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Senac Passo D’Areia

PRIMEIROS
SOCORROS
O que são Primeiros Socorros?
• É O PRIMEIRO ATENDIMENTO, ANTES DE CHEGAR
O SUPORTE AVANÇADO

Conceitos Importantes:
• SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV)
são os procedimentos não invasivos

• SUPORTE AVANÇADO DE VIDA (SAV)


são os procedimentos invasivos
Conceitos Importantes:

URGÊNCIA X EMERGÊNCIA

• URGÊNCIA - Situação onde não há risco à vida


EX: HIPOTENSÃO

• EMERGÊNCIA - Situação onde há risco à vida


EX: PCR – PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
PRIMEIRO SOCORRO OU SOCORRO DE
EMERGÊNCIA

• NÃO É UM TRATAMENTO MÉDICO;

• É O ATO DE TOMAR DECISÕES QUE MELHOR SE


APLIQUEM À PESSOA ACIDENTADA.
PRIMEIRO SOCORRO OU SOCORRO DE
EMERGÊNCIA

• COMO PROCEDER:

• MANTER A CALMA;

• REMOVÊ-LA DE QUALQUER FONTE DE PERIGO:

Fogo, água, corrente elétrica


O PAPEL DO SOCORRISTA

• Atuar de maneira rápida e objetiva para:


• Avaliar a situação;
• Realizar atendimentos e encaminhamentos de
socorro;
• Preservar as vítimas o máximo possível até que seja
dado seguimento com atendimento especializado.
O PAPEL DO SOCORRISTA

QUAIS OS PASSOS A SEGUIR:

• EVITAR O PÂNICO:

• ASSUMIR A SITUAÇÃO: assuma a situação


esclarecendo que você é uma pessoa que tem um
conhecimento sobre primeiros socorros e capacidade
para avaliar a vítima e situação;

• OBSERVE O LOCAL: certifique-se que o local é


SEGURO para a vítima e INCLUSIVE PARA VOCÊ;
O PAPEL DO SOCORRISTA
QUAIS OS PASSOS A SEGUIR:

• OBTER A COLABORAÇÃO DE OUTRAS PESSOAS: se você


estiver acompanhado, solicite ajuda: para afastar curiosos, abrir
espaço para socorro das vítimas, conseguir material médico, isolar
local do acidente, conseguir ajuda;

Dê ordens claras e objetivas às pessoas ao seu redor!!

• SOLICITE O ACIONAMENTO IMEDIATO DO SOCORRO


ESPECIALIZADO: (deve ser feito por outros ou por você como
primeira ação) e ISOLAR, SINALIZAR E PROTEGER O LOCAL;
O PAPEL DO SOCORRISTA
QUAIS OS PASSOS A SEGUIR:
• PROCEDA A AVALIAÇÃO DA(S) VÍTIMA(S):
● Observar: respiração; hemorragias/ferimentos; deformidades no
corpo, coloração da pele, dor e expressões;
● Palpação: verifique palpando com cuidado: batimentos cardíacos;
fraturas; umidade e temperatura da pele;
● Diálogo: se a vítima estiver consciente, mantenha um diálogo
tentando acalmá-la e verificando dor e sensibilidade;
● Iniciar a aplicação de primeiros socorro adequados para cada
situação;
● Preparar a vítima para remoção segura.
MANDAMENTOS DO SBV

• NUNCA remova a vítima se ela tiver suspeita de


trauma grave raquimedular;

• NUNCA dê qualquer tipo de bebida a vítima de


qualquer tipo de acidente;

• NUNCA coloque sua vida em risco durante a


prestação de socorro;
• NÃO ESQUEÇA: a liderança das ações passa a
equipe de socorro especializado com sua chegada.
CONCEITUAÇÃO IMPORTANTE

• PCS - Parada Cardíaca Súbita;


• CDCs - Centros de Prevenção e Controle de Doenças;
• FV - Fibrilação Ventricular;
• TV - Tipo de Ritmo Irregular;
• RCP - Reanimação Cardiopulmonar;
• DEA - Desfibriladores Externos Automáticos;
• AHA - American Heart Association;
• ACLS - Advance Cardiologic Life Support ou
• SAVC - Suporte Avançado em Cardiologia.
MANOBRAS DE
REANIMAÇÃO
CARDIORRESPIRATÓRIA
Cadeia de Sobrevivência 2015

1- Avaliar o nível de consciência 2- Chamar ajuda

Verificado o estado de inconsciência


OBS:

Para avaliar as condições da vítima, o


socorrista deve usar os dispositivos de proteção
possíveis ou improvisados (luvas, panos ou
sacos plásticos).
Cadeia de Sobrevivência 2015

3- Posicionar a vítima em decúbito dorsal em


uma superfície dura. Avaliar o pulso carotídeo
Cadeia de Sobrevivência 2015

4- Realizar a compreensão cardíaca externa

Frequência mínima de 100 por minuto


Cadeia de Sobrevivência 2015

Compressões Torácicas
Cadeia de Sobrevivência 2015
Compressões Torácicas

No mínimo 5
cm
Vias Aéreas

● A principal causa de obstrução das vias aéreas é a


“queda da língua”.
APLICAÇÃO DE DEA

● ATENÇÃO – NÃO INTERROMPA AS


MASSAGEM PARA COLOCAÇÃO DO
DEA;

● O DEA orientará sobre necessidade de


choque ou continuação dos procedimentos
de RCP;

● AFASTE-SE SE HÁ INDICATIVO DE
CHOQUE!
APLICAÇÃO DE DEA
ESTABILIZAÇÃO CERVICAL COM
ALINHAMENTO MANUAL DA CABEÇA
● Suspeita de lesão vértebro-medular, o primeiro passo é proceder de
imediato à imobilização manual da cabeça e coluna cervical com alinhamento
em posição neutra (eixo nariz-umbigo-pés);

