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CENTRO UNIVERSITÁRIO – FACEX

FACULDADE DE CIÊNCIAS, CULTURA E EXTENSÃO DO RN


CURSO DE ENFERMAGEM

INTRODUÇÃO AOS
PRIMEIROS SOCORROS
DEFINIÇÃO, BIOSSEGURANÇA E SINAIS VITAIS

Profa. Me. Flávia Barreto Tavares Chiavone


Objetivos
• Refletir sobre os primeiros socorros;
• Conceituar os primeiros socorros;
• Reconhecer cenários de primeiros socorros;
• Compreender os aspectos da avaliação do paciente;
• Conhecer itens de biossegurança para atendimento
em primeiros socorros;
• Identificar os principais sinais vitais.
O que são primeiros
socorros?
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Conceitos
Conceitos
Etapas iniciais dos Primeiros Socorros...

Avaliar a
Obter o máximo de
Assumir o controle ocorrência de
informação
da situação; forma rápida e
possível;
segura;

Evitar pânico e
solicitação Manter afastado os
Proteger a vítima;
colaboração de curiosos;
outras pessoas;
Regras básicas para iniciar os primeiros
socorros

Desabamento Choque? FAF?


?
• AVALIAÇÃO DA CENA:
• Segurança do socorrista; Atropelamento
• Proteção da equipe de socorro; Incêndio? ?

• Proteção da vítima;
• Proteção dos transeuntes.
Afogamento?
Regras básicas para iniciar os primeiros
socorros
• Primeiro a observar é a integridade do socorrista e após a integridade da vítima;
• Avaliar a cena inicialmente para verificar os possíveis riscos para o socorrista e a
vítima;

SOCORRISTA EM PERIGO SIGNIFICA MAIS VÍTIMAS OU SOCORRISTA


IMPOSSIBILITADO DE AGIR.
Biossegurança do
Socorrista
• EPI’S DO SOCORRISTA:
• luvas de procedimentos;
• Máscara;
• Touca;
• Avental;
• Óculos de Proteção;
• Propé
10 mandamentos dos socorristas...
1. Manter a calma
2. Nunca esquecer a seguinte prioridade (Primeiro Eu – Depois os transeuntes – Por ultimo
a3.vítima)
Pedir Auxílio
4. Verificar Riscos Existentes antes de Agir
5. Manter o Bom Senso
6. Manter o Espírito de Liderança
7. Distribuir Tarefas que Visem Auxiliar o Socorro
8. Evitar Manobras Intempestivas e/ou Imprudentes
9. Dar prioridade às Vítimas mais Graves
10. Ser Socorrista e não Herói
Emergências neurológicas e psiquiátricas;

Emergências pediátricas, dermatológicas e faciais;

Situações Emergências respiratórias;

de Emergências cardiovasculares;

primeiros Emergências musculoesqueléticas;

socorros Emergências abdominais, endócrinas e renais;

Intoxicações, envenenamentos e afogamento;

Atendimento pré-hospitalar (APH);


Avaliação do Paciente

• X - A – B – C – D – E (Trauma)

• C – A – B – D (PCR)

AHA, 2020
Avaliação do Paciente vitima de trauma
X: Controle de sangramentos (hemorragias externas);

A: Avaliação de VVAA e estabilização da coluna cervical;

B: Verificar aspectos da respiração (Fr, ritmo, expansibilidade torácica);

C: Circulação (hemorragias internas e avaliar perfusão);

D: Disfunção neurológica;

E: Exposição (ambiente e do paciente).

AHA, 2020
• Checar responsividade e respiração

C: • Chamar por ajuda;


• Checar pulso;
• Iniciar compressões (30 compressões)

CADB – Primário
Mnemônico para A: • Abertura de VVAA;

lembrar os passos da
SBV
B: • Boa ventilação (2 ventilações)

D: • Desfibrilação com DEA.

AHA, 2020
A avaliação do paciente inicia
nos sinais vitais (SSVV)
Sinais Vitais
Sinais Vitais
Temperatura
Temperatura
Afebril: sem febre

Hipotermia: < 36ºC

Normotermia: entre 36ºC e 36,8ºC. (Normotérmico)

Temperatura Febre leve ou febrícula: 36,9ºC a 37,4ºC.

