fisiológicos do sistema locomotor, tem como
foco as lesões ósseas e tendinosas decorrentes de
um trauma.
 As agressões, os homicíos, suicídios, privação ou neglicências são
caracterizados como lesões intencionais, já os acidentes de
transporte, queda de nivel, afogamento, queimaduras entre outos
estão dentro das chamadas lesões não intencionais.
Agentes mecânicos
Agentes físicos
Agentes químicos
Atendimento à vítima de trauma

 A equipe multidisciplinar precisa estar preparada emocionalmente para a


vivência de situações que impactam os serviços de urgência em relação ao
binômio vida e morte. O equilíbrio em lidar com essas situações tem
repercussão na vida do paciente e de seus familiares, que se sentirão
apoiados e mais seguros em relação ao atendimento que recebem da
equipe.
 Rotinas organizacionais, operacionais e técnicas devem ser de
conhecimento de toda a equipe de trabalho da emergência, para que
haja melhor desempenho operacional e alcance da qualidade na
assistência do cliente em situação de urgência.

Avaliação inicial

 Atendimento integral ao indivíduo em estado crítico ou semicrítico;


 Proveniente ou Não proveniente de tratamentos cirúrgicos;
 Hemodinamicamente instáveis.
 Anamnese
• Identificação da pessoa
• Acolhimento da pessoa e família;
• Queixa principal ou problema atual;
• História da Doença Atual;
• Antecendetes clínicos;
• História familiar;
• História pessoal e social;
• Percepção do estado de saúde;
• Padrões de funcionamento dos sistemas orgênicos;

• Alergias;

• Medicamentos atuais;

• Última refeição ingerida;

• Observação atenta do aspecto físico;

• Questionar sobre sintomas;

A avaliação é o 1º passo no processo de Enfermagem. É a chave pra identificar a natureza


patalogia e as necessidades do doente, para encontrar a necesidade de uma intervenção
resposta a esta mesma intervenção por parte do dente.
 As fases de abordagem do paciente vítima de trauma compreendem: avaliação,
acesso a vítima, avaliação primária – A, B, C, D, E – extricação, avaliação secundária
– AMPLA – e transporte.

 Avaliação primária
• Realizada no máximo 45 segundos e tem como objetivo identificar e intervir nas
lesões que comprometam ou venham comprometer a vida da vítima nos instantes
imediatamente após o acidente, tais como:

A: Via aérea
B: Respiração
C: Circulação
D: Disfunção neurológica
E: Exposição do paciente
A- Vias aéreas

 Permeabilidade das vias aéreas e controle de coluna em pacientes


com histórico de trauma
 Avaliar a articulação ou sons apropriados à idade;
 Observar quanto à obstrução da língua;
 Presença de substâncias estranhas na orofaringe: sangue,
secreções, vômito, corpo estranho, resíduos, dentes solto, protése
solta, edema labial ou na boca, pescoço ou orofaringe.
 A obstrução das vias aéreas superiores decorre, em grande parte dos casos da
presença de corpos estranhos ou da oclusão da hipofaringe pela queda da
língua. A adoção de uma das medidas de abertura de VAS permite o acesso à
cavidade orofaringea e a desobstrução da VA (manobra de Chin Lift).
 Todo paciente politraumatizado necessita de oxigênio suplemnetar;
 O objetivo primordial da ventilação é garantir uma adequada oxigenação das
células;
 A utilização de oxigenoterapia sob máscara com reservatório normalmente
para atender às necessidades de um politraumatizado que respira
espontaneamnete;
 A ventilação com ambu e mascara é capaz de atender à demanda inicial de um
paciente com apneia ou com FR < 10 irpm até que um procedimento
avançado de permeabilização de vias possa ser instituido.
B – Respiração

 É o processo no qual ocorre a troca de oxigênio e gás carbônico entre o corpo e o meio
ambinete, através da inspiração e da expiração.