● A cabeça é segura, mobilizada cuidadosamente e alinhada em posição


neutra, salvo nas contra-indicações já enumeradas.
Abordagem com a vítima em decúbito dorsal
● Um elemento posiciona-se atrás da cabeça da vítima, na posição de ajoelhado
ou deitado.
● As mãos são colocadas de cada lado da cabeça da vítima, cobrindo com as
palmas da mão os pavilhões auriculares.
● Os dedos de quem está a executar a técnica são colocados lateralmente, na
face da vítima, a apontar longitudinalmente na direção dos pés (caudal), de
modo a estabilizar a cabeça: polegares na região malar, os dedos médios em
direção ao ângulo da mandíbula, os anelares e os mínimos em direção à região
occipital, envolvendo-a.
● Os cotovelos e os antebraços devem ser apoiados no chão ou nos joelhos,
conforme o posicionamento da vítima ou as contingências de espaço.
APLICAÇÃO DO COLAR CERVICAL
APLICAÇÃO DO COLAR CERVICAL
APLICAÇÃO DO COLAR CERVICAL
ROLAMENTO
ROLAMENTO
ROLAMENTO – em decúbito ventral
ROLAMENTO – em decúbito ventral
LEVANTAMENTO
LEVANTAMENTO
“Prontos? À minha CONTAGEM de 3, LEVANTAR! 1… 2… 3!”
LEVANTAMENTO
“Prontos? À minha CONTAGEM de 3, BAIXAR! 1… 2… 3!”
IMOBILIZAÇÕES PROVISÓRIAS DOS
MEMBROS SUPERIORES
● Imobilização da cintura escapular
IMOBILIZAÇÕES PROVISÓRIAS DOS
MEMBROS SUPERIORES
● Imobilização do úmero
IMOBILIZAÇÕES PROVISÓRIAS DOS
MEMBROS SUPERIORES

● Imobilização do úmero
IMOBILIZAÇÕES PROVISÓRIAS DOS
MEMBROS SUPERIORES
● Imobilização do cotovelo

Com tala de Krammer:


IMOBILIZAÇÕES PROVISÓRIAS DOS
MEMBROS SUPERIORES
● Imobilização do antebraço, punho e mão

Com tala de Krammer:


IMOBILIZAÇÕES PROVISÓRIAS DOS
MEMBROS INFERIORES
● Imobilização do fêmur
IMOBILIZAÇÕES PROVISÓRIAS DOS
MEMBROS INFERIORES
● Imobilização do joelho
IMOBILIZAÇÕES PROVISÓRIAS DOS
MEMBROS INFERIORES
● Imobilizações dos ossos da perna, tornozelo e pé
FRATURAS

● Perda da continuidade de um osso;

● Há dois tipos de fraturas: as fechadas, que,


apesar do choque, deixam a pele intacta, e as
expostas, quando o osso fere e perfura a pele.
Fratura Fechada
Fratura Fechada
Fratura Exposta

● Cubra o ferimento com um pano limpo ou gaze para


que não entre em contato com impurezas que
favoreçam uma infecção;

● Realize uma leve compressão no local e procure


socorro imediato;

● NUNCA: tente recolocar o osso no lugar e imobilize-


o na posiçao em que se encontra.
Fratura Exposta
Fratura Exposta
Fraturas

O que não fazer:

● Não movimente a vítima até imobilizar o local


atingido;
● Não dê qualquer alimento ao ferido, nem mesmo
água.
Fraturas
O que fazer:
● Solicite assistência médica, enquanto isso,
mantenha a pessoa calma e aquecida;
● Verifique se o ferimento não interrompeu a
circulação sanguínea;
● Imobilize o osso ou articulação atingido com uma
tala;
● Mantenha o local afetado em nível mais elevado
que o resto do corpo e aplique compressas de gelo
para diminuir o EDEMA, a dor e a progressão do
hematoma.
LUXAÇÃO
● Quando as superfícies articulares deixam
de se tocar de forma permanente.
LUXAÇÃO
LUXAÇÃO
ENTORSE

● É o estiramento ou mesmo a
ruptura dos ligamentos de uma
articulação;
● Pode apresentar edema e
hematomas;
● As entorses mais comuns são
as de punho, joelho e pé.
ENTORSE
CONTUSÃO

● É uma área afetada por uma pancada ou queda


sem ferimento externo. Pode apresentar sinais
semelhantes aos da fratura fechada. Se o local
estiver arroxeado, é sinal de que houve hemorragia
sob a pele (hematoma).
LUXAÇÃO - ENTORSE - CONTUSÃO

● Os primeiros socorros são também


semelhantes aos da fratura fechada.
VERTIGEM

● Sensação de mal-estar e tontura rotatória que se


manifesta por zumbidos; “perda do chão”; surdez
momentânea podendo estar acompanhada de enjôo/
náuseas e vômitos; ilusão de movimento.
SÍNCOPE

● Perda repentina de consciência e temporária;


● Diminuição significativa ou interrupção
momentânea do fluxo sanguíneo para o cérebro;
● Muitos fatores podem estar relacionados ao
desmaio: fadiga, emoção forte , (medo, angústia,
surpresa) má alimentação, hipoglicemia, calor
excessivo, anemia ou sangramento volumoso,
mudança brusca de posição.
SÍNCOPE

Sinais e sintomas:

● Palidez cadavérica;
● Fraqueza ou náuseas;
● Fadiga;
● Tontura;
● Escurecimento da vista ou enxergar

pequenos pontos brilhantes;


● Suor frio;
● Falta de controle muscular;
● Pulso rápido e fraco.
O QUE FAZER: ANTES DO DESMAIO

● Segurá-la para que ela não caia;


● Colocar a vítima sentada em uma
cadeira com a cabeça abaixada para
frente;
● Colocar as mãos sobre sua nuca e
pedir para forçar a cabeça para cima
enquanto você força para baixo;
● Verificar se há melhora da vítima ou
se a tontura evolui para desmaio.
COMO AGIR NO DESMAIO
● Colocar a vítima em posição dorsal, com os pés ligeiramente
elevados. Caso a vítima esteja inconsciente deitá-la com o rosto
na lateral é mais seguro caso haja refluxo (vômito) para não
aspirar e asfixiar;
● Conversar com a vítima em caso de consciência, orientando-a
para que respire profundamente e lentamente;
COMO AGIR NA SÍNCOPE

● Permanecer ao lado da vítima para que, em caso de perda de


consciência, solicitar socorro especializado e iniciar avaliação do
CAB;
● Arejar o ambiente ou levar a vítima para um lugar mais arejado;
● Afrouxar a roupa para uma melhor circulação;

● Após o desmaio NUNCA de água para a vítima imediatamente;

● Não a deixe levantar-se imediatamente. Sente a vítima aos


poucos, a faça respirar profundamente e devagar. Assim o
organismo se readapta a posição vertical e evita que ela possa
desmaiar novamente.
COMO AGIR NO DESMAIO
CRISE CONVULSIVA

● Disfunção primária do sistema nervoso, onde


existe uma descarga excessiva e atividade elétrica
disfuncional dos neurônios;

● Pode surgir espontaneamente ou ser


desencadeada por situações
CRISE CONVULSIVA

Durante a crise convulsiva:


● Perda de consciência; queda ao solo;
● Contrações musculares generalizadas e repetitivas;
● Agitação motora tônico-clônica;
● Falta de resposta a estímulos.
“debater-se violentamente, num descontrole motor
rítmico e violento, revirar os olhos, apresentar cianose
em extremidades e lábios, podendo vir a ter salivação
excessiva e perder o controle dos esfíncteres”.
CRISE CONVULSIVA

● As contrações fortes
duram de 2 a 4 min,
após isto os movimentos
tornam-se mais fracos e
a vítima vai se
recuperando.

