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Enfermagem e Higiene

Hospitalar Aplicada
Profª Ana Carolina Andrade
Higiene das mãos:
Ignaz Philipp Semmelweis (1818-1865) era médico da
Primeira Clínica Obstétrica do Allgemeine
Krankenhaus,hoje Hospital Geral de Viena.
Ele observou que as taxas de mortalidade de sua clínica
eram muito maiores do que as da clínica onde os partos
eram ministrados por parteiras.
Em 1840, a Clínica Obstétrica foi dividida em duas
enfermarias: uma onde os partos eram feitos por parteiras e
outra onde eram feitos por médicos e estudantes. Ele
observou, então, que a mesma discrepância ocorria entre as
duas enfermarias e começou a pesquisar sobre o que estaria
acontecendo.
Um dia, então, ficou sabendo da morte de um
grande amigo que faleceu após se ferir com um bisturi
e pasmo viu que os sintomas da causa da morte dele
foram os mesmos que acometiam as grávidas na
enfermaria dos médicos.
Foi então que ele elucidou a questão: Os médicos e
estudantes faziam necropsias, e sem lavar as mãos e
esterilizar seus materiais, iam para as salas de parto,
levando “partículas cadavéricas” que causavam morte.
Semmelweis então
publicou trabalhos com seus
resultados e criou uma norma
que tornava a lavagem das
mãos obrigatória antes de
fazer o parto na Clínica.
Barreira mecânica:
A barreira mecânica é a primeira defesa existente no
organismo, integrando a resposta imunológica inata ou
inespecífica. É difícil que microrganismos consigam penetrar
nos tecidos e órgãos enquanto a barreira mecânica estiver
intacta e em perfeita funcionalidade.
A pele e as mucosas são os componentes iniciais da barreira
mecânica encontrados por patógenos. Constituem a barreira
natural externa.
Limpeza:

A limpeza é um dos elementos eficazes nas medidas


de controle para romper a cadeia epidemiológica das
infecções. Ela constitui um fator de importância
prioritária.
Conceito de limpeza:

É o procedimento de remoção de sujeira, detritos


indesejáveis e microrganismos presentes nas
superfícies , mediante aplicação de energia química,
mecânica e térmica.
Infecções relacionadas a assistência à saúde:
As infecções relacionadas a assistência à saúde (IRAS) são um
desafio para os profissionais que lidam diariamente com elas.
Além de aumentar os índices de morbidade e mortalidade nos
ambientes hospitalares, ambulatoriais, entre outros, as IRAS
também são responsáveis pelo aumento do tempo de internação dos
pacientes acometidos e representam um grande custo para o
Sistema de Saúde.
Várias técnicas e protocolos existem para tentar atenuar e
reverter os elevados índices de IRAS nos ambientes assistenciais.
De longe, a técnica mais eficaz é a higienização correta das mãos,
mas observa-se que os profissionais da área da saúde, que deveriam
tê-la como hábito, não a utilizam de forma adequada e
rotineiramente.
As mãos são um potencial reservatório de microorganismos que
podem ser nocivos aos pacientes. Eles podem ser transmitidos de
forma direta - por contato direto - ou de forma indireta – por contato
com objetos e superfícies contaminados.
Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis,
Enterococcusspp.,Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella spp.,
Enterobacter spp. e leveduras do gênero Candida são os patógenos
mais comumente encontrados em IRAS e podem fazer parte da
microbiota residente ou transitória da pele das mãos.
Visto isso, devemos destacar a necessidade e importância da
higienização das mãos no processo de assistência à saúde para a
prevenção e redução das IRAS, retirando microorganismos,
sujidades e outros componentes que possam trazer risco ao
pacientes.
O que é higienização das mãos?
É a medida individual mais simples e menos dispendiosa
para prevenir a propagação das infecções relacionadas à
assistência à saúde.
Recentemente, o termo “lavagem das mãos” foi substituído
por “higienização das mãos” devido à maior abrangência deste
procedimento. O termo engloba a higienização simples, a
higienização antisséptica, a fricção antisséptica e a antissepsia
cirúrgica das mãos, que serão abordadas mais adiante.
Para que higienizar as mãos?