 Deve ser avaliada quanto a frequência, ritmo, profundidade;


• Eupneia – respiração normal
• Bradipneia – respiração lenta
• Taquipneia – respiração acelerada
• Apneia – ausência de respiração
• Dispneia – respiração difícil
• Ortopneia –respiração difícil na posição deitada.
 As variações normais da FR são:
• No adulto (16 – 20 irpm);
• Nas crianças (20 – 25 irpm);
• Nos lactantes (30 – 40 irpm).

 A avaliação da ventilação e respiração identifica as lesões que comprometem a troca de


gases e levam ao sofrimento respiratório. O aumento da frequência respiratória e uso da
musculatura acessória devem chamar-lhe atenção. Outros sinais de comprometimento
respiratório podem estar presentes e identificados na avaliação, como expansibilidade
assimétrica, hematomas e ferimentos.
 O trauma pode comprometer a capacidade de o sistema respiratório fornecer O2 e
eliminar o CO2 das seguintes formas:
 Hipoventilação pode resultar:
• Da falta de estimulo do centro respiratório por depressão neurológica. Ex: TCE,
intoxicação por drogas, fármacos;
• Pode ser causada por obstrução das vias aéreas superiores;
• Pode ser devida à diminuição da expansão pulmonar.
 Hipóxia pode ser:
• Devida a diminuição do fluxo sanguíneo para os alvéolos (hemorragia, choque);
• Devida à incapacidade do ar de chegar aos capilares, geralmnete porque os alvéolos
estão repletos de líquidos ou detritos;
• Pode ocorrer em nível celular por hipofluxo sanguíneo para os tecidos.
Avaliação

 Respiração espontânea;
 Frequência respiratória;
 Padrão respiratório;
 Mobilização simétrica do toráx;
 Recrutamento dos músculos acessórios;
 Integridade da parede torácica;
 Aumento do esforço respiratório;
 Adejo nasal;
 Retrações;
 Cianose labial e dos leitos ungueais.
C – Circulação

 É necessário identificar a presença de pulso, valor da PA ou sinais


indicativos de choque; Alteração de nível de consciência,
taquicardia.

 Alguns sinais são sugestivos de sangramento, podendo ser


percebido durante avaliação, como pele pálida, fria, pegajosa e
sudoreica, perfusão periférica lentificada.
Avaliação

 Cor da pele:
• Palidez;
• Cianose;
• Hidratação
 Temperatura;
 Preenchimeto capilar;
 Sangramento/hemorragia.
 Pulso
 Hipotermia:
 Colapso: de 34ºC – 34,9°C
 Subnormal: 35°C – 35,9°C
 Hipertermia:
• Subfebril: 36,9°C – 37,4°C
• Febril: 37,5°C – 38°C
• Febre: 38,1°C – 39°C
• Pirexia: 39,1°C – 40°C
• Hiperpirexia: acima de 40°C
 Cor e umidade da pele
• Cianose (acumulo de sangue venoso em
 Frequência Cardíaca exposição ao frio, parada cardiorrespiratória,
choque ou morte).
• Adulto: 60 a 80 bpm
• Palidez cutânea (vaso constrição periférica que
• Criança: 100 a 130 bpm ocorre por necessidade de aumento de aporte
• RN: 130 a 140 bpm de sangue para órgãos nobre).
• Pele avermelhada ( vaso dilatação, exposição
calor, queimadura, traumas).
• Pele fria viscosa ( casos de choque)
• Pele amarelada (ictericia)
D – Disfunção neurológica
 A avaliação deve ser suncita, verificando o nível de consciência e as pupilas quanto
ao seu tamanho, simetria e fotorreação.

 Tipos de alterações da consciência: Vigil/ confuso/ estuporoso/ obnubilado/ coma.


