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PRIMEIROS SOCORROS

Segundo a O.M.S, primeiros socorros são procedimentos de emergência que visam


manter as funções vitais e evitar o agravamento de uma pessoa as vítimas de acidentes,
feridas, inconsciente ou em perigo de vida, até que ela receba assistência qualificada.

QUAIS SÃO OS PRIMEIROS SOCORROS

1. Fazer massagem cardíaca, a massagem cardíaca é um procedimento indicado


para casos nos quais a vítima teve uma parada cardíaca.
2. Desengasgar
3. Estancar sangramento
4. Amenizar queimaduras
5. Desafogar
6. Fazer transporte de vítimas
7. Cuidar de fracturas ósseas

O seja:

1. Afogamento
2. Asfixia
3. Queimadura
4. Choque
5. Envenenamento
6. Fractura
7. Desmaio
8. Ataque epiléptico
9. Paragem cardiorrespiratória

ORDEM DOS PRIMEIROS SOCORROS

1. Manter a calma
2. Garantir a segurança
3. Pedir socorro
4. Verificar a situação

KIT DE PRIMEIRO SOCORRO

1. Termómetro
2. Esfigmomanómetro e estetoscópio
3. Kit de pequena cirurgia
4. Embalagem de soro fisiológico
5. Solução antisséptica para feridas
6. Ataduras (ligadura)
7. 1 Rolo de esparadrapo (adesivo)
8. Embalagem de algodão
9. Colar cervical
10. Luvas cirúrgicas e de procedimento
11. Óculos de protecção, tala de imobilização, mascara para protecção facial

QUAIS SÃO OS TRÊS OBJECTIVOS DOS PRIMEIROS SOCORROS

1. Minimizar o risco de outras lesões e complicações a vitima, e evitar focos de


infecções
2. Deixar a vítima o mais calma e confortável possível
3. Providenciar atendimento especializado o mais precoce possível e providenciar
o transporte adequado a vítima.

O principal objectivo dos primeiros socorros são evitar a piora do quadro e manter os
sinais vitais da pessoa enquanto os médicos socorristas não chegam ao local.

10 REGRAS FUNDAMENTAIS DE PRIMEIROS SOCORROS

1. Avalie a situação
2. Não entre em pânico
3. Preste atenção no estado da vítima
4. Nunca dê nada para vítimas inconscientes
5. Nunca faça algo que não tenha certeza
6. Estanque o sague
7. Lave as queimaduras
8. Certifique-se sempre que a vitima esta respirando
9. Não toque as vítimas de choque eléctrico
10. Espere

SINAIS VITAIS (SSVV)

Sinais vitais são medidos corporais básicas, essências para que o corpo funcione bem.
Essas medidas devem ser realizadas no atendimento pré- hospitalar, pois servem para
estabelecer seus padrões basais, diagnosticar o início de uma possível enfermidade,
acompanhar a evolução do paciente e orientar o melhor tratamento ao individuo.

São uma maneira rápida e eficiente de controlar a condição de um paciente ou


identificar problemas e avaliar a resposta do paciente a intervenção.

TIPOS DE SINAIS VITAIS

Temperatura T (graus celsius ºc)

Pulso-P (Batimento por minuto-bpm)

Respiração-R (respiração por minuto-rpm)

Pressão arterial-PA (milímetro de mercúrio-mmHg)


1-TEMPERATURA

Conceito; é o grau de calor do corpo

Varia de acordo com o local verificado

Axilar (36 a 37ºc)

Inguinal (36 a 36,8ºc)

Bucal (36,1 a 38ºc)

Retal (37ºc a 37,2ºc)

TERMINOLOGIA BÁSICA

Normotermia : temperatura normal

Afebril : sem elevação de temperatura

Febricola : temperatura de 37.3 á 37.7 ºc

Febre ou hipertemia : temperatura aparte de 38ºc

Hiperpirexia: temperatura a parte de 41ºc

Hipotermia: temperatura baixo do normal.

