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MÓDULO DAS AULAS DE FISIOTERAPIA EM REUMATOLOGIA – CLEBER SADY

PRODUZIDO PELA ALUNA ALINE LESSA


MÓDULO DAS AULAS DE FISIOTERAPIA EM REUMATOLOGIA – CLEBER SADY

TÉCNICAS ARTICULATÓRIAS PARA A COLUNA DORSAL

A coluna dorsal, muitas vezes, será responsável por sintomas à distância. Hora na coluna
cervical, hora na coluna lombar.
Por se tratar de um segmento relativamente rígido, em comparação com os segmentos supra e
infrajascente, é importante tratá-lo para influenciar a coluna cervical e lombar.
Portanto, não existe paciente com cervicalgia (cervicoartrose ou patologias da coluna cervical) que
não se beneficie com o tratamento da coluna dorsal.
É importante que primeiramente seja feita uma revista rápida da coluna dorsal para encontrar
algum segmento mais hipomóvel, através de um teste de palpação dos processos espinhosos:
- Paciente em decúbito ventral. Palpa os processos espinhosos com a mão caudal,
reforçando o contato com a mão cranial e empurra o processo espinhoso tentando identificar alguma
zona sensível (dolorosa). Uma vez encontrado este segmento, deve-se avaliar a mobilidade dele.
Utiliza-se como referência palpatória: o ângulo superior da escápula corresponde ao processo
espinhoso de T2 OU T3; o bordo inferior da escápula para achar o processo espinhoso de T7.
T1 e T2: P. espinhoso e transverso no mesmo nível;
T3 e T4: P. espinhoso meio nível abaixo do transverso;
T5 e T6: P. espinhoso um nível abaixo do transverso.
 Um nível é a distância entre um processo espinhoso e outro.

Encontrada a vértebra, avalia-se seus movimentos de:


o Flexão: Empurra a vértebra pra cima
o Extensão: Empurra a vértebra pra baixo
o Látero-flexão D e E: Inclinar a vértebra pra direita ou esquerda
o Rotação D e E: Empurrar só o lado direito ou esquerdo.

OBS: Esta pode ser uma técnica para avaliar a mobilidade da vértebra, bem como pode ser usada para
mobilizar a coluna dorsal por inteiro.

1) Técnica dos psiformes cruzados:


Terapeuta posiciona suas mãos (os psiformes) nos processos transversos do paciente, e mobiliza
a vértebra em extensão, flexão, rotação e látero-flexao.

2) Técnica manipulatória direta para a coluna dorsal:


Esta é uma técnica utilizada para ouvir o som articular (estalido).
Utiliza-se o mesmo principio para encontrar a vértebra, mas o terapeuta utiliza o peso do próprio
corpo em cima do paciente. Solicita uma inspiração e na expiração o terapeuta deixa o peso do corpo
cair num golpe em direção a maca.
Esta técnica é preferível para vértebras em flexão (hipercifose dorsal).

3) Técnica de Dog (Indireta):


Paciente em decúbito dorsal, o terapeuta vai usar o peso do paciente para manipular a vértebra
Paciente o mais próximo do terapeuta o possível, braços posicionados em duplo V, o braço do lado
em que o terapeuta vai trabalhar preferencialmente embaixo do outro.
O terapeuta, em finta anterior, levanta o corpo do paciente, usando a força da perna, sem que ele
ajude, para evitar uma contração dos músculos abdominais.
Com a mão livre, o terapeuta procura o processo espinhoso dolorido, fecha sua mão sobre a
vértebra (o p. espinhoso fica entre o dedo indicador e o médio) e põe o paciente deitado em cima
dela. A outra mão segura a cabeça do paciente de forma que ela fique em flexão o máximo possível.
O terapeuta posiciona o corpo sobre o tronco do paciente, solicita uma inspiração, durante a
expiração, vai deixando seu corpo pesar sobre o paciente, e no final da expiração realiza um golpe
curto sobre ele.
- Na medida do possível, o antebraço deve estar apoiado na maca.
- Esta técnica é mais utilizada em pacientes com disfunção em extensão.

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4) Técnica em sedestração:
Paciente sentado, com as mãos na testa, apoiado no ombro do terapeuta. Com os antebraços, o
terapeuta realiza uma adução escapular no paciente, enquanto que com as mãos nos processos
transversos da coluna dorsal, tenta empurrar o paciente para frente.
O movimento é rítmico, associando a adução escapular com a pressão nos processos
transversos.

5) Técnica articulatória para dobradiça dorso-lombar (T12 – L1):


Paciente em decúbito lateral, de frente para o terapeuta, no
meio da maca. Membro inferior, inferior, em posição de pouca
flexão do quadril e extensão do joelho. Membro inferior superior,
flexão de quadril e joelho.
A mão caudal está em contato com T12 – L1 (o dedo indicador
em T12 e o dedo médio em L1), procurando o processo espinhoso.
A mão cranial pega o braço inferior do paciente e faz
suavemente uma flexão do tronco, até sentir os processos
espinhosos de T12 – L1 se afastarem. E então faz uma rotação, até
sentir que T12 se dirigiu em direção à maca.
Agora coloca a perna do paciente em flexão. O terapeuta segura T12 com uma mão e L1 com a
outra, empurra o braço direito pra um lado e o esquerdo para outro.

TÉCNICAS ARTICULATÓRIAS PARA A COLUNA CERVICAL

- A técnica de pompagem global é importante para começar;


- Trabalhar a musculatura do grupo pré-vertebral, usando técnica neuromuscular, inibição do tônus,
deslizamento profundo em faixas.

1) Degraus de Dejarnette:
- Avalia a mobilidade da coluna cervical.
- O terapeuta segura a cabeça do paciente, empurra no sentido caudal e depois vai levantando. É
esperado sentir a presença de 4 degraus. Se não for possível identificar a passagem de um degrau
para outro, evidencia um espasmo muscular ou um bloqueio articular naquele segmento.

- Degrau 1: corresponde à articulação C1-C2


- Degrau 2: corresponde à articulação C3-C4
- Degrau 3: corresponde à articulação C5-C6
- Degrau 4: corresponde à articulação C6-C7

2) Técnica articulatória em 8 para a Coluna Cervical:


Paciente em decúbito dorsal, com a cabeça pendente.
Terapeuta em pé, em finta dupla. O terapeuta estabelece contato no nível onde se encontra o
bloqueio, segura a cabeça do paciente e faz movimentos em ∞ (8 deitado).
 Contra-indicações:
- Paciente com osteoartrose muito grave, com parestesia muito intensa;
- Paciente com instabilidade vertebral;
- Osteoporose em fase avançada.

