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SINOVITE TRANSITÓRIA
Sinovite = inflamação da membrana sinovial
Transitória = autolimitada – não deixa sequelas
A mais frequente é na articulação do quadril
Causa mais comum de dor no quadril não traumática na infância
Comum dos 3 aos 8 anos, com pico aos 6 anos
Geralmente medicada com anti-inflamatórios
No entanto, muitos sintomas dela são comuns a outras doenças, como a artrite
séptica
É um importante diagnostico diferencial. Não posso confundir uma sinovite com
artrite ou epifisiolise
Etiologia: Desconhecida
Acredita-se que seja uma reação inflamatória/ alérgica decorrente de uma IVAS
provocada por bactéria ou vírus isso porque é comum, na consulta médica, o relato
de claudicação e dor alguns dias após um resfriado
Quadro clínico
Processo inflamatório agudo
Dor súbita no quadril ou referida em coxa/joelho, delimitação de função em criança
saudável Claudicação = dor para movimentação passiva do quadril
Historico de IVAS ou amigdalite
Exame físico = BEG, temperatura média 38 (febrícula)
Doença de Legg
Doença reumática juvenil
Leucemia e tumores ósseos (primários são comuns em crianças)
EPIDEMIOLOGIA
Afrodescendentes
Mais comum em meninos que em meninas, sendo as respectivas faixas etárias:
Masc. = 13 a 15 Fem. = 11 a 13
Abaixo dos 10 anos e acima dos 16 não é comum, importante verificar
hipogonadismos na função endócrina
Bilateralidade, ou seja, ocorre o escorregamento gradativo em um lado e depois
em outro, ocorre de 50 a 85% das vezes
Relacionada com
- Aumento de peso adiposo genital obeso com atraso do desenvolvimento
sexual
- Atraso da maturidade esquelética magro e longilíneo estirão de
crescimento
Etiologia
Existem teorias para tentar explicar. A mais aceita é a hormonal:
Desequilíbrio entre GH e Testosterona
Testosterona aumenta resistência do osso e diminui a altura da placa de
crescimento
GH dilata as células da camada hipertrófica diminuindo sua resistência
Investigar em concomitância:
Hipotireoidismo, pan-hipopituitarismo, hipogonadismo, hiperparatireoidismo
PATOGENIA
Cartilagens de crescimento são divididas em 4 camadas:
1. Germinativa
2. Proliferativa
3. Hipertrófica
4. Calcificação provisória
A placa de crescimento não suporta as forças que passam por ela
SINTOMATOLOGIA
Depende do tipo de epifisiólise
1. Crônica
Queixas vagas, evolução de semanas e meses, sem história de trauma.
Dor insidiosa na face ântero-medial da coxa ou joelho
2. Aguda
Semelhantes a fratura, dor súbita, intensa, persistente, não deambula
3. Crônica agudizada
Mais comum, vários atendimentos médicos
Sintomas da forma aguda com histórico de sintomas crônicos
EXAME FISICO
Claudicação
Encurtamento do mm afetado
Posição antálgica = flexão, abdução, rotação externa
Redução da rotação interna ou aumento da externa
Sinal de Levinde e Drehnam: rotação externa automática durante a flexão
do quadril
Ptose = queda quando não há nenhuma junção entre colo e cabeça
– Medir circunferências das coxas – não consegue apoiar peso
EXAMES COMPLEMENTARES
Raio-x com duas incidências
AP de pelve
Batráquio, rã ou lauenstein
TRATAMENTO
Retirar o apoio imediatamente
Cirúrgico padrão ouro o mais precoce possível
Fixação percutânea in situ
Um parafuso no centro do colo/ epífise
Redução é controversa na literatura
Casos crônicos e severos se realiza osteotomia corta o osso, reposiciona e fixa
COMPLICAÇÕES
Necrose avascular Condrólise Impacto femoro-acetabular
DOENÇA DE LEGG CALVÉ PERTHES
Necrose isquêmica idiopática do núcleo secundário de ossificação do fêmur
proximal
Doença autolimitada do quadril caracterizada por necrose asséptica de toda ou parte da cabeça
femoral (devido a interrupção do seu suprimento sanguíneo) levando a fratura subcondral seguido
de remodelamento do osso morto.
EPIDEMIOLOGIA
4 a 8 anos com pico nos 6 anos igual sinovite transitória (importante)
Mais em meninos 4/1
Brancos
Lado esquerdo
Bilateralidade 10 a 20%
Dividida em 4 fases
1. A necrose avascular leva a uma parada do crescimento do núcleo de ossificação da cabeça femoral,
porém a cartilagem articular continua a crescer pois ela é nutrida pelo líquido sinovial.
2. Revascularização (da periferia p/ o centro) com reabsorção do osso avascular e deposição de osso
novo mediante a ossificação endocondral. A ossificação da cartilagem circunjacente ao núcleo de
ossificação (cujo crescimento fôra interrompido) dará uma aparência radiográfica de “cabeça
dentro de uma cabeça”. Esta é uma fase assintomática e a cabeça femoral é reconstituída sem
deformidade ou luxação.
3. Fratura subcondral da cabeça femoral (geralmente causada por microtraumas de repetição e não
por trauma agudo) na DLCP “potencial”. Com a fratura, ocorre perda da estabilidade e o
conseqüente colapso do osso esponjoso abaixo dela, obliterando os canais vasculares e tornando o
processo de revascularização mais lento.
4. Reabsorção de todo tecido fibro-ósseo com a reossificação da epífise femoral com osso novo,
tornando a cabeça femoral “biologicamente plástica”. A partir daí se não estiver bem contida no
acetábulo, a cabeça femoral deformará. A sustentação do peso leva a subluxação superolateral
ocasionando o seu achatamento anterolateral. O quadril encontra-se em adução e flexão,
devido a contratura de partes moles, aumentando ainda mais o deslocamento da cabeça femoral.
Necrose
Fragmentação / reparação período de vulnerabilidade mecânica
Reossificação
Residual
MANIFESTAÇOES CLÍNICAS
Dor e claudicação
EXAME FÍSICO
Atrofia de quadríceps e glúteos
Contratura em adução
Redução global dos movimentos
TRATAMENTO
60% dos casos não são modificados com tratamento
O tratamento conservador é a fisioterapia
Gesso e órteses
O tratamento cirúrgico é a osteotomia do fêmur proximal e/ou pelve