MATERIAL

Termómetro,

Bolas de algodão,

Relógio,

Recipiente com álcool a 70%,

Bloco de anotações.

INTERVENÇÕES

1. Lavar as mãos,
2. Explicar ao paciente o que será feito,
3. Desenfeitar o termómetro com o algodão 70% e verificar se acoluna do mercúrio
esta a baixo de 35% .
4. Desenfeitar assialia,
5. Colocar o termómetro no paciente ao pedir para comprimir o braço de encontro
ao corpo.
6. Retirar o termómetro após 3 minutos.
7. Desenfeitar o termómetro e sacudi-lo com movimento circular até que culuma
do mercúrio deixa baixo de 35ºc.

2- PULSO

Variação

Homem( 60-70)

Mulher(65-80)

Criança(120-130)

Lactente(125-130)

LOCAIS DE VERIFICAÇÃO

Artéria temporal

Artéria carótida

Artéria axilar

Artéria braquial

Artéria radial

Artéria femoral

Artéria pedis dorsal (pediosa)

TERMINOLOGIA

Taquisfgmia: Pulso fino e taquicárdico

Bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico

Taquicardia: frequência cardíaca acima do normal

Bradicardia: frequência cardíaca abaixo do normal

INTERVENÇÕES

1. Lavar as mãos
2. Explicar ao paciente o que será feito
3. Manter o paciente confortável, sentado ou deitado
4. Manter o braço do paciente apoiado na cama, na mesa ou no colo e colocar a
palma da mão voltada para baixo
5. Procurar sentir o pulso, colocando o dedo indicador e fazendo leve pressão
contra a artéria e o polegar atrás do pulso do paciente.
6. Ao sentir as pulsações, conta-las durante 1 minuto
7. Anotar

3-RESPIRAÇÃO

Variação

Adulto (16-20)

Criança (20-25)

Lactente (30-40)

TERMINOLOGIA BÁSICA

Eupneia: respiração normal

Taquipneia: respiração rápida e superficial

Bradipneia: diminuição do número de respiração por minutos, ritmo lento

Apneia: parada respiratória

Dispneia: dor ou dificuldade ao respirar

INTERVENÇÃO

1. Lavar as mãos
2. Deitar o paciente sentado ou deitado
3. Observar a subida e a descida do toráx ou do abdomém e contar durante 1
minuto

4- PRESSÃO ARTERIAL

É a pressão que o sangue vai exercer no interior das arteriais.

A pressão arterial é considerada elevada se, em repouso, a pressão diastolica for


superior a 90mmHg e ou a pressão sistólica for superior a 140mmHg.

TERMINOLOGIA BÁSICA

Hipertensão: pressão acima da média.

Hipotensão: pressão arterial abaixo da média.

Material

Aparelho de verificar a pressão arterial

Luvas

Intervenção
1. Lavar as mãos
2. Explicar ao paciente o que será feito
3. Manter o paciente sentado ou deitado, com o braço apoiado e a palma da mão
virada para cima
4. Expor o braço do paciente
5. Colocar o manguito 4cm acima da prega do cotovelo, prendendo-o, sem apertar
demasiado nem deixar muito frouxo
6. Colocar o marcador de modo que fique visível
7. Localizar com os dedos a artéria braquial, na dobra do cotovelo
8. Colocar sobre a artéria o diafragma do estetoscópio e as olivas no ouvido
9. Fechar a válvula de ar e insuflar rapidamente o manguito até o desaparecimento
do pulso braquial
10. Abrir a válvula vagarosamente para a liberação do ar
11. Observar no marcador o ponto em que são ouvidos os primeiros batimentos
(pressão sistólica)
12. Observar o ponto em que o som foi ouvido por último ou sofrer uma mudança
nítida (pressão diastólica)
13. Retirar todo o ar do manguito
14. Anotar.

