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04/12/2017

Anatomia e Fisiologia II
Aula 9 – Sistema Nervoso

Neuseli Nardeli
Bióloga – Unemat
Técnica em Radiologia - CENIB

Sistema Nervoso
O sistema
nervoso representa uma
rede de comunicações do
organismo. É formado por
um conjunto de órgãos do
corpo humano que possuem
a função de captar as
mensagens, estímulos do
ambiente, "interpretá-los" e
"arquivá-los".

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Neurônios
Neurônios são células características do sistema nervoso
que conduzem impulsos elétricos. Cada neurônio é composto de
um axônio, um corpo celular e um ou mais dendritos.

Os dendritos e os corpos
celulares compõem a
substância cinzenta do
cérebro e da medula espinal,
enquanto a maioria dos
axônios mielinizada forma a
substância branca.

Sistema Nervoso Central (SNC)


O SNC possui duas grandes divisões: (1) o encéfalo, que ocupa a
cavidade do crânio e (2) a medula espinal, que se estende,
inferiormente, a partir do encéfalo e é protegida pela coluna vertebral. A
medula espinal termina no ponto de encontro inferior de L1 com uma
área cônica, chamada de cone medular.

1. O cone medular é a terminação cônica distal da medula espinal no


nível inferior de L1.
2. O espaço subaracnóideo, que contém líquido cerebroespinal, um
líquido incolor, aquoso e de aparência clara, que circunda tanto a
medula espinal quanto o encéfalo e continua abaixo, até a parte mais
inferior de S2.
3. Um lugar comum para a punção lombar, tal como para a aspiração da
medula óssea, remoção de LCR ou injeção de meios de contraste para
realizar uma mielografia está localizado entre L3 e L4. A agulha pode ser
aplicada no espaço subaracnóideo sem perigo de encontrar a medula
espinal, que termina na parte mais inferior da vértebra L1.

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Sistema Nervoso Central (SNC)

Sistema Nervoso Central (SNC)


O encéfalo e a medula espinal são revestidos por três
membranas protetoras, conhecidas como meninges. Começando pela
parte externa, estas são a (1) dura-máter, (2) aracnoide e (3) pia-máter.
1. Dura-máter - esta é a membrana mais exterior. Esse revestimento
fibroso e forte possui uma camada interna e outra externa que são
intrinsecamente ligadas, exceto por espaços que são ocupados por
grandes canais venosos denominados seios venosos ou seios da dura-
máter. A camada externa está intimamente aderida à tábua interna do
crânio. As camadas internas da dura-máter, abaixo desses seios, se
juntam para formar a foice cerebral, estendendo-se abaixo, no interior
da fissura longitudinal entre os dois hemisférios cerebrais,
2. Pia-máter – é a mais interna das membranas. É muito fina,
extremamente vascularizada e encontra-se próxima ao encéfalo e
medula espinal.
3. Aracnoide - membrana delicada e avascular situa-se entre a pia-
máter e a dura-máter. Trabéculas filiformes delicadas conectam a
aracnoide à pia-máter

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Meninges

ou LCR (líquido cefalorraquidiano)

Espaços das Meninges


Imediatamente exterior a cada camada meníngea há um espaço ou espaço
potencial. Existem três destes espaços: (1) espaço epidural, (2) espaço
subdural e (3) espaço subaracnóideo.

Espaço Epidural - Esse espaço potencial está situado por fora da dura-
máter, entre a dura e a tábua interna do crânio.

Espaço Subdural - Abaixo da dura-máter, entre a dura e a aracnoide,


encontra-se um espaço estreito denominado subdural que contém uma
fina lâmina líquida e vários vasos sanguíneos. Ambos os espaços são locais
potenciais para hemorragias após traumatismo craniano.

Espaço Subaracnóideo - Esse espaço muito mais largo que os demais,


localiza-se sob a membrana aracnoide, entre as membranas aracnoide e
pia-máter. O espaço subaracnóideo do cérebro e da medula espinal são
normalmente preenchidos por LCR.

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Divisões do Encéfalo

LCR

Prosencéfalo: Cérebro
É o órgão mais importante do sistema nervoso. Considerado o
órgão mais volumoso, pois ocupa a maior parte do encéfalo, o cérebro
está dividido em duas partes simétricas: o hemisfério direito e
o hemisfério esquerdo. Assim, a camada mais externa do cérebro e cheia
de reentrâncias, chama-se córtex cerebral, o responsável pelo
pensamento, visão, audição, tato, paladar, fala, escrita, etc

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Ventrículos Cerebrais
Os ventrículos laterais esquerdo e direito estão localizados nos
hemisférios cerebrais homônimos. O terceiro ventrículo é um ventrículo
único que está situado em posição central e inferior aos laterais e o
quarto ventrículo também é único, centralizado e inferior ao terceiro.
O LCR é gerado nos ventrículos laterais, em uma região capilar
característica: o plexo coroide, que filtra o sangue para a produção do
líquido.

Ventrículos Cerebrais

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Prosencéfalo: Tálamo
Tálamo é uma pequena estrutura oval (de aproximadamente
2,5 cm de comprimento) que está situada sobre o mesencéfalo e
abaixo do corpo caloso. O tálamo serve como um centro de
interpretação para determinados impulsos sensoriais, tais como dor,
temperatura, toque, determinadas emoções e memória.

