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PATOLOGIA GERAL

Profª Jerilee Roma C dos Santos


Pós Graduada em Farmacologia Clínica
SAÚDE
 Organização Mundial da Saúde: Saúde é um
estado de completo bem-estar físico, mental e
social, e não apenas a ausência de doença.

 A percepção de saúde varia muito entre as


diferentes culturas, assim quanto as crenças
sobre o que traz ou retira a saúde.
DOENÇA
 É o estado resultante da perda da homeostase
de um organismo vivo, total ou parcial.

 Conjunto de sinais e/ou sintomas que com uma


etiologia.

 O dano patológico pode ser estrutural ou


funcional.
 A palavra doença vem do termo em latim dolentia que
significa “sentir ou causar dor, afligir-se, amargurar-
se”.

 Várias são as definições para esse termo, mas


considera-se doenças as manifestações patológicas
que se apresentam em nosso organismo.

 Elas estão sempre associadas a sintomas específicos,


levando o indivíduo que as apresenta a se privar
muitas vezes de prazeres físicos, emocionais, mentais
e espirituais .
PATOLOGIA

 Ciência que estuda as causas das doenças, os


mecanismos que as produzem, os locais e as
alterações morfológicas e funcionais que
apresentam. Toda doença tem uma origem ,
uma etiologia.
ETIOLOGIA
 Estuda a causa das doenças. Os agentes ou
fatores causais de doença, a sua proveniência
endógena ou exógena, o papel que
desempenham na causalidade das doenças e o
seu potencial agressivo ou virulência.
 Ramo do conhecimento que se dedica ao
estudo e à pesquisa acerca daquilo que pode
determinar as causas e origens de um certo
fenômeno.
CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES
ETIOLÓGICOS
 Intrínsecos, endógenos – relacionados ao indivíduos
(hereditários)

 Extrínsecos, exógenos: Alimentares

 Inanimados (físicos ou químicos). Depende da


intensidade da causa

 Animados ou biológicos (zooparasitas ou


fitoparasitas). Depende da capacidade de
multiplicação e virulência do agente.
 Qualquer estímulo da natureza, dependendo da
sua intensidade, do tempo de ação e da
constituição do organismo (capacidade de
reagir) pode produzir lesão.
 Em geral as lesões resultam da interação do
agente lesivo com o segmento celular atacado
e os mecanismos de defesa.
 Nem todas as doenças ou lesões tem causa
conhecida: idiopática.
 Para o estabelecimento da maioria dos estados
patológicos é indispensáveis primeiro a causa
direta e segundo as condições favoráveis do
organismo e ou do meio ambiente para seu
desenvolvimento.
PATOGÊNESE OU PATOGENIA
 Especialidade da patologia analisa a causa e o
desenvolvimento através dos quais uma
doença evoluí;
 Refere-se ao modo como os agentes
etiopatogênicos agridem o nosso organismo e
como os sistemas naturais de defesa reagem,
podendo surgir mesmo assim, lesões e
disfunções das células e tecidos agredidos,
produzindo-se a doença;
 Mecanismos fisiopatológicos da lesão – Ex:
edema de mitocôndria).
SEMIOLOGIA
 Ciência que estuda o meio e modo de se
examinar um doente.
 Ciência geral dos signos, que estuda todos os
fenômenos culturais como se fossem sistemas
de signos.
 Estudo e descrição dos sinais e sintomas de
uma doença.
PROPEDÊUTICA
 Conjunto de indagações orais e de técnicas de
exame físico que serve como base a partir da
qual o profissional se orienta para, por
investigações mais extensas, se necessário,
para chegar a diagnóstico.
SINAIS
 São as alterações no sistema orgânico de uma
pessoa, em sua conformação física, que
podem ser indicadoras de adoecimento e
podem ser percebidas ou medidas pelo
profissional de saúde.
SINTOMAS
 Qualquer alteração da percepção normal que
uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu
metabolismo, de suas sensações, podendo ou
não consistir-se em uma doença.
DIAGNÓSTICO
 Conhecimento ou determinação duma doença
pelo(s) sintoma(s), sinal ou sinais e/ou
mediante exames diversos (anamnese,
inspeção, palpação, radiológicos, laboratoriais,
etc.).
 Conhecimento (efetivo ou em confirmação)
sobre algo, ao momento do seu exame; ou
descrição minuciosa de algo, feita pelo
examinador, classificador ou pesquisador.
CLASSIFICAÇÃO
INTERNACIONAL DE DOENÇAS
 http://www.cid10.com.br/
PROGNÓSTICO
 Aquilo que pode indicar um acontecimento
futuro.
 É previsão de acerto de um dado evento
considerado no contexto de possibilidades.
Pode ser estatisticamente calculado ou inferido,
ou, também, aleatória ou casualmente
vislumbrado.
 Na primeira hipótese, aplicam-se-lhe as regras
da probabilidade e da estatística; na segunda,
as regras da intuição.
CÉLULA NORMAL
(Homeostasia)

