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BIOMECÂNICA DAS ARTICULAÇÕES - Prof.

ª Marcia Kulczycki

De acordo com Hall, S

As articulações do corpo humano governam essencialmente as capacidades de orientar os movimentos dos


segmentos corporais.A estrutura de determinada articulação, como o joelho normal, varia pouco de uma pessoa
para outra, o mesmo ocorrendo com as direções nas quais os segmentos corporais afixados, como a coxa e a
perna, poderão movimentar-se em nível de uma articulação. Entretanto, diferenças na firmeza ou frouxidão
relativa dos tecidos moles circundantes resultam em diferenças nas amplitudes articulares de movimento.

Conforme Enoka

Existem cerca de 206 ossos no corpo humano e esses ossos formam aproximadamente 200 articulações.

As articulações são geralmente classificadas como pertencentes a um dos 3 grupos: Articulação fibrosa,
Articulação cartilaginosa e Articulação sinovial

Articulação fibrosa – Sinartrose: É relativamente imóvel. Exemplos: suturas do crânio, membrana interóssea
entre o rádio e a ulna; membrana interóssea entre a tíbia e a fíbula

Articulação cartilaginosa – Anfiartrose: levemente móvel. Exemplos: esternocostal , discos intervertebrais,


sínfise púbica

Articulação sinovial – Diartrose: É livremente móvel. Exemplos: quadril, cotovelo, atlantoaxial . É considerada
componente articular do sistema articular elementar

A articulação sinovial serve para 2 funções:

1) Provê mobilidade para o esqueleto, permitindo que um segmento do corpo rode sobre outro;

2) Transmite forças de um segmento para outro

1) ARTICULAÇÕES IMÓVEIS Sinartroses e Sindesmoses

a)Sinartroses

Syn = junto
arthron = articulação

Articulações fibrosas podem atenuar a força (absorção de choques), mas permitem pouco ou nenhum movimento
nos ossos articulados.

a.1) Suturas:

Nessas articulações, as lâminas ósseas possuem ranhuras ósseas irregulares, exibem íntima equivalência e
estão firmemente conectadas por fibras que se continuam com o periósteo. As fibras começam ossificar-se no início
da fase adulta e acabam sendo substituídas completamente por osso. Ex.: no corpo humano suturas do crânio
a.2) Sindesmoses

Unidas por faixas. Nessas articulações um tecido fibroso denso mantém os ossos juntos. Ex.: Sindesmoses
Coracoacromial, Radioulnar média , Tibiofibular média e distal

2) ARTICULAÇÕES LIGEIRAMENTE MÓVEIS = ANFIARTROSES

Articulações cartilaginosas atenuam as forças aplicadas e permitem mais movimentos dos ossos adjacentes que
as articulações sinartrodiais. Sincondroses e Sínfises

a. Sincondroses

→Mantidas juntas por cartilagem; nessas articulações os ossos articulados são mantidos juntos por uma delgada
camada de cartilagem hialina. Ex.: artic esternocostais; placas epifisárias (antes da ossificação)

b. Sínfises

Nessas articulações, finas camadas de cartilagem hialina estabelecem a separação entre um disco de
fibrocartilagem e o osso. Ex.: articulações vertebrais (discos); sínfise púbica

3) ARTICULAÇÕES LIVREMENTE MÓVEIS = DIARTROSES OU SINOVIAIS

Nessas articulações as superfícies ósseas articuladas são cobertas por cartilagem articular, por cápsula
articular que circunda a articulação e por membrana sinovial que reveste o interior da cápsula articular e secreta
um lubrificante conhecido como líquido sinovial.

a. Deslizante: As superfícies ósseas são quase planas e o único movimento permitido é o deslizamento não axial.
- entre os ossos do carpo e do tarso; facetárias das vértebras

b. Dobradiça (gínglimo): Uma superfície óssea articulada é convexa e a outra é côncava. Poderosos ligamentos
colaterais restringem o movimento a um deslocamento planar como uma dobradiça. Ex.: umeroulnar ;
interfalângicas
c. Em pivô (parafuso; trocoidea): Nessas articulações é permitida a rotação em um único eixo. Ex.: articulação
atlantoaxial; radioulanares proximal e distal

d. Condiloidea (ovoide; elipsoidal): Uma superfície óssea articulada possui um formato convexo ovoide e a outra
é uma superfície com formato reciprocamente côncavo nessas articulações. São permitidas flexão, extensão,
abdução e circundução. Ex.: articulações metacarpofalângicas (2ª a 5ª); articulações radiocárpicas.

