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APH

Atendimento Pré Hospitalar


Introdução
O trauma e as emergências
clínicas são responsáveis por
várias mortes e sequelas
irreparáveis aos acidentados.
Todos devemos contribuir para
melhorar esse quadro, tanto em
relação à prevenção de acidentes
e doenças quanto no socorro de
acidentados.
O Pré Hospitalar
Tem como finalidade preparar
profissionais para o primeiro
atendimento a acidentados fora do
ambiente hospitalar.
A nobre missão de salvar requer
conhecimentos específicos de
primeiros socorros, portanto o
socorrista é a pessoa mais valiosa no
primeiro atendimento, diminuindo
complicações que poderiam prolongar
a recuperação ou resultar na
incapacidade definitiva do paciente.
Conceitos quanto ao
Atendimento Pré-hospitalar

É considerado como nível de pré-


hospitalar móvel de urgência o
atendimento que procura chegar
precocemente à vítimas após
ocorrer um agravo à sua saúde
de natureza clínica, traumática
ou psiquiátrica, que possa levar
a sequelas ou até mesmo a morte.
Atendimento Pré-hospitalar
móvel primário e secundário
Primária- A solicitação é
oriunda de um cidadão.

Secundária- Quando a
solicitação é proveniente de um
serviço de saúde no qual o
paciente já recebeu o primeiro
atendimento porém necessita de
ser conduzido a outro serviço de
maior complexidade.
Omissão de Socorro
Segundo o Artigo 135 do Código Penal consiste em
“Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-
lo, sem risco pessoal, à criança abandonada ou
extraviada, ou a pessoa inválida ou ferida em
desamparo ou em grave e iminente perigo: não pedir,
nesses casos, o socorro da autoridade pública.”
Pena: detenção de 1(um) a 6 (seis) meses ou multa.
Diz ainda:” A pena é aumentada de metade, se da
omissão resulta lesão corporal grave, e é triplicada
caso resulte em morte.”
Atributos dos Socorristas
✔ Utilizar EPI’s;
✔ Controlar o local do acidente de modo a proteger a si
mesmo, sua equipe, o paciente e prevenir novo acidente;
✔ Identificar problemas, utilizando as informações obtidas
no local;
✔ Obter acesso seguro ao paciente e utilizar equipamentos
necessários na vítima;
✔ Fazer o melhor possível de acordo com o seu treinamento;
✔ Decidir quanto a imobilização, mudança de local para
melhorar as condições da vítima;
✔ Proceder com técnicas para minimizar os efeitos do
trauma na vítima;
✔ Solicitar, se necessário, o auxílio de terceiros presentes
no local da emergência e coordenar as atividades.
Imperícia
Imperícia – Ignorância, inabilidade,
inexperiência;

Ex: Utilizar o DEA sem executar corretamente


as manobras de abertura de vias aéreas durante
a RCP.

“Vamos ver um vídeo?????”


Imprudência
Imprudência – Falta de atenção, imprevidência,
descuido;

Ex:O motorista da
ambulância dirigir
excedendo o limite de
velocidade.
Negligência
Negligência – Desprezar,desatender, não
cuidar;

Ex: O socorrista deixar de usar EPI.


Equipamentos
✔ Lanterna pupilar;
✔ Estetoscópio;
✔ Esfigmomanômetro;
✔ Oximetro de pulso;
✔ Cânulas orofaríngeas;
✔ Máscara Venture;
✔ Aspirador portátil;
✔ Reanimadores Manuais (Ambú);
✔ KED (colete de imobilização dorsal);
✔ Colar cervical;
✔ Talas de imobilização (kit splinter);
✔ Pranchas rígidas;
Avaliação da Cena
Avaliação do mecanismo de lesão;
Número de vítimas;
Segurança da cena;
Sinalizar a cena;
EPI;

Cena segura Cena insegura


Abordagem neutralizar risco
da vítima ou remover a vítima
IMPRESSÃO GERAL
Visão global e simultânea dos estados:
- Neurológico, Respiratório e Circulatório
“Aproximar-se, Tocar e estimular o doente”
- Busca de hemorragias importantes, grandes
feridas e deformidades ósseas
Cadeia de Sobrevivência
CABD DA VIDA

