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e Emergência
Enfermeira Milka Iglezias
Urgência x Emergência
URGÊNCIA
Agravo à saúde sem risco potencial de morte. É
necessário tratamento médico para não agravar,
mas tem caráter menos imediato.
EMERGÊNCIA
Agravo à saúde que implica em risco iminente de
morte ou sofrimento intenso exigindo tratamento
imediato.
Conceito Traumatologia
Avaliação inicial
• Alergias;
• Medicamentos atuais;
Avaliação primária
• Realizada no máximo 45 segundos e tem como objetivo identificar e intervir nas
lesões que comprometam ou venham comprometer a vida da vítima nos instantes
imediatamente após o acidente, tais como:
A: Via aérea
B: Respiração
C: Circulação
D: Disfunção neurológica
E: Exposição do paciente
A- Vias aéreas
É o processo no qual ocorre a troca de oxigênio e gás carbônico entre o corpo e o meio
ambinete, através da inspiração e da expiração.
Respiração espontânea;
Frequência respiratória;
Padrão respiratório;
Mobilização simétrica do toráx;
Recrutamento dos músculos acessórios;
Integridade da parede torácica;
Aumento do esforço respiratório;
Adejo nasal;
Retrações;
Cianose labial e dos leitos ungueais.
C – Circulação
Cor da pele:
• Palidez;
• Cianose;
• Hidratação
Temperatura;
Preenchimeto capilar;
Sangramento/hemorragia.
Pulso
Hipotermia:
Colapso: de 34ºC – 34,9°C
Subnormal: 35°C – 35,9°C
Hipertermia:
• Subfebril: 36,9°C – 37,4°C
• Febril: 37,5°C – 38°C
• Febre: 38,1°C – 39°C
• Pirexia: 39,1°C – 40°C
• Hiperpirexia: acima de 40°C
Cor e umidade da pele
• Cianose (acumulo de sangue venoso em
Frequência Cardíaca exposição ao frio, parada cardiorrespiratória,
choque ou morte).
• Adulto: 60 a 80 bpm
• Palidez cutânea (vaso constrição periférica que
• Criança: 100 a 130 bpm ocorre por necessidade de aumento de aporte
• RN: 130 a 140 bpm de sangue para órgãos nobre).
• Pele avermelhada ( vaso dilatação, exposição
calor, queimadura, traumas).
• Pele fria viscosa ( casos de choque)
• Pele amarelada (ictericia)
D – Disfunção neurológica
A avaliação deve ser suncita, verificando o nível de consciência e as pupilas quanto
ao seu tamanho, simetria e fotorreação.
Conduta:
1. Avaliar a severidade
Obstrução leve: Paciente capaz de responder se está engasgado. Consegue tossir, falar
e respirar.
Obstrução grave: Paciente consciente e que não consegue falar. Pode não respirar ou
apresentar respiração ruidosa, tosse silenciosa e/ou inconsciência.
2. Considerar abordagem específica.
obstrução leve em paciente responsivo:
não realizar manobras de desobstrução (não interferir);
acalmar o paciente;
incentivar tosse vigorosa;
monitorar e suporte de O2, se necessário;
observar atenta e constantemente;
Obstrução grave em paciente responsivo - executar a manobra de heimlich:
posicionar-se por trás do paciente, com seus braços à altura da crista ilíaca;
posicionar uma das mãos fechada, com a face do polegar encostada na parede
abdominal, entre apêndice xifóide e a cicatriz umbilical;
com a outra mão espalmada sobre a primeira, comprimir o abdome em movimentos
rápidos, direcionados para dentro e pra cima (em j);
repetir a manobra até a desobstrução ou o paciente tornar-se não responsivo.
obs: em pacientes obesas e gestantes no último trimestre, realize as compressões
sobre o esterno (linha intermamilar) e não sobre o abdome.
Obstrução grave em paciente irresponsivo:
posicionar o paciente em decúbito dorsal em uma superfície rígida;
diante de irresponsividade e ausência de respiração com pulso, executar compressões
torácicas com objetivo de remoção do corpo estranho;
abrir vias aéreas, visualizar a cavidade oral e remover o corpo estranho, se visível e
alcançável (com dedos ou pinça);
se nada encontrado, realizar 1 insuflação e se o ar não passar ou o tórax não expandir,
reposicionar a cabeça e insuflar novamente;
considerar o transporte imediato mantendo as manobras básicas de desobstrução.
Conduta:
• Checar responsividade (tocar os ombros e chamar o paciente em voz alta) e checar a
presença de respiração.
• Se não responsivo e respiração ausente ou gasping, posicionar o paciente em
decúbito dorsal em superfície plana, rígida e seca.
• Solicitar ajuda (DEA).
Checar pulso central (carotídeo) em 10 segundos.