e) Em sela (selar): As superfícies ósseas possuem ambas o formato de uma sela de equitação nessas
articulações. A capacidade de realizar movimentos é a mesma da articulação condiloidea, porém com maior
amplitude de movimento. Ex.: articulação carpometacárpica do polegar

f) Esferoidal: Nessas articulações as superfícies dos ossos articulados são reciprocamente convexas e
côncavas.É permitida a rotação em todos os três planos de movimento. Ex.: articulação do quadril; do ombro
Suas estruturas sinoviais associadas frequentemente com as articulações diartrodiais são as bolsas (bursas) e as
bainhas tendinosas.

Bursas

As bursas são pequenas cápsulas revestidas por membranas sinoviais e cheias de líquido sinovial que protegem
as estruturas que separam. A maioria das bursas separam os tendões do osso reduzindo o atrito sobre os
tendões durante o movimento articular. Algumas bursas, como a olecraniana, separam o osso da pele

Bainhas tendinosas

São estruturas sinoviais de duas camadas que circundam os tendões posicionando-os em íntima ligação com os
ossos.

Cartilagem articular

As juntas de um dispositivo mecânico devem ser lubrificadas adequadamente para que suas partes móveis
possam movimentar-se livremente e sem desgaste entre si.

No corpo humano, um tipo especial de tecido conjuntivo denso e esbranquiçado, conhecido como cartilagem
articular, proporciona lubrificação protetora. Uma camada protetora desse material, com 1 a 5 mm de espessura,
reveste as extremidades dos ossos articulados nas articulações diartrodiais. A cartilagem articular desempenha
duas funções importantes:

1º espalha as cargas nas articulações por sobre uma extensa área, de forma a reduzir a quantidade de estresse em
qualquer ponto de contato entre os ossos

2º permite o movimento dos ossos articulados na articulação com atrito e desgaste mínimos

A cartilagem articular é um tecido macio, poroso e hidratado. Sofre deformação ao suportar cargas, exsudando
líquido sinovial. Nas articulações sinoviais saudáveis, onde as extremidades ósseas que se articulam são
cobertas por cartilagem articular, a movimentação de uma extremidade óssea sobre a outra é acompanhada
normalmente por um fluxo de líquido sinovial que é “espremido” adiante da área móvel de contato e absorvido
atrás da área de contato.A cartilagem pode reduzir em 50% ou mais o estresse máximo de contato que atua em
uma articulação. A lubrificação proporcionada pela cartilagem articular é tão efetiva que o atrito presente em uma
articulação é de apenas 17 a 33% do atrito de um patim no gelo sob a mesma carga.

Fibrocartilagem articular

Em algumas articulações, uma fibrocartilagem articular, tanto na forma de disco fibrocartilaginosos como de
discos parciais conhecidos como meniscos, também está presente entre os ossos articulados - discos
intervertebrais; - meniscos
Apesar da função dos discos e meniscos ‘não ser clara’, os possíveis papéis incluem:

1.Distribuição das cargas sobre as superfícies articulares


2. Melhora do encaixe das superfícies articulares
3. Limitação da translação ou deslizamento de um osso em relação a outro
4. Proteção da periferia da articulação
5. Lubrificação
6. Absorção de choques

Tecido conjuntivo articular

•Os tendões, que conectam os músculos aos ossos e os ligamentos, que conectam os ossos entre si

são tecidos passivos formados principalmente por fibras colágenas e elásticas.

Os tendões e ligamentos não possuem a capacidade de se contrair como o tecido muscular, mas são ligeiramente
distensíveis. Esses tecidos são elásticos retornarão ao seu comprimento original após terem sido distendidos, a não
ser quando essa distensão ultrapassa seus limites elásticos. Um tendão ou ligamento distendido além de seu limite
elástico durante uma lesão continua distendido e somente poderá ser restaurado ao seu comprimento normal por
meio de uma cirurgia.

Tendões e ligamentos, como o osso, respondem ao estresse mecânico habitual alterado por hipertrofia ou
‘atrofia’.

