AVALIAÇÃO DA VÍTIMA

(Análise Secundária)

Instrutor:
Cleiton Dusinski

Atualizado em: 02/07/2013

 AVALIAÇÃO DA VÍTIMA (Análise Secundária)

OBJETIVOS
Proporcionar aos participantes conhecimentos e habilidades que os
capacitem a:
1. Definir Análise Secundária (Cn);
2. Definir sinais e sintomas (Cn); e
3. Executar as ações que constituem a Análise Secundária da
vítima (Ap).
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ROTEIRO

1. Avaliação da Vítima - Análise Secundária;

2. Sinais e Sintomas;
3. Análise Secundária Objetiva; e
4. Análise Secundária Subjetiva.
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ANÁLISE SECUNDÁRIA
É o exame ordenado realizado pelo socorrista para obter informações
sobre o estado da vítima e descobrir lesões ou problemas clínicos que,
se não tratados, poderão ameaçar a vida da vítima.

O objetivo da avaliação secundária é a identificação de lesões ou

problemas de menor gravidade não identificados na avaliação primária
para determinar o tratamento mais adequado.
A análise secundária é realizada após a resolução dos problemas
detectados na análise primária. Ela pode ser realizada no local da
ocorrência ou, nos casos de vítimas graves, durante o transporte ao
hospital.
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SINAIS E SINTOMAS
Formas peculiares de manifestação de uma lesão ou doença podem
ajudar o socorrista a descobrir o tipo de problema que afeta a vítima

SINAIS
É o que socorrista descobre fazendo o reconhecimento objetivo
utilizando seus sentidos (visão, tato, audição e olfato) ao examinar
uma vítima.
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Quais sinais podem ser vistos pelo socorrista?

- Movimentos respiratórios.
- Coloração da pele.
- Hemorragia externa ou sinais de hemorragia interna do abdômen
(tensão exagerada em um quadrante ou hematoma expansivo).

- Lesões da pele como escoriações, queimaduras, contusões,

hematomas, lacerações e ferimentos penetrantes.
- Inchaço ou deformidade de ossos.
- Qualquer coisa que não “pareça certa”.
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Quais sinais podem ser ouvidos pelo socorrista?

- Ruídos estranhos durante a respiração.

Quais sinais podem ser sentidos pelo socorrista (tato)?

- Batimentos cardíacos.
- Crepitação óssea, movimento incomum.

Quais sinais podem ser sentidos pelo socorrista (odor)?

- Álcool, drogas, medicamentos, fezes, urina, etc.
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Sinais de Lesão:
- Sangramento, inchaço (edema), aumento de sensibilidade ou
deformação.
Sinais de Doença:
- Pele pálida ou avermelhada, suor, temperatura elevada e pulso
rápido.
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SINTOMAS
É o que a vítima relata sentir.

Pode ser necessário fazer perguntas à vítima para definir a presença ou

ausência de sintomas.
Uma boa sugestão é perguntar à vítima consciente se ela sente dor e
exatamente onde.
O socorrista, então, examina a região indicada, procurando descobrir
possíveis lesões por trauma.
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SINTOMAS
ATENÇÃO:
Dor intensa numa região pode mascarar outra enfermidade mais
séria, embora menos dolorosa.

Além da dor, os outros sintomas que podem ajudar no diagnóstico

incluem náuseas, vertigem, calor, frio, fraqueza e sensação de mal-
estar.
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ETAPAS DA ANÁLISE SECUNDÁRIA

Uma parte da análise é objetiva, por intermédio da avaliação dos
sinais vitais e do exame físico realizado no sentido da cabeça aos pés
da vítima, e a outra é subjetiva, através de dados colhidos em
entrevista.
ATENÇÃO!
É prudente, informar a vítima sobre os procedimentos que estão
sendo realizados nela.
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ANÁLISE SECUNDÁRIA OBJETIVA

Avaliação dos sinais apresentados pela vítima.

