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Fundamento significa base, alicerce, apoio. Se você não fundar ou fundamentar o seu
conhecimento com um conhecimento prévio que servirá como base, alicerce ou apoio a
ele, você queimará uma etapa de seu estudo e, consequentemente, de sua formação.
Em alguns movimentos do corpo, origem e inserção são permutáveis (pode haver inversão entre
elas).
Os músculos que se situam abaixo de seus pontos de inserção tendem a abaixar esse local de
inserção. Ex.: os músculos retos da cabeça originam-se abaixo da cabeça, nas duas primeiras
vértebras cervicais e se inserem acima, na própria cabeça, e quando agem, abaixam-na. Os
retos anteriores, devido à sua posição, abaixam flexionando-a e os posteriores abaixam
estendendo-a. O músculo esterno-hióideo, que fica abaixo de seu ponto de inserção (móvel),
puxa esse ponto (osso hióide) para baixo. Depreende-se daí que o abaixador do ângulo da boca
tem origem (e situa-se) abaixo do ângulo da boca. É claro! O músculo não é um halterofilista;
não faz levantamento de peso. Em outras palavras, ele não se estica; apenas se contrai.
Os músculos que se situam acima de seus pontos de inserção tendem a elevar esse local de
inserção. Ex.: o músculo glúteo máximo, que se origina acima de sua área de inserção no fêmur,
estende a coxa, elevando-a; o quadríceps femoral, que se situa quase todo na coxa, insere-se
na tíbia e estende a perna, elevando-a; o bíceps braquial, músculo do braço, insere-se mais
abaixo, no antebraço, e sua função é flexioná-lo, elevando-o. O levantador do véu palatino tem
origem no osso temporal, acima do palato; a sua extremidade inferior prende-se no palato,
elevando-o.
A mandíbula é elevada por músculos que estão acima dela. Aqueles que estão atrás de seus
locais de inserção, a retraem. Ela desloca-se para frente por ação dos músculos que estão à
frente de suas próprias áreas de inserção, tal como acontece também com o osso hióide pela
ação do gênio-hióideo, que está à frente dele.
Por serem avasculares, as cartilagens das articulações não sofrem inflamação e nem metástase
cancerosa. Sua nutrição vem do líquido sinovial e do plasma que transuda da rede sanguínea
intra-óssea e que atinge a sua parte profunda.
A cartilagem hialina tem pouca capacidade regenerativa quando lesada. Neste sentido, a
fibrocartilagem leva vantagem devido à sua grande potencialidade de regeneração.
Na ATM existe cartilagem hialina abaixo da camada superficial fibrosa com células que produzem
tanto matriz cartilagínea quanto óssea. Portanto, a cartilagem articular é o tecido avascular denso
fibroso, e a cartilagem de crescimento, a cartilagem hialina, a qual ocasiona remodelamento ativo
em resposta às pressões.
Se a obstrução patológica é abrupta e permanente, a área a ser suprida fica sem vitalidade
porque não há tempo de se estabelecer uma circulação colateral. Esta se estabelece quando a
obstrução é lenta e gradual, quando os vasos colaterais aumentam seu calibre e vasos
neoformados a partir de capilares próximos e de vasos dos vasos (vasa vasorum) de artérias
adjacentes. A circulação colateral é mais facilmente estabelecida nos jovens do que nos velhos.
Há comunicações entre arteríolas e vênulas, sem que o sangue passe pelos capilares. Isso
ocorre em tecidos de grande metabolismo ou em condições de termorregulação, para se opor ao
frio. Assim, o retorno venoso é facilitado pela maior pressão dentro das vênulas. Anastomoses
arteriolovenulares estão presentes nos lábios, palato mole, língua, glândulas salivares e em
muitas partes do corpo, principalmente próximo às articulações. Característica interessante
dessas anastomoses é o seu controle por nervos vasomotores (fibras eferentes simpáticas), os
quais regulam a passagem do sangue, ora abrindo, ora fechando as passagens, de acordo com
as necessidades.
Fundamento 8 – Os vasos linfáticos têm suas raízes (capilares linfáticos) nos interstícios
teciduais (no tecido conjuntivo do corpo e dos órgãos) e, a partir daí, vão confluindo para formar
coletores linfáticos cada vez maiores. Uma característica do capilar linfático é o seu início em
fundo cego e o seu maior calibre em comparação com o sanguíneo.
O líquido intersticial recolhido entre as células e fibras do organismo exuda do plasma do sangue,
quando esta passa pelos capilares, com finalidade nutritiva. Com o metabolismo celular, produtos
residuais são excretados nesse líquido, cuja maior porção retorna para os capilares sanguíneos.
Uma menor parte não retorna e permanece entre os tecidos. É essa parte que é coletada pelos
capilares linfáticos e que, após entrar neles passa a se chamar linfa, a qual é levada de volta
para o sangue. Tal como o sangue, a linfa é composta de plasma e de elementos figurados,
principalmente proteínas e linfócitos, e tem a capacidade de se coagular.
Fonte: https://anatomiafacial.com/fundamentos-de-anatomia.3.html