● Convulsões durante uma crise.


CRISE CONVULSIVA
Causas:
● Epilepsia, é a causa principal;
● Lesões na cabeça;
● Infecções no cérebro;
● Parada respiratória;
● Febres altas;
● Distúrbios hidroeletrolíticos;
● Intoxicações;
● Abstinência ou overdose;
● Doença subjacente neurológica ou não.
CRISE CONVULSIVA

Como proceder:
1. Deixar a vítima afastada de tudo que possa machucá-la
(móveis, objetos, etc...);
2. Retirar próteses dentária (se houver possibilidade),
óculos,
colares e outros objetos que possa vir a machucar;
3. Apoiar a cabeça da vítima em algo macio;
4. Lateralizar a cabeça da vítima caso a mesma
esteja
salivando em excesso ou com sangramento na boca;
5. Afrouxar roupas e deixe que ela se debata livremente;
● A crise tende a durar de 2-10 minutos no total.
CRISE CONVULSIVA

● NUNCA tente abrir a boca da


vítima;
● Após o retorno da consciência,
não deixe a vítima sair sozinha do
local, pois muitas vezes há
problemas de orientação após
uma crise convulsiva;
● ATENÇÃO: DURANTE A CRISE
CONVULSIVA JAMAIS IMPEÇA
OS MOVIMENTOS DA VÍTIMA,
NUNCA TENTE ABRIR SUA
BOCA OU INTRODUZIR
OBJETOS NELA.
INSOLAÇÃO
● Provocado pela exposição excessiva ao sol. A
pessoa pode ter perda de consciência súbita, como
um desmaio.

Sinais e sintomas:
● Tontura e enjôo;
● Cefaléia;
● Pele seca, quente e queimada do sol;
● Rubor e edema no rosto/corpo;
● Febre alta;
● Desidratação.
INSOLAÇÃO
Como proceder:
1. Solicitar socorro especializado;
2. Colocar a vítima na sombra, em local arejado e fresco;
3. Aplicar compressas frias em sua cabeça, nuca, pulsos;
4. Aliviar roupas;
5. Envolver seu corpo em toalhas/panos úmidos e frios
para baixar a temperatura;
6. Somente de água se a vítima estiver consciente.
QUEIMADURAS

● É toda e qualquer lesão causada ao


corpo humano pela ação curta ou
prolongada de temperaturas extremas.
QUEIMADURAS – CLASSIFICAÇÃO

● Classificação conforme a
extensão da área lesada;
● Consideradas grandes
queimaduras quando:

● Adultos: >15% do corpo;


● Crianças: >10% do corpo.
QUEIMADURAS – CLASSIFICAÇÃO

Conforme o grau
da lesão:

● 1o Grau;
● 2o Grau;
● 3o Grau.
QUEIMADURAS – CLASSIFICAÇÃO
QUEIMADURAS – CLASSIFICAÇÃO
1º GRAU

● Pele avermelhada,
(eritema) dor, edema e
ressecamento;

● Contato breve com


calor.
QUEIMADURAS – CLASSIFICAÇÃO

1º GRAU

● Exposição
prolongada ao
sol.
QUEIMADURAS – CLASSIFICAÇÃO

2º GRAU

● Atinge as camadas um
pouco mais profundas da
pele;

● Formação de bolhas;

● Formação de feridas
avermelhadas e dolorosas.
QUEIMADURAS – CLASSIFICAÇÃO
3º GRAU
QUEIMADURAS – CLASSIFICAÇÃO

3º GRAU

● Todas as camadas da pele são atingidas,


podendo alcançar músculos e ossos;

● Secas, esbranquiçadas ou carbonizadas (pele


como couro);

● Não há dor!!! A dor é devido as queimaduras de


1o e 2o grau ao redor.
QUEIMADURAS – CLASSIFICAÇÃO

3º GRAU
QUEIMADURAS – CLASSIFICAÇÃO

3º GRAU
PRINCIPAIS MEDIDAS EM QUEIMADOS

• Prevenir estado de choque;


• Controlar a dor;
●Controle de hipotermia;
● Evitar a contaminação.
PRINCIPAIS MEDIDAS EM QUEIMADOS
Como socorrer vítimas de queimaduras de primeiro e
segundo grau:
● Solicitar socorro especializado; executar SBV;

● Usar água, muita água. É preciso resfriar o local. Faça isso com água
corrente, um recipiente com água fria ou compressas SECAS. Não use gelo;

● Com o cuidado de não apertar o local, fazer um curativo com uma


compressa limpa;

● Em casos de queimadura de primeiro grau, apenas nesse caso, é


permitido e recomendável beber bastante água.
PRINCIPAIS MEDIDAS EM QUEIMADOS
Como socorrer vítimas de queimaduras de terceiro
grau:

● Solicitar socorro especializado; executar SBV/CAB;

● Retirar acessórios e roupas, porque a área afetada vai inchar. “Atenção”:


se a roupa estiver colada à área queimada, não mexer;
●Faça isso com compressas SECAS Não use gelo;
● Nas queimaduras de terceiro grau pequenas (menos de cinco centímetro de
diâmetro) só nas pequenas, você poderá usar água corrente ou um recipiente
com água fria. Cuidado com o jato de água, ele não deve causar dor nem
arrebentar as bolhas;
PRINCIPAIS MEDIDAS EM QUEIMADOS
Como socorrer vítimas de queimaduras de terceiro
grau:

● “Atenção”: a pessoa com queimadura de terceiro grau pode não reclamar


de dor, por isso, se machucar ainda mais, como dizer que o jato de água não
está doendo, por exemplo;