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

É o caminho ou a forma como o medicamento entra em contacto com o organismo, para


exercer a sua actividade farmacológica

TIPOS DE VIA DE ADMINISTRAÇÃO

Via entérica e parentérica

VIA ENTÉRICA: ocorre quando o medicamento entra em contacto com qualquer um


dos segmentos do trato gastrointestinal. São via oral, sublingual, retal.

VIA PARENTÉRICA: é aquela realizada fora do trato gastrointestinal e é representada


pelas vias Endovenosa (I.V): na veia, faz o ângulo de 20 a 25 grau (grande volume)

Intramuscular (IM): no músculo, faz o ângulo de 90 grau (volume de 5ml em cada


glúteo)

Subcutânea (S.C): no tecido depois da derme, faz o ângulo de 45 grau (0,5 a 1ml

Intradérmica (I.M): injecção na derme, faz o ângulo de 10 a 15 grau (0,1 a 0,5ml

VIA INTRAMUSCULAR

É a administração de medicamentos, líquidos ou aquosos no músculo, atravessando a


pele e o tecido subcutâneo

LOCAIS DE APLICAÇÃO
Músculo deltóide

Músculo glúteo

Músculo vasto lateral

MATERIAL

Bandeja contendo: medicamento

Seringa com agulha

Álcool e anti-séptico

Bolas de algodão

Recipiente para descarte

VIA INTRAVENOSA

É a administração de um medicamento directamente na corrente sanguínea

LOCAIS DE APLICAÇÃO

Veias periféricas:

Na dobra do cotovelo (veia basílica, mediana e cefálica)

No antebraço (veias cubital mediana, basílica antebraquial, basílica antebraquial


mediana, cefálica antebraquiana mediana)

No dorso da mão (veias dorsais do metacarpo, rede venosa dorsal, veia cefálica,
basílica)

Veias profundas: por meios de cateteres introduzidos por punção ou flebotomia


(dissecção de veia)

MATERIAL

Bandeja contendo:

Medicamento ou solução

Seringa com agulha

Álcool ou anti-séptico

Bolas de algodão

Garrote

Recipiente para descarte


Luva

Cateter de venopunção de acordo com a veia escolhida

Fita adesiva ou esparadrapo

DESMAIO (SÍNCOPE)

Desmaio (síncope, CID10-R55) é o resultado da perda de consciência por um curto


período de tempo. Um desmaio, geralmente, dura de alguns segundos a alguns minutos
e faz com que a pessoa caia devido a falha dos sentidos e do tónus postural que sustenta
o corpo.

O tempo de duração varia entre 1 e 5 minutos existem casos com duração de até 30
minutos., em alguns casos, antes do desmaio, a pessoa pode apresentar sensações como
vertigem, tontura, fraqueza e náuseas.

Na maioria das vezes, os desmaios não indicam doenças graves. Mas, em algumas
situações, ele pode ser um sintoma de um problema de saúde sério. De qualquer forma,
os desmaios devem ser motivo para ir a uma consulta médica, principalmente se
acontecem episódios recorrentes (mais de uma vez no mês)

CAUSAS

Nem sempre a causa de um desmaio é claro. No entanto, o episódio pode ser


desencadeado por uma série de factores.

Medo, trauma emocional, estrese, dor severa, uma queda súbita da pressão arterial,
baixo nível de açúcar no sangue devido ao diabetes ou longos períodos em jejum,
hiperventilação (respiração rápida e superficial), desidratação, ficar em pé por muito
tempo, levantar-se rápido demais de uma posição sentada ou deitada, esforço físico em
altas temperaturas, tosse severa, esforço excessivo durante a evacuação, convulsões,
abuso de drogas ou álcool.

FACTORES DE RISCOS

Diabetes, bloqueios cardíacos, arritmias cardíacos, ansiedade ou ataques de pânico.