Avaliação da Freqüência Respiratória:

- Palpar o pulso radial;

- Movimentos toráxicos 30 seg x 2;
- Se movimentos irregulares = 1 min.
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ANÁLISE SECUNDÁRIA OBJETIVA

Avaliação da Freqüência Respiratória:

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ANÁLISE SECUNDÁRIA OBJETIVA

Avaliação da Profundidade da Respiração:

Normal - Expansão torácica normal;

- Expansão torácica superficial; pouco volume de
Superficial
ar trocado;
- Grande Expansão torácica; muito volume de ar
Profunda
trocado.
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ANÁLISE SECUNDÁRIA OBJETIVA

Avaliação do Ritmo da Respiração:

Regular - Quando o intervalo é semelhante;

Irregular - Quando o intervalo é variável.

Avaliação dos Sons da Respiração:

- Sem ruídos estranhos;
- Com ruídos estranhos.
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ANÁLISE SECUNDÁRIA OBJETIVA

Avaliação da Freqüência Cardíaca:

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ANÁLISE SECUNDÁRIA OBJETIVA

Ritmo da Freqüência Cardíaca:

Regular Intervalos Iguais

Irregular Intervalos Diferentes

Intensidade da Frequência Cardíaca

Forte Fácil Detecção

Fraco Difícil Detecção
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ANÁLISE SECUNDÁRIA OBJETIVA

Avaliação da Pressão Arterial (PA):

Idade PA
Recém Nascido 52/30 mmHg
4 anos 85/60 mmHg
6 anos 95/62 mmHg
10 anos 100/65 mmHg
12 anos 108/67 mmHg
OBS: Pulso radial palpável – PA maior ou igual a 80 mmHg
16 anos 118/75 mmHg
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ANÁLISE SECUNDÁRIA OBJETIVA

Avaliação da Temperatura Corporal:

Temperatura Situação
36,2 a 36,8 ºC Normal
Abaixo de 36,2 ºC Hipotermia
Acima de 36,8 ºC Hipertermia (febre)
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ANÁLISE SECUNDÁRIA OBJETIVA

Avaliação da Temperatura e Umidade da Pele:

Pele Provável Problema

Fria e úmida Traumatismo, Hemorragia, Estado de Choque
Fria e seca Exposição ao frio (Hipotermia)
Quente e seca Hipertermia (febre), Insolação
Quente e úmida Hipertermia (febre), Intermação
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ANÁLISE SECUNDÁRIA OBJETIVA

Avaliação da Coloração da Pele:

Coloração Provável Problema

Pálida Choque hemodinâmico, ataque cardíaco,

hemorragia
Cianótica Deficiência respiratória, arritmia cardíaca, hipóxia,
(Arroxeada) doenças pulmonares, envenenamentos.
Icterícia Doença hepática (fígado)
(Amarelada)
Hiperemia Hipertensão, insolação, alergias, diabetes, choque
(Avermelhada) anafilático.
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ANÁLISE SECUNDÁRIA OBJETIVA

Exame da Cabeça aos Pés:

Apalpação e inspeção visual realizadas pelo socorrista, de forma
padronizada, buscando identificar na vítima, sinais de uma lesão ou
problema médico.
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ANÁLISE SECUNDÁRIA OBJETIVA

Exame da Cabeça:
- Ferimentos, afundamentos, deformidades e
crepitação óssea;
- Secreção pela boca, nariz e/ou orelhas;
- Boca: Hálito, dentes quebrados, próteses
dentárias, corpos estranhos;
- Cor e temperatura da pele;
- Olhos (diâmetro das pupilas), pálpebras
descoloridas, equimoses (arroxeado) ao redor
dos olhos;
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ANÁLISE SECUNDÁRIA OBJETIVA

Exame da Cabeça:
- Avaliar a coluna cervical, procurando sangramentos, deformidades,
pontos dolorosos à palpação, etc.
- Avaliar a região do pescoço,
verificando se há desvios de
traquéia.
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ANÁLISE SECUNDÁRIA OBJETIVA

