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AVALIAÇÃO DE VÍTIMAS

OBJETIVOS
Proporcionar aos participantes conhecimentos
e habilidades que os capacitem a:

1.Definir Análise Primária e Análise


Secundária;

2.Executar as ações que constituem a Análise


Primária e Secundária da vítima;
ANÁLISE PRIMÁRIA
 

Processo ordenado para identificar e


corrigir de imediato, problemas que
ameacem a vida em curto prazo.
PROCEDIMENTOS GERAIS NO
LOCAL DA OCORRÊNCIA
 Utilizar EPI e EPR específicos de acordo com
o tipo de ocorrência;

 Avaliar e assegurar a cena da emergência;

 Avaliar a cinemática do trauma;

 Prestar informações imediatas a Central de


Operações.
ANÁLISE PRIMÁRIA
 
(A)– airway: Estabilizar a coluna cervical manualmente,
constatar responsividade e certificar-se da
permeabilidade das vias aéreas.
(B)- breathing: Verificar respiração.
(C)- circulation: Verificar circulação.
(D)- disability: Realizar exame neurológico.
(E)- exposition: Exposição da vítima.
MANOBRAS DE LIBERAÇÃO DAS VAS
 
1. Manobra de Elevação da Mandíbula:
MANOBRAS DE LIBERAÇÃO DAS VAS
 
2. Manobra de Tração do Queixo:
MANOBRAS DE LIBERAÇÃO DAS VAS
 
3. Manobra de Extensão da Cabeça:
VERIFICAÇÃO DA RESPIRAÇÃO:
1.  “Ver, Ouvir e Sentir”.

Esta verificação
deve durar de 7 a 10
segundos.
     Qualidade da respiração:
Normal;
Superficial ou Profunda;
Rápida ou Lenta. 

Tipo da respiração:
  Regular;
Simétrico;
Ruídos anormais.
(C)- CHECAR CIRCULAÇÃO

Pulso:

É a onda de pressão gerada pelo


batimento cardíaco e propagada ao longo
das artérias.
 
VERIFICAÇÃO DE PULSO CENTRAL
 

 
Regularidade dos batimentos:
Regular ou irregular.

Intensidade dom pulsar da artéria:


Fraco ou forte.

Freqüência qualitativa:
Lento, normal ou rápido.
VERIFICAÇÃO DA PERFUSÃO CAPILAR

Retorna-se em até Normal


2 segundos

Retorna-se após 2 Hemorragia intensa


segundos

Se não retorna Choque - PCR


VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA
RELATIVA DA PELE:

Analise:
1. Temperatura da pele;
2. Umidade da pele; e
3. Coloração da pele.
ALTERAÇÕES NA TEMPERATURA E
UMIDADE DA PELE:

Pele fria, pálida e Perda sanguínea


úmida:
Pele fria e seca: Exposição ao frio

Pele quente e seca: Insolação

Pele quente e úmida: Hipertermia (febre),


intermação
ALTERAÇÕES NA COLORAÇÃO DA PELE:

COR DA PELE MOTIVADOR DE ALTERAÇÕES

Pálida Choque hemodinâmico, ataque


cardíaco, hemorragia.
Cianose Deficiência respiratória, arritmia
(arroxeada) cardíaca, hipóxia, doenças
pulmonares, envenenamentos.
Icterícia  
(amarelada) Doença hepática (fígado)
Hiperemia Hipertensão, insolação, alergias,
(avermelhada) diabetes, choque anafilático.
 
VERIFICAÇÃO DE HEMORRAGIAS:
 
1.   Visualizar a parte anterior do corpo da
vítima;
2.   Apalpar a parte posterior do corpo da
vítima;
3.  Dispensar atenção inicialmente às
hemorragias intensas, direcionando o exame
da cabeça em direção aos pés;
4.  Procurar por poças e manchas de
sangue nas vestes.
POSTURAS DE DECORTICAÇÃO
POSTURAS DE DESCEREBRAÇÃO
AVALIAÇÃO DAS PUPILAS
1. Observar a reação das
pupilas à luz, classificando-as
em: reativas ou arreativas;
2.  Observar a simetria entre
as pupilas classificando-as
em: isocóricas ou
anisocóricas;
3. Observar o tamanho das
pupilas classificando-as em:
midriáticas (midríase) ou
mióticas (miose).
   