Axilar Estado febril: 37,5ºC a 37,9ºC.

Febre: entre 38ºC e 39ºC.

Pirexia ou Hipertermia 39,1 a 40ºC.

Hiperpirexia: > 40ºC.


Temperatura
Pulso
O pulso é uma sensação ondular que pode ser
palpada em uma das artérias periféricas;

Normalmente o pulso é sentido acima de uma


saliência óssea;

É a expansão e a contração alternada de uma artéria


quando uma onda de sangue é impulsionada através
dela, pelos batimentos cardíacos;

Pulso apical: é o batimento cardíaco considerado no


seu ápice. Ele pode ser sentido/ouvido no 5º espaço
intercostal, logo abaixo do mamilo esquerdo.
Pulsos

• Temporal.
• Carotídea.
• Braquial.
• Radial.
• Femoral.
• Poplítea.
• Pediosa.
• Tibial posterior.
Pulso
Recém nascidos 120 - 160

Toddler ou lactente 90-140

Pré-escolares 80-110

Escolares 75-100

Adolescentes 60-90

Adultos 60-100
Pulso
Pulso
Medição do Pulso
Aspectos relevantes para
verificação do pulso

• Não usar o polegar para verificar o pulso;


• Em caso de dúvida repetir a contagem;
• Não fazer pressão forte sobre a artéria;
• Efetuar o mínimo de compressão e com mais de
uma polpa digital;
• Evitar verificar o pulso em membros afetados com
lesões neurológicas ou vasculares;
• Não verificar o pulso em membro com fístula
arteriovenosa.
Respiração
Respiração
Respiração
Respiração
IDADE FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
Recém nascido 40 a 45 mrpm

Lactentes 25 a 35 mrpm

Pré-escolares 20 a 35 mrpm

Escolares 18 a 35 mrpm

Adultos 16 a 20 mrpm
• Deitar ou sentar o paciente confortavelmente;
• Certificar se o usuário não está com a bexiga cheia, não praticou exercício
físico 60-90 minutos, e não ingeriu bebidas alcoólicas, alimento, ou fumou
30 minutos antes (Mantê-lo pelo menos 5 minutos em repouso);
• Orientar o paciente a não falar durante o procedimento;
• Colocar a mão no pulso do paciente para que o mesmo não perceba o
procedimento.;
• Contar a frequência respiratória durante um minuto;
• Observar tipos de movimentos respiratórios (eupneico dispneico,
taquipneico);
• Observar característica respiratória (normal, superficial, profunda,
ofegante);
• Observar expansão torácica.
Pressão Arterial
• Pressão arterial sistêmica (PAS) é a
força exercida sobre as paredes de uma
artéria pelo sangue que pulsa sobre a
pressão do coração.

• A PAS em sua fase máxima é chamada


de sistólica, normalmente 120 mmHg
no adulto jovem;
• Já em sua fase mínima, chama-se
diastólica (80-90 mmHg).
Pressão Arterial
• Pressão sistólica (PS): não é constante de um indivíduo para outro, nem em um
mesmo indivíduo em diferentes circunstâncias.
• O exercício físico, alimentação, sono-repouso alteram os resultados da aferição.

• Pressão diastólica (PD): consiste no valor de pressão mais baixo detectado nas
artérias. Diferente da pressão sistólica, a diastólica tende a ser constante.