Estresse Estímulo nocivo


Aumento da demanda

LESÃO CELULAR
ADAPTAÇÃO Morte Celular
TIPOS DE LESÃO
Adaptação celular
Reversível
Irreversível
Necrose
Apoptose
Alterações subcelulares
Acúmulos intracelulares
Calcificação patológica
ADAPTAÇÃO CELULAR
Alteração do volume celular
Hipertrofia
Hipotrofia
Alteração da taxa de divisão celular
Hiperplasia
Hipoplasia
Alteração da diferenciação
Metaplasia
Alteração do crescimento e diferenciação celular
Neoplasia
HIPOTROFIA
Redução quantitativa dos componentes
estruturais e das funções celulares com
diminuição do volume das células e dos
órgãos atingidos
Mecanismo: redução do anabolismo celular
Tipos: fisiológicas e patológicas
Fisiológicas – Ex: sensibilidade
Patológicas: inanição, desuso, compressão,
obstrução vascular, substâncias tóxicas,
hormonal, inervação
HIPOTROFIA

Normal

D. Alzheimer
HIPOTROFIA
HIPERTROFIA
Aumento quantitativo dos constituintes e das
funções celulares com aumento volumétrico das
células e dos órgãos atingidos
Podem ser fisiológicos e patológicos
Fisiológicos: útero na gravidez
Patológicos: hipertrofia miocárdica (hipertensão e
estenose valvar), hipertrofia de musculatura
esquelética (atletas), hipertrofia de musculatura
lisa de órgãos ocos (bexiga – hipertrofia
prostática), hipertrofia de neurônios do plexo
mioentérico na estenose intestinal.
Conseqüências: Reversível, levar a lesão celular
HIPERTROFIA MIOCÁRDICA
HIPERTROFIA
HIPERTROFIA DO
DO MIOCÁRDIO
MIOCÁRDIO
Normal Hipertrofia
HIPOPLASIA
Diminuição da população celular de um tecido, órgão
ou parte do corpo
Causas; embriogênese (hipoplasia pulmonar, renal,
etc.)
Podem ser Fisiológicas e patológicas
Fisiológicas: involução do timo e das gônadas no
climatério
Patológicas: hipoplasia da medula óssea por agentes
tóxicos ou infecções (AIDS, febre amarela, etc.)
Conseqüências: reversíveis, salvo as congênitas
HIPERPLASIA
Aumento do número de células de um órgão ou parte
deles por aumento da taxa de replicação celular
Podem ser Fisiológicos e Patológicos
Fisiológicos: compensadores (nefrectomia),
secundários a estímulo hormonal (útero na
gravidez, mama na lactação)
Patológicos: estimulação hormonal – estrógeno com
hiperplasia endometrial. TSH- hiperplasia
tireoidiana
METAPLASIA
Mudança de um tipo de célula adulta e madura
em outro da mesma linhagem
Tipos:
Transformação de epitélio pavimentoso não
ceratinizado em epitélio ceratinizado
Transformação de epitélio glandular endocervical em
epitélio escamoso
Transformação de epitélio foveolar gástrico em
epitélio instestinal
METAPLASIA
METAPLASIA
DISPLASIA
Condição adquirida caracterizada por alterações do
crescimento e da diferenciação celular
Exemplos: displasias epiteliais (ocorrem com graus
variados de aumento da proliferação celular com
distúrbio de maturação e atipias)
Nem sempre progridem para câncer
Mais freqüentemente originam-se de epitélios
metaplásicos
CARCINOMA IN SITU
LESÕES E CONDIÇÕES PRÉ
CANCEROSAS

Condições patológicas associadas a maior


risco de câncer
Displasia do colo uterino, mucosa gástrica, epitélio
brônquico,
Inflamação
• A inflamação é uma resposta fisiológica do organismo
ao dano tecidual local ou a uma infecção. A resposta
inflamatória faz parte da resposta imune inata e, por
isso, não é uma resposta específica, mas ocorre de
maneira padronizada independente do estímulo. O
processo inflamatório envolve várias células do
sistema imune, mediadores moleculares e vasos
sanguíneos. Embora a inflamação apresente causas
extremamente variadas, os mecanismos inflamatórios
são muito comuns.
Imagem ilustrativa do mecanismos
geral do processo inflamatório
Inflamação aguda
• A INFLAMAÇÃO AGUDA é resposta com início
imediato e dura pouco tempo. Pode ser ocasionada
por patógenos orgânicos, radiação ionizante, agentes
químicos ou traumas mecânicos. Os principais sinais
da resposta inflamatória aguda estão representados
pelos sintomas clássicos como RUBOR, CALOR,
DOR e EDEMA. A resposta imunológica na condição
aguda é mediada pela imunidade inata através de
células fagocitárias (macrófagos e neutrófilos).
Inflamação aguda x inflamação
crônica
• Se o agente causador da inflamação aguda persistir dá-se início ao
processo de INFLAMAÇÃO CRÔNICA. Este processo pode durar
vários dias, meses ou anos. A inflamação crônica é caracterizada
pela ativação imune persistente com presença dominante de
macrófagos no tecido lesionado. A resposta imunológica da
inflamação crônica é mediada pela imunidade adquirida através dos
linfócitos na produção de Anticorpos. Como consequência, a
inflamação crônica é quase sempre acompanhada pela destruição de
tecidos.
Entre os processos inflamatórios crônicos conhecidos estão: artrite,
asma e processos alérgicos, doenças auto-imune, alguns tipos de
câncer, doenças cardiovasculares, síndromes intestinais, doença
celíaca e diabete.
Fases da inflamação

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