Pesquisas mostram que o exercício regular realizado durante determinado período de tempo resulta em aumento no
tamanho e na resistência tanto dos tendões como dos ligamentos, assim como em aumento da resistência das
junções entre tendões ou ligamentos e o osso. Os tendões e ligamentos além de poderem cicatrizar após terem
sofrido uma ruptura, em alguns casos conseguem regenerar-se em sua totalidade, conforme evidenciado por
exemplos de regeneração completa do tendão semitendinoso após sua remoção cirúrgica para o reparo das rupturas
do LCA.

Estabilidade articular

A estabilidade de uma articulação é a sua capacidade de resistir ao deslocamento (luxação). É a capacidade de


resistir ao deslocamento de uma superfície óssea em relação a outra, ao mesmo tempo em que são prevenidas
as lesões dos ligamentos, músculos e tendões que circundam a articulação.

Vários fatores influenciam a estabilidade articular

→ Formato das superfícies ósseas articuladas


→ Organização dos músculos e ligamentos
→ Outros tecidos conjuntivos

Formato da superfícies ósseas articuladas

A maioria das articulações possui superfícies que se encaixam reciprocamente, porém essas superfícies não são
simétricas, e existe normalmente uma posição de melhor ajuste na qual a área de contato é máxima.

Esta é conhecida como posição articular de impactação total (de coaptação fechada ou travada) sendo nesta
posição que a estabilidade costuma ser maior.

Qualquer movimento dos ossos na articulação, com relações diferentes da posição travada, resulta em uma posição
articular de impactação parcial (de coaptação aberta ou destravada), com redução na área de contato.

Alguns formatos das superfícies articulares fazem com que, tanto na posição travada quanto na destravada,
exista maior ou menor área de contato e, consequentemente, mais ou menos estabilidade. Por exemplo, o
acetábulo proporciona uma cavidade relativamente profunda para a cabeça do fêmur, e existe sempre uma
quantidade relativamente grande de área de contato entre os dois ossos, razão essa que torna estável a
articulação do quadril
No ombro a pequena fossa glenóide possui um diâmetro vertical que é aproximadamente 75% do diâmetro vertical do
diâmetro vertical da cabeça do úmero, e um diâmetro horizontal que corresponde a 60% do tamanho da cabeça do
úmero. Portanto, a área de contato entre esses dois ossos é relativamente pequena, o que contribui para a relativa
instabilidade do complexo do ombro.

Organização de ligamentos e músculos

Ligamentos, músculos e tendões afetam a estabilidade relativa das articulações. Em articulações como o joelho e
ombro, nas quais a configuração dos ossos não é particularmente estável, a tensão nos ligamentos e músculos
contribui muito para a estabilidade articular... Se estes tecidos tiverem sido enfraquecidos por desuso ou estiramento
excessivo, a estabilidade da articulação será reduzida.

Ligamentos e músculos fortes costumam aumentar a estabilidade articular.

Por exemplo, o fortalecimento do quadríceps e dos músculos isquiotibiais aprimora a estabilidade do joelho.

O ângulo de inserção da maioria dos tendões nos ossos é feito de forma que, quando o músculo exerce tensão, as
extremidades articuladas dos ossos na articulação são aproximadas, favorecendo a estabilidade articular. Essa
situação é observada habitualmente quando os músculos nos lados opostos de uma articulação produzem tensão
simultaneamente.

Quando os músculos estão fatigados, se tornam menos capazes de contribuir para a estabilidade articular e se torna
mais provável a ocorrência de lesões. A ruptura dos ligamentos cruzados é mais provável quando a tensão nos
músculos cansados que circundam o joelho é insuficiente para proteger os ligamentos cruzados de serem
distendidos além de seus limites elásticos.

Lesões e patologias articulares comuns

As articulações do corpo humano sustentam peso, são sobrecarregadas por forças musculares e, ao mesmo tempo,
proporcionam ADM para os segmentos corporais. Consequentemente estão sujeitas a lesões tanto agudas quanto
por usos excessivo, bem como infecções e outras doenças degenerativas.

→ Entorses

Os entorses são lesões causadas pelo deslocamento ou torção anormal dos ossos articulados, que resulta
em estiramento ou laceração dos ligamentos, tendões e tecidos conjuntivos que atravessam uma articulação.

