Você está na página 1de 22

Técnicas e Procedimentos II

Aula 5 – Sialografia

Neuseli Nardeli
Bióloga e Tec. em Radiologia
Sialografia
• Exame radiológico contrastado das glândulas
salivares e ductos associados com o objetivo
de demonstrar processos patológicos
potenciais.
Anatomia
• As glândulas salivares são órgãos acessórios da
digestão que secretam a maioria da saliva encontrada na
cavidade oral.
• As glândulas estão localizadas de modo adjacente na
cavidade oral e se comunicam com a boca através de
ductos.
Glândulas Parótidas
• Estão posicionadas nas regiões anterior e inferior das
orelhas de cada lado das bochechas.
• Elas são as maiores glândulas salivares.
• O ducto principal que fornece saliva da glândula parótida é o
ducto parotídeo (Ducto Stenon).
Glândulas Submandibulares ou
Submaxilares
• Localizam-se paralelas ao corpo mandibular sendo a segunda
maior glândula salivar.
• O ducto principal que fornece saliva das glândulas
submandibulares é o ducto submandibular ou submaxilar
(Wharton).
Glândula Sublingual
• É a menor das glândulas salivares, disposta no
assoalho da boca.

• Na glândula sublingual estão aproximadamente


12 pequenos ductos, chamados de ductos de
Rivinus (Bartholin) que transportam a saliva para
a cavidade oral.

• Não é realizado exame de sialografia para esta


glândula porque ela não oferece um sistema de
ductos de exteriorização única que permita a
injeção do contraste.
Glândulas Salivares

(Stenon)

(Rivinus)
(Wharton)
Indicações
• Presença de cálculo ductal (Sialolitíases)
• Estreitamento dos ductos salivares (estenose)
• Tumores das glândulas salivares
• Sialectasia (dilatação dos ductos salivares)
• Sialoadenite (alterações inflamatórias)
• Nódulos ou massas
• Fístula ductal
• Ausência de secreção de saliva

Contra-indicações
• Sialoadenite aguda e graves.
• Alergia ao contraste iodado.
Preparo do Paciente

• O paciente deve ser instruído a remover dentaduras e


qualquer outro aparelho ortodôntico removível.

• Todos os itens radiopacos devem ser removidos das regiões


da cabeça e do pescoço do paciente.

• O paciente deve ser orientado a não fumar e nem mascar


chicletes no dia do exame.
Equipamentos Utilizados
• Seringa de 3ml
• Scalps borboleta modificado (23/25 para parótida
e 25/27 para submandibular)
• Anestésico local
• Meio de contraste iodado hidrossolúvel (1 a 2 ml,
normalmente)
• Fatia ou suco de limão
• Marcador metálico
Técnica de Exame
SEQUÊNCIA DO EXAME:
1- Paciente em decúbito dorsal;

2- Retirar próteses dentarias e/ou auditivas, brincos,


Correntes e óculos;

3- Realizar radiografia simples em perfil obliquado – filme 18


x 24 – com o objetivo de demonstrar se um cálculo radiopaco
está presente, antes da aplicação do contraste;

4- Pingar limão na boca do paciente para provocar dilatação


do óstio ductal;

5- Cateterizar o ducto protídeo ou submandibular com scalp


borboleta;
Técnica de Exame
SEQUÊNCIA DO EXAME:
6 - Injetar o meio de contraste lentamente 1 a 2 ml ou até o
paciente sentir algum desconforto;

7- Realizar radiografias para avaliação das glândulas


salivares maiores – filme 18 x 24

8- Retirar o cateter após ter concluído o exame.


Observações
• Nunca deve-se forçar a entrada do cateter no
óstio devido a fragilidade da mucosa que irá
logo ficar edemaciada ou lacerada.

• Utiliza-se o limão para que o paciente chupe


antes do exame para melhorar a visualização
do orifício do canal salivar e após o exame
para eliminação do contraste iodado das
glândulas salivares.
INCIDÊNCIAS PARÓTIDAS

Incidência tangencial AP
INCIDÊNCIAS PARÓTIDAS
Perfil
RC penetrando sobre as glândulas parótidas;
INCIDÊNCIAS SUBMANDIBULARES
Perfil
RC penetrando abaixo da mandíbula;
INCIDÊNCIAS SUBMANDIBULARES

Transoral
SUBMANDIBULARES
Intraoral
Estudo Tardio
• Imagens tardias podem ser solicitadas para visualizar
qualquer retenção de contraste no ducto ou na
glândula salivar.

• Serve para análise da capacidade funcional de


esvaziamento da glândula.

• Pinga-se algumas gotas de limão na boca do paciente


e realiza-se novas incidências após 5 minutos.

• O estudo tardio tem importância principalmente para se


avaliar sialoadenite (alterações inflamatórias).

Você também pode gostar