• Obs.: Apesar do estabelecimento de limites, não se deve ter estes valores como
pontos estáticos, pois cada indivíduo responde de maneira diferente pela
manutenção de sua HOMEOSTASE
Conceitos importantes...
Cuidados antes de aferir a P.A
• Certificar-se de que o cliente não está com a bexiga cheia;
• Não praticou atividade física nos últimos 60 – 90 minutos;
• Não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos ou fumou até 30 minutos antes da
tomada da pressão arterial;
• Estender o braço ao longo do corpo e no ponto determinado, medir a circunferência do
braço.
• Sentar o cliente e deixa- ló descansar por pelo menos 5 minutos e certificar-se que os
pés estão apoiados;
• As pernas estão descruzadas e o dorso está recostado na cadeira;
• Medir a circunferência do braço: com o braço desnudo, fletido e com a mão na altura da
cintura, medir a distância entre o acrômio e o olécrano determinando o ponto médio;
• Selecionar o manguito, considerando:
• braços entre 22 e 26cm – manguito adulto pequeno;
• braços entre 27 e 34cm – manguito adulto padrão;
• braços entre 35 e 44cm – manguito adulto grande.
Como realizar a aferição da PA
• Localizar a artéria braquial, por palpação;
• Ajustar o manguito selecionado firmemente no braço, cerca de 2 a 3cm
acima da fossa antecubital; centralizar a bolsa de borracha sobre a artéria
braquial;
• Manter o braço bem apoiado na altura do coração (altura do 4° espaço
intercostal);
• Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio (o profissional
deve estar sentado);
• Estimar o nível da pressão sistólica: palpar o pulso radial, inflar o manguito
até o desaparecimento do pulso;
• Desinflar rapidamente e aguardar entre 15 – 30 segundos antes de iniciar a
medida.
Como realizar a aferição da PA
• Fazer a desinfecção da campânula e das olivas do estetoscópio com
algodão embebido em álcool a 70%;
• Posicionar o estetoscópio no ouvido, com a curvatura das olivas voltadas
para frente;
• Posicionar a campânula do estetoscópio sobre a artéria braquial, na fossa
antecubital; evitar compressão excessiva;
• Inflar rapidamente o manguito, de 10 em 10mmHg, até ultrapassar 20 a
30mmHg do nível estimado da pressão sistólica;
• Proceder à deflação lentamente com velocidade de 2 a 4mmHg por
segundo e, após a determinação da pressão sistólica, aumentar a
velocidade para 5 a 6mmHg por segundo evitando congestão venosa e
desconforto.
Como realizar a aferição da PA
• Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do
primeiro som, seguido de batidas regulares;
• Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som,
ausculta cerca de 20 a 30mmHg abaixo do último som, para
confirmar seu desaparecimento e proceder à deflação rápida e
completa;
• Registrar a pressão arterial verificada em milímetros (mm) de
mercúrio (Hg), sem arredondar os valores.
Fatores que alteram a PA
1. Manguito demasiadamente estreito ou largo;
2. Manguito colocado muito apertado ou frouxamente;
3. Inclinação da visão do profissional em relação a coluna de mercúrio;
4. Braço utilizado para medida está abaixo ou acima do nível do coração;
5. Verificação da PA em rápida sucessão no mesmo Membro;
6. Encher novamente o manguito após perder uma leitura sem deixar sair todo o ar e
esperar 30 segundos;
7. Dificuldades de ouvir os sons;
9. Não posicionar bem o estetoscópio sobre a artéria;
10 Manga arregaçada apertando o braço;
11. Não encher suficientemente o manguito;
12. Esvaziar o manguito muito lenta ou rapidamente.
REFERÊNCIAS
• BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, Hipertensão arterial sistêmica. Brasília, Caderno de
Atenção Básica, n. 15, 2006 (Série A, Normas e Manuais Técnicos)
• PASSARELLI JUNIOR, O. et al Hipertensão arterial de difícil controle – da teoria a prática
clinica. São Paulo. (Sociedade Brasileira de Cardiologia) Segmento Farma, 2008.
• POSSO, MARIA BELLÉM SALAZAR, Semiologia e semiotécnica de enfermagem. São Paulo:
Atheneu, 2010. 181p.
• PORTO, C. C. Pressão arterial. In.: ________. Exame clínico: bases para a prática médica.
5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004
• POTTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem. 6ª ed. Rio de Janeiro:
ELSEVIER, 2005.
• PRADO, M. L.; Gelbecke, F. L. Fundamentos de enfermagem. Florianópolis: cidade futura.
2002.
• VI DIRETRIZES BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL. Rev. Bras Hipertens. v. 17, n. 1,
2010, p01-69.
Obrigada!

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