TRATAMENTO

Um desmaio pode ter diversas causas, de modo que o tratamento varia de acordo com o
diagnostico estabelecido pelo medico. Por isso, somente um especialista capacitado
pode dizer qual o tratamento mais indicado para o seu caso bem como a dosagem
correta e a duração.

PRIMEIROS SOCORROS

Se você sentir fraqueza: deita-se ou sente-se para reduzir as chances de desmaio, não se
levante rápido demais coloque a cabeça entre os joelhos se você se sentar.
Se alguém desmaiar

Manter a calma

Segurança no local

Afastar objectos da vítima

Vire a pessoa para cima, com as cartas no chão e cabeça de lado, para facilitar a
respiração.

Verifique se a pessoa esta respirando e se tem pulso.

Se a pessoa não respira, deve pedir ajuda médica ligando imediatamente para
emergência e iniciar a massagem cardíaca (30 compressões e 2 ventilações)

Se a pessoa esta respirando, restaure o fluxo de sangue para o cérebro elevando as


pernas da pessoa acima do nível do coração) 30 centímetro)

Solte cintos, colares ou qualquer acessório que possa aperta-la

Se a pessoa está ferida, tenta controlar qualquer sangramento com pressão direita
(como, com pano limpo ou peça de roupa) se há hematoma na cabeça ou tem alguma
chance dela ter fracturado um osso evite toca-la. Em ambos os casos, faça contacto com
um serviço de emergência.

O QUE NÃO FAZER CASO ALGUÉM DESMAIAR

Não jogue água fria no rosto

Não ofereça álcool ou qualquer coisa para a pessoa cheirar

Não sacuda a vítima

Não tente levantar a pessoa.

PREVENÇÃO

Mantenha-se sempre bem hidratado

Não fique longos períodos sem comer

Evite uma exposição prolongada ao calor

Levante-se da cama e de cadeiras devagar

Evite lugares muito cheios e abafados

Identifique situações que gatilhos para seu desmaio como tirar sangue, tomar injecção,
secar o cabelo ou fazer exercícios intensos.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA

Conhecida popularmente por parada cardíaca, acontece quando a pessoa para de respirar
e o coração também para de bater, fazendo com que o sangue não chegue a todos os
órgãos do corpo e colocando a vida em risco.

A parada cardiorrespiratória pode acontecer de repente e por diversas causas, é mais


comum em pessoas com doenças cardíacas, insuficiência respiratória ou que sofreram
acidentes graves que possam interferir com o batimento cardíaco, como acontece no
caso de choques eléctricos.

Antes da parada cardiorrespiratório podem surgir alguns sintomas como forte dor no
peito, falta de ar, formigamento no braço esquerdo ou fortes palpitações, por exemplo.
A parada cardiorrespiratória representa uma situação de emergência pois pode levar a
morte em poucos minutos. Assim, se a pessoa não estiver respirando é importante
iniciar a massagem cardíaca e chamar a ajuda médica o mais rápido possível.

PRINCIPAIS SINTOMAS

Dor forte no peito, que irradia para o abdómen ou costas

Dor forte de cabeça

Fala de ar ou dificuldade em respirar

Visão turva ou embaçada

Suores frios e palpitações.

Deve-se ainda considerar uma parada cardiorrespiratória quando a pessoa é encontrada


desacordada, não responde quando chama, não respira e não tem pulso.

O QUE FAZER EM CASO DE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIO

Em caso de parada cardiorrespiratória, deve-se seguir o seguinte passo a passo:

Chamar pela vitima, na tentativa de verificar se esta consciente ou não

Verificar se a pessoa realmente não esta respirando, colocando o rosto perto do nariz e
da boca e observando se o peito se mexe com as respirações:

Se estiver respirando: colocar a pessoa na posição lateral de segurança, chamar a ajuda


médica e avaliar frequentemente se a pessoa continua respirando

Se não estiver a respirar: chamar a ajuda médica, ou pedir alguém que faça, e iniciar a
massagem cardíaca. Para fazer a massagem cardíaca deve-se: colocar a pessoa de
barriga para cima numa superfície dura, como uma mesa ou o piso;

Posicionar as duas mãos no ponto médio entre os mamilos da vítima, uma em cima da
outra, com os dedos entrelaçados;
Fazer compressões sobre o peito da vitima com os braços esticados e fazendo pressão
para baixo, até que as costelas desçam cerca de 5cm. Manter as compressões a um ritmo
de 2 compressões por segundo, até a chegada da ajuda médica.