● Se a queimadura tiver atingido grande parte do corpo, tenha o cuidado de


manter a vítima aquecida;
● Com o cuidado de não apertar o local, faça um curativo com uma
compressa limpa;
● Não oferecer água, a vítima pode precisar tomar anestesia, para isso, deve
estar em jejum.
PRINCIPAIS MEDIDAS EM QUEIMADOS

Como socorrer vítimas de queimaduras:

● Afastar a vítima da origem da queimadura e retire sua veste, se a peça for


de fácil remoção. Caso contrário abafe o fogo envolvendo-a em lençol,
cobertor, colcha, toalha ou casaco;

● IMPORTANTE: Nas queimaduras por CAL SODADA (soda cáustica), limpar


as áreas atingidas com uma toalha ou pano antes da lavagem, pois o contato
destas substância com a água cria uma reação química que produz enorme
quantidade de calor;

● Não aplicar unguentos, graxas, óleos, pasta de dente, margarina, etc.,


sobre a área queimada;

● Manter a vítima em repouso.


ESTADO DE CHOQUE

● Estado que se caracteriza pela falta de circulação e oxigenação


dos tecidos do corpo, provocado pela diminuição do volume de
sangue ou pela deficiência do sistema cardiovascular. O estado de
choque poe em risco a vida do indivíduo.

● As principais causas do estado de choque são: hemorragias e


queimaduras graves, choque elétrico, ataque cardíaco, dor intensa de
qualquer origem, infecção grave, reação alérgica grave,
envenenamentos e intoxicações por produtos químicos.
ESTADO DE CHOQUE
TIPOS:
● Choque Cardiogênico: Incapacidade do coração de bombear
sangue para o resto do corpo. Possui as seguintes causas: infarto
agudo do miocárdio, arritmias, cardiopatias;

● Choque Neurogênico: Dilatação dos vasos sanguíneos em função


de uma lesão medular. Geralmente é provocado por traumatismos que
afetam a coluna cervical;

● Choque Séptico: Ocorre devido a incapacidade do organismo em


reagir a uma infecção provocada por bactérias ou vírus que penetram
na corrente sanguínea liberando grande quantidade de toxinas;
ESTADO DE CHOQUE
TIPOS:
● Choque Hipovolêmico: Diminuição do volume sanguíneo. Possui
as seguintes causas:
• Perdas sanguíneas - hemorragias internas e externas;
• Perdas de plasma - queimaduras e peritonites;
• Perdas de fluídos e eletrólitos - vômitos e diarréias.

● Choque Anafilático: Decorrente de severa reação alérgica. Ocorre


as seguintes reações:
• Pele: urticária, edema e cianose dos lábios;
• Sistema respiratório: dificuldade de respirar e edema da árvore
respiratória;
• Sistema circulatório: dilatação dos vasos sanguíneos, queda da
pressão arterial, pulso fino e fraco, palidez.
ESTADO DE CHOQUE

Sinais clássicos de choque são:

● Pele muito pálida, úmida e fria com suor abundante;


● Pulso anormal e difícil de palpar (rápido e fraco) e pressão arterial
baixa;
● Lábios e extremidades descorados, frios, sendo as extremidades
com tempo de perfusão capilar acima de 2 segundos;
● A vítima descreve sentir muita sede, agitação, tremores e
calafrios (pele arrepiada);
● Respiração curta, rápida e irregular;
● Náuseas e vômitos;
● Lábios, rosto e pescoço muito inchados (no caso de choque por
reação alérgica grave).
ESTADO DE CHOQUE

Como proceder:

1. Sempre realizar SBV/CAB;


2. Tentar eliminar a causa do estado de choque;
3. Afrouxar as vestes;
4. Posicionar a vítima deitada e com as pernas elevadas (cuidar
lesões);
5. Se houver vômito, virar a cabeça de lado (somente se não
houver suspeita de lesão na coluna);
6. Manter a vítima aquecida usando do que há disponível
(melhor se houver um cobertor de lã ou de aluminizado).
CHOQUE ELÉTRICO

● Ocorre quando há contato com uma fonte de


eletricidade;

● A gravidade da situação depende do tempo de contato,


da intensidade da carga elétrica e da área atingida.
CHOQUE ELÉTRICO

● Desligar a chave geral de eletricidade


evita lesões maiores e permite que a
vítima seja socorrida.

● Não deixe que ninguém se aproxime da vítima, nem


tente ajudá-la antes de a corrente elétrica ser desligada
(a distância mínima a ser mantida é de quatro metros);
só depois disso é que você deverá prestar socorro.
CHOQUE ELÉTRICO
Como proceder:

1. Desligar a energia ou afastar a vítima da energia antes


de iniciar o atendimento;
2. Solicitar socorro especializado;
3. Verificar nível de consciência, CAB e realizar manobras
se necessário;
4. Proceder em casos de queimadura conforme
mencionado anteriormente.
HEMORRAGIAS E FERIMENTOS LEVES

● É a perda de sangue que acontece quando há


rompimento de veias ou artérias provocado por muitos
motivos que vão desde uma batida ou um corte até
mesmo a fraturas, úlceras ou tumores.

● A hemorragia abundante e não controlada pode


causar a morte em 3 a 5 minutos.
HEMORRAGIA EXTERNA

● É um sangramento que acontece fora do


organismo, por uma ferida ou por orifícios naturais do
corpo humano.

● O sangue das hemorragias externas pode vir de


uma artéria ou de uma veia.
HEMORRAGIA

DIFERENÇA:

● SANGUE ARTERIAL

● SANGUE VENOSO
HEMORRAGIA DE ARTÉRIA E VEIA
HEMORRAGIA EXTERNA

DIFERENÇA:

● Na hemorragia em Artéria, o sangue é de


coloração vermelha intensa e flui de forma
intermitente, seguindo os batimentos do coração.
● Na hemorragia de Veia o sangue é mais escuro e
corre de forma abundante, as hemorragias arteriais
são as mais graves do que as venosas embora as
medidas de primeiros socorros sejam as mesmas
para ambas.
HEMORRAGIA EXTERNA
COMO AGIR?

