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HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA

Responsável da Unidade Curricular: Prof Rui Silva

11ª Aula Laboratorial - Aparelhos reprodutor feminino (cont) e embriologia

1ª lâmina – Trompa de Falópio;

2ª lâmina - Útero (fase proliferativa precoce);

3ª lâmina - Útero (fase proliferativa tardia).

4ª lâmina - Colo uterino (canal endocervical);

5ª lâmina - Glândula mamária (inactiva);

6ª lâmina - Glândula mamária (gravidez);

7ª Lâmina – Divisão do zigoto (fase de 8 blastómeros)

8ª lâmina – Mórula

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HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA
Responsável da Unidade Curricular: Prof Rui Silva

Designação: Aparelho reprodutor feminino

Tipo: Trompa de Falópio

Aspetos a observar:

• mucosa espessa, muito pregueada (grandes pregas longitudinais, numerosas e


ramificadas - aspeto de labirinto em corte transversal), sobretudo a nível da ampola
e do infundíbulo e bastante menos demarcadas nas restantes porções,
constituída por:
 epitélio de revestimento cilíndrico simples, evidenciando dois tipos celulares:
 células ciliadas (em maior número na zona da ampola - local de
fertilização do óvulo - e do infundíbulo, onde se localizam as fímbrias)
mais evidentes na altura da ovulação
 células com microvilosidades apicais, secretoras de um fluido
aquoso, com uma função de nutrição e capacitação dos
espermatozóides e dos óvulos fertilizados ou não (predominantes no
istmo e na zona intersticial ou intramural)
 lâmina própria, de tecido conjuntivo laxo, ricamente vascularizada
• espessa camada muscular de fibras musculares lisas organizadas em espiral. Na
camada interna, a de maior espessura, a espiral é mais apertada, aparentando
uma organização circular. Na camada externa as fibras encontram-se menos
compactamente arranjadas em espiral, originando o aspeto de organização
longitudinal. A muscular, cujo desenvolvimento é particularmente evidente na
porção do istmo e intramural, chega mesmo nesta última (já perto do útero) a
originar uma terceira camada muscular
• serosa (peritoneu)

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HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA
Responsável da Unidade Curricular: Prof Rui Silva

Designação: Aparelho reprodutor feminino

Tipo: Útero (fase proliferativa precoce)

Aspetos a observar:

• endométrio delgado (mucosa), formado principalmente pela camada basal; as


camadas esponjosa e compacta encontram-se em desenvolvimento - proliferação
celular (por mitose) com estratificação mais notória nos fundos das glândulas
(tubulosas simples) e deslizamento das células em direção à superfície da mucosa
para reconstrução das glândulas, que não atingem ainda a camada compacta. A
mucosa é constituída por:
 epitélio de revestimento cilíndrico simples, com células secretoras de muco
e algumas ciliadas
 lâmina própria (tecido conjuntivo), rica em células, com poucas fibras e muita
substância fundamental amorfa
• miométrio - camada (ou túnica) muscular bastante espessa, que é a mais espessa
do útero, formada por feixes de fibras musculares lisas separadas por tecido
conjuntivo. Identificam-se 3 estratos, apesar de mal definidos: submucoso (com
orientação longitudinal das fibras) vascular (a mais espessa do miométrio, com
feixes musculares de direções perpendiculares entre si e muito rico em vasos
sanguíneos) e subseroso (com orientação longitudinal das fibras)
• perimétrio - serosa (tecido conjuntivo e mesotélio) ou adventícia (tecido
conjuntivo), conforme a região do órgão considerada), às vezes de difícil
visualização

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Responsável da Unidade Curricular: Prof Rui Silva

Designação: Aparelho reprodutor feminino

Tipo: Útero (fase proliferativa tardia)

Aspetos a observar:

• endométrio mais espesso com recuperação da camada funcional (compacta +


esponjosa). As glândulas apresentam-se retilíneas, ou mesmo ligeiramente
tortuosas, de lúmen delgado e chegam à superfície da mucosa; podem conter já
um pouco de secreção. A proliferação celular ocorre tanto na lâmina própria, como
nas próprias células epiteliais de revestimento e glandulares, atingindo o
endométrio a sua maior espessura
 epitélio de revestimento cilíndrico simples, com células secretoras de muco
e algumas ciliadas
 lâmina própria (tecido conjuntivo), rica em células, com poucas fibras e muita
substância fundamental amorfa
• miométrio - camada (ou túnica) muscular bastante espessa, que é a mais espessa
do útero, formada por feixes de fibras musculares lisas separadas por tecido
conjuntivo. Identificam-se 3 estratos, apesar de mal definidos: submucoso (com
orientação longitudinal das fibras) vascular (a mais espessa do miométrio, com
feixes musculares de direções perpendiculares entre si e muito rico em vasos
sanguíneos) e subseroso (com orientação longitudinal das fibras)
• perimétrio - serosa (tecido conjuntivo e mesotélio) ou adventícia (tecido
conjuntivo), conforme a região do órgão considerada) às vezes de difícil
visualização

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Responsável da Unidade Curricular: Prof Rui Silva

Designação: Aparelho reprodutor feminino

Tipo: Colo uterino (canal endocervical)

Aspetos a observar:

• epitélio cilíndrico simples, com células produtoras de muco e algumas ciliadas,


ambas com microvilosidades apicais (visíveis só em microscopia eletrónica); passa
a estratificado pavimentoso na porção que faz saliência na vagina (ectocervix). É
esta última área que deve ser objeto periódico de despiste do cancro do colo do
útero através de um esfregaço, técnica que é conhecida pelo nome de
Papanicolaou ou citologia esfoliativa
• lâmina própria de tecido conjuntivo, rica em fibras de colagénio e com numerosos
vasos sanguíneos e linfáticos
• glândulas cervicais muito ramificadas, também chamadas de endocervicais,
secretoras de muco, que não são verdadeiramente glândulas mas sim
invaginações do epitélio de revestimento. De facto, não é mais que uma forma de
aumentar a superfície de produção do muco cervical (lubrificação e barreira de
proteção às bactérias), que enche o canal endocervical. Quando tais glândulas
endocervicais ficam obliteradas com muco, o que acontece mais frequentemente
perto do ectocervix em resultado das modificações histológicas que aí ocorrem,
formam-se massas de muco que tomam a designação de quistos de Naboth
• a secreção do colo do útero é muito fluida na ovulação para facilitar a passagem
dos espermatozóides e mais viscosa na fase secretora e durante a gravidez para
impedir a passagem de microorganismos
• poucas fibras musculares de orientação longitudinal e oblíqua

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Responsável da Unidade Curricular: Prof Rui Silva

Designação: Aparelho reprodutor feminino

Tipo: Glândula mamária (inactiva)

Aspetos a observar:

• septos de tecido conjuntivo denso separam a glândula (tubulo-alveolar composta)


em lobos (12 a 20)
• cada lobo consiste de um sistema ramificado de ductos que se abrem num único
orifício no mamilo (ducto galactóforo ou lactífero)
• cada lobo divide-se em lóbulos por tecido conjuntivo relativamente denso, em cuja
periferia existe tecido adiposo (interlobular), remanescente da derme reticular da
pele, contendo um sistema de ductos, os ductos alveolares que originam os
alvéolos secretores. O lúmen dos túbulos e alvéolos é muito pequeno e, por vezes
é inexistente. Entre os ductos localiza-se um tecido conjuntivo menos fibroso e
mais celular (intralobular), como a derme papilar
• o sistema de ductos apresenta um revestimento de células cúbicas ou cilíndricas
baixas. Nos ductos maiores existe a formação de duas camadas celulares, em
resultado do aparecimento de células mioepiteliais que vão constituir a camada
basal. Já perto da abertura no mamilo, o ducto que agora se chama de galactóforo
evidencia um epitélio pavimentoso estratificado (pelo menos duas camadas) e
apresenta uma dilatação (na proximidade do mamilo) conhecida como seio
galactóforo
• presença de fibras musculares lisas de orientação circular e longitudinal em torno
dos seios galactóforos