• C Circulação - Iniciar compressão torácica,se


necessário;
• A Abertura de Vias Aéreas - extensão da
cabeça;
• B Boa respiração - verificação a respiração;
• D Desfibrilação precoce
RCP

Verificação do pulso
carotídeo por
5 a 10 segundos
RCP

Na ausência de Pulso iniciar Compressões

IMPORTÂNCIA DA COMPRESSÃO
• Fluxo de sangue para oxigenar os órgãos vitais;
• Mantém mais tempo a “vitalidade” do coração,
PROLONGANDO A FIBRILAÇÃO.
• Aumenta em até 300% a chance da resposta
ao choque
TÉCNICA DE COMPRESSÃO

• Localizar o Processo
Xifóide ou Linha
intermamilar ;
• Colocar a região tênar
de uma das mãos no
ponto de compressão;
• Colocar a outra mão
sobre a primeira.
TÉCNICA DE COMPRESSÃO

✔ Manter braços esticados


✔ Utilizar peso do tronco
✔ Deprimir esterno 5 cm
✔ Tempo de compressão =
Tempo de descompressão
✔ Realizar 100 compressões
por minuto
TÉCNICA DE COMPRESSÃO

Realizar 30 compressões e 02 ventilações


(caso sejam 2 Socorristas e você tenha uma
máscara)
A cada 5 ciclos de 30 compressões X 2ventilações
revezar todos os socorristas;

Continuar a compressão até:


✔ O paciente se mover;
✔ Até a chegada do socorro avançado;
✔ Ou exaustão do socorrista.
Desfibrilador Externo Automático
DEA
• Microprocessador analisa o ritmo
independente do socorrista;
• Aumenta o alcance e a rapidez do
procedimento;
Sequência do Procedimento:
• 1 - Ligar o aparelho.
• 2 - Colocar os eletrodos no local correto
tórax do paciente.
• 3. Interromper RCP
• 4. Seguir orientação
• 5. Chocar se indicado
QUANDO PARAR A RCP?
✔ Restauração da ventilação e da Circulação espontâneas,
eficazes;
✔ Exaustão da equipe;

ERROS COMUNS NA PARADA CARDIO-RESPIRATÓRIA


• PCR – situação de stress onde muitos erros são possíveis.
• Falta de liderança.
• Falta de habilidade técnica.
• Erro na sequência.
Atendimento

COMO
SOCORRER
CORRETAMENTE
UMA VÍTIMA:

?
Acidentes Ofídicos

Ocorrência bastante comum, tem sinais e sintomas que


variam bastante de acordo com o gênero do animal
(serpente, escorpião e qualquer outro que tenha peçonha).
Sinais e Sintomas
• Marca dos dentes na pele;
• Dor local e inflamação;
• Pulso acelerado e respiração dificultosa;
• Debilidade física;
• Problemas de visão;
• Edema;
• Náuseas e vômito;
• Necrose;
• Hemorragias.
Atendimento
Sinais e Pré Hospitalar
Sintomas
. NÃO fazer garrote ou torniquete, cortes no local do ferimento,
nem sucção com a boca .
• Lavar a ferida com água e sabão e evitar a aplicação local de
remédios caseiros, pó de café, terra ou curativos, para não
agravar a infecção local.
• Não dê a vítima pinga, querosene ou fumo, como é costume em
algumas regiões do país.
• Transportar o acidentado para o pronto socorro ou hospital mais
próximo, para receber o soro e o tratamento adequado em
tempo, evitando sua movimentação.
Prevenção de acidentes
• Preservar os predadores naturais dos animais peçonhentos (ofídios não
peçonhentos, aves de rapina, seriemas etc.);
• Limpar o terreno no local do acampamento da unidade;
• Ao enterrar o lixo, cavar bem profundamente;
• Evitar acúmulo de lixo e entulhos;
• Sacudir muito bem roupas e coturnos, antes de vesti-los;
• Manter redes de selva, barracas, mochilas e viaturas fechadas.
• Não colocar as mãos e/ou pés onde não possa ver (moitas, mato alto, oco de
árvores, cupinzeiros, buracos no solo ou em encostas etc...) ;
• Cuidado ao manusear tijolos, blocos e outros materiais de construção;

• Tampar buracos e frestas de paredes, janelas, portas e rodapés;

• Verificar a roupa de cama antes de deitar, afastando a cama da parede.