• Remoção de sujidade, suor, oleosidade, pelos,


células descamativas e da microbiota da pele,
interrompendo a transmissão de infecções veiculadas
ao contato; 
• Prevenção e redução das infecções causadas pelas
transmissões cruzadas.
Quem deve higienizar as mãos?

Todos aqueles que têm contato direto ou indireto


com o paciente devem ter as mãos sempre higienizadas.
Produtos utilizados:
Normalmente utilizamos água e sabão, solução alcoólica e antissépticos para a higienização

das mãos, de acordo com as indicações do próximo tópico.

• Água – deve ser livre de contaminantes químicos e biológicos

• Sabões – devem ser do tipo líquido com refil, para diminuir o risco de contaminação do

produto.

• Soluções antissépticas – Álcoois, Clorexidina, Compostos de iodo, Iodóforos e Triclosan

são os principais antissépticos utilizados para diminuir a microbiota residente e transitória .

A secagem das mãos deve ser feita utilizando-se papel toalha com boa propriedade de

secagem, que seja esteticamente aceito e não libere partículas.


Quando usar água e sabão?

• Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou


contaminadas com sangue e outros fluidos corporais.
• Ao iniciar o turno de trabalho.
• Após ir ao banheiro.
• Antes e depois das refeições.
•Antes de preparo de alimentos.
•Antes de preparo e manipulação de medicamentos.
• Nas situações descritas a seguir para preparação
alcoólica.
Quando usar preparação alcoólica?

•Antes de contato com o paciente. •Após risco de exposição a fluidos


•Após contato com o paciente. corporais.
•Antes de realizar procedimentos •Ao mudar de um sítio corporal
assistenciais e manipular contaminado para outro,
dispositivos invasivos. limpo, durante o cuidado ao
•Antes de calçar luvas para inserção paciente.
de dispositivos •Após contato com objetos
invasivos que não requeiram inanimados e superfícies
preparo cirúrgico. imediatamente próximas ao
paciente.
•Antes e após remoção de luvas.
Quando usar antisséptico?

•Higienização antisséptica das mãos (Nos casos de


precaução de contato recomendados para pacientes
portadores de microrganismos multirresistentes ou
surto).
•Degermação da pele (antes de qualquer procedimento
cirúrgico ou invasivo).
Antes de iniciar
qualquer técnica de
higienização das mãos, é
preciso retirar quaisquer
adornos como anéis,
pulseiras e relógios, pois
podem conter
microrganismos.
Higienização simples das mãos:
1º Abrir a torneira e molhar as mãos, evitando encostar as mãos na pia.

2º Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabão líquido para cobrir todas as superfícies das mãos

3º Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as entre si.

4º Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa.

5º Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais

6º Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimento de vai-

e-vem e vice-versa.

7º Esfregar o polegar direito, com o auxílio da palma da mão esquerda, utilizando-se movimento circular e vice-

versa.

8º Friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fechada em concha, fazendo

movimento circular e vice-versa

9º Esfregar o punho esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita, utilizando movimento circular e vice-versa

10º Enxaguar as mãos, retirando os resíduos de sabão. Evitar contato direto das mãos ensaboadas com a torneira

11º Secar as mãos com papel-toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos. Desprezar o papel-
Fricção antisséptica das mãos com preparações alcoólicas:

1º Aplicar na palma da mão quantidade suficiente do produto para cobrir todas as superfícies das mãos

2º Friccionar as palmas das mãos entre si.

3º Friccionar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa.

4º Friccionar a palma das mãos entre si com os dedos entrelaçados.

5º Friccionar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos e vice-versa.

6º Friccionar o polegar esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita, utilizando-se movimento circular

e vice-versa

7º Friccionar as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão esquerda, fazendo um

movimento circular e vice-versa

8º Friccionar os punhos com movimentos circulares.

9º Friccionar até secar. Não utilizar papel-toalha


Antissepsia Cirúrgica ou Preparo Pré-Operatório das Mãos:

1º Abrir a torneira, molhar as mãos, antebraços e cotovelos.