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TÉCNICAS ARTICULATÓRIAS PARA TORNOZELO E PÉ


1) Técnica de decoaptação da art. tíbio-társica (talocrural): É uma articulação diartrodial, formada
entre o tálus e a pinça maleolar. Não é fonte de osteoartrite primária, e sim secundária (à
instabilidade crônica do tornozelo, por múltiplos impactos, fratura intrarticular, etc).

Técnica: Mão cranial em contato com o colo do tálus (mão direita


– perna direita, e vice-versa), mão caudal em contato com o
calcâneo (ou em superposição com a outra mão). Nessa posição,
realiza uma tração ao longo do eixo do tálus e uma compressão
(retorno da tração).
Como o colo do tálus é mais acessível medialmente que
lateralmente, é preferível realizar o contato com o talus com a
mão interna

Outra possibilidade é o terapeuta sentado na maca, de costas para o


paciente, cuja perna “abraça” o terapeuta por fora, a fossa poplítea do
paciente em contato com o quadril do terapeuta (ancorado, fixo),
quadril em abdução e rotação lateral, e joelho em flexão. O vértice da
mão cranial está em contato com o colo do tálus e o vértice da mão
caudal em contato com a região calcânea. Os dois polegares ficam
sobre os maléolos, na região submaleolar, em delta. O movimento é
exercido empurrando o tálus em direção caudal.

* Outra forma de movimentação é a translação anterior ou posterior. A pegada é semelhante ao


teste de gaveta anterior (testa o ligamento fíbulo-talar anterior) ou o de gaveta posterior (testa o
fíbulo-talar posterior):
- Mão cranial em contato com a pinça maleolar, e mão caudal faz deslizamento anterior ou
posterior.
- Pela Lei do Côncavo e Convexo, quando é realizada uma translação anterior, tende a aumentar a
extensão. Quando é realizada uma translação posterior, tende a aumentar a flexão. Então, em uma
restrição de movimento em extensão, faz o movimento de gaveta anterior, e vice-versa.
- O colo do tálus é facilmente palpável, logo no dorso do pé. Mão cranial em contato com o colo do
tálus e a mão caudal em contato com o calcâneo. Nesta posição, paciente deitado, relaxado,
realiza a tração e a compressão. É comum ouvir um estalido ao tracionar.

2) Técnica articulatória subtalar: é a articulação formada pelo tálus e pelo calcâneo.


a. Paciente em decúbito ventral, com flexão de joelho de 90º.
Mão caudal em contato com o colo do talus, usando o
vértice da mão, e a mão cranial em contato com o calcâneo.
O movimento é realizado empurrando as mãos em direções
opostas (tensão/compressão). É normal ouvir estalidos.
Os antebraços do terapeuta devem estar perpendiculares à
perna do paciente.

b. Stretching ligamentar: Paciente em decúbito ventral com joelho


flexionado a 90º, rotação medial do quadril, terapeuta do mesmo lado
do membro a ser tratado, em finta anterior, contata o pé do paciente
no seu abdome e utiliza os polegares em delta sobre o maléolo medial
e então articula usando o movimento do corpo para estirar o ligamento
deltóide.

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- É possível direcionar o stretching para o ligamento tíbio-calcâneo, através de uma flexão dorsal;
para o ligamento tíbio-navicular, em uma flexão plantar, ou ainda o tíbio-talar anterior e posterior em
posição neutra.
- Se o paciente não tiver uma rotação interna o suficiente para apoiar o pé no abdome do
terapeuta, basta posicioná-lo em decúbito lateral, de costas para o terapeuta.

3) Técnica articulatória para retropé:


Paciente em decúbito ventral, terapeuta em finta anterior, com o pé do paciente apoiado em seu
abdome.
- A intenção é mobilizar o retropé por inteiro, em casos de osteoartrite generalizada ou imobilização
prolongada.
- O contato é apenas no calcanhar, com as duas mãos entrelaçadas, o mais distal possível.
Mobiliza o tornozelo em ∞ (8 deitado), para os dois lados.
a. Técnica articulatória para os cuneiformes: contato com um polegar superposto ao outro,
na altura dos cuneiformes e movimenta em flexão (movimento semelhante a uma
chicotada)
- Paciente em decúbito dorsal.

b. Técnica articulatória para navicular: Paciente em decúbito dorsal, contato com o


navicular (face medial do pé) e articula em rotação.

c. Técnica articulatória para cubóide: Usa como referência do 5º metatarso, logo acima
está o cubóide. Estabiliza o osso, e articula.

4) Técnica de alongamento da fáscia plantar: Esta técnica pode ser usada para fascite plantar ou
esporão calcâneo.
A cronificação da tensão da fáscia plantar pode levar a uma fascite crônica ou a um esporão
(entesófito da fáscia plantar). O tratamento, além de medidas de termo e eletroterapia com o
objetivo de aumentar a extensibilidade do colágeno, são utilizadas técnicas de Terapia Manual
para estirar a fáscia plantar.
Técnica: Segura o hálux em posição de flexão dorsal, para colocar a fáscia em posição de
estiramento. Com o polegar, vai estirando a fáscia.
Essa técnica ajuda a melhorar os sintomas do esporão, mas ele não irá desaparecer.

TESTES ORTOPÉDICOS PARA AVALIAR AS EPICONDILITES


As principais ocorrências no cotovelo reumático relacionam-se com patologias insercionais no
aspecto medial e lateral do cotovelo. É incomum a ocorrência de osteoartrite primária em comparação
à secundária (à fraturas intrarticulares, traumas repetitivos ou ainda lesões ligamentares prévias na
articulação, provocando instabilidade, ou por deposição cristais de urato monossódico ou de
pirofosfato de cálcio).
O Tennis Elbow (cotovelo de tenista) é uma patologia insercional comum. Ela pode ocorrer tanto
no aspecto medial (Golfer Elbow) quanto lateral.
Em relação ao aspecto lateral (epicôndilo lateral) os principais músculos que podem estar
implicados na dor no cotovelo são:
- Extensor Radial Curto do Carpo (mais acometido);
- Extensor Radial Longo do Carpo;
- Extensor Ulnar do Carpo;
- Extensor Comum dos dedos;
- Braquiorradial;
- Supinador.

EPICONDILITE: Define uma patologia inflamatória nos músculos que se inserem no aspecto lateral
do cotovelo. Mais modernamente, sabe-se que as patologias que provocam dor no cotovelo são muito

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mais o resultado de microlesões essencialmente degenerativas nessa articulação, sendo menos


importante o aspecto da inflamação. Sendo assim, é mais adequado utilizar a nomenclatura
EPICONDILOPATIA para patologias desconhecidas no cotovelo, indicando tanto a patologia
degenerativa como a inflamatória.
Achados cirúrgicos de pacientes com epicondilite aponta para a presença de tecido
angiofibroblástico, pressupondo uma resposta de degeneração tecidual com regeneração.

