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Acidente Vascular Cerebral

AVE Isquêmico

Obstrução do sangue arterial nos vasos cerebrais, causados por trombo ou embolismo.

AVE Hemorrágico

Rompimento dos vasos cerebrais, provocando hemorragia cerebral

Locais de hemorragia
1. Hemorragia intracerebral: Interior do encéfalo

2. Hemorragia subaracnóidea: Entre a pia mater a aracnoide

3. Hemorragia subdural: Entre a aracnoide e a dura-máter

4. Hemorragia epidural: Entre o crânio e o revestimento cerebral

Quanto mais próximo da massa encefálica maior o comprometimento

AIT Ataque Isquêmico Transitório

- Acidente vascular no qual os sinais e sintomas desaparecem em menos de 24h

- Isso se dá pois o trombo que obstruía a região foi movido naturalmente.

-Em aproximadamente 1/3 Um AIT é seguido por um AVE

-Metade desses AVE ocorrem durante o ano que sucede ao AIT

Tratamento

-Visa prevenir o AVE

- Podem ser administrado medicamentos para reduzir a tendencia das plaquetas a formar coágulos, uma das
principais causas de AVE (aspirina, dipiridamol, ticlopidina)

Principais artérias

• Artéria cerebral Média


Irriga o lóbulo temporal e parietal

Ramificações atingem lóbulo frontal

• Sintomas
Hemiplegia contralateral

Perda sensorial

-Lado direito

heme negligência contralateral (perda da noção de espaço)

-Lado esquerdo

Afasia de Vernique (não compreende a linguagem), afasia de Broca (perda da fala), afasia global (Vernique e Broca)
• Artéria Cerebral Anterior
Irriga o lóbulo frontal

Ramificações atingem lóbulo parietal

• Sintomas
Alteração da personalidade

Hemiplegia contralateral

Atinge + membros inferiores

Região facial

Perda sensorial contralateral

• Artéria cerebral Posterior


Irriga o lóbulo occipital e parietal

Ramificações atingem sulco alcalino

• Sintomas
Ataxia (sintomas motores)

Perda da visão

• Artéria vertebro basilar e Artéria basilar


Irriga o tronco encefálico

Sintomas
coma

síndrome do cativeiro

Tetraplegia

Morte.

Escala de Brunston

Fase 1 e 2 - Pelágico, hipotônico (flácido), a medida da resolução do processo inflamatório evolui

Fase 3 e 4 – volta motricidade voluntaria

Ao contrário do movimento aprendido, de proximal para distal

Entra em discussão o local, tempo e extensão da lesão,

Tônus em 90% dos casos começa a desenvolver espasticidade nos músculos antigravitacionais (hipertonia espástica)

MMSS: deltoide médio, rotadores internos, bíceps braquial, pronador, flexor de punho e dedo Padrão: adução com
flexão cotovelo, pronacão, flexão punho e dedo

MMII: quadríceps, adutor e gastrocnêmio Padrão: extensor, marcha ceifante fase

5 e 6 – apresentam sequelas em 99%, porém funcionalidade. depende da área de lesão, tempo e extensão
Tratamento

• Fase 1 e 2
- Posicionamento correto contra o sinergismo patológico

- Prevenir escarar

- Troca de posição a cada 2 horas com mudança de decúbito

- Prevenir subluxação de ombro

- Estimular motricidade voluntaria (estimulação sensório motora)

- Kabat, cinesioterapia (bola suíça)

- Melhorar instabilidade postural

- Melhorar ajustes posturais (através de reações de indiretamente equilíbrio de tronco na máxima instabilidade
(começar sentado em dd. Dl evoluindo para sentado avançando para posturas mais altas, sendo necessário reações
antecipatória para realizar

- Manter ADM

- Prevenir contraturas e deformidades

- Utilizar mobilidade articular, alongamento (global e principalmente nos músculos antigravitacionais) prevenindo
encurtamento, retrações e deformidades

- Paciente na cadeira priorizar alongamento em iliopsoas, isquiotibiais e gastrocnêmio) músculos que estaram com
deformidade e contratura por conta da imobilidade

- Prevenir negligência unilateral (negação do hemicorpo) – importante estimulação sensorial para o lado hemiplégico

- Estimular funcionalidade do paciente no leito (mudanças de decúbito D.D para sentado ou D.L), colocar em
sedestação, prevenindo escaras e contraturas e proporcionar independência no leito

- Estimular AVD

- Estimulação sensorial (pacientes com apraxia - não conseguem se lembrar ou fazer a sequência de movimentos,
agnosia – perda na capacidade de reconhecer objetos, terão bons resultados

- Cuidados – disfagia (alteração deglutição) realizar em paciente hipotônico realizar de forma lenta pois nessa fase
apresenta aumento da ADM mobilização de proximal para distal