2º Recolher, com as mãos em concha, o antisséptico e espalhar nas mãos, antebraço e cotovelo. No caso de
escova impregnada com antisséptico, pressione a parte da esponja contra a pele e espalhe por todas as partes.
3º Limpar sob as unhas com as cerdas da escova ou com limpador de unhas.
4º Friccionar as mãos, observando espaços interdigitais e antebraço por no mínimo 3 a 5 minutos, mantendo as
mãos acima dos cotovelos.
5º Enxaguar as mãos em água corrente, no sentido das mãos para cotovelos, retirando todo resíduo do produto.
Fechar a torneira com o cotovelo, joelho ou pés, se a torneira não possuir sensor fotoelétrico.
6º Enxugar as mãos em toalhas ou compressas estéreis, com movimentos compressivos, iniciando pelas mãos e
seguindo pelo antebraço e cotovelo, atentando para utilizar as diferentes dobras da toalha/compressa para
regiões distintas.
Outros aspectos importantes:

• Mantenha as unhas naturais, limpas e curtas.


• Não use unhas postiças quando entrar em
contato direto com os pacientes.
• Evite utilizar anéis, pulseiras e outros
adornos quando assistir ao paciente.
• Aplique creme hidratante nas mãos,
diariamente, para evitar ressecamento na
pele.
Bibliografia:
• RIBEIRO,M.C.M. Enfermagem no Cuidado ao
Cliente Cirúrgico. Rio de Janeiro. 2012
• FORTE,W.C.N. Imunologia do Básico ao Aplicado.
2ª Edição. Porto Alegre. 2007
• MINISTÉRIO DA SAÚDE. Segurança do Paciente –
Higienização das Mãos. 2007
Sinais vitais:
As medidas de temperatura, pulso, pressão arterial (PA),
frequência respiratória e saturação do oxigênio são as mais
frequentemente obtidas pelos prestadores de cuidado de saúde.
Como indicadores do estado de saúde, essas medidas indicam a
eficiência das funções circulatória, respiratória, neural e endócrina
do corpo.
A medida dos sinais vitais fornece dados para determinar o
estado usual da saúde do cliente, uma mudança nos sinais pode
indicar uma alteração na função fisiológica, isso pode sinalizar a
necessidade de intervenção médica.
Os sinais vitais são um modo eficiente e rápido de monitorar a
condição do cliente ou de identificar problemas e avaliar a
resposta do cliente a uma intervenção.
Quando aferir os sinais vitais?
• Na admissão aos serviços de cuidado da saúde.
• Quando avaliar o cliente em visitas domiciliares.
• No hospital, em esquema de rotina conforme prescrições do
prestador de cuidados.
• Antes e após um procedimento cirúrgico ou um procedimento
invasivo.
• Antes, durante e após uma transfusão de produtos do sangue.
• Antes, durante e após a administração de medicamentos ou
terapias que afetam as funções de controle vascular, respiratório
ou temperatura.
• Quando as condições físicas gerais do paciente são alteradas.
• Quando o cliente informa sintomas inespecíficos de aflição
física.
Temperatura corpórea:

A temperatura corpórea
é a diferença entre a
quantidade de calor
produzido por processos
do corpo e a quantidade
de calor perdido para o
ambiente externo.
Valores normais da temperatura:

Os locais habituais da medida de temperatura


corpórea são: a axila, a boca e o ânus, porém existem
diferenças fisiológicas entre os locais:

• Axilar: 35,5 a 37,0ºC


• Bucal: 36,0 a 37,4ºC
• Retal: 36,0 a 37,5ºC
Terminologia:

Pirexia, hipertermia, hiperpirexia: Aumento da


temperatura corporal acima de 37,8°C.

Hipotermia, hipopirexia: Redução da temperatura


corporal abaixo de 35°C.

Subfebril ou febrícula: Aumento da temperatura


corporal de 37,1° até 37,7°C.
Perdas de calor:
A perda e a produção de calor ocorrem simultaneamente. A estrutura
da pele e sua exposição ao meio ambiente resultam em uma perda normal
e constante de calor por radiação, condução, convecção e evaporação.