Escala pré-hospitalar para AVC de
Cincinnati
● Queda facial;
● Debilidade do braço;
● Fala anormal.
DEFINIÇÃO DE ACIDENTE POR
SUBMERSÃO
• Sufocamento ou asfixia após imersão em meio líquido
de qualquer tipo.
Afogamento

Quase-afogamento: sobrevida a pelo menos 24 horas após


a submersão.

Afogamento:: óbito nas primeiras 24 horas da submersão.


Afogamento
Verificar a resposta do Afogado
Você está me ouvindo ?
nã si
omanual
Desobstruir vias aéreas com manobra
m
Precauções com a coluna se indicadas
Verificar
respiração
Ausen Presen Verificar tosse e espuma pela boca
te te e nariz
Fazer 2
Espuma em Espuma Tosse Ausen
respirações
grande em sem te
Verificar pulso do
quantidade pequena espuma
pescoço Verificar pulso quantida
radial de
Ausen Presen Ausen Presen
te te te te
Grau Grau Grau Grau Grau Grau Resgat
Parto
Traumas Específicos
Traumatismos Raquimedular – TRM
São aqueles onde ocorre o comprometimento da estrutura óssea (vértebras) e
medula espinhal. Os danos causados por traumas nessas estruturas poderão
ocasionar lesões permanentes, se a região atingida for a cervical poderá
comprometer a respiração, levar à paralisia ou até mesmo à morte.

Sinais e Sintomas:
• Dor regional (pescoço, dorso e região lombar);
• Perda da sensibilidade tátil nos membros superiores e inferiores;
• Perda da capacidade de movimentação dos membros (paralisia);
• Sensação de formigamento nas extremidades;
• Deformidade em topografia da coluna;
• Lesões na cabeça, hematomas nos ombros, escápula ou região dorsal do paciente;
• Perda do controle urinário ou fecal;
• Dificuldade respiratória com pouco ou nenhum movimento torácico;
• Priapismo (ereção peniana contínua).
Traumas Específicos
Trauma de Toráx
Sinais e Sintomas:
Dependendo da extensão, presença de lesões associadas (fratura de esterno,
costelas e vértebras) e comprometimento pulmonar e/ou dos grandes vasos, o
paciente poderá apresentar:
• Aumento da sensibilidade ou dor no local da fratura que se agrava com os
movimentos respiratórios;
• Respiração superficial (dificuldade de respirar, apresentando movimentos
respiratórios curtos);
• Eliminação de sangue através de tosse;
• Cianose nos lábios, pontas dos dedos e unhas;
• Postura característica: o paciente fica inclinado sobre o lado da lesão, com a mão
ou o braço sobre a região lesada, imóvel;
• Sinais de choque, como pulso rápido e PA baixa.
Traumas Específicos
Lesões no Coração e Pulmão
O ar que sai do pulmão perfurado leva ao pneumotórax hipertensivo que resulta em
colapso pulmonar. As hemorragias no interior da caixa torácica (hemotórax)
provocam compressão do pulmão, levando também à insuficiência respiratória. As
lesões na caixa torácica acabam provocando lesões internas nos pulmões e no
coração. O sangue envolvendo a cavidade do pericárdio pode também resultar em
uma perigosa compressão no coração.
Todas estas lesões são emergências sérias que requerem pronta intervenção médica.