1) Teste de Cozen: Paciente em decúbito dorsal, parte de uma flexão do punho, pronação da rádio-
ulnar, flexão do cotovelo com palpação do epicôndilo lateral, solicitando ao paciente uma extensão
do punho.
O teste é positivo quando o paciente refere dor próximo ao epicôndilo.

2) Teste de Mill: Realizar um movimento brusco com o antebraço do paciente, com o cotovelo
partindo da posição de flexão para extensão, a articulação rádio-ulnar da posição neutra para
pronação e o punho da posição neutra para flexão, simultaneamente. O objetivo do teste é colocar
uma súbita tensão dos músculos pronadores e extensores.
O teste é positivo quando o paciente apresentar dor no cotovelo.

3) Teste de Maudsley: (ou teste de extensão do 3º quirodáctilo) – Solicita ao paciente uma extensão
do 3º quirodáctilo e oferece resistência. O teste é positivo quando o paciente referir dos próximo ao
epicôndilo.

4) Teste de Bowden: Solicita ao paciente que aperte o manguito de um tensiômetro, mantendo


pressão suficiente para manter o ponteiro do manômetro em 30mmHG e então realizar extensão
do punho e cotovelo, mantendo a posição por 60 segundos, sem deixar o ponteiro oscilar.
O teste é positivo quando o ponteiro oscilar, evidenciando uma perda de força de preensão no
punho.

5) Teste de Thomson: O cotovelo em extensão, punho em extensão, palpação próximo ao epicôndilo


e pede extensão do punho contra a resistência. O teste é positivo quando o paciente sente dor no
cotovelo ou próximo a ele.

6) Teste para Cotovelo de Golfista: Posiciona o punho em extensão e o cotovelo em flexão, palpa
epicôndilo medial e solicita extensão do cotovelo contra resistência. O teste é positivo quando o
paciente apresentar dor no cotovelo medial.

7) Teste de Estresse Varo/ Valgo: contato com o cotovelo, faz um estresse em valgo (para dentro –
abdução), examinando o ligamento colateral medial e Varo (para fora – adução), examinando o
ligamento colateral lateral. Este teste é realizado para avaliar a estabilidade da articulação. O teste
é positivo quando há uma lassidão ligamentar maior no lado contra lateral
Ele é feito após um trauma ou luxação do cotovelo.

8) Sinal de Tínel: É sempre um teste evocador de parestesia durante a percussão. Faz-se uma
percussão na fossa olecraniana. O teste é positivo quando ao percutir a fossa, o paciente tem uma
sensação de choque ou parestesia percorrendo o antebraço que evidencia uma neuropatia do
nervo ulnar.

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TÉCNICAS ARTICULATÓRIAS PARA COTOVELO, PUNHO E MÃO


Pacientes que referem dor no aspecto lateral do cotovelo estão sujeitos a patologias insercionais
dos músculos extensores do punho e supinadores do antebraço, enquanto que dor no aspecto medial
diz respeito aos músculos flexores do punho e pronadores do antebraço.
O extensor radial curto do carpo e o extensor radial longo do carpo têm suas inserções, em
separado, próximas ao epicôndilo. Quando há uma patologia crônica do cotovelo (epicondilite
crônica), há formação de pontes de fibrina pela presença de tecido angiofibroblástico, que termina
resultando na unificação desde músculos (aderência), provocando uma alteração no biomecanismo
do cotovelo, o que resulta em mais problemas.

1) Técnica de Mill: A idéia é promover uma fibrinólise nessa junção entre os extensores radiais curto
e longo do carpo.
É utilizada uma técnica prévia, para provocar o aquecimento e aumento da extensibilidade
do colágeno nesse tecido fibrótico, utilizando terapia ultrassônica (US contínuo de 3MHZ) ou
Massagem Transversal Profunda de Cyriax, onde o cotovelo deve estar em semiflexão (15 a 20º),
o antebraço em posição neutra para prono-supinação e nessa posição, utilizando o polegar
geralmente untado com alguma substância rubefasciente, como cânfora, mentol em pomada, o
suficiente para deslizar o dedo e realiza movimentos transversais no músculo, durante 5 a 10 min,
o que vai aquecer o tecido e prepará-lo para a técnica manipulativa.
Técnica:
- Paciente sentado, terapeuta posicionado atrás do paciente, em finta anterior.
- Consiste em fazer flexão do cotovelo, flexão do punho com pronação máxima,
certificando-se primeiro de que o cotovelo do paciente é capaz de fazer plena extensão (se a
extensão não for possível, isso pode ser pela presença de interposição de fragmento
osteocondral, contra-indicando esta técnica).A mão caudal apóia a face dorsal do punho (em
flexão). Paciente com rotação de cervical para o lado oposto, com o braço solto na mão do
terapeuta, em flexão máxima do punho, pronação máxima da radio-ulnar. Mão cranial faz
extensão brusca da articulação do cotovelo. (a mão cranial é a manipuladora)
Quando há presença de tecido fibrótico é escutado um estalido, que é o cisalhamento entre
os músculos radial curto e longo do carpo.

2) Técnica de stretching rítmico para Extensores do Punho: a idéia é colocar tensão e contra-
tensão nos extensores do punho.
- Segura o cotovelo, controlando-o com o 3º e o 4º dedos de uma mão (cranial), e o punho com o
3º e o 4º dedos da outra (mão caudal).
- Com a mão no punho, controla os movimentos de flexão e extensão, e prono-supinação do
antebraço; com a outra mão, no cotovelo, controla flexão e extensão dessa articulação. Coloca o
membro em tensão máxima e retorna.
- Usar o antebraço colado ao terapeuta, para empurrar o cotovelo no paciente em extensão,
simultaneamente com pronação do antebraço e flexão do punho.

TÉCNICAS ARTICULATÓRIAS PARA COMPLEXO ARTICULAR DO OMBRO


Para que o complexo articular do ombro atinja sua ADM máxima, é necessário que haja
liberdade de movimento em todas as articulações que o compõem (art. Esternoclavicular, acrômio-
clavicular, glenoumeral, escapulo-torácica...). É importante passar em revista todas as articulações do
complexo, buscando alguma restrição de mobilidade. Quando existe dor em uma articulação pode ser
resultado de uma hipermobilidade compensatória nessa articulação. O problema pode não ocorrer
nela, e sim em outra, como por exemplo, uma fixação da articulação esternoclavicular pode resultar
em uma hipermobilidade compensatória da glenoumeral ou acromioclavicular; ou uma fixação da
escapulotorácica pode compensar em hipermobilidade na esternoclavicular ou glenoumeral.
A liberdade de movimento do complexo articular do ombro depende também da mobilidade da
coluna cervical e dorsal, principalmente através das raízes C5 e C6. Uma radiculopatia dessas raízes
influencia no ombro, assim como uma restrição de mobilidade na coluna dorsal. Desta forma, ao tratar

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pacientes com limitação articular do ombro, devemos também passar em revista a coluna cervical e
dorsal.