E – Exposição do paciente

 Algumas lesões podem passar despercebidas se não investigadas, portanto torna-se


necessário a investigação atráves da exposição do corpo do paciente.
 A roupa deve ser retirada;
 Deve-se cobrir o paciente conforme quadro clínico.
Avaliação secundária
 Exame fisico detalhado (cefalopodálico), e as reavaliações dos sinais vitais.
 Através da sigla AMPLA pode-se obter informações do pacientes:
• A – Alergia a medicamento ou alimento
• M – Medicamentos de uso habitual
• P – Passado médico
• L – Liguidos e alimentos ingeridos nas últimas 2 horas
• A – Ambiente em que ocorreu o evento.
 Após a avaliação secundária e estabilização hemodinâmica, o paciente é encaminhado
para realização de exames. Se o hospital não oferecer recursos necessários deve ser feito a
transferência o mais rápido possível via regulação de vagas do SUS.
Material para atendimento de vítima de trauma
OVACE – Obstrução de vias aéreas por corpos estranhos

 Conduta:
 1. Avaliar a severidade
 Obstrução leve: Paciente capaz de responder se está engasgado. Consegue tossir, falar
e respirar.
 Obstrução grave: Paciente consciente e que não consegue falar. Pode não respirar ou
apresentar respiração ruidosa, tosse silenciosa e/ou inconsciência.
 2. Considerar abordagem específica.
 obstrução leve em paciente responsivo:
 não realizar manobras de desobstrução (não interferir);
 acalmar o paciente;
 incentivar tosse vigorosa;
 monitorar e suporte de O2, se necessário;
 observar atenta e constantemente;
 Obstrução grave em paciente responsivo - executar a manobra de heimlich:
 posicionar-se por trás do paciente, com seus braços à altura da crista ilíaca;
 posicionar uma das mãos fechada, com a face do polegar encostada na parede
abdominal, entre apêndice xifóide e a cicatriz umbilical;
 com a outra mão espalmada sobre a primeira, comprimir o abdome em movimentos
rápidos, direcionados para dentro e pra cima (em j);
 repetir a manobra até a desobstrução ou o paciente tornar-se não responsivo.
 obs: em pacientes obesas e gestantes no último trimestre, realize as compressões
sobre o esterno (linha intermamilar) e não sobre o abdome.
 Obstrução grave em paciente irresponsivo:
 posicionar o paciente em decúbito dorsal em uma superfície rígida;
 diante de irresponsividade e ausência de respiração com pulso, executar compressões
torácicas com objetivo de remoção do corpo estranho;
 abrir vias aéreas, visualizar a cavidade oral e remover o corpo estranho, se visível e
alcançável (com dedos ou pinça);
 se nada encontrado, realizar 1 insuflação e se o ar não passar ou o tórax não expandir,
reposicionar a cabeça e insuflar novamente;
 considerar o transporte imediato mantendo as manobras básicas de desobstrução.

 Realizar contato com a Regulação Médica e passar os dados de forma sistematizada.


 Aguardar orientação da Regulação Médica para procedimentos e/ou transporte para a
unidade de saúde.
Parada respiratória

 Quando suspeitar ou critérios de inclusão:


 Paciente irresponsivo ao estímulo, com respiração agônica ou ausente, com pulso
central palpável.

 Conduta:
• Checar responsividade (tocar os ombros e chamar o paciente em voz alta) e checar a
presença de respiração.
• Se não responsivo e respiração ausente ou gasping, posicionar o paciente em
decúbito dorsal em superfície plana, rígida e seca.
• Solicitar ajuda (DEA).
 Checar pulso central (carotídeo) em 10 segundos.
 Se pulso presente:
 abrir via aérea e aplicar 1 insuflação com bolsa valva-máscara.
 a insuflação de boa qualidade deve ser de 1 segundo e obter visível elevação do tórax.
 instalar suprimento de O2, alto fluxo (10 a 15l/min);
 considerar a instalação da cânula orofaríngea (COF);
 na persistência da PR, realizar 1 insuflação de boa qualidade a cada 5 a 6 segundos
(10 a 12/min);
 verificar a presença de pulso a cada 2 minutos. Na ausência de pulso, iniciar RCP com
compressões torácicas eficientes;

 Se pulso ausente:
 iniciar RCP com compressões torácicas eficientes.
 Iniciar RCP pelas compressões torácicas, mantendo ciclos de:
 30 compressões eficientes (na frequência de 100 a 120/min, deprimindo o tórax em 5 a 6
cm com completo retorno)
 Duas insuflações eficientes (de 1 seg cada e com visível elevação do tórax) com bolsa
valva-máscara com reservatório e oxigênio adicional.