ALTERAÇÕES PUPILARES
 

Midríase Morte cerebral


paralítica:

Miose: Uso de alguns tipos de drogas

Anisocoria: Lesão cerebral


  localizada devido
a TCE, AVC
EXPOSIÇÃO DA VÍTIMA:
1. Informar à vítima e/ou responsável sobre o
procedimento que será efetuado.
2.   Executar a exposição do corpo da vítima
somente quando indispensável para identificar
sinais de lesões ou de emergências clínicas.
3.   Evitar tempo demasiado de exposição,
prevenindo a hipotermia.
4. Cobrir com manta aluminizada ou cobertor
ou lençóis limpos.
5.Garantir privacidade da vítima, evitando
expor desnecessariamente as partes íntimas
de seu corpo.
6. Respeitar as objeções da vítima, por
motivos pessoais, incluindo religiosos, desde
que isso não implique em prejuízo para o
atendimento com conseqüente risco de vida.
7. Evitar danos desnecessários ao remover
vestes e/ou calçados;

8. Relacionar os pertences do acidentado,


mesmo danificados, e entregar no hospital, à
pessoa responsável pela vítima devidamente
identificada ou à Chefia de Enfermagem, no
hospital.
DECISÃO DE TRANSPORTE IMEDIATO:
1. Obstrução respiratória que não pode ser
facilmente permeada por métodos
mecânicos;
2. Parada cardiorespiratória;
3  Evidência de estado de choque;
4. Trauma de crânio;
5. Dificuldade respiratória provocada por
trauma no tórax ou face;
6.  Ferimentos penetrantes em cavidades;
7.   Queimadura da face;
8.   Parto complicado;
9.   Envenenamento;
10. Acidentes com animais peçonhentos;
11. Sinais de lesões internas geradas por
trauma violento.
Ao término da Análise Primária
devemos:

Aplicar o Colar Cervical, nas


vítimas de trauma, com técnica
adequada.
ANÁLISE SECUNDÁRIA

Processo ordenado que visa descobrir


lesões ou problemas clínicos que, se não
tratados, poderão ameaçar a vida, através
da interpretação dos achados na
verificação dos sinais vitais, exame físico
e na entrevista.
SINAL

É tudo aquilo que o socorrista pode


observar ou sentir na vítima
enquanto a examina, utilizando os
sentidos (tato, visão, audição e
olfato) como recurso. Dados
objetivos.
SINTOMA

É tudo aquilo que o socorrista não


consegue observar ou sentir na vítima,
mas que esta pode relatar sobre si.
Dados subjetivos.
VERIFICAÇÃO DOS SINAIS VITAIS

- FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA;
- FREQUÊNCIA CARDÍACA;
- PRESSÃO ARTERIAL.
EXAME DA CABEÇA AOS PÉS

Refere-se à apalpação e inspeção visuais realizadas


pelo socorrista, de forma padronizada, buscando
identificar na vítima, sinais de uma lesão ou
problema médico.
Proceder ao exame da cabeça aos pés,
observando:

Cabeça:
- Ferimentos ou deformidades;
- Crepitação óssea;
- Secreção pela boca, nariz e/ou ouvidos;
- Hálito;
- Dentes quebrados, próteses dentárias;
Pescoço:

- Ferimentos ou deformidades;
- Estase jugular, comuns no pneumotórax
hipertensivo e tamponamento pericárdico;
- Desvio de traquéia, comum em lesão direta no
pescoço ou pneumotórax hipertensivo;
- Resistência ou dor ao movimento;
- Crepitação óssea;
- Enfisema subcutâneo, em conseqüência de
lesão nas vias aéreas.
Tórax e costas:

- Ferimentos e deformidades;
- Respiração difícil;
- Alteração da expansibilidade;
- Crepitação óssea;
- Enfisema subcutâneo, em conseqüência
de lesão nas vias aéreas.
Abdome:
Ferimentos (contusões, escoriações, etc.);
Dor à palpação;
Rigidez da parede abdominal (abdome em
tábua).
Pelve e nádegas:
Ferimentos ou deformidades;
Dor à palpação;
Crepitação óssea;
Instabilidade da estrutura óssea.
Extremidades inferiores e superiores:

- Ferimentos ou deformidades;
- Pulso distal (extremidades superiores -
artéria radial; extremidades inferiores -
artéria pediosa);
- Resposta neurológica (insensibilidade,
formigamentos) para avaliar lesão de
nervos;
Extremidades inferiores e superiores:

- Avaliar a motricidade e a força muscular para


verificar lesão de nervos ou músculos;
- Perfusão capilar, para avaliar lesão arterial ou
sinais de choque;
- Verificar temperatura e coloração da pele,
para avaliar lesão vascular.
ENTREVISTA - ANÁLISE SUBJETIVA
 
Usar a regra mnemônica A M P L A:
 
 
(A) Alergias;
(M) Medicamentos em uso;
(P) Problemas antecedentes;
(L) Líquidos e alimentos ingeridos;
(A) Ambiente, local da cena.
Estar sempre preparado para atender uma emergência

Atender rapidamente, mas com segurança

Estar certo de que o local da emergência esta seguro

Garantir o acesso ao paciente

Transportar o paciente ao os adequado


COOPERATIVO

INICIATIVA

CAPACIDADE DE LIDERANÇA

ESTABILIDADE EMOCIONAL

IMPROVISAÇÃO

DISCRIÇÃO
São sinais básicos para a manutenção da vida
Se não há sinais de consciência,
respiração e circulação, inicie o
RCP
RCP
DIFERENÇA NO USO DAS MÃOS
DE ACORDO COM A FAIXA ETÁRIA
Fratura de
fêmur ou
quadril
QUEIMADURAS
Queimaduras

• É uma lesão produzia no tecido de


revestimento (pele), causada por:

agentes químicos, físicos (frio e calor) e


por eletricidade lesando a pele em
extensão e profundidade.
principais causas
• Térmicas- por calor ( fogo, vapores
quentes, objetos pelo frio).
• Química- substâncias causticas.
• Elétricos- energizados e descarga
elétricas.
• Substância Radioativas- césio, níquel,
raios ultravioletas (Sol).
Conseqüências

?
Importante em relação as
queimaduras
• Levar em consideração:

• A extensão e a Localização da
queimadura
• Extensão da queimadura – complicação para o
organismo humano, possibilidade de choque
hipovolêmico.

• Localização da queimadura – na face obstrução


das VAS.

• Região genital – dor intensa e infecções.

• outros fatores – idade da vitima, idosas, crianças,


pessoas enfermas.
QUEIMADURA DE 1º GRAU

• Dor;
• Vermelhidão local.
QUEIMADURA DE 2º GRAU

•Dor;
•Vermelhidão;
•Bolhas.

Tentativa de suicídio provocada por álcool líquido.


Queimadura de 3º grau provocada por
derramamento de gasolina durante
conserto de automóvel com escapamento
e motor aquecidos
Cálculo de
extensão da área
queimada pela
regra dos nove
QUANTO A EXTENSÃO
Escarotomia em queimadura de
extremidades
PROCEDIMENTOS
EM
QUEIMADURAS
TÉRMICAS POR
CALOR
RESFRIAMENTO
PROTEGER EXTREMIDADES
O que nunca fazer!