• Radiação: É a transferência de calor da superfície de um objeto para a


superfície de outro sem o contato direto entre ambas. Até 85% da área
de superfície do corpo humano irradia calor para o meio ambiente.
• Condução: É a transferência de calor de um objeto para o outro, onde
há contato direto entre ambos. Sólidos, líquidos e gases conduzem o
calor através do contato.
• Convecção: É a transferência de calor para outro lugar pela circulação
de ar.
• Evaporação: É transferência de calor durante a transformação de um
líquido em gás.
Pulso:

O pulso é delineação
palpável da circulação
sanguínea percebida em
vários pontos do corpo. O
sangue circula pelo corpo
através de um circuito
contínuo. O pulso é m
indicador do estado
circulatório.
Locais de pulso:

• Temporal
• Carótida
• Braquial
• Radial
• Ulnar ou cubital
• Femoral
• Poplíteo
• Tibial posterior
• Artéria dorsal do pé
Número de pulsações:

O número de pulsações normais no adulto é de


aproximadamente 60 a 80 batimentos por minuto,
sendo que algumas literaturas consideram até 100
batimentos por minuto.
Terminologia:
Taquicardia, taquisfigmia: Pulso acima do normal, pulsação
acelerada.

Bradicardia ou bradisfigmia: Pulso abaixo do normal,


pulsação lenta.

Pulso filiforme, fraco, débil: Indicam redução da força ou


no volume do pulso periférico.

Pulso irregular: Intervalos desiguais entre os batimentos.

Dicróticos: Impressão de dois batimentos.


Respiração:

A sobrevivência humana
depende da chegada de
oxigênio até as células do
organismo e da remoção de
dióxido de carbono das
mesmas. A respiração é o
mecanismo que o corpo
utiliza para trocar estes gases
entre a atmosfera e o sangue e
entre o sangue e as células.
Variações da frequência respiratória:

Idade Frequência
Recém nascido 30-60
Lactentes (6 meses) 30-50
Criança pequena 25-32
Criança 20-30
Adolescente 16-19
Adulto 12-20
Terminologia:
Taquipneia, polipneia: Aumento do número de
respiração por minuto acima do normal.

Bradipneia: Diminuição do número de respiração por


minuto abaixo do normal.

Apneia: Ausência de respiração.

Ortopneia: Respiração difícil, é facilitada em posição


vertical.
Pressão arterial:

A pressão arterial é a força


exercida sobre a parede de uma
artéria pelo sangue pulsante sob a
pressão do coração.
Ao aferir a PA, consideramos que
a pressão máxima ou sistólica é o
resultado da contração dos
ventrículos para ejetar o sangue nas
grandes artérias, e a pressão mínima
ou diastólica é a que ocorre assim
que o coração relaxa na sua
contratilidade.
Classificação da pressão arterial:
Classificação PAS PAD

Ótima <120 <85


Normal <130 <85
Limítrofe 130-139 85-89
Hipertensão Estágio I 140-159 90-99
Hipertensão Estágio II 160-179 100-109
Hipertensão Estágio III >180 >110
Hipertensão Sistólica Isolada >140 >90
Bibliografia:

• BRUNNER & SUDDARTH, Tratado de Enfermagem


Médico-Cirúrgico, 12ª edição.
• SILVA, S.R.L.P.T.; SILVA, M.T., Manual de
Procedimentos para Estágio em Enfermagem, 3ª
edição.
Em situações de emergência, o primordial é sempre
manter a CALMA.

Ter consciência da importância de um médico, pois a


prestação do socorro imediato NÃO EXCLUI a
importância de uma avaliação mais detalhada e o
atendimento do profissional especializado.
Parada cardiorrespiratória:

É a cessação súbita da circulação sistêmica e a


atividade respiratória em indivíduo com expectativa de
restauração da função cardiopulmonar e cerebral, não
portador de moléstia crônica intratável ou em estágio
terminal.
Ressuscitação cardiopulmonar:

É o conjunto de procedimentos realizados após uma


PCR, destinados a manter a circulação de sangue
oxigenado para o cérebro e outros órgãos vitais.
Etiologia da PCR:
Arritmias graves;
IAM;
AVC;
Afecções respiratórias;
Intoxicações exógenas;
Choque;
Traumas;
Distúrbios metabólicos;
Afogamento.
Atendimento cardiopulmonar de emergência:

Para ajudar o leigo a reconhecer uma PCR (e iniciar o


atendimento), bastam apenas os seguintes critérios: a vítima não
ter resposta, ou não respirar, ou ter uma respiração anormal
(gasping). O treinamento do leigo deve ser para reconhecer esses
padrões, sem precisar checar pulso. Para um leigo não treinado,
ele pode ser orientado facilmente por telefone;
Tendo reconhecido a PCR, o socorrista leigo que não tiver
treinamento deve realizar apenas compressões torácicas até a
chegada de um DEA ou de outros socorristas treinados, ou ainda
até que a vítima começa a se movimentar espontaneamente.
Atendimento cardiopulmonar de emergência:

A orientação para o leigo não treinado é: “comprimir


com força e rapidez no centro do tórax”;
Para o leigo treinado, foi reforçada a sequência C – A
– B para atendimento (circulation – airway – breathing).
Portanto o socorrista deve começar pelas compressões
torácicas antes de realizar abertura de vias aéreas e
ventilações. A proporção permanece de 30 compressões
para 2 ventilações.
Atendimento cardiopulmonar de emergência:

Lesões cerebrais graves e potencialmente


irreversíveis ocorrerão logo após os primeiros cinco
minutos de parada cardíaca em normotermia. O
atendimento correto e precoce é fundamental para o
sucesso.
Crise convulsiva:

A crise convulsiva é uma alteração involuntária e


repentina nos sentidos, no comportamento, na atividade
muscular ou no nível de consciência que resulta na
irritação ou superatividade das células cerebrais.
Crise convulsiva:

• Ajude a vítima a deitar no chão; afaste os objetos da


vítima; coloque apoio macio sob a cabeça.
• Mantenha vias aéreas desobstruídas.
• Mantenha-se calmo; se a vítima estiver consciente,
tranquilize-a; acalme as pessoas que estiverem com
ela.
• Permaneça com a vítima; se precisar de ajuda, chame
outra pessoa.
Crise convulsiva:
• Nunca tente colocar nada à força entre os dentes da
vítima, não dê nada via oral.
• Remova ou afrouxe as roupas, principalmente em
volta do pescoço; remova os óculos.
• Posicione a vítima de lado com o rosto para baixo.
• Se a vítima parar de respirar, aplique respiração
artificial, desobstrua vias aéreas.
Crise convulsiva:

• Não tente restringir os movimentos da vítima.


• Cubra a vítima com um cobertor para mantê-la
aquecida.
• Evite que a vítima se transforme em espetáculo para
os demais.
• Após a crise, acalme e reoriente a vítima; fale
devagar, com calma e em um tom de voz normal.
Permita que a vítima repouse; ajude a mantê-la o
mais confortável possível.
Intoxicações Exógenas:
Define-se por veneno toda e qualquer substância que,
quando ingerida, inalada, absorvida, aplicada à pele ou
produzida no organismo em quantidades relativamente
pequenas causa lesão do organismo por sua ação
química.
Meios de envenenamento: ingestão, inalação,
absorção, injeção.
Considerações Finais:
Para se poder atuar em socorro de urgência, é necessário
que existam CONDIÇÕES SEGURAS, sem riscos a
vida de quem presta o socorro.

Atendimento MAL feito pode comprometer ainda mais


a saúde da vítima do acidente.

Se todos soubessem noções básicas de socorros de


urgência, muitas vidas poderiam ser salvas, ou ao menos
muitas complicações poderiam ser evitadas.
Negligência, imprudência e imperícia:
Negligência:
Na negligência, alguém deixa de tomar uma atitude ou apresentar conduta que era
esperada para a situação. Age com descuido, indiferença ou desatenção, não tomando
as devidas precauções.

Imprudência: 
A imprudência, por sua vez, pressupõe uma ação precipitada e sem cautela. A pessoa
não deixa de fazer algo, não é uma conduta omissiva como a negligência. Na
imprudência, ela age, mas toma uma atitude diversa da esperada.

Imperícia: 
Para que seja configurada a imperícia é necessário constatar a inaptidão, ignorância,
falta de qualificação técnica, teórica ou prática, ou ausência de conhecimentos
elementares e básicos da profissão. Um médico sem habilitação em cirurgia plástica
que realize uma operação e cause deformidade em alguém pode ser acusado de
imperícia.

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