 Assim que o DEA estiver disponível:


 Instalar os eletrodos de adulto do DEA no tórax desnudo e seco do paciente sem
interromper as compressões torácicas;
 Ligar o aparelho;
 Interromper as compressões torácicas apenas quando o equipamento solicitar análise.
Seguir as orientações do aparelho quanto à indicação de choque.
 Se choque for indicado:
 Solicitar que todos se afastem do contato com o paciente;
 Disparar o choque quando indicado pelo DEA;
 Reiniciar imediatamente a RCP após o choque, começando pelas compressões
torácicas, por 2 minutos.

 Após 2 minutos de compressões e insuflações eficientes, checar novamente o ritmo


ritmo com o DEA:
 Se choque for indicado, siga as orientações do equipamento. Em seguida, reinicie
imediatamente a RCP com ciclos de 30 compressões para duas insuflações;
 Se choque não for indicado, checar pulso carotídeo e, se pulso ausente, reiniciar
imediatamente a RCP com ciclos de 30 compressões para duas insuflações.
 Realizar contato com a Regulação Médica e passar os dados de forma
sistematizada.

 Aguardar orientação da Regulação Médica para procedimentos e/ou transporte


para a unidade de saúde.
Cuidados pós-RCP

 Quando suspeitar ou critérios de inclusão: Paciente com retorno da circulação


espontânea após manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar.
 Conduta:
 Manter os eletrodos do DEA instalados no tórax do paciente.
 Otimizar a ventilação e oxigenação com ênfase para:
• manter permeabilidade da via aérea;
• manter a SatO2 ≥ 94%;
 Avaliar sinais vitais.
 Realizar ECG.
 Controlar glicemia.
 Manter atenção para a recorrência de PCR e a necessidade de reiniciar RCP.
 Preparar para o transporte.
 Realizar contato com a Regulação Médica e passar os dados de forma sistematizada.
 Aguardar orientação da Regulação Médica para procedimentos e/ou transporte para
a unidade de saúde.
Choque

 Choque é definido como um estado de oxigenação insuficiente nos tecidos. As


células humanas são vivas, portanto, dependem de nutrição adequada e uma oferta
de oxigênio suficiente para sua sobrevivência.

 O choque pode ter diferentes origens fisiológicas e anatômicas. Cada uma delas
caracteriza um tipo diferente de choque, com variados níveis de gravidade e
tratamentos específicos.
 Quando suspeitar ou critérios de inclusão:

Temperatura da pele Fria, úmida, pegajosa


Coloração da pele Pálida ou cianótica
Pressão arteiral Diminuída (PAS <90mmHg)
Nível de consciência Alterado
Enchimento capilar > 2 seg
Frequência cardíaca Aumentada (> 100bpm)
Frequência respiratória Alterada
Choque Séptico
 Infecção generalizada que causa falência de órgãos e pressão arterial perigosamente
baixa.
 O choque séptico é uma condição com risco de vida causada por uma infecção grave,
localizada ou em todo o sistema, que requer atenção médica imediata.
 Os sintomas incluem pressão arterial baixa, braços e pernas pálidos e gelados,
calafrios, dificuldade respiratória e diminuição da produção de urina. Confusão mental
e desorientação também podem se desenvolver rapidamente.
 O tratamento de emergência pode incluir oxigênio suplementar, fluidos intravenosos,
antibióticos e outros medicamentos.
Choque Hipovolêmico