• Furar bolhas;
• Remover vestes aderidas à
queimadura;
• Passar sobre a queimadura
quaisquer tipos de substâncias;
• Utilizar gelo sobre a queimadura;
• Dar líquidos para a vítima beber.
Filme
QUEIMADURAS
QUÍMICAS
QUEIMADURA QUÍMICA

• Ácidos sulfúrico,
muriático, etc
• Soda Cáustica.
• Cal virgem.
TRATAMENTO

• Irrigar a área
afetada em água
corrente no mínimo
15 minutos.
Acidentes
com produtos
secos ou em

REMOVER O MÁXIMO DE
PRODUTO POSSÍVEL
IRRIGAR O LOCAL COM ÁGUA EM
ABUNDÂNCIA
ACIDENTES COM
ELETRICIDADE
ACIDENTE COM ELETRICIDADE
Obstrução pela Batimentos cardíacos Inconsciência
retração da língua irregulares ou parada cardíaca

Problemas de visão Paralisias

Dificuldade ou parada PONTO ENTRADA


respiratória

Possibilidade de
convulsões

Elevação da
pressão arterial

Fraturas
PONTO
SAÍDA
PROBLEMAS PRODUZIDOS POR
DESCARGA ELÉTRICA SÃO:
• Parada respiratória ou cárdiorespiratória;
• Dano ao sistema nervoso central;
• Lesões em órgão internos;
• Queimaduras;
• Traumas associados.
MORDIDA EM FIO ELÉTRICO
DESENCAPADO
CHOQUE ELÉTRICO
• É O CONJUNTO DE PERTUBAÇÕES DE
NATUREZA E EFEITOS DIVERSOS,
QUE SE MANIFESTAM NO
ORGANISMO ANIMAL OU HUMANO,
QUANDO ESTE É PERCORRIDO POR
CORRENTE ELÉTRICA.
•FATORES
RESPONSÁVEIS
PELA LESÕES
TRAJETO DA CORRENTE NO
CORPO HUMANO

• O perigo está em função dos


tipos de entrada e saída da
corrente através do corpo.
trajeto da corrente elétrica

Locais de entrada e saída da eletricidade


SAÍDA DA ELETRICIDADE
TEMPO DE CONTATO

• É A DURAÇÃO DA PASSAGEM DA
CORRENTE NO ORGANISMO. OS RISCOS
AUMENTAM PELA PROLONGAÇÃO DO
TEMPO DE CONTATO.
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
• Tomar cuidado para não si tornar vítima;
• Fazer o corte da energia;
• Afasta o mais rápido a vítima dos cabos
energizados;
• Nunca usar as mãos nuas ou objeto metálico
para interromper um circuito;
• Verificar se o desligamento da corrente
elétrica não pode causar a queda da vítima,
se for o caso procurar um meio de ampará-
la.
USO DO EPI
O Socorrista deve equipar-se com botas e
luvas de borracha, colocando sobre esta
uma luva para trabalho pesado.
RETIRADA DE CABOS E FIOS
• Afastar a vítima do contato elétrico
empregando vara, pano ou material
isolante;
• Pode –se utilizar o croque, puxando a
vítima pela roupa ou;
• Puxar os condutores elétricos
afastando-a da vítima.
UTILIZAR O CROQUE
FIOS EM VEÍCULOS

• Orientar as vítimas a permanecerem


no veículo
• Se houver um fio chicoteando, tente
estabilizá-lo com o estepe.
LOCAIS ELEVADOS

• Caso a vítima estiver eletrocutada


em locais elevados, como postes e
torres de alta tensão. O socorrista
deve armar dispositivo que permita
aparar a queda.
CUIDADOS
• Considerar todo cabo elétrico como
energizados.
• Os cabos de maior tensão ficam na
parte mais alta dos postes.
• Usar EPI adequado.
• Isolar a área energizada.
• Verificar se a luva não está furada.
• Cuidado com arcos voltaicos.
Arco voltaico

• O arco voltaico ocorre quando a


energia elétrica procura um
caminho para “terra” e salta de um
ponto energizado para um
condutor em contato com o solo

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