● Executar SBV;
● Não mexer na ferida nem aplicar qualquer medicação;
● Deve-se comprimir o ferimento com firmeza usando um pano
limpo (toalha, etc.), depois amarrar o pano com uma tira para
mantê-lo no lugar, não remova os panos empapados de sangue,
pois isto dificulta o estancamento da hemorragia;
● Vá colocando em cima quantos panos precisarem, quando a
hemorragia for em membros superiores ou inferiores mantenha o
membro elevado isto facilita o controle.
HEMORRAGIA EXTERNA

● COMPRESSÃO DIRETA NO FERIMENTO;

● ELEVAÇÃO DO MEMBRO.
HEMORRAGIAS

SINAIS:

● TAQUICARDIA;
● TAQUIPNÉIA;
● PALIDEZ;
● PELE FRIA A PEGAJOSA;
● HIPOTENSÃO;
● PULSO FINO.
HEMORRAGIA EXTERNA
HEMORRAGIA INTERNA

● Não se vê o sangue. LEMBRE-SE, é a hemorragia


mais perigosa porque a vítima pode entrar em estado de
choque e ter uma parada cardiorrespiratória.

● Sinais e sintomas: os mesmos do estado de choque,


hipotensão, taquicardia e pele fria.
● Como proceder: se há suspeita de hemorragia interna,
proceder como no estado de choque.
HEMORRAGIA NASAL - EPISTAXE

● De todas as hemorragias a nasal é a mais comum,


tanto em adultos quanto em crianças. No caso de
hemorragia nasal, orientar a vítima a não assoar o
nariz.
EPISTAXE
HEMORRAGIA NASAL - EPISTAXE
COMO AGIR?

● Executar SBV;

● Deve-se pressionar a narina por 3-5 min. para


estancar o sangramento, ou introduzir um chumaço de
algodão ou gaze;
● Manter ela sempre sentada com a cabeça levemente
inclinada para trás, evitando que o sangue vá para a
garganta e seja engolido, provocando náuseas.
HEMORRAGIA EXTERNA
TORNIQUETE

● Os torniquetes são usados SOMENTE nos casos de


amputação ou esmagamento de membros e só podem
ser colocados no braço ou na coxa.
HEMORRAGIA EXTERNA
● COMPRESSÃO ARTERIAL ACIMA DO FERIMENTO;
● TORNIQUETE (EM CASO DE ESMAGAMENTO E/OU
AMPUTAÇÃO).
FERIMENTOS

● Lesão caracterizada pela ruptura de uma superfície


orgânica em geral a pele.

● PUNTIFORMES: provocados por objetos pontiagudos


que penetram no corpo e produz lesão profunda, a lesão
externa não é em geral muito grande, mas os danos
internos podem ser graves. (ex: prego)
FERIMENTOS INCISOS

● Causados por
instrumentos afiados ou
cortantes como facas,
pedaços de vidro ou
metal, em geral limpos
apresentam abundante
derramamento de
sangue.
ESCORIAÇÕES

● Ferimentos irregulares que se


produzem em consequência de
atrito contra uma superfície, os
riscos de infecções aumentam
em decorrência do contato com
superfícies sujas como solo ou
parede.
PASSOS PARA A LIMPEZA DOS FERIMENTOS

● Executar SBV;
● Acalmar o paciente/cliente;
● Lavar bem as mãos;
● Limpar o ferimento com água abundante e sabão;
● Retirar os corpos estranhos que possam ser
removidos com facilidade e nos casos de ferimentos
leves;
● Se houver hemorragia comprimir o local.
CORPO ESTRANHO NO ORGANISMO
CORPO ESTRANHO NO ORGANISMO

Como proceder:

● Solicitar socorro especializado; executar SBV;


● Deixar o objeto no local;
● Fazer um curativo volumoso para estabilizar o objeto;
● NUNCA movimente o objeto encravado;
● NUNCA tente retirar objetos encravados.
CORPO ESTRANHO NO ORGANISMO
CORPO ESTRANHO NOS OLHOS

Como proceder:
● NUNCA RETIRE OBJETO TRANSFIXADO NO
OLHO. Você pode retirar apenas se o objeto estranho
estiver sobre a conjuntiva ou esclerótica, derramando
água limpa ou soro fisiológico em abundância sobre o
olho. Nunca tente retirar com mãos ou outro objeto
caso estes não saiam com água/soro corrente.
CORPO ESTRANHO NOS OLHOS

Como proceder:
1. Solicitar socorro especializado; executar SBV;
2. Lave o olho com água limpa ou soro fisiológico,
em abundância nos casos onde não ocorre
transfixação;
3. Aplicar atadura ou gaze sobre os olhos, ocluindo
ambos os olhos, tanto o que está machucado quanto
o bom.
CORPO ESTRANHO NOS OLHOS
CORPO ESTRANHO NO OUVIDO

● Corpos estranhos podem introduzir no ouvido do


colaborador voluntariamente (grãos de feijão, soja,
pequenas pérolas, etc., colocados por brincadeira) ou
involuntariamente (objetos ou insetos);

● Nesses casos o único procedimento correto é o


atendimento imediato aos serviços médicos.
CORPO ESTRANHO NO OUVIDO
Em caso de penetração de pequenos insetos:
● Tente atrair o inseto com um foco de luz;

● Pingue algumas gotas de óleo mineral ou azeite no ouvido, para imobilizar e


matar o inseto;

● Mantenha a vítima deitada de lado com o ouvido afetado para cima de 5 a


10 minutos, mude de posição para facilitar o escoamento do óleo com o inseto
morto;

● Em casos de grãos incline a cabeça para o lado atingido e com o punho da


vítima dê leves batidas no lado oposto ao atingido;
● Não remova o corpo estranho com pinça, arame, palito, ou qualquer
instrumento. Se não sair procure um serviço de atendimento médico.
CORPO ESTRANHO NO NARIZ

● Incidentemente raro nos ambientes de trabalho e


comum entre crianças, no lar. Estas quando cometem
este ato, geralmente não o comunicam aos pais ou
responsáveis, mas ele pode ser notado pela obstrução
nasal, dores nas narinas, secreção nasal purulenta e
sangramento.
CORPO ESTRANHO NO NARIZ

Conduta para corpo estranho no nariz:

● Fechar a narina que está livre e, mantendo a boca fechada,


assoar com força impelindo para fora o objeto;

● Se não der resultado, não tentar retirar com objetos pontudos,


pinças, palitos, agulhas, e, sim levar ao médico imediatamente;

● Se for criança o socorrista deve realizar as manobras de


desobstrução das vias aéreas.
ENGASGAMENTO

● O procedimento a seguir, conhecido como Manobra


de Heimlich, deve ser executado em casos de
engasgamento.
● Se a vítima ainda estiver respirando ou tossindo,
facilite suas tentativas de se desengasgar, caso
contrário, se a vítima não estiver conseguindo nem
tossir, siga o procedimento:
ENGASGAMENTO