1) Técnica de bombeio para articulação esterno-clavicular: Para avaliar as articulações esterno-


claviculares solicita-se um movimento de elevação dos dois ombros, avaliando através da
palpação da articulação (com dedo indicador e médio, um no esterno e outro na clavícula), o
comportamento da articulação (paciente em decúbito dorsal). Os principais bloqueios de
movimento da art. esterno-clavicular são: deslizamento ântero-posterior e póstero-anterior, rotação
medial e lateral
Uma vez identificado o bloqueio, ou movimento anormal, ou disparo retardado da articulação,
utiliza a técnica de bombeio:
Técnica: Posiciona a cabeça do paciente em pouca rotação e látero-flexão, para lado oposto. A
idéia é empurrar a articulação até a barreira motriz, e fazer uma retirada súbita do contato para que
haja um movimento brusco de volta e uma distensão capsular com uma liberdade de movimento,
funcionando como um thrust.
- Contato com o bordo ulnar na mão em cima da extremidade medial da clavícula (este é um
contato dolorido, então deve ser suave, porém firme). Solicita inspiração, e durante a expiração
empurra a clavícula em direção à maca, até a barreira motriz. No fim da expiração, solta
bruscamente (com velocidade de retirada) o movimento para que haja um rebote e
conseqüentemente uma liberdade de movimento. Terapeuta do mesmo lado a ser tratado.

2) Técnica de bombeio para articulação acrômio-clavicular: Da


mesma forma como foi feito no Bombeio da Esterno-clavicular, mas
dessa vez respeitando a fisiologia desta articulação, empurrando a
clavícula em direção ao pé. Na barreira motriz, retira o contato
bruscamente (respeitando o ciclo respiratório).

3) Técnica articulatória para art. esterno-clavicular: Paciente


sentado. Uma mão contata o esterno, estabilizando-o, e empurrando em
direção ao terapeuta (localizado atrás do paciente, em finta anterior). A
outra mão segura o braço do paciente (em abdução do ombro de 90º e
flexão de cotovelo de 90º) e realiza abdução horizontal. O contato com o
braço do paciente é feito pela face interna do antebraço (face radial) –
apóia o cotovelo do paciente no antebraço do terapeuta.

4) Técnica articulatória para articulação acrômio-clavicular:


Paciente sentado. Contato em bico de pato (em pinça) na
extremidade lateral da clavícula e a outra mão segura o membro
superior. Ao invés de abdução horizontal, realiza-se rotação medial
e lateral (o ombro partindo em abdução e cotovelo em flexão de
90º). A clavícula está segura, quem se movimenta é o acrômio. O
contato é o mesmo da técnica 3.

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5) Técnica de deslizamento ântero-posterior da glenoumeral:


- Com a mão caudal é feita uma tração no eixo do úmero (puxa o braço)
- Simultaneamente com a decoaptação, com a mão cranial empurra o úmero na direção de anterior
para posterior. A intenção é retirar a cabeça umeral da cavidade glenóide.
- Cabeça em rotação e latero-flexão contralateral.

6) Técnica de deslizamento lateral da glenoumeral:


- O terapeuta se posiciona em finta anterior dentro do braço do paciente (que está com 45º de
abdução)
- Mão caudal traciona e a mão cranial, com contato axilar, empurra o úmero para fora.
- Esta técnica pode ser feita utilizando a coxa do terapeuta para decoaptar
o úmero. Terapeuta apóia a face interna do braço do paciente em sua
coxa e em movimentos simultâneos, com as duas mãos tracionam o
úmero e com a coxa empurra o braço para lateral.

7) Técnica de deslizamento póstero-anterior da glenoumeral:


- Paciente em decúbito ventral.
- Realiza a tração, com a mão caudal, empurrando o ombro para
anterior com a mão cranial (o antebraço do paciente está
estabilizado entre as pernas do terapeuta).

8) Thrust de tecidos moles para cápsula posterior: Esta técnica


geralmente é utilizada para restrição de movimento.
- A cápsula posterior, quando tensionada, contribui para o fenômeno de
impacto subacromial, assim como também provoca uma translação
anterior do úmero, favorecendo uma luxação anterior.
- A pegada é feita segurando o antebraço entre os joelhos do terapeuta, e
as duas mãos em contato com o ombro, buscando uma rigidez na cápsula
articular, puxando a glenoumeral em várias direções (movimentos
circulares).
- Uma vez encontrada uma restrição de movimento, realiza uma tensão máxima da cápsula posterior
até a barreira motriz e realiza o thrust de tecidos moles (para cima).
- As mãos do terapeuta estão posicionadas de tal forma, que os polegares estão em delta, em contato
com a face posterior da cabeça umeral.
- Pacientes com subluxação desta articulação são contra-indicados para essa técnica.

9) Técnica de mobilização para escápula: Pode ser realizada de duas formas:


a. Paciente em DV. Mão cranial em contato com a face anterior do ombro e a mão caudal em
contato com o bordo medial da escápula e agora, segura a escápula. Com a mão cranial faz
um movimento de retro-pulsão da cintura escapular, e a mão caudal faz uma contra-
preensão (a mão caudal do terapeuta entra em contato com a região subescapular, como
que descolando a escápula da caixa torácica). A amplitude da mobilização é aumentada
quando o braço é colocado em adução com rotação interna, nas costas.
b. Outra forma de mobilizar a art. ET é posicionar o paciente em DL, de frente para o terapeuta,
segura a escápula do paciente, realiza mesmos movimentos, descolando a escápula do
tórax (similar à técnica de pompagem de rombóides).

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MOBILIZAÇÃO NEURAL PARA MEMBROS SUPERIORES


Essas técnicas levam em consideração a colocação de tensão neural em toda a árvore dural, e aí
então, selecionar alguns nervos para ser colocados em tensão.
As técnicas de tensão neural são feitas em um crescente. Primeiro é feito um exame, onde se
evidencia a existência de parestesia no trajeto do nervo a ser testado e então começa a movimentar.
Para um tratamento mais distal, força o movimento mais na articulação distal (punho, rádio-ulnar).
A técnica de mobilização inclui a movimentação (bombeamento) do membro, e o teste inclui a
manutenção da posição por alguns segundos.
O objetivo não é o paciente sentir dor, e sim, tensão neural.
Para todas as técnicas de mobilização neural do membro superior, a posição inicial é a de:
- Decúbito dorsal;
- Látero-flexão da cervical (sem rotação);
- Depressão da cintura escapular.