Exame Tórax e Dorso:
- Ferimentos e deformidades;
- Respiração difícil;
- Alteração da expansibilidade;
- Crepitação óssea; e
- Enfisema subcutâneo (ar no tecido subcutâneo), em conseqüência de
lesão nas vias aéreas.
OBS: Para examinar dorso, é recomendado virar a vítima em bloco até
90˚.
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ANÁLISE SECUNDÁRIA OBJETIVA

Exame do Abdômen (Quadrantes):
- Ferimentos (contusões,
escoriações, etc.);
- Dor à palpação; e

- Rigidez da parede abdominal (abdômen em tábua).

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ANÁLISE SECUNDÁRIA OBJETIVA

Exame da Pelve e Nádegas:
- Ferimentos ou deformidades;
- Dor à palpação;
- Crepitação óssea; e
- Instabilidade da estrutura
óssea (cintura pélvica).
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ANÁLISE SECUNDÁRIA OBJETIVA

Exame dos Membros Superiores e Inferiores:
- Ferimentos, pontos dolorosos, deformidades;
- Pulso distal;
- Resposta neurológica (insensibilidade,
formigamentos) para avaliar lesão de nervos;
- Perfusão capilar; e
- Verificar temperatura e coloração da pele.
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ANÁLISE SECUNDÁRIA SUBJETIVA (ENTREVISTA)

Nome e idade da vítima (se for menor, contatar os pais ou um adulto
responsável).
Questionamento direto à vítima, testemunhas ou familiares acerca da
natureza do acidente, da enfermidade ou tipo de lesão.

Roteiro: SAMPLA ou SAMPUM (usados por alguns órgãos).

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ANÁLISE SECUNDÁRIA SUBJETIVA (ENTREVISTA)

S Sintomas
A Alergias
M Medicamentos em Uso
P Problemas de Saúde Antecedentes
L/U Líquidos e Alimentos Ingeridos / Última Refeição
A/M Ambiente / Mecanismo da Lesão
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ANÁLISE SECUNDÁRIA SUBJETIVA (ENTREVISTA)

S - Sintomas
De que a vítima se queixa?
A – Alergias
Alergias a alimentos, medicamentos, pós, gases inalados ou qualquer
substância que ela saiba ser alérgica ou que teve contato.

M – Medicamento em Uso
Se a vítima está fazendo uso de medicamentos prescritos ou não. Em
caso positivo, qual nome, tipo, destinado a que problema e hora que
tomou.
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ANÁLISE SECUNDÁRIA SUBJETIVA (ENTREVISTA)

P – Problemas de Saúde Antecedentes
Se a vítima sofre de alguma doença crônica (diabetes, cardíaco, renal
crônico)? Já teve distúrbios semelhantes? Quando? Como ocorre?
Quais os sinais e sintomas presentes? Sofreu internações
hospitalares? Fez alguma cirurgia recentemente?

L - Líquidos e alimentos ingeridos / U - Última refeição:

Quando a vítima se alimentou pela última vez? O que comeu? O que
bebeu? (alguns alimentos podem causar conseqüências no organismo
ou agravar a condição clínica da vítima. E pode ser necessário
cirurgia).
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ANÁLISE SECUNDÁRIA SUBJETIVA (ENTREVISTA)

A - Ambiente / M - Mecanismo da lesão
Elementos presentes na cena da emergência que podem dar
indicações do tipo de problema apresentado ou o seu agravamento
(aplicadores de drogas, frascos de medicamentos, vômitos, presença
de gases, etc.)
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ROTEIRO

1. Avaliação da Vítima - Análise Secundária;

2. Sinais e Sintomas;
3. Análise Secundária Objetiva; e
4. Análise Secundária Subjetiva.
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OBJETIVOS
Proporcionar aos participantes conhecimentos e habilidades que os
capacitem a:
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2. Definir sinais e sintomas (Cn); e
3. Executar as ações que constituem a Análise Secundária da
vítima (Ap).