● Verifique se há possibilidade de ver o objeto que está causando


o engasgamento, se possível, retire com os dedos, caso não seja,
prossiga com os seguintes passos:
1. Posicione-se atrás da vítima;
2. Incline a cabeça da vítima para baixo, e efetue 4 a 6 tapotagens
nas costas;
3. Caso a vítima continue engasgada, abrace-a por trás, coloque
uma mão fechada exatamente entre o umbigo e o osso pontudo
do peito;
4. Coloque sua outra mão aberta sobre a mão fechada e desfira
de 5 golpes de compressão abdominal, para cima e para dentro
da barriga da vítima até que o objeto saia ou a vítima fique
inconsciente.
ENGASGAMENTO

Se a vítima tornar-se inconsciente:


1. Solicitar socorro/atendimento especializado; executar SBV;
2. Deite a vítima;
3. Inicie compressões torácicas;
6. SEMPRE verifique o CAB e se necessário, realize reanimação
cardiorrespiratória.
ENGASGAMENTO - MANOBRA DE HEIMLICH
ENGASGAMENTO

MANOBRA DE

HEIMLICH
ALCOOLISMO

● O ALCOOLISMO É UMA DOENÇA E NÃO TEM


CURA, MAS TEM TRATAMENTO.
● O abuso no uso do álcool causa depressão no SNC.

Os sinais e sintomas de intoxicação:


● Fala arrastada, incoordenação motora, aumento da
autoconfiança e euforia;
● O efeito sobre o humor varia de pessoa para pessoa,
e a maioria delas torna-se mais ruidosa e
desembaraçada.
EFEITOS DO ALCOOL

EQUIVALENTE EFEITOS
As funções mentais começam a ficar
1 copo cerveja, 1 cálice pequeno vinho, 1 dose
comprometidas. A percepção da distância e da
uísque ou de outra bebida destilada;
velocidade são prejudicadas;
O grau de vigilância diminui, assim como o
2 copos cerveja, 1 cálice grande de vinho, 2
campo visual. O controle cerebral relaxa, dando a
doses de bebida destilada;
sensação de calma e satisfação;
Reflexos retardados, dificuldades de adaptação
3 ou 4 copos de cerveja, 3 copos de vinho, 3 da visão a diferenças de luminosidade;
doses de uísque; superestimação das possibilidades e minimização
de riscos; e tendência à agressividade;
Dificuldades de controlar automóveis;
Grandes quantidades de bebida alcoólica; incapacidade de concentração e falhas de
coordenação neuromuscular;
Grandes quantidades de bebida alcoólica; Embriaguez, torpor alcoólico, dupla visão;
Grandes quantidades de bebida alcoólica; Embriaguez profunda;
Grandes quantidades de bebida alcoólica. Coma alcoólico.
PRIMEIROS SOCORROS
● NÃO PERMITIR QUE SE TOME MAIS BEBIDA ALCOÓLICA.
NÃO SE DEVE DAR QUALQUER MEDICAMENTO, COMIDA OU
LÍQUIDO;

● SE A VÍTIMA ADORMECER, DEVE SER COLOCADA NA


POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA (PLS) E FICAR SOB
OBSERVAÇÃO PERIÓDICA, ATÉ QUE PASSEM OS EFEITOS DO
ÁLCOOL OU ATÉ QUE POSSA SER REMOVIDA PARA
ATENDIMENTO ESPECIALIZADO;
● A VÍTIMA DEVE TER SUA INICIATIVA DE DEAMBULAÇÃO
DESESTIMULADA, DEVENDO PERMANECER O MÁXIMO
POSSÍVEL DEITADA OU SENTADA.
PRIMEIROS SOCORROS

NO TRATAMENTO DE EMERGÊNCIA SE DEVE:

● Observar o nível de consciência, ficando atento para o fato de


a vítima se mostrar desorientada e com alucinações;
● Em caso de agitação, conter a vítima, para evitar que ela
machuque a si mesma ou quem estiver próximo;
● Se a vítima estiver inconsciente, solicitar socorro/atendimento
especializado, iniciar SBV/CAB;

● JAMAIS DÊ LÍQUIDOS, ALIMENTOS OU QUALQUER


MEDICAMENTO A UMA VÍTIMA DE USO EXCESSIVO DE
ÁLCOOL, SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA.
PRIMEIROS SOCORROS
● MANEJAR O CLIENTE QUE ESTÁ EMBRIAGADO;
● CONVERSAR COM ELE;
● NÃO IMPOR REGRAS;
● COLOCAR O CLIENTE EM LUGAR CALMO E PROTEGIDO E
MONITORAR FREQUENTEMENTE OS SINAIS VITAIS.

VERIFICAR:
● Respiração, pulso, pele , olhos, face, lábios.

NÍVEL DE CONSCIÊNCIA:
A = alerta (acordado)
F = fala
D = dor
I = inconsciente (não responde)
ALCOOLISMO

NÍVEL DE CONSCIÊNCIA:

● A verificação desse nível pode ser checada do seguinte modo:


● A = Alerta. Se o cliente estiver alerta (ou
acordado), provavelmente não deve ter sido alterado o
seu nível de consciência;
● F = Fala. Deve-se procurar fazer perguntas ao cliente,
neste caso, para saber se sua fala foi afetada e qual o seu
nível de consciência;
● D = Dor. Um terceiro estágio do nível de consciência, ainda
mais grave, é quando o cliente não fala, mas geme de dor;
● N = Não fala. Este é o caso extremo ou o mais
perigoso. Possivelmente o cliente está desacordado
(desmaiado) ou em estado de coma.
INTOXICAÇÃO E ENVENENAMENTO

● Os principais tipos de intoxicações/envenenamentos


ocorrem por:

• Alimentos;
• Medicamentos;
• Substâncias Químicas;
• Plantas Venenosas;
• Drogas.
INTOXICAÇÃO E ENVENENAMENTO

● Gravidade depende:

• Idade;
• Peso;
• Suscetibilidade do indivíduo;
• Tipo de intoxicação / envenenamento;
• Quantidade de contato;
• Grau de toxicidade;
• Via de contato com a substância.
INTOXICAÇÃO E ENVENENAMENTO
● Como proceder:
• Solicitar socorro/atendimento especializado;
• Avalie sempre nível de consciência e CAB;