1) Mobilização do Nervo Radial: Paciente com extensão de cotovelo, flexão de punho e dedos e
pronação do antebraço.

2) Mobilização do Nervo Mediano: Paciente com extensão de cotovelo, extensão de punho e


dedos, supinação, rotação externa e abdução do ombro.

3) Mobilização do Nervo Ulnar: Paciente com flexão de cotovelo, pronação máxima do antebraço,
extensão do punho e dedos.

TÉCNICAS PARA SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO


1) Técnica de pompagem para Síndrome do Túnel do Carpo: Esta técnica é utilizada em fase
subaguda.
- Utiliza as duas mãos (uma localizada na interseção entre a região tênar e a hipotênar, e a outra
na região dorsal da mão)
- A idéia é promover bombeamento no túnel do carpo para reduzir o ingurgitamento em função de
um pequeno derrame na região.

2) Stretching para Síndrome do Túnel do Carpo:


- Realiza duas âncoras no polegar e 5º quirodáctilo (segurando-os com o 4º e o 5º dedos de cada
mão)
- Os indicadores estabilizam o punho (na região dorsal)
- Os polegares posicionados na região do túnel.
- A intenção é estirar os ligamentos dessa região, associando extensão do punho com o
afastamento dos polegares, em movimentos rítmicos.

TÉCNICAS ARTICULATÓRIAS PARA JOELHO

As técnicas articulatórias são utilizadas com o propósito de promover uma variação do gradiente de
pressão na articulação através de uma seqüência rítmica de descompressão e compressão (tração-
compressão), de forma que essa variação do gradiente de pressão vai trazer uma maior quantidade
de líquido sinovial para a região, melhorando a nutrição da cartilagem articular, a ação dos
condrócitos, etc.

1) Técnica articulatória para o joelho varo:


O objetivo desta técnica é fazer uma abertura da interlinha articular medial, associando uma
rotação lateral.
O paciente está posicionado em decúbito ventral, o terapeuta, em finta anterior, do mesmo lado do
membro a ser tratado. A mão cranial estabelece contato com o terço distal do fêmur e a mão caudal

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em contato com o terço médio da perna. O antebraço do terapeuta prende o antepé do paciente
contra o tronco, e gira a perna em rotação lateral.
A idéia é criar com a mão caudal uma tração no mesmo eixo da tíbia, associando uma rotação
lateral da perna, de forma a afastar o platô tibial medial do côndilo femoral medial.
Durante o movimento de tensão e contra-tensão, é feita uma tração associada com um valgo na
articulação (abdução da perna para abrir a interlinha medial), mais uma rotação externa. O sentido da
rotação (horário ou anti-horário) vai depender de qual perna está trabalhando. Ela deve ser usada a
favor da gravidade, de forma a auxiliar o terapeuta.
A contra-tensão é o retorno da tração. Não é necessário, portanto, criar uma compressão de osso
com osso.
Esta técnica não deve ser utilizada em pacientes com sinais de inflamação (dor, calor, rubor).
Execução: Tração com rotação lateral e abdução da perna.

2) Técnica articulatória para o joelho valgo:


No joelho valgo há um estreitamento da interlinha articular lateral, com a sobrecarga mecânica do
platô tibial lateral em relação ao côndilo femoral lateral.
O objetivo desta técnica é criar esforço em varo para abrir a interlinha lateral. Esta técnica é similar
à anterior, mas ao invés de utilizar a rotação lateral, usa a rotação medial.
O paciente se posiciona em decúbito ventral próximo à borda da maca, o terapeuta se posiciona do
lado oposto ao membro a ser tratado, para criar uma força de adução. A mão cranial está em contato
com o terço distal do fêmur e a mão caudal em contato com o terço médio da perna. O antebraço do
terapeuta apóia no antepé do paciente girando a perna previamente em rotação medial e fixando o pé
entre o tronco e o braço.
É exercida uma tração no eixo da tíbia com a mão caudal, exercendo esforço em varo (adução) e
rotação medial, usando a gravidade a favor do terapeuta.

OBS.: Ambas as técnicas são utilizadas para tratar osteoartrite unicompartimental medial (em varo)
e lateral (em valgo).

3) Técnica de bombeamento articular para o joelho:


Pode ser chamada também de técnica de decoaptação do joelho, ou pompagem do joelho.
A idéia é submeter a articulação a uma tração e compressão, podendo estar associada a uma
rotação para lateral e para medial, para promover uma melhora na nutrição da cartilagem articular.
O paciente está posicionado em decúbito ventral, o terapeuta do mesmo lado do membro que vai
ser tratado, segura a perna com a mão caudal e estabiliza com a mão cranial, e faz tração-
compressão. A perna do paciente também pode ser estabilizada com o joelho do terapeuta.
Esta técnica pode ser realizada também com o paciente em sedestração, com os membros
inferiores pendentes. O terapeuta, de frente para o paciente, com os polegares posicionados na
interlinha articular do joelho e antebraços ao longo da perna, deixa o corpo cair, realizando, desta
forma, a tração e compressão.
Na pompagem articular o tempo de devolução (compressão) deve ser maior que o de tração,
ainda mais em um paciente artrótico onde a cápsula articular já tem uma restrição de mobilidade.
Esta técnica é indicada para pacientes com osteoatrose bicompartimental, onde o objetivo não é
abrir a interlinha medial ou lateral.

4) Técnica articulatória rotacional para o joelho:


Esta técnica cria uma variação do grau de pressão através da rotação. Para que haja esta
rotação o joelho deve estar semi flexionado (20 ou 30º).
O paciente está posicionado em decúbito dorsal. O terapeuta está do lado oposto ao membro a
ser tratado. A mão cranial no terço distal do fêmur (com a função de estabilizar o membro) colocando-
o em rotação lateral e a mão caudal em concha na região póstero-lateral do joelho.
Execução: Terapeuta realiza rotação medial, e retorna (o retorno é uma rotação lateral).
OBS.: Utilizar força o suficiente para movimentar a articulação, e não só a pele.

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TESTES PARA A ARTICULAÇÃO COXO-FEMORAL

A articulação coxofemoral é uma das articulações diartrodiais que sofre um processo de


degeneração como a OSTEOARTRITE. Ocorre, sobretudo, em homens, mas também pode acometer
mulheres. A dor típica da articulação coxofemoral é referida para a face interna da coxa em direção ao
joelho e corresponde ao esclerótomo de L3. O esclerótomo é a zona de representação segmentar
medular do osso. Então, toda vez que o quadril encontra-se afetado por uma doença degenerativa, o
paciente tipicamente irá referir uma dor que corresponde à face interna da coxa (zona inguino-crural)
até a face interna do joelho que é inervado pelo esclerótomo L3.