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HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA
Responsável da Unidade Curricular: Prof Rui Silva

Designação: Aparelho reprodutor feminino

Tipo: Glândula mamária (gravidez)

Aspetos a observar:

• septos de tecido conjuntivo denso separam a glândula em lobos (12 a 20)


• cada lobo consiste de um sistema ramificado de ductos que se abrem num único
orifício no mamilo (ducto galactóforo ou lactífero)
• cada lobo divide-se em lóbulos por tecido conjuntivo relativamente denso, em cuja
periferia existe tecido adiposo (interlobular), remanescente da derme reticular da
pele, contendo um sistema de ductos, os ductos alveolares que originam os
alvéolos secretores, particularmente evidentes na gravidez-lactação; entre os
ductos localiza-se um tecido conjuntivo menos fibroso e mais celular (intralobular),
como a derme papilar, que neste corte histológico se encontra comprimido pelo
aumento das porções secretoras túbulo-alveolares (células secretoras cúbicas
com microvilosidades). Células mioepiteliais envolvem as unidades secretoras
• secreção (colostro - sobretudo proteínas, lactose e alguns lípidos) no interior de
alguns alvéolos e ductos
• o sistema de ductos apresenta um revestimento de células cúbicas ou cilíndricas
baixas. Nos ductos maiores existe a formação de duas camadas celulares, em
resultado do aparecimento de células mioepiteliais que vão constituir a camada
basal. Já perto da abertura no mamilo, o ducto que agora se chama de galactóforo
evidencia um epitélio pavimentoso estratificado (pelo menos duas camadas) e
apresenta uma dilatação (na proximidade do mamilo) conhecida como seio
galactóforo
• presença de fibras musculares lisas de orientação circular e longitudinal em torno
dos seios galactóforos

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Responsável da Unidade Curricular: Prof Rui Silva

Designação: Embriologia geral

Tipo: Divisão do zigoto - fase de oito blastómeros

Aspetos a observar:

• oito blastómeros
• células iguais entre si
• esta fase resulta da clivagem do zigoto e corresponde ao momento em que o mesmo
atinge a zona do istmo da trompa (no decorrer do seu percurso através da trompa até
ao útero), 2 a 3 dias depois da fertilização do óvulo pelo espermatozóide (ao nível da
ampola)

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HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA
Responsável da Unidade Curricular: Prof Rui Silva

Designação: Embriologia geral

Tipo: Mórula

Aspetos a observar:

• 64 blastómeros - fase de mórula, 4 a 5 dias após fertilização


• esta fase corresponde a uma localização do zigoto na porção intersticial ou intramural
da trompa, por vezes já mesmo no útero
• é habitual aparecerem espaços com líquido (proveniente da própria trompa e do útero)
entre as células, que vão originar a cavidade blastocística, ficando as células em em
torno dessa mesma cavidade a constituir o trofoblasto, de que um espessamento celular,
polarizado, chamado de embrioblasto ou polo embrionário está na origem do futuro
embrião
• por vezes observa-se ainda a zona pelúcida que evita a nidação do zigoto em locais que
não sejam “a parede posterior do útero”, o local de eleição

Links úteis:

https://www.ehd.org/virtual-human-embryo/stage.php?stage=1
https://is.muni.cz/do/rect/el/estud/lf/ps15/atlas/web/atlas_en.html
http://www.embryology.ch/genericpages/moduleembryoen.html
https://embryology.med.unsw.edu.au/embryology/index.php/Movies#Development_Overvie
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