- Colocar o paciente em bipedestacao com auxílio de tala extensora ou técnica de posicionar paciente em um canto
da parede assim mantendo ele em equilíbrio

• Fase 3 e 4
- 70% dos pacientes fixam nessa fase)

- Não tem subluxação (musculo estará espástico)

- Posicionamento correto (espasticidade grau 2 ou maior terá fixação – importante prótese de posicionamento AFO
mais utilizada para correção do tornozelo mantendo em 90 graus, em MMSS utilizado órtese de posicionamento para
extremidade de membro superior com mão em posição funcional e abdução de polegar

- Ideal utilizar 3 a 4 horas por dia e quando retirar realizar movimentos

- Ombro utilizar FES + estimulação motricidade voluntaria + kabat

- Manter ADM
-Prevenir retrações e encurtamentos

- Estimular a funcionalidade dentro do controle motor + padrões motores que em casos de lesões encefálicas voltam
ao início da vida sendo necessário estimular novamente, sendo muito utilizado KABAT, BOBATH (desenvolvimento
neuro motor)

- Adequação do tônus – realizado técnica de descarga de peso (inibição recíproca)

- Alongar músculos espásticos e estimular motricidade antagonista com o FES

- Funcionalidade proporcionando melhor qualidade de vida

- Estimular AVD (técnica neurônio espelho e contensão induzida)

- Estimulação sensorial (circuito proprioceptivo com diferentes texturas e planos) • Treinamento de marcha estática e
dinâmica

Disfunção Do Ombro Do Hemiplégico

Úmero fica fora da cavidade glenoumeral com isso a frequentes subluxação.

Estágio 1: Na 1 fase plégico e hipotônico quando mantido contra gravidade ou em movimentação apresenta
subluxação

- Deslizamento do úmero por falta de sustentação muscular

Estágio 2: Ombro doloroso pelo impacto do tendão do supra espinhoso no arco coracoacromial

- Diminuição na ação mecânica ⎯ dor do ombro hemiplégico

Estágio 3: Distrofia simpático reflexa: dor generalizada muito forte, edema de extremidade, postura de rigidez da
mão, capsula aderente

Capsulite aderente (ombro congelado)

Tratamento Do Ombro Do Hemiplégico

Prevenção: ⎯ posicionamento correto

-Não tracionar o braço

-Quando for sentar ou levantar usar tipoia de subluxação deixando o ombro coaptado

-Realizar transferência de peso com a tipoia (evita a sobrecarga precoce e excessiva nas estruturas ósseas e
articulares)

-Usar tipoia apenas na face hipotônica, na espasticidade e contraindicado, pois, pode aumentá-la pelo recrutamento
das células receptoras

-Técnica co-contração: aproximação articular estabilizando e agindo nos receptores intra-articulares melhorando
estabilidade

-FES: contração passiva aumenta plasticidade, movimento voluntario, sustentação baixa para evitar fadiga
Frequência: 20 – 50 HZ (no mínimo 50 em casos de AVE) Tempo de subida: 5 segundos Tempo de sustentação: 10
segundos Estática: aproximar e manter Sequência: realizar várias vezes Tempo de descida: 5 segundos (irrelevante)
Repouso: 20 segundos

-TENS: usar para aliviar dor antes da cinesioterapia, possibilitando uma melhor realização ⎯ Ultrassom e lazer Ombro
congelado: difícil retornar Tendinite: médico indica anti-inflamatório - cetilprofeno ou COX2 (não causa dor
estomacal) Acheflan: pomada utilizada junto com lazer.
Conduta Fisioterapêutica

• Estágio agudo
- Avaliação inicial dos sistemas básicos:

-Tônus muscular e encurtamento de tecidos moles

-Preservar mobilidade

-Prevenir distúrbios circulatórios

-Determinação da estabilidade clínica

⎯ Prevenção primaria: Evitara a formação de contraturas e deformidades, formação de TVP, formação de escaras de
decúbitos, problemas respiratórios

Prevenção Do sinergismo Patológico

Decúbito dorsal
MMSS – travesseiro embaixo do ombro (evitar subluxação na fase 1 hipotônico e flácido), abdução de ombro,
extensão de cotovelo, supinação (atras da cabeça para evitar ação gravidade),

MMII – leve flexão de joelho (travesseiro em baixo) , quadril alinhamento articular e 90 graus de tornozelo podendo
apoiar a planta no pé no final da maca

Decúbito lateral
Em cima da hemiplegia para dar propriocepção manter mesmo padrão do posicionamento em decúbito dorsal

Sedestação
Braço na tipoia ou travesseiros embaixo do cotovelo mantendo ombro em abdução, leve flexão de cotovelo, extensão
punho e dedos,

Alinhamento articular do quadril, pés 90°, semiflexão de joelho Manter pés apoiados e simétricos (nunca deixar pé
para baixo porque estimula reação positiva de suporte patológico em adultos) , membro superior igual semi flauyer.

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