A massagem cardíaca também pode ser feita intercalando 2 respirações boca a boca a
cada 30 compressões, porém, caso seja uma pessoa desconhecida ou caso não se sinta a
vontade para fazer as respirações, as compressões devem ser mantidas de forma
continua até a chegada da ambulância.

COMO É FEITO O TRATAMENTO

O tratamento inicial para uma parada cardiorrespiratória passa por fazer o coração voltar
a bater, o que pode ser feito por meio da massagem cardíaca ou através de um
desfibrador, que é um equipamento que emite ondas eléctricas para o coração com o
objectivo de que volte a bater.

AFOGAMENTO

Segundo a OMS o afogamento como dificuldade respiratória secundaria a aspiração de


liquido durante o processo de imersão ou submersão em meio liquido.

Podemos também definir. O afogamento é insuficiência respiratório resultante da


submersão em um meio liquido. Pode ou não ser fatal (anteriormente chamado quase
afogamento).

TIPOS DE AFOGAMENTO.

Primário e secundário. O primário é aquele em não existem indícios que justifiquem o


afogamento. Já o afogamento secundário é aquele que apresenta uma causa que impediu
a vítima de se manter na superfície da água, como uso de substâncias como álcool.

Primeiro socorro para o afogamento.

Durante o afogamento a função respiratória fica prejudicada devido a entrada de água


apelo nariz e boca. Se não houver resgaste rapidamente, pode acontecer acumulo de
água nos pulmões, o que impede a passagem de oxigénio, colocando a vítima em risco.

Algumas medidas podem ser feita para salvar uma pessoa que esteja se afogando, sendo
que é necessário, primeiramente garantir a própria segurança e verificar se local não
oferece riscos. Depois deve-se:

1- Pedir ajudar para outra pessoa que esteje próximo ao local, para ambas possam
seguir com o socorro;
2- Ligar e mediatamente para ambulância dos bombeiros;
3- Fornecer algum material flutuante para pessoa que esta se afogando, como
garrafas de plástico vazias, pranchas de surf ou matérias de isopor ou de
espumas;
4- Tentar realizar o socorro sem entrar na água. Caso a pessoa se encontra a menos
de 4metros de distância, é possível estender um gancho ou cabo de vassoura,
entretanto, se a vítima estiver a mas de 4 metros de distância pode se jogar uma
bóia com uma corda, segurando na extremidade oposta. Quando a vítima esta
próxima, é importante oferecer sempre o pé ao invés das mãos, pois com o
nervosismo a vítima pode puxar a socorrista para dentro da água;
5- Entra na água somente se souberes nadar; caso a pessoa seja retirada da água é
importante verificar a respiração durante 10 segundos, observando os
movimentos do tórax e escutando o ar a sair pelo nariz. Se estiver respirando é
importante deixar a pessoa deitado de um lado até que os profissionais chegam
no local;
6- Se a pessoa estiver consciente, sem sintomas somente com tosse seca ou com
presença de espuma na boca, é recomendado observar a respiração pedindo a
pessoa deitar de um lado mantendo a aquecida e relaxada até a chegada do
INEMA;
7- Se estiver inconsciente e não estiver respirando, é recomendado iniciar a
massagem cardíaca. Para confirmar que a pessoa não esteja respirando deve-se
aproximar o ouvido do nariz e da boca da vítima e realizar o método “VOS”:
Ver se existem movimentos do tórax, Ouvir se existe barrulho de respiração e
Sentir se há ar saindo da boca ou do nariz.

