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Introdução
STRESS OU ESTRESSE
Todo o ser vivo relaciona-se com o meio ambiente em que vive e luta
permanentemente contra forças potencialmente fatais. A relação do ser vivo com o
meio é mediada por receptores (estruturas ou órgãos dos sentidos ou sensitivos). Toda
alteração ambiental é portanto um estímulo e atua sobre um organismo através de
seus receptores. Os receptores estimulados encaminham mensagens que
desencadeiam reações. Todas as respostas ou reações são primariamente orientadas
para enfrentar a alteração ambiental, superá-la e retornar o ser vivo ao equilíbrio
orgânico (homeostase).
Organismos primitivos podem reagir ao calor, ao frio, à dissecação, à umidade
ou à falta de nutrientes entre outros estímulos. Os seres mais complexos
desenvolveram sistemas de informação sobre as mais diversas variações ambientais
que estimulam receptores e desencadeiam reações promovendo a adaptação orgânica
às novas condições.
Conceitos:
V I AS D E R E AÇ ÃO :
AGUDO
Insuficiência
Adrenal
Timpanismo
Acidose
Hipo/hipertermia
Hipocalcemia
Fratura cervical
TARDIO
Miopatia de captura
Pneumonia
“aspirativa”
Choque
ACIDOSE
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR
A causa primária é a liberação de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina)
durante a reação de alarme levando a taquicardia que somada a acidose e hipóxia
resulta em fibrilação. O animal debate-se e agoniza o que pode ser confundido com
resistência à contenção. A fibrilação impossibilita o bombeamento sanguíneo
determinando insuficiência circulatória, a inconsciência e morte.
MIOPATIA DE CAPTURA
Também conhecida como miopatia por stress ou esforço, é uma doença
muscular degenerativa de prognóstico extremamente reservado. Pode apresentar-se
sob a forma aguda (1 a 12 horas), subaguda (7 a 14 dias) ou crônica (semanas). É
observada principalmente nos bovídeos (antílopes, bisões), cervídeos (cervos e
veados) e eqüídeos (zebra, cavalo, asno e anta). A anóxia localizada, devido à
contratura de massas musculares é o fator determinante. A patogenia da miopatia de
captura envolve a alteração do pH, hipóxia e morte de fibras musculares com liberação
de potássio, mioglobina (necrose tubular aguda devido à toxicidade) e lactato. Os sinais
clínicos incluem dificuldade na marcha, rigidez e dor à palpação dos membros
(especialmente nas porções mais altas da região pélvica), paresia e decúbito.
Observam-se ainda dispnéia e taquicardia. As principais alterações laboratoriais são
acidose, elevação da creatinina fosfoquinase e de desidrogenase láctica, sendo menos
freqüente a hiperpotassemia.
Conforme recomenda o Prof. Fowler: devemos refletir antes de praticar uma contenção
e algumas questões básicas devem ser respondidas:
CONTENÇÃO MECÂNICA
Diversos equipamentos são utilizados na contenção, desde redes, puçás,
ganchos, laços, cordas, peias, cambões, caixas e jaulas de pressão (com parede móvel
para apertar o animal contra uma lateral de tela), tubos plásticos (aves, répteis e alguns
mamíferos como os ouriços), tubos transparentes para répteis, luvas de couro, vendas,
sacos de pano, escudos, eletrochoque, extintor de incêndio, abre bocas, fitas adesivas
e muitos outros em conformidade com o animal e o objetivo da contenção.
CONTENÇÃO QUÍMICA
Para a contenção química, diferentes drogas e equipamentos de aplicação são
utilizados, porém, alguns quesitos são especialmente importantes para animais
silvestres. Uma boa droga deve permitir o uso intramuscular, deve ter uma grande
margem de segurança (DL 50), deve ter o menor período de indução e apresentar um
pequeno volume. Isto para permitir o uso de métodos de aplicação à distância (dardos),
através de rifles, pistolas (polvora ou ar comprimido) e zarabatanas, quando o peso real
do paciente é desconhecido.
Zarabatana
De confecção artesanal, as zarabatanas e os dardos (feitos a partir de seringas
descartáveis), são práticas, baratas e de fácil reposição. O impacto do dardo da
zarabatana sobre o animal é sensivelmente menor que o promovido pelo dardo da
espingarda e os riscos de acidentes são reduzidos. O tiro da zarabatana é silencioso.
Suas grandes limitações são o volume disponível do dardo (cerca de 5 ml) e a distância
de alcance (cerca de 15 metros no máximo). O operador deve ser experiente e manter-
se continuamente em treinamento pois as variáveis de tiro são diversas (diferentes
pesos dos dardos em conformidade com o volume da droga, interferência dos ventos,
tamanho do animal-alvo, distâncias).
Introdução
Sinais característicos:
Acidose grave
Choque e óbito
Necrose de músculos esqueléticos
Necrose cardíaca (devido à acidose)
Sinais clínicos:
CONCLUSÃO
A miopatia de captura é uma síndrome para a qual mesmo a mais agressiva
terapêutica costuma ser infrutífera. A compreensão apenas parcial da sua fisiopatologia
aponta para a necessidade de estudos detalhados desse processo. Com as
informações disponíveis até o momento, fica claro que o melhor tratamento é o
profilático. A escolha certa dos métodos de captura, contenção e transporte, associada
ao manejo executado por uma equipe treinada e entrosada pode reduzir
significativamente a incidência da miopatia.