 O choque hipovolêmico surge quando não existe sangue suficiente para levar o
oxigênio até aos órgãos mais importantes como o coração e cérebro. Normalmente,
este tipo de choque aparece após um acidente quando existe uma hemorragia grave,
que tanto pode ser externa como interna.
 Possíveis sintomas: alguns sintomas incluem dor de cabeça leve, cansaço excessivo,
tonturas, náuseas, pele pálida e fria, sensação de desmaio e lábios azulados.
 Como tratar: quase sempre é necessário fazer uma transfusão de sangue para repor a
quantidade de sangue perdida, assim como tratar a causa que levou ao surgimento da
hemorragia. Por isso, deve-se ir ao hospital se existir suspeita de uma hemorragia.
 Choque Cardiogênico:

 O coração funciona como uma bomba, agindo para impulsionar o sangue até os tecidos
corporais. Dessa forma, quando esse órgão funciona incorretamente, a distribuição de
oxigênio pelo corpo é limitada. O choque cardiogênico normalmente está associado ao
infarto agudo do miocárdio, situação na qual o coração, ou parte dele, para de bombear
corretamente o sangue.
 Possíveis sintomas: normalmente surge palidez, aumento dos batimentos cardíacos,
diminuição da pressão arterial, sonolência e diminuição da quantidade de urina.
 Como tratar: precisa ser tratado o mais rápido possível no hospital para evitar uma
parada cardíaca, sendo necessário ficar internado para fazer medicamentos na veia ou
fazer uma cirurgia cardíaca, por exemplo.
Choque Anafilático

 O choque anafilático acontece em pessoas que têm uma alergia muito grave a alguma
substância, como acontece em alguns casos de alergia a nozes, picadas de abelha ou
pêlo de cachorro, por exemplo. Este tipo de choque provoca uma resposta exagerada
do sistema imune, gerando inflamação do sistema respiratório.

 Como tratar: é necessária uma injeção de adrenalina o mais rápido possível para parar
os sintomas e evitar que a pessoa fique sem conseguir respirar. Dessa forma, é muito
importante ir imediatamente ao pronto-socorro ou chamar ajuda médica, ligando o
192.
 Choque Neurogênico
 O choque neurogênico aparece quando existe uma perda repentina dos sinais nervosos do
sistema nervoso, deixando de enervar os músculos do corpo e os vasos sanguíneos.
Normalmente, este tipo de choque é sinal de problemas graves no cérebro ou na medula
espinhal.

 Possíveis sintomas: podem incluir dificuldade para respirar, diminuição do batimento cardíaco,
tonturas, sensação de desmaio, dor no peito e diminuição da temperatura corporal, por exemplo.

 Como tratar: o tratamento deve ser iniciado rapidamente no hospital com administração de
remédios diretamente na veia para controlar os sintomas e cirurgia para corrigir lesões na medula
ou cérebro, se necessário.
Queimadura

 Queimadura é toda lesão provocada pelo contato direto com alguma fonte de
calor ou frio, produtos químicos, corrente elétrica, radiação, ou mesmo alguns
animais e plantas (como larvas, água-viva, urtiga), entre outros.
 Tipos de queimaduras:

– Queimaduras térmicas: são provocadas por fontes de calor como o fogo, líquidos
ferventes, vapores, objetos quentes e excesso de exposição ao sol;
– Queimaduras químicas: são provocadas por substância química em contato com a pele
pele ou mesmo através das roupas;
– Queimaduras por eletricidade: são provocadas por descargas elétricas.
 Quanto à profundidade, as queimaduras podem ser classificadas como:

– 1º grau: atingem as camadas superficiais da pele. Apresentam vermelhidão, inchaço e dor


local suportável, sem a formação de bolhas;
– 2º grau: atingem as camadas mais profundas da pele. Apresentam bolhas, pele
avermelhada, manchada ou com coloração variável, dor, inchaço, despreendimento de
camadas da pele.
– 3º grau: atingem todas as camadas da pele e podem chegar aos ossos. Apresentam
pouca ou nenhuma dor e a pele branca ou carbonizada.
 Primeiros socorros:

Colocar a parte queimada debaixo da água corrente fria, com jato suave, por,
aproximadamente, dez minutos. Compressas úmidas e frias também são indicadas,
mantenha a queimadura coberta com pano limpo e úmido.
 No caso de queimaduras em grandes extensões do corpo, por substâncias
químicas ou eletricidade, a vítima necessita de cuidados médicos urgentes.