O desconhecido impacto que o afogamento representa para a Saúde Pública deve-se,


em parte, à enorme falta de dados epidemiológicos e o correto e apropriado uso de
terminologias. Em 2002, durante o I Congresso Mundial Sobre Afogamentos uma nova
definição de afogamento e terminologia foi estabelecida em consenso e está em uso
actualmente pela Organização Mundial de Saúde.3 O uso desta terminologia e definição
permitirão quantificar melhor o tamanho do problema afogamento em todo mundo.

 Afogamento é a “Aspiração de líquido não corporal por submersão ou


imersão”.
 Resgate é a “Pessoa socorrida da água, sem sinais de aspiração de líquido”.
 Já cadáver por afogamento é a “morte por afogamento (exclui situações de
mal súbito dentro da água sem aspiração) sem chances de iniciar reanimação,
comprovada por tempo de submersão maior que uma hora ou sinais evidentes
de morte a mais de uma hora como rigidez cadavérica, livores, ou
decomposição corporal”.

O afogamento ocorre em situações em que o líquido entra em contacto com as


vias aéreas da pessoa em imersão (água na face) ou por submersão (abaixo da superfície
do líquido). Se a pessoa é resgatada, o processo de afogamento é interrompido, o que é
denominado um afogamento não fatal. Se a pessoa morre como resultado de
afogamento, isto é denominado um afogamento fatal. Qualquer incidente de submersão
ou imersão sem evidência de aspiração deve ser considerado um resgate na água e não
um afogamento. Termos como “quase afogamento” (near-drowning), “afogamento seco
ou molhado”, “afogamento ativo e passivo” e “afogamento secundário (re-afogamento
horas após o evento) ” ou apenas “submersão” são obsoletos e devem ser evitados.

CLASSIFICAÇÃO DO AFOGAMENTO

Quanto ao Tipo de água (importante para campanhas de prevenção):

1 – Afogamento em água Doce: piscinas, rios, lagos ou tanques.

2 – Afogamento em água Salgada: mar.

3- Afogamento em água salobra: encontro de água doce com o mar.

4 – Afogamento em outros líquidos não corporais: tanque de óleo ou outro material e


outros.

Quanto á Causa do Afogamento 

1 – Afogamento Primário: quando não existem indícios de uma causa do afogamento.

2 – Afogamento Secundário: quando existe alguma causa que tenha impedido a vítima
de se manter na superfície da água e, em consequência precipitou o afogamento: Drogas
(36,2% – mais frequente o álcool), convulsão, traumatismos, doenças cardíacas e/ou
pulmonares, acidentes de mergulho e outras.

Usualmente a cãibra não se caracteriza como afogamento secundário já que não pode
ser responsabilizada por um afogamento, como ex: nadadores, surfistas e mergulhadores
enfrentam cãibras dentro da água com frequência e não se afogam por esta razão.

Quanto á Gravidade do Afogamento

A Classificação de afogamento permite ao socorrista estabelecer a gravidade de cada


caso, indicando a conduta a ser seguida. Foi estabelecido com o estudo de casos de
afogamento no Centro de Recuperação de Afogados (CRA) de Copacabana e seu
acompanhamento no Hospital Municipal Miguel Couto durante 20 anos. A classificação
não tem carácter evolutivo, devendo ser estabelecida no local do afogamento ou no
1o atendimento, com o relato de melhora ou piora do quadro. O primeiro passo no
entendimento do processo de afogamento é diferenciarmos entre um caso de Resgate e
Afogamento.
de aspiração de líquido: tosse, ou espuma na boca ou nariz  – deve ter sua gravidade
avaliada no local do incidente, receber tratamento adequado e accionar se necessário
uma equipe médica a prover suporte avançado de vida. (ver resumo da classificação e
tratamento mais adiante)

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