Os entorses laterais do tornozelo são particularmente comuns, pois essa é a principal articulação responsável
pela sustentação do peso corporal e por existir menos apoio ligamentar na parte lateral que na parte medial do
tornozelo. Qualquer ligamento do tornozelo pode ser lesado. Geralmente, os entorses ocorrem quando o tornozelo
roda para fora, fazendo que a planta do pé fique voltada para o outro pé (inversão).

- Os ligamentos frouxos do tornozelo, os músculos da perna fracos, - as lesões dos nervos da perna, -
determinados tipos de calçados (p.ex., aqueles com saltos muito altos e finos) e certas formas de marcha
→tendem a provocar a rotação do pé para fora, aumentando o risco de um entorse.
Entorse do tornozelo é mais frequente em inversão: o maléolo medial é mais curto que o lateral, assim sendo o talo
pode ser mais forçado a inverter do que a ever ter; e os ligamentos da face lateral da articulação são separados além
de não serem tão resistentes quanto o ligamento deltóide da face medial.

→ Luxações

O deslocamento dos ossos articulados em uma articulação recebe o nome de luxação. Essas lesões resultam
habitualmente de quedas ou de infortúnios envolvendo forças de grande magnitude.Os locais mais comuns para as
luxações incluem os ombros, os dedos, os joelhos, os cotovelos e a mandíbula.

Os sintomas incluem deformidade articular visível, dor , tumefação e, em geral, alguma perda da capacidade
de realizar movimentos articulares. A articulação glenoumeral é aquela mais luxada em todo o corpo humano. A
estrutura frouxa da articulação permite enorme mobilidade , mas proporciona pouca estabilidade.

→ Bursite

A bursite é uma lesão causada pelo uso excessivo de uma articulação que produz atrito e inflamação de uma ou
mais bursas. Os corredores que aumentam bruscamente a quilometragem de treinamento podem sofrer inflamação
da bursa entre o tendão de Aquiles e o calcâneo. Sintomas: dor e alguma tumefação local.

→ Artrite

É uma patologia que envolve inflamação articular acompanhada por dor e tumefação . Extremamente comum
com o envelhecimento, já tendo sido identificados mais de 100 tipos de artrite.

Artrite reumatoide

- A forma mais debilitante e dolorosa de artrite Consiste em um distúrbio auto-imune que consiste em ataque dos
tecidos saudáveis por parte do sistema imune do organismo. Características incluem inflamação e espessamento
das membranas sinoviais e destruição da cartilagem articular resultando em limitação do movimento e, finalmente,
em fusão dos ossos articulados.

→ Osteoartrite – “artrose”

Considerada doença da cartilagem articular, é a forma mais comum de artrite degenerativa não inflamatória . os
estágios iniciais a cartilagem perde seu aspecto liso e brilhante e se torna áspera e irregular. Eventualmente a
cartilagem é completamente destruída, deixando descobertas as superfícies ósseas que se articulam.

A osteoartrite (artrose, artrite degenerativa, doença articular degenerativa, artropatia degenerativa) é um distúrbio
crônico das articulações caracterizado pela degeneração da cartilagem articular e do osso adjacente, podendo
causar dor e rigidez articulares. A osteoartrite, o distúrbio articular mais comum, afeta em um certo grau muitos
indivíduos aproximadamente em torno dos 70 anos de idade. Os homens e as mulheres são igualmente afetados,
mas o distúrbio tende a ocorrer mais precocemente nos homens. Dor, tumefação, restrição da ADM e rigidez
são todos sintomas com a dor sendo aliviada pelo repouso e a rigidez articular sendo minorada com a
atividade.

Normalmente, as articulações apresentam um nível de atrito tão baixo que não sofrem desgaste, exceto
quando utilizadas excessivamente ou quando sofrem lesões.