1) Sinal de Drehman:
Paciente posicionado em decúbito dorsal. É solicitada uma flexão de quadril, associada a uma
flexão de joelho.
Ao flexionar passivamente o quadril, se o paciente realizar uma rotação lateral automática da
articulação, indica um padrão capsular iniciado por uma osteoartrite.

2) Sinal de Trendelemburg
Paciente em ortostase é posto em apoio unipodal. O teste é considerado positivo quando a
hemipelve contralateral cair.
O normal é que, ao ficar unipodal a pelve permaneça no mesmo nível. (horizontal). Quando há
uma fraqueza muscular do Glúteo Médio, ou quando há uma doença degenerativa no quadril, ao fazer
o apoio unipodal, a pelve cai do lado contralateral.
 A inibição do glúteo médio se dá por uma irritação nociceptiva (no caso da doença degenerativa).
A dor no quadril faz com que haja uma descontração do glúteo médio. Este músculo em contração
aumenta a força de compressão da art. Coxo-femoral.

3) Teste de Patrick F.A.B.E.R.E.:

Paciente em decúbito dorsal, com o membro a ser


testado posicionado de forma que o pé deste membro
fique sobre o joelho do membro oposto.
A articulação coxo-femoral é testada quando o
membro é empurrado em direção a maca, com o contato
joelho e tornozelo. O teste é positivo quando o paciente
referir dor na região iliofemoral, ou seja, da face interna
da coxa (reg. Inguinal até joelho).
A ASI é testada quando o contato é com a pelve
(EIAS contralateral) e o joelho. Essa posição gera stress
na ASI, sendo positivo quando o paciente referir dor na
região glútea.

4) Sinal de Anvil (ou do Martelo):


Paciente em decúbito dorsal membros inferiores extendidos, o terapeuta posicionado do lado a
ser testado, com a mão cranial em contato com a região poplítea e a caudal na base do calcâneo.
Uma compressão será exercida no sentido cranial da art. Coxo-femoral. A idéia é fazer com que a
cabeça femoral se choque com a cavidade cotilóide.
Este teste também pode ser realizado percutindo a base do calcanhar do paciente.

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5) Teste de Laguerre:
Paciente em decúbito dorsal, com flexão de quadril e joelho, barreira motriz em rotação medial de
quadril. O terapeuta está localizado do lado do membro a ser testado, mão cranial no joelho (reg.
ântero-lateral) e a mão caudal segurando o tornozelo (fora da maca).
O terapeuta realiza um movimento adicional da rotação medial, estressando simultaneamente a
ASI e a art. Coxo-femoral.
O teste é positivo quando o paciente referir dor na região interna da coxa, ou na região glútea.

6) Sinal do Flamingo:
Paciente fica em ortostase (mesma posição do teste de Trendelemburg) e em apoio uni podal.
Diferencia-se do teste de Trendelemburg, porque aqui se avalia se o paciente refere dor na articulação
do quadril ou na ASI. Se o paciente tiver uma artropatia no quadril ou na ASI, ao fazer o apoio, ele vai
referir dor em uma dessas articulações.

7) Teste de Rotes Queroles (C.F., A.S.I., S.P.):


É uma dinamização do teste do Flamingo. Então, o paciente fica em apoio uni podal e salta de um
pé só. Ao saltar sobre uma perna, vai haver um estresse simultâneo nas articulações coxofemoral,
sacro-ilíaca e sínfise púbica. Se o paciente tiver dor nas três articulações ao mesmo tempo, isso é
indicativo de uma doença chamada ESPONDILITE ANQUILOSANTE (ocorre calcificação da coluna
vertebral e nas articulações sacro-ilíaca e sínfise púbica).

TÉCNICAS ARTICULATÓRIAS PARA ARTICULAÇÃO COXO-FEMORAL

A articulação coxo-femoral é um pouco diferente do joelho, no que diz respeito às técnicas


articulatórias. O joelho, embora também seja uma articulação diatrodial (amplamente móvel), é mais
decoaptável que a coxo-femoral.
A coxo-femoral é uma articulação do tipo “bola e soquete”, onde a cavidade cotilóide, junto com o
rebordo acetabular forma um soquete, onde a cabeça femoral se encaixa como uma bola. Ela é
bastante estável e possui um forte sistema ligamentar que freia os movimentos da articulação.
Desta forma, as técnicas para a articulação coxo-femoral implicam em uma necessidade de colocá-
la em uma posição de padrão capsular, ou seja, uma posição onde a articulação fica mais frouxa, e
assim, mais fácil de ser tracionada (aproximadamente 80º de flexão, 10º de abdução e 10º de rotação
lateral).

1) Técnica 1:
Paciente posicionado em decúbito dorsal, com posição de 80º de flexão, 10º de abdução e 10º
de rotação lateral.
O terapeuta está posicionado do lado do membro a ser tratado. A mão caudal é utilizada para
ancorar a fossa poplítea no antebraço, prender a coxa de encontro ao tronco do terapeuta e a mão
cranial estabelece contato com a EIAS.
Desta forma, a pelve do paciente fica fixada com uma mão, para estabilizar o acetábulo, e o
fêmur em contato com a mão caudal para puxá-lo em direção superior.
A tração é exercida na direção do eixo do fêmur. O trabalho é realizado contra a gravidade,
exigindo um pouco mais de esforço do terapeuta.

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2) Técnica 2:
A pegada desta técnica é um pouco mais forte.
O terapeuta, em finta anterior, abaixa um pouco o corpo (flexão de joelhos e quadril). O paciente
está posicionado em decúbito dorsal, a articulação posicionada na posição de 80º de flexão, 10º de
abdução e 10º de rotação lateral, com o joelho fixado de encontro ao ombro do terapeuta. A mão
cranial estabiliza a pelve e o terapeuta realiza a tração utilizando a força do quadríceps.

3) Técnica 3:
Das quatro técnicas de quadril a serem estudadas, esta talvez seja a mais eficiente, embora seja
um pouco incômoda para o paciente, uma vez que provoca uma compressão nos músculos adutores.
O paciente está em decúbito dorsal, articulação em posição de 80º de flexão, 10º de abdução e 10º
de rotação lateral.
O terapeuta posicionado do mesmo lado do membro a ser tratado, usa o próprio esterno com a
função de contra-apoio, as duas mãos apoiadas na região dos adutores (região inguinal). O terapeuta
trás a coxa do paciente para fora e desliza o fêmur lateralmente. Vai até a barreira motriz e faz um
movimento lateral.
A contra-preensão do esterno faz uma alavanca: o esterno empurra o fêmur para dentro, e a mão
puxa para fora.

4) Técnica 4:
É uma mobilização, mas pode ser utilizada com um thrust.
O paciente está posicionado em padrão capsular
O terapeuta estabiliza o pé do paciente, põe as duas mãos no terço medial da coxa (raiz da coxa) e
então realiza uma translação do fêmur na direção ântero-posterior.

TESTES PARA A ARTICULAÇÃO SACROILÍACA

Todos os pacientes que apresentam suspeita clínica de Espondilite Anquilosante, Síndrome de


Reiter, Artrite Psoriática, Artrite Enteropática, deve ter a ASI examinada. Elas são consideradas
articulações alvo das espondiloartropatias.
Como se trata de uma articulação do tipo anfiartrodial, ou seja, uma articulação semi móvel,
estabilizada por tecido fibrocartilaginoso e tecido ligamentar, e como nas espondiloartropatias, tanto o
tecido fibrocartilaginoso, quanto as êntesis são acometidas, está é uma articulação bastante
freqüentada nas espondiloartropatias.

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1) Teste de Mennel:
O paciente está posicionado em decúbito ventral, o terapeuta posicionado do lado do membro a
ser testado.
A mão cranial estabiliza o sacro e a mão caudal está em contato com o terço distal do fêmur, e
realiza uma extensão de quadril. Este teste pode ser potencializado, realizando uma adução ou
abdução.
O teste será positivo quando o paciente referir dor na ASI. Essa dor é tipicamente surda, ou seja,
de difícil precisão e que se projeta para a região glútea.

2) Teste de Yeoman
É uma variação do teste de Mennel. Neste teste, o joelho se encontra em flexão.
O paciente se encontra em decúbito ventral, o terapeuta realiza uma extensão do quadril no
paciente. Este teste pode ser potencializado com uma adução ou abdução do quadril.
Será positivo quando o paciente referir dor na região glútea, evidenciando o acometimento da ASI.

3) Teste de Pressão Direta Sobre o Íleo


O paciente está posicionado em decúbito lateral, o terapeuta está atrás dele.
A idéia é empurrar o ilíaco de encontro ao sacro. Para isso, o terapeuta deve empurrar a pelve
para frente, para facilitar o contato com a ASI, apoiar o antebraço na asa ilíaca e deixar o corpo cair
suavemente sobre a pelve.
O ilíaco vai se chocar com o sacro, e o teste será positivo quando o paciente referir dor na região
sacroiliaca.

4) Teste de Derbolowsky
O paciente está em decúbito dorsal, e deve passar para a posição sentada.
O teste será positivo quando o paciente, ao sentar, apresentar um fenômeno de ascensão cranial
do membro inferior, evidenciando um encurtamento da perna, indicando bloqueio da ASI.

5) Teste de Gaeslen
Teste que diferencia dor lombar de dor sacroilíaca, quando o paciente apresentar dor lombar baixa.
O paciente está posicionado em decúbito dorsal, com um membro inferior (do lado a ser testado)
pendente na maca. Nesta posição, há uma extensão do quadril, o que gera stress na articulação
sacroilíaca; e uma hiperlordose lombar, o que gera stress facetário lombar. Se o paciente referir dor
nesta posição, não se sabe qual é a articulação acometida.
No segundo momento, o terapeuta solicita que o paciente abrace a perna (a que não está
pendente), retificando a lordose lombar. Com isso, se a dor desaparecer, é sinal que é de origem
lombar. Se permanecer, é de origem sacroilíaca.

6) Teste de Distensão Sacroilíaca


Paciente em decúbito dorsal, na borda da maca, terapeuta com as mãos sobre as asas ilíacas
(EIAS), e empurra as mãos em direções opostas, afastando as asas ilíacas anteriormente e gerando
compressão posterior.
O teste é positivo quando essa compressão gerar dor.
Uma estabilidade ligamentar pode provocar dor na ASI ou pode ao empurrar a EIAS, ter ruptura
dos ligamentos da ASI, provocando dor e dando um falso positivo para uma sacroiliíte.

7) Testes Ligamentares

a. Ílio-lombares: Paciente em decúbito dorsal, o terapeuta empurra o joelho na direção do


quadril do lado oposto.

b. Sacro-espinhais/sacroilíacos: Paciente em decúbito dorsal, terapeuta empurra o joelho


na direção do ombro contralateral.

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c. Sacro-tuberais: paciente em decúbito dorsal, terapeuta aponta o joelho na direção do


ombro homolateral.

 Para testes ligamentares a posição deve ser mantida durante 60 segundos.


 Estes testes serão positivos se o paciente referir dor. A dor ligamentar é em queimação (uma
entesite no ligamento iliolombar, por exemplo, provoca uma dor em queimação durante o
movimento de adução do quadril).

8) Teste de Abdução e Resistência:


Paciente em DL, perna em extensão e perna de baixo em flexão. O paciente faz abdução e o
terapeuta faz a resistência. O teste é positivo quando o paciente refere dor ou na região glútea
evidenciando uma patologia na ASI ou dor na região inguino-crural evidenciando uma patologia na
articulação do quadril.

PROVAS FUNCIONAIS PARA ESPONDILOARTROPATIAS

1) Prova de Flexão Lombar de Schöeber:


A prova em questão é utilizada para avaliar a ADM de flexão lombar.
O paciente está em ortostase, é marcado um ponto (A) eqüidistante entre as EIPS e, a partir deste
ponto, outro ponto (B), 10 cm acima.
No segundo momento o paciente flexiona o tronco e o terapeuta mede a distancia entre os pontos
A e B. Se esta distancia está entre 12,5 e 15, está normal. Abaixo disso, significa perda de flexão
lombar.

2) Prova de Distância Dedo ao Solo:


ANTERIOR: Paciente em ortostase solicita uma flexão de tronco com os MMSS pendentes em
frente ao corpo. Se a distancia do dedo médio ao solo for menor que 20 cm, o teste é normal. Se for
maior, evidencia uma perda de flexão lombar.
LATERAL: Paciente em ortostase, braço ao longo do corpo, solicita uma látero-flexão de tronco. O
teste normal é quando o dedo indicador do paciente alcança a altura do joelho.

3) Prova da Flecha de Forestier: (distância occipital-parede)


Evidencia o grau de Antero-projeção da cabeça. Significativo para pacientes com
espondiloartropatias.
O paciente encosta os calcanhares na parede e mede-se (em cm) a distância entre o occipital e a
parede.
Este teste deve ser pareado com idade e sexo. Existe uma tabela de pareação, mas ele pode ser
usado como teste de avaliação prognóstica. Mede-se de 2 em 2 meses, avaliando a progressão da
doença.

4) Sinal da Corda de Forestier:


Pacientes com espondilite na fase aguda (inicial) irão desenvolver uma hipertonia muscular
paravertebral protetora e isso vai provocar durante a tentativa de látero-flexão de tronco, um sinal
chamado de Sinal da Corda de Forestier, ou seja, irá evidenciar um cordão miálgico paravertebral
significativo de espasmo muscular protetor na região lombar.
Na avaliação a látero-flexão deve ser feita para os dois lados. Este sinal é típico da fase inicial da
doença, o que clinicamente evolui para uma hipotrofia muscular paravertebral, uma vez que as
vértebras se soldam, eliminando o movimento. Os músculos seguem a lei do uso e desuso: como eles
não trabalham mais, evoluem para hipotrofia.

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5) Prova de Moll and Wright:


Avaliação da expansibilidade torácica medida no 4º espaço intercostal (EIC).
Nessa prova, o terapeuta está posicionado atrás do paciente, coloca uma fita métrica na altura do
4º EIC e solicita que ele realize uma inspiração completa e mede. Depois pede uma expiração
completa e mede.
A diferença entre a inspiração máxima e a expiração deve ser maior que 4 cm. Se for menor,
evidencia uma entesopatia nas junções condroesternais e costovertebrais, anulando o movimento de
alça de balde (elevação dos arcos costais para aumentar o diâmetro transverso do tórax) e braço de
bomba (movimento do esterno para aumentar o diâmetro ântero-posterior do tórax).
Se o paciente tem uma calcificação ou entesopatia crônica das junções condroesternais ou
costovertebrais, ele perde a respiração torácica, tendo apenas abdômino-diafragmática.

6) Prova da Distância Intermaleolar:


Com uma fita métrica, mede-se em ortostase e abdução de quadril, a distância (em cm) do maléolo
medial de um lado até o maléolo medial do outro.
Isso é indicativo de restrição de ADM em ABD, típico de pacientes com artrite do quadril. Este é um
teste prognóstico, podendo ser feito para avaliar a progressão da doença.

7) Prova de Rotação Cervical de Pile:


Prova da distância mento-articulação acrômioclavicular, a direita e a esquerda.
Rotação máxima da cervical, medindo a distância entre o mento e a art. Acromioclavicular. Mede o
outro lado e compara.
O teste quando positivo (apresentando restrição de ADM) evidencia envolvimento da art. Atlanto-
axial, uma vez que a rotação cervical é feita 50% através desta articulação.
É um teste que evidencia uma espondiloartropatia.

TÉCNICAS ARTICULATÓRIAS PARA A ARTICULAÇÃO SACRO-ILÍACA

1) Técnica Direta:
O paciente se encontra em decúbito ventral.
O terapeuta está posicionado do lado oposto ao lado a ser tratado. A mão cranial se encontra em
contato com o sacro, a mão caudal em contato com o ilíaco.
O terapeuta puxa o ilíaco pra cima e empurra o sacro para baixo, mobilizando a ASI.

2) Técnica Indireta:
Paciente em decúbito dorsal, com uma perna estendida e a outra em flexão.
O terapeuta está posicionado do lado da perna estendida do paciente, antebraços em contato com o
joelho da perna oposta, estabilizando o joelho no esterno, e empurrando com o peso do corpo, a perna
do paciente para posterior.

3) Técnica Articulatória Para ASI em Decúbito Lateral:


Paciente no centro da maca. O MI de baixo em flexão de quadril e extensão de joelho. O MI de
cima em flexão de quadril e de joelho.
Para que o terapeuta consiga mobilizar a ASI é necessária uma adução de quadril. Para isso, é
necessário criar uma obliqüidade pélvica, para por a ASI em decoaptação.
O terapeuta coloca o joelho do paciente no seu quadril, e com a mão caudal ele levanta o paciente
e coloca a mão cranial embaixo da pelve do paciente. A mão caudal estabiliza o quadril e com a
cranial ele puxa a pelve e roda o paciente num golpe.
Agora o paciente é posto em adução e flexão do quadril, com a perna presa na coxa do terapeuta.
O braço de baixo do paciente é preso debaixo do braço do terapeuta, a mão do terapeuta estabiliza
a pelve e puxa o paciente em flexão.
Cruza os braços do paciente, passa a mão por dentro e estabiliza a coluna lombrossacra do
paciente com o antebraço apoiado na região glútea, realizando movimentos de decoaptação da
articulação.

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TÉCNICAS ARTICULATÓRIAS PARA A COLUNA DORSAL

A coluna dorsal, muitas vezes, será responsável por sintomas à distância. Hora na coluna
cervical, hora na coluna lombar.
Por se tratar de um segmento relativamente rígido, em comparação com os segmentos supra e
infrajascente, é importante tratá-lo para influenciar a coluna cervical e lombar.
Portanto, não existe paciente com cervicalgia (cervicoartrose ou patologias da coluna cervical) que
não se beneficie com o tratamento da coluna dorsal.
É importante que primeiramente seja feita uma revista rápida da coluna dorsal para encontrar
algum segmento mais hipomóvel, através de um teste de palpação dos processos espinhosos:
- Paciente em decúbito ventral. Palpa os processos espinhosos com a mão caudal,
reforçando o contato com a mão cranial e empurra o processo espinhoso tentando identificar alguma
zona sensível (dolorosa). Uma vez encontrado este segmento, deve-se avaliar a mobilidade dele.
Utiliza-se como referência palpatória: o ângulo superior da escápula corresponde ao processo
espinhoso de T2 OU T3; o bordo inferior da escápula para achar o processo espinhoso de T7.
T1 e T2: P. espinhoso e transverso no mesmo nível;
T3 e T4: P. espinhoso meio nível abaixo do transverso;
T5 e T6: P. espinhoso um nível abaixo do transverso.
 Um nível é a distância entre um processo espinhoso e outro.

Encontrada a vértebra, avalia-se seus movimentos de:


o Flexão: Empurra a vértebra pra cima
o Extensão: Empurra a vértebra pra baixo
o Látero-flexão D e E: Inclinar a vértebra pra direita ou esquerda
o Rotação D e E: Empurrar só o lado direito ou esquerdo.

Esta pode ser uma técnica para avaliar a mobilidade da vértebra, bem como pode ser usada para
mobilizar a coluna dorsal por inteiro.

6) Técnica dos Psiformes cruzados:


Terapeuta posiciona suas mãos (os psiformes) nos processos transversos do paciente, e mobiliza
a vértebra em extensão, flexão, rotação e látero-flexao.

7) Técnica Manipulatória Direta para a Coluna Dorsal:


Esta é uma técnica utilizada para ouvir o som articular (estalido).
Utiliza-se o mesmo principio para encontrar a vértebra, mas o terapeuta utiliza o peso do próprio
corpo em cima do paciente. Solicita uma inspiração e na expiração o terapeuta deixa o peso do corpo
cair num golpe em direção a maca.
Esta técnica é preferível para vértebras em flexão (hipercifose dorsal).

8) Técnica de Dog (Indireta):


Paciente em decúbito dorsal, o