Sinais e Sintomas:
• Desvio de traquéia;
• Estase jugular;
• Cianose;
• Sinais de choque;
• Enfisema subcutâneo.
Tratamento Pré-Hospitalar
Ministre O2 e conduza o paciente com urgência para receber tratamento médico.
Fraturas
Ruptura total ou parcial de um osso.

Classes de fraturas

Fechada (simples) - A pele não foi perfura pelas extremidades ósseas.


Aberta (exposta) - O osso se quebra, atravessando a pele, ou existe uma ferida
associada que se estende desde o osso fraturado até a pele.

Sinais e sintomas de fratura:

Deformidade
- A fratura produz uma posição anormal ou angulação num local que não possui
articulação;

Sensibilidade
- Geralmente o local da fratura está muito sensível à dor;
Fraturas
Crepitação
- Num movimento da vítima podemos escutar um som áspero, produzido pelo atrito
das extremidades fraturadas. Não pesquisar este sinal intencionalmente, porque
aumenta a dor e pode provocar lesões;

Edema e alteração de coloração


- Quase sempre a fratura é acompanhada de um certo inchaço provocado pelo
líquido entre os tecidos e as hemorragias. A alteração de cor poderá demorar várias
horas para aparecer.

Impotência funcional
- Perda total ou parcial dos movimentos das extremidades. A vítima geralmente
protege o local fraturado, não pode mover-se ou o faz com dificuldade e dor intensa;

Fragmentos expostos
- Numa fratura aberta, os fragmentos ósseos podem se projetar através da pele ou
serem vistos no fundo do ferimento.
Fraturas
Luxação
É o desalinhamento das extremidades ósseas de uma articulação fazendo com que
as superfícies articulares percam o contato entre si.
Sinais e sintomas de luxação:
• Deformidade -Mais acentuada na articulação luxada;
• Edema;
• Dor: Aumenta se a vítima tenta movimentar a articulação;
• Impotência funcional: Perda completa ou quase total dos movimentos articulares;

Entorse
É a torção ou distensão brusca de uma articulação, além de seu grau normal de
amplitude.
Sinais e sintomas de entorses
São similares aos das fraturas e aos das luxações. Mas nas entorses os ligamentos
geralmente sofrem ruptura ou estiramento, provocados por movimento brusco.
Materiais utilizados na imobilização
de pacientes
Manipulação justificada de um paciente a fim de evitar mal maior.
Manipulação e transporte correspondem a qualquer procedimento
organizado para manipular, reposicionar ou transportar um
paciente doente ou ferido, de um ponto para outro.

• Talas rígidas;
• Talas moldáveis;
• Talas infláveis;
• Talas de tração;
• Colares cervicais.
• Colete de imobilização dorsal;
• Macas rígidas;
• Bandagens triangulares;
• Ataduras.
Manipulação das Vítimas
Consciente
• Arrastamento com cobertor;
• Arrastamento pelas roupas;
• Arrasto de pé;
• Transporte bombeiro;
• Transporte de apoio;
• Transporte tipo “cadeirinha”;
• Transporte de trilha.

Inconsciente
• Arrastamento com cobertor;
Transporte de Bombeiro
Transporte tipo “cadeirinha”

Transporte tipo “noiva”

Transporte de apoio
Transporte Método Mochila
Transporte de trilha

Arrastamento com cobertor


Técnicas de manipulação - Rolamento de 90º
Técnicas de manipulação - Rolamento de 180º
Técnicas de manipulação-Elevação a cavaleiro
Técnicas de manipulação
Elevação na prancha
Técnicas de manipulação
Retirada de capacete
Quando você chega no seu limite, nós iniciamos o nosso trabalho;
Quando você não pode fazer mais nada, nós perseveramos e
sobrepomos nossos próprios limites;
Quando todos fogem do perigo, nós nos aproximamos;
Quando todos gritam de desespero, nós pedimos silêncio;
Quando todos caminham desistindo, nós corremos com
esperança;
Quando todos choram, nós engolimos seco;
Fechamos os olhos e agradecemos à Deus por dar-nos a glória
de sermos BOMBEIROS.

Obrigada!!!!!

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