A osteoartrite começa com uma alteração das células que sintetizam os componentes da cartilagem, como o
colágeno (proteína fibrosa e resistente encontrada no tecido conjuntivo) e os proteoglicanos (substâncias que
proveem a elasticidade da cartilagem). Em seguida, a cartilagem pode crescer exageradamente, mas, finalmente, ela
diminui de espessura e apresenta fissuras em sua superfície. Ocorre a formação de pequenas cavidades na medula
óssea localizada sob a cartilagem, enfraquecendo o osso. Pode ocorrer um crescimento ósseo excessivo nas
bordas da articulação, produzindo tumefações (osteófitos) que podem ser observados e palpados. Essas
protuberâncias podem afetar o funcionamento normal da articulação, causando dor. Em última instância, a superfície
lisa e deslizante da cartilagem torna-se irregular e apresenta depressões puntiformes, impedindo que a articulação
mova-se suavemente. Ocorre alteração da articulação em decorrência da deterioração de todos os seus
componentes, isto é, os ossos, a cápsula articular (tecido que envolve algumas articulações), a membrana sinovial
(tecido que reveste a articulação), os tendões e a cartilagem.
Os indivíduos que utilizam determinadas articulações de forma repetitiva, apresentam maior risco. A obesidade
pode ser um fator importante no desenvolvimento da osteoartrite. No entanto, não existem evidências conclusivas a
respeito.

O novo crescimento da cartilagem, do osso ou de qualquer outro tecido pode fazer com que as articulações
aumentem de tamanho. A cartilagem irregular produz rangido e crepitação quando as articulações são
movimentadas. Frequentemente, ocorre a formação de protuberâncias ósseas (nódulos de Heberden) nas pontas
dos dedos das mãos. Em algumas articulações, como a do joelho, os ligamentos (que circundam e sustentam a
articulação) são distendidos e provocam instabilidade articular. A palpação ou a movimentação da articulação podem
ser muito dolorosas. Em contraste, o quadril torna-se mais rígido, com redução da amplitude dos movimentos. A
movimentação dessa articulação também é muito dolorosa. Frequentemente, a osteoartrite afeta a coluna vertebral.
A dor nas costas é o sintoma mais comum. Em geral as articulações lesadas da coluna vertebral causam somente
dor leve e rigidez. Entretanto, no caso do crescimento ósseo excessivo comprimir nervos, a osteoartrite da coluna
cervical ou da região lombar pode causar adormecimento, dor e fraqueza de um membro superior ou inferior.

Forças compressivas na articulação patelofemoral

Constatou-se que a força compressiva patelofemoral corresponde à metade do peso corporal durante a marcha
normal, mais de 3 vezes o peso corporal durante a subida de uma escada. A compressão patelofemoral aumenta
com a flexão do joelho durante a sustentação do peso corporal. O exercício de agachamento, conhecido por ser
estressante para o complexo do joelho, produz uma força de reação na articulação patelofemoral na ordem de 7,6
vezes o peso corporal.

O aumento na flexão do joelho faz aumentar o componente da força compressiva que atua na articulação. À
medida que a flexão aumenta , será necessária uma maior quantidade de tensão no quadríceps para evitar que o
joelho venha a flexionar sob a ação da gravidade.

***Atualmente admite-se que tanto a ausência quanto o excesso de estresse mecânico podem promover o
surgimento de osteoartrite, com uma zona de sobrecargas cíclicas que otimiza a saúde da cartilagem articular.

Conforme Floyd & Thompson a articulação do ombro é frequentemente lesionada em virtude de seu formato
anatômico.Vários fatores contribuem para seu alto índice de lesão , inclusive a falta de profundidade da fossa
glenoide, a frouxidão das estruturas ligamentares necessária para acomodar sua extensa amplitude de movimento e
a falta de força e de resistência dos músculos que são essenciais para fornecer estabilidade dinâmica à articulação.

Como resultado subluxações e luxações glenoumerais são comuns em quem pratica atividade física.

Outra lesão frequente é a que ocorre no manguito rotador composto pelos músculos supra-espinhoso, infra-
espinhoso, redondo menor e subescapular.

Uma lesão comum entre trabalhadores e atletas que utilizam movimentos vigorosos acima da cabeça envolvendo
em geral abdução e flexão juntamente com a rotação medial é a síndrome do impacto do manguito rotador ou
síndrome de impacto (impingement) do ombro Essa síndrome é causada por pressão progressiva sobre os tendões
do manguito rotador por parte das estruturas ósseas e tecidos moles circundantes. O músculo afetado mais
comumente é o supraespinhoso, possivelmente porque seu suprimento sanguíneo é mais suscetível à pressão. Os
sintomas são e exacerbados por movimentos rotatórios do úmero, especialmente aqueles que envolvem “elevação”
(abdução ou flexão) e rotação interna.

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