– nunca toque a queimadura com as mãos;


– nunca fure bolhas;
– nunca tente descolar tecidos grudados na pele queimada;
– nunca retire corpos estranhos ou graxa do local queimado;
– nunca coloque manteiga, pó de café, creme dental ou qualquer outra substância sobre a
queimadura – somente o médico sabe o que deve ser aplicado sobre o local afetado.
 Vítima de queimaduras:

• Apague as chamas usando um cobertor ou rolando a vitíma no chão;


• Execute a avaliação primária da vítima;
• Resfrie a região queimada com muita água corrente por 10 a 15 minutos;
• Retire as roupas, relógios e pulseiras que não estiverem grudados;
• Cubra toda a área queimadura com gazes molhadas com SF ou água limpa. Mantendo o
curativo úmido até a chegada ao hospital;
• Se a queimadura for extensa preocupe-se em aquecer a vítima;
• Remova-a para o hospital mais próximo.
 No Choque elétrico deve-se afastar a vitima da fonte de eletricidade com auxílio de
uma madeira ou qualquer outro material isolante.
 Somente após deve-se iniciar as manobras de reanimação cardiorrespiratória nos casos
de PCR, e a área afetada protegida com compressa estéril ou pano limpo.
 Todos os pacientes que sofrem esse tipo de acidente devem ser encamihado para
instituição que possua adequados recursos de saúde.
 Extensão da queimadura (superfície corpórea queimada – SCQ):
 Regra dos nove
 A superfície palmar do paciente (incluindo os dedos) representa cerca de 1% da SCQ.
 Áreas nobres/queimaduras especiais:
• Olhos, orelhas, face, pescoço, mão, pé, região inguinal, grandes articulações (ombro,
axila, cotovelo, punho, articulação coxofemural, joelho e tornozelo) e órgãos genitais,
bem como queimaduras profundas que atinjam estruturas profundas como ossos,
músculos, nervos e/ou vasos desvitalizados.
 Prevenção:
– ao acender um fósforo, mantenha o palito longe do rosto. Assim, se escapar alguma chama, não irá
atingir o cabelo ou a sobrancelha;
– ao acender uma vela, observe se está longe de produtos inflamáveis, como botijões de gás,
solventes ou tecidos;
– manter crianças longe da cozinha durante o preparo dos alimentos, e sempre direcionar o cabo das
panelas para a área do fogão;
– não manipular álcool, querosene, gasolina ou outros líquidos inflamáveis perto do fogo. Esses
produtos devem ser guardados longe do alcance das crianças;
– em festas juninas, dar preferência às fogueiras pequenas, que só devem ser acesas longe de matas,
de depósitos de papel, de produtos inflamáveis ou ventanias.
Escala de coma de Gasglow

 Foi desenvolvida na Universidade de Glasgow, na Escócia, para avaliar situações de trauma,


nomeadamente de traumatismo cranioencefálico, permitindo a identificação de problemas
neurológicos, a avaliação do nível de consciência da pessoa e ainda prever o prognóstico.

 A escala tem três variáveis, que podem ser graduadas de 1 a 5.

 Sendo assim, escore 3 representa o máximo de gravidade, e escore 15 o mínimo.

 Avalia: abertura ocular, reação motora e resposta verbal.

 Além disso, a escala serve como parâmetro para auxiliar na decisão de realizar ou não
procedimentos médicos específicos, como exemplo, intubação do paccciente.

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