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1.0 PODODERMATITE ASSÉPTICA DIFUSA: Laminite.

-> Processo inflamatório, causas diversas -> leva a distúrbio circulatório da


microvasculatura da falange distal -> pode evoluir para NECROSE dos téc que formam as
lâminas dérmicas do casco.

2.0 ETIOPATOLOGIA:
- Menor irrigação do casco.
- Trombogênica.
- Traumática; excesso de peso, piso duro, muito exercício.
- Metabólica: hiperglicemia, corticóide externo.
- Inflamatória.

2.1 Teoria VASCULAR:


- 1º SIRS, ou endotoxinas, gera mediadores inflamatórios.
- 2º Início da laminite.
- 3º Leucócitos nos téc e liberação de enzimas.
- 4º Reativas de O2 (radicais livres).
- 5º Destruição téc.
- 6º Casco possui poucos antioxidantes = grandes danos.

-> Causa principalmente:


● Alterações do TGI -> piores prognósticos.
● Concussão (falha de casqueamento, muito exercício, peso, piso duro).
● Metrites pós parto (retenção de placenta).

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3.0 FASES:

● Fase PRODRÔMICA / ou desenvolvimento: 40 - 60h, sem sinais evidentes, aumento


de temperatura das muralhas do casco + pulso digital.
● Fase AGUDA: 48 - 72h -> Pode ter dor persistente por até 8 semanas.
● Fase CRÔNICA: 5 dias após 48 - 72h da fase aguda -> ROTAÇÃO 3º Falange +
NECROSE téc laminar.

3.1 SINAIS:

● Fase prodrômica: sinais sistêmicos: mucosas avermelhadas, hiper / hipoproteinemia,


hipomotilidade, taquicardia, aumento do pulso digital, temperatura no casco.
● Fase aguda: Dor, sensibilidade ao pinçamento do casco (Obel classificação).
● Fase crônica: Depressão borda coronária (dor), protrusão sola do casco, hematoma
sola, exungulação.
-> Obel:
- Grau 1: Alterna apoio, encurta passo, andar curto.
- Grau 2: Andar entrecortado, apoio nos talões.
- Grau 3: Se Move com relutância, não quer levantar a pata.
- Grau 4: Anda forçado, membros torácicos para frente, decúbito.

-> Perda de potencial atlético: Rotação da 3º falange para mais de 6º são inaptos para
exercício.

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4.0 DIAGNÓSTICO:
- Sinais clínicos.
- Pinçamento +.
- Bloqueio anestésico abaxail some claudicação.
- Radiografia lateral do casco -> alteração na 3º falange.

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5.0 TRATAMENTO:

-> Preventiva (prodrômica): CRIOTERAPIA -> 72h (gelo).

-> Combater endotoxemia e hemoconcentração.


-> AI -> Reduzir SIRS / Inflamação / dor.
-> ANTICOAGULANTES -> Heparina.
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-> Aguda: Evitar agravar quadro:

-> Repouso em baia com piso macio + remoção de ferraduras.


-> Bloquear ciclo dor / hipertensão; engessar cascos, ANALGÉSICOS (fenilbutazona),
meloxicam / cetoprofeno, DMSO, firocoxibe + OMEOPRAZOL.
-> Vasodilatadores: Acepram, isosxsuprine.
-> Anticoagulantes: Heparina (melhorar fluxo sanguíneo), Aspirina -> reduz viscosidade do
sangue.
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-> Crônica: Evitar ou controlar rotação da 3º falange:

-> Gesso para rotação de até 5,5º.


-> HEART BAR SHOE.
-> Tenotomia ou desmotomia (ligamento frenador do tendão) do TFD (tendão flexor digital)
profundo -> Reduzir tensão na 3º falange.
-> Ressecção da muralha dorsal ou da sola -> Em casos de edema no espaço inter-lamelar
= alívio por descompressão, MAS risco de infecção secundária pós operatória.

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