Prosencéfalo: Hipotálamo
O hipotálamo é pequeno, mas controla atividades importantes do
corpo por meio de uma conexão com o sistema endócrino. A maioria dessas
atividades está relacionada com a homeostasia, a tendência ou capacidade
do corpo de estabilizar seus estados corporais normais. Sua localização está
abaixo do tálamo.

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Mesencéfalo
O mesencéfalo é visto como uma porção pequena e estreita
da parte superior do tronco encefálico que conecta o prosencéfalo ao
rombencéfalo.

Rombencéfalo
O rombencéfalo é constituído do cerebelo, ponte e bulbo.

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Tronco Encefálico
O tronco encefálico é composto pelo mesencéfalo, ponte
e bulbo e conecta o prosencéfalo à medula espinal. A ponte é
uma estrutura oval proeminente abaixo do mesencéfalo. O
bulbo é a porção final do tronco, localizada no nível do forame
magno, a abertura na base do crânio.

Glândulas: Pineal e Hipófise


A glândula pineal, de aproximadamente 5 mm de comprimento,
é de natureza endócrina e secreta hormônios que auxiliam na regulação
de certas atividades secretórias.

A hipófise, é conhecida como a glândula “mestre” por regular


várias atividades do corpo. Ela está localizada na sela turca do esfenoide
e é protegida pela mesma, sendo anexa ao hipotálamo do encéfalo pelo
infundíbulo. Essa glândula, que também é relativamente pequena (em
torno de 1,3 cm de diâmetro), é dividida em lobos posterior e anterior.
Os hormônios secretados por essa glândula mestre controlam uma
grande parte das funções corporais, inclusive as funções reprodutoras e
de crescimento.

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Glândulas: Pineal e Hipófise

Rombencéfalo: Cerebelo
Está situado na parte posterior e abaixo do cérebro, o cerebelo
coordena os movimentos precisos do corpo, além de manter o equilíbrio.
Além disso, regula o tônus muscular, ou seja, regula o grau de contração
dos músculos em repouso.
O cerebelo tem o formato de uma borboleta e consiste na união dos
hemisférios esquerdo e direito, por uma faixa estreita e mediana, o
verme.

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Sistema Nervoso Periférico (SNP)


O SNP é a parte do sistema nervoso que está relacionada
com o transporte de informações. É esse sistema, portanto, que
capta as informações e as leva até o SNC e que traz as respostas
geradas no SNC para os órgãos efetores.
O SNP é composto por nervos e gânglios. Os nervos são
feixes de fibras nervosas dispostas paralelamente e envoltas
por tecido conjuntivo. Os gânglios, por sua vez, são acúmulos de
neurônios, que geralmente formam estruturas esféricas, e estão
localizados fora do sistema nervoso central.
Os nervos podem ser espinhais ou cranianos. Os nervos
espinhais são aqueles que se conectam com a medula espinhal,
saindo aos pares dessa estrutura em cada região do espaço
intervertebral. Os nervos cranianos, por sua vez, são aqueles que se
conectam ao encéfalo.

Sistema Nervoso Periférico (SNP)

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Sistema Nervoso Periférico


Somático ou Voluntário
Também conhecido como sistema nervoso voluntário, o sistema
nervoso periférico somático controla fundamentalmente a contração
voluntária da musculatura esquelética. Seus neurônios, localizados na
medula espinhal, partem da medula, constituem os nervos e terminam
diretamente nos músculos do corpo que realizam movimentos
voluntários, como os das pernas, braços, dedos, tronco e face.

Sistema Nervoso Periférico


Autônomo
A rede de nervos do sistema nervoso periférico autônomo
comanda a atividade dos órgãos internos, como intestinos, estômago,
glândulas, coração, rins etc., cujo funcionamento é involuntário.
Seus neurônios também estão presentes na medula
espinhal, porém, em regiões diferentes dos localizados os
neurônios do sistema nervoso periférico somático. Diferentemente
deste último, os axônios dos neurônios que compõem o sistema
somático não terminam diretamente nos músculos ou nas
glândulas, mas em gânglios nervosos onde estabelecem sinapses
com os neurônios ali existentes.
O sistema nervoso autônomo tem duas
divisões: simpático e parassimpático.

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Sistema Nervoso Periférico


Autônomo
Sistema nervoso autônomo simpático: atua nas respostas às
situações de emergência ou estresse, alertando o organismo. É o de
maior gasto energético. Sua ação pode acelerar os batimentos
cardíacos, dilatar as pupilas e diminuir o peristaltismo do intestino.
Para imaginar seu mecanismo, considere um veado, que é a presa,
avistando uma onça, sua predadora. Ao avistá-la, seu sistema
autônomo entra em ação e estimula na glândula suprarrenal a
produção do hormônio adrenalina, que atua no preparo do seu corpo
para a fuga.

Sistema nervoso autônomo parassimpático: coordena as atividades


dos órgãos em situações de rotina e quando cessa o perigo após a
atuação do sistema nervoso simpático. Nesse sentido, pode-se inferir
que a ação de ambos os sistemas é antagônica.

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