Se pulso presente:
abrir via aérea e aplicar 1 insuflação com bolsa valva-máscara.
a insuflação de boa qualidade deve ser de 1 segundo e obter visível elevação do tórax.
instalar suprimento de O2, alto fluxo (10 a 15l/min);
considerar a instalação da cânula orofaríngea (COF);
na persistência da PR, realizar 1 insuflação de boa qualidade a cada 5 a 6 segundos
(10 a 12/min);
verificar a presença de pulso a cada 2 minutos. Na ausência de pulso, iniciar RCP com
compressões torácicas eficientes;
Se pulso ausente:
iniciar RCP com compressões torácicas eficientes.
Iniciar RCP pelas compressões torácicas, mantendo ciclos de:
30 compressões eficientes (na frequência de 100 a 120/min, deprimindo o tórax em 5 a 6
cm com completo retorno)
Duas insuflações eficientes (de 1 seg cada e com visível elevação do tórax) com bolsa
valva-máscara com reservatório e oxigênio adicional.
O choque pode ter diferentes origens fisiológicas e anatômicas. Cada uma delas
caracteriza um tipo diferente de choque, com variados níveis de gravidade e
tratamentos específicos.
Quando suspeitar ou critérios de inclusão:
O choque hipovolêmico surge quando não existe sangue suficiente para levar o
oxigênio até aos órgãos mais importantes como o coração e cérebro. Normalmente,
este tipo de choque aparece após um acidente quando existe uma hemorragia grave,
que tanto pode ser externa como interna.
Possíveis sintomas: alguns sintomas incluem dor de cabeça leve, cansaço excessivo,
tonturas, náuseas, pele pálida e fria, sensação de desmaio e lábios azulados.
Como tratar: quase sempre é necessário fazer uma transfusão de sangue para repor a
quantidade de sangue perdida, assim como tratar a causa que levou ao surgimento da
hemorragia. Por isso, deve-se ir ao hospital se existir suspeita de uma hemorragia.
Choque Cardiogênico:
O coração funciona como uma bomba, agindo para impulsionar o sangue até os tecidos
corporais. Dessa forma, quando esse órgão funciona incorretamente, a distribuição de
oxigênio pelo corpo é limitada. O choque cardiogênico normalmente está associado ao
infarto agudo do miocárdio, situação na qual o coração, ou parte dele, para de bombear
corretamente o sangue.
Possíveis sintomas: normalmente surge palidez, aumento dos batimentos cardíacos,
diminuição da pressão arterial, sonolência e diminuição da quantidade de urina.
Como tratar: precisa ser tratado o mais rápido possível no hospital para evitar uma
parada cardíaca, sendo necessário ficar internado para fazer medicamentos na veia ou
fazer uma cirurgia cardíaca, por exemplo.
Choque Anafilático
O choque anafilático acontece em pessoas que têm uma alergia muito grave a alguma
substância, como acontece em alguns casos de alergia a nozes, picadas de abelha ou
pêlo de cachorro, por exemplo. Este tipo de choque provoca uma resposta exagerada
do sistema imune, gerando inflamação do sistema respiratório.
Como tratar: é necessária uma injeção de adrenalina o mais rápido possível para parar
os sintomas e evitar que a pessoa fique sem conseguir respirar. Dessa forma, é muito
importante ir imediatamente ao pronto-socorro ou chamar ajuda médica, ligando o
192.
Choque Neurogênico
O choque neurogênico aparece quando existe uma perda repentina dos sinais nervosos do
sistema nervoso, deixando de enervar os músculos do corpo e os vasos sanguíneos.
Normalmente, este tipo de choque é sinal de problemas graves no cérebro ou na medula
espinhal.
Possíveis sintomas: podem incluir dificuldade para respirar, diminuição do batimento cardíaco,
tonturas, sensação de desmaio, dor no peito e diminuição da temperatura corporal, por exemplo.
Como tratar: o tratamento deve ser iniciado rapidamente no hospital com administração de
remédios diretamente na veia para controlar os sintomas e cirurgia para corrigir lesões na medula
ou cérebro, se necessário.
Queimadura
Queimadura é toda lesão provocada pelo contato direto com alguma fonte de
calor ou frio, produtos químicos, corrente elétrica, radiação, ou mesmo alguns
animais e plantas (como larvas, água-viva, urtiga), entre outros.
Tipos de queimaduras:
– Queimaduras térmicas: são provocadas por fontes de calor como o fogo, líquidos
ferventes, vapores, objetos quentes e excesso de exposição ao sol;
– Queimaduras químicas: são provocadas por substância química em contato com a pele
pele ou mesmo através das roupas;
– Queimaduras por eletricidade: são provocadas por descargas elétricas.
Quanto à profundidade, as queimaduras podem ser classificadas como:
Colocar a parte queimada debaixo da água corrente fria, com jato suave, por,
aproximadamente, dez minutos. Compressas úmidas e frias também são indicadas,
mantenha a queimadura coberta com pano limpo e úmido.
No caso de queimaduras em grandes extensões do corpo, por substâncias
químicas ou eletricidade, a vítima necessita de cuidados médicos urgentes.
Além disso, a escala serve como parâmetro para auxiliar na decisão de realizar ou não
procedimentos médicos específicos, como exemplo, intubação do paccciente.