• Caso consciente, acalme a vítima, tentando identificar


o que foi ingerido/inalado; caso a vítima esteja
inconsciente, mantenha em posição lateralizada devido
a possibilidade de vômitos, afrouxe roupas, mantenha
os pés mais elevados para melhor circulação
sanguínea.
INTOXICAÇÃO E ENVENENAMENTO
● A primeira conduta a ser tomada é a verificação se realmente houve a intoxicação ou o
envenenamento. Uma pessoa, que tenha simplesmente deglutido alguma substância,
não estará necessariamente intoxicada. Algumas substâncias são inócuas e não
requerem tratamento. Entretanto, podemos suspeitar de envenenamento ou intoxicação
em qualquer pessoa que manifeste os sinais e sintomas descritos abaixo:
• Sinais evidentes, na boca ou na pele, de que a vítima tenha mastigado, engolido,
aspirado ou estado em contato com substâncias tóxicas, como por exemplo: salivação,
aumento ou diminuição das pupilas dos olhos, sudorese excessiva, respiração alterada e
inconsciência;
• Hálito com odor estranho;
• Modificação na coloração dos lábios e interior da boca, dependendo do agente causal;
• Dor, sensação de queimação na boca, garganta ou estômago;
• Sonolência, confusão mental, torpor ou outras alterações de consciência;
• Náuseas e vômitos;
• Diarréia;
• Lesões cutâneas, queimaduras intensas com limites bem definidos ou bolhas;
• Convulsões;
• Queda de temperatura, que se mantém abaixo do normal;
• Paralisia.
INTOXICAÇÃO E ENVENENAMENTO

● Como proceder:

• NUNCA provoque vômitos;


• NUNCA dê líquidos ou qualquer outra substância;
• Tente identificar o produto causados da
intoxicação/envenenamento e leve-o ao hospital junto
com a vítima;
• Caso a vítima esteja inconsciente mas vomite, tente
levar o vômito junto, como forma de identificar a
causa.
INTOXICAÇÃO POR ALIMENTOS

● Alimentos consumidos que estão:

• Se deteriorando;
• Poluídos por substâncias químicas;
• Ou contaminados por microorganismos.

● Normalmente ocorre 2 a 3 horas após a ingestão do


alimento contaminado (pode manifestar um pouco
antes ou depois desse período).
INTOXICAÇÃO POR ALIMENTOS
● Sinais e sintomas:

• O início é evidenciado pelo aparecimento de


náuseas seguida de vômitos;
• Cólicas abdominais;
• Diarréias.

● Outros sintomas observados são:


• Febre, calafrios, fraqueza e cefaléia.
INTOXICAÇÃO POR ALIMENTOS

● Principais bactérias que causam intoxicação:


• Salmonella (bactéria – doença com diarréia importante
- incubação é de 8 a 48 horas após a exposição; a
doença aguda dura entre uma e duas semanas);
• Shigella (infecção aguda, com diarréia importante,
cólicas fortes - incubação é de 36 a 72 horas);
• E. coli (produzida pelas endotoxinas produzidas pelas
bactérias são responsáveis pelos sintomas. O período
de incubação é de 24 a 72 horas. Nos adultos, a
infecção geralmente não é grave, mas nas crianças e
bebês a infecção requer, com frequência,
hospitalização).
INTOXICAÇÃO POR
ALIMENTOS

● Botulismo
• O Clostridium Botulinum é encontrado mundialmente, no
solo e na água não tratada;
• Esse organismo produz esporos que sobrevivem em
alimentos inadequadamente preservados ou enlatados, nos
quais produzem uma toxina;
• Ao serem ingeridas, até mesmo quantidades mínimas desta
toxina podem levar a um grave envenenamento;
• Os alimentos mais frequentemente contaminados são os
vegetais enlatados em casa, presunto e porco defumados e
peixe cru ou defumado;
• O botulismo pode também ocorrer se o organismo entrar no
corpo através de feridas abertas e produzir a toxina nesses
locais.
INTOXICAÇÃO POR ALIMENTOS

● Além disso, a preparação inadequada de


alimentos pode provocar intoxicação alimentar.
● Por exemplo, se o Baiacu, prato japonês, é
preparado de modo adequado, provoca uma
sensação "agradável" de ardor, mas se for
preparado de maneira imprópria provocando
paralisias por intoxicação do sistema nervoso
central e levando a morte.
INTOXICAÇÃO POR ALIMENTOS

● Cuidados específicos com intoxicação alimentar:

• Não dar remédios que interrompam a diarréia;


• Procurar sempre orientação médica;
• Iniciar reidratarão o quanto antes.
INTOXICAÇÃO POR MEDICAMENTOS

● Um levantamento feito pelo Sistema


Nacional de Informações Tóxico
Farmacológicas (Sinitox), coordenado pelo
Instituto de Comunicação e Informação
Científica e Tecnológica (ICICT) da Fiocruz,
mostra que em apenas um ano foram
registrados no Brasil mais de 80 mil casos de
intoxicações e, em quase 25% dos registros,
as vítimas tinham até 5 anos.
INTOXICAÇÃO POR MEDICAMENTOS

● Os medicamentos estão em primeiro lugar no


ranking de intoxicação e vitimam, em média, mais
de 20 crianças por dia. Quase uma vítima por
hora.
INTOXICAÇÃO POR MEDICAMENTOS

● No caso de adultos: são indiscutivelmente, o maior percentual de


notificações de agravo à saúde registrados nos grandes centros
urbanos, representando cerca de 40 a 70% do total de casos e com
elevado número de mortes ou complicações clínicas graves:
• 1º. lugar = analgésicos/ antitérmicos/ antiinflamatórios;
• 2º. lugar = antidepressivos e estimulantes;
• 3º. lugar = cardiovasculares.
Nas seguintes circunstâncias:
• Iatrogenia (erro médico/profissional de saúde);
• Overdose;
• Associação Medicamentosa;
• RAM (Reação Adversa à Medicamento).
INTOXICAÇÃO POR MEDICAMENTOS

● Somente usar medicamentos prescritos pelo médico;


● Manter remédios sempre na sua embalagem
original;
● NUNCA se automedicar;
● NUNCA ter grandes quantidades de remédios em
casa;
● Guardar remédios fora do alcance das crianças.
INTOXICAÇÃO POR SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS

● Principais formas são:

• Ingestão (Via oral);


• Inalação (Via Respiratória);
• Contato direto com a pele.
INTOXICAÇÃO POR SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS

● INTOXICAÇÕES POR GASES:

• Ocorrem com maior frequência em minas, poços de


petróleo, garagens, locais fechados e mal ventilados;

• Os gases podem formar compostos ligados a


hemoglobina, impedindo a oxigenação do sangue
(monóxido de carbono, por exemplo). O gás cloro ou
gás anidrido sulfuroso também determinam graves
intoxicações.
INTOXICAÇÃO POR SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS
● INTOXICAÇÕES POR GASES:
● A conduta especial nestes acidentes é:

• Retirar o acidentado do local, levando-o para o ar


livre;
• ATENÇÃO deve-se tomar cuidado para que o
socorrista não acabe intoxicado também!!!
• Utilize proteção para o rosto: máscara, pano úmido,
permanece o mínimo possível no local.
INTOXICAÇÃO POR SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS

● INTOXICAÇÕES POR ÁCIDOS E ÁLCALIS FORTES:


• Tais intoxicações são comuns em acidentes com crianças
menores de cinco anos e em tentativas de suicídio (hipocloritos,
água de lavadeira, soda cáustica, removedores), produzem
lesões na boca, língua, esôfago e estômago.
● CUIDADOS ESPECIAIS:
• NUNCA provoque vômito se ingerido;
• Se o produto atingiu regiões de mucosa mais sensível, lave
cuidadosamente com água corrente;
• Se a criança ou outra pessoa manipulou o produto, deve-se
lavar as mãos e dedos para prevenir contato com outras regiões
(olhos, por exemplo).
INTOXICAÇÃO POR SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS

● INTOXICAÇÕES POR METAIS:


• As intoxicações agudas por metais (chumbo, por
exemplo) apresentam sintomas gastrointestinais mais
significativos, além de mialgia generalizada,
encefalopatia;
• São geralmente acidentes de trabalho pela utilização
de pigmentos em cerâmicas, compostos adicionados à
gasolina, baterias, certos tipos de solda. São
encontradas também intoxicações por arsênico,
mercúrio e fósforo.
INTOXICAÇÃO POR SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS

● INTOXICAÇÕES POR AGROTÓXICOS:


• Os agrotóxicos ou defensivos agrícolas são substâncias que vêm sendo
cada vez mais utilizadas na agricultura e na saúde pública, de forma não
controlada, podendo oferecer perigo para o homem, dependendo da
toxicidade, do grau de contaminação e o tempo de exposição durante sua
aplicação;
● A questão da segurança atinge:
• Quem fabrica;
• Quem manuseiam os agrotóxicos;
• A população que consomem os produtos nos quais foram utilizados;
• Os principais agentes de intoxicação entre os praguicidas são os
inseticidas usados na agricultura, em ambientes domésticos e públicos,
classificados em três grandes grupos: os organoclorados, os inibidores da
colinesterase (organofosforados e carbamatos) e as piretrinas naturais e
sintéticas.
INTOXICAÇÃO POR PLANTAS

● Podem haver, ainda, a utilização de plantas


venenosas para a alimentação, como por exemplo a
mandioca-brava (cujo princípio tóxico é mais
concentrado nas folhas e raiz);
● Plantas ornamentais como "comigo ninguém pode",
que são comumente causadoras de acidentes, causam
grande irritação de mucosas, pela presença de ráfides
de oxalato de cálcio: edema de lábios, dor em
queimação, sialorréia, disfagia, afonia, cólicas
abdominais, náuseas e vômitos.
INTOXICAÇÃO POR PLANTAS

● A intoxicação aguda por plantas, embora de


incidência universal, sua distribuição e
intensidade assumem aspectos regionais,
quase sempre por ingestão acidental de uma
planta ou de alguma de suas partes que é
tóxica;

● Muitas vezes, a criança ingere ou manuseia


uma planta tóxica levada por sua natural
curiosidade e pelas suas características
psicológicas de explorar o ambiente, também
pelo desconhecimento do perigo de certas
espécies.
INTOXICAÇÃO POR PLANTAS

● Conhecer as plantas perigosas da região, da casa e do quintal, pelo


aspecto e nome;
● Não comer plantas selvagens, inclusive cogumelos, a não ser que sejam
bem identificados;
● Conservar plantas, sementes, frutos e bulbos longe do alcance de
crianças pequenas;
● Ensinar as crianças, o mais cedo possível, a não pôr na boca plantas ou
suas partes, alertando-as sobre os perigos em potencial das plantas
tóxicas;
● Não permitir nas crianças o hábito de chupar ou mascar folhas,
sementes, ou qualquer parte de plantas;
● Identificar a planta antes de comer seus frutos, não baseando-se na
observação de aves ou insetos que a consomem, para saber se ela é
tóxica;
● Nem sempre o aquecimento ou cozimento destroem a substância tóxica;
● Não fazer nem tomar remédios caseiros com plantas
indiscriminadamente.
TRANSPORTE PESSOAS ACIDENTADAS
TRANSPORTE PESSOAS ACIDENTADAS
TRANSPORTE PESSOAS ACIDENTADAS
TRANSPORTE PESSOAS ACIDENTADAS
TRANSPORTE PESSOAS ACIDENTADAS
TRANSPORTE PESSOAS ACIDENTADAS
TRANSPORTE PESSOAS ACIDENTADAS
TRANSPORTE PESSOAS ACIDENTADAS
TRANSPORTE PESSOAS ACIDENTADAS
TRANSPORTE PESSOAS ACIDENTADAS
RECURSOS DISPONÍVEIS PARA
ENCAMINHAMENTO DA VÍTIMA
● Guarda Municipal: 153
● Bombeiros: 193
● Defesa Civil: 199 ou 3268 9026
● Disque Denúncia: 181
● Polícia Civil: 197 ou 3288 2400
● Polícia Federal: 194
● Brigada Militar: 190
● SAMU: 192
● Vigilância Sanitária: 150
● Polícia Rodoviária Estadual: 198
● Polícia Rodoviária Federal: 191 ou 3371 2021
● Secretaria dos Direitos Humanos: 100
● Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher: 180 ou 3288 2172
● FUNCRIANÇA: 32212087
● CIT – Centro de Informações Toxicológicas do Rio Grande do Sul
● (24hs): 0800 721 3000
● Delegacia da Criança: 3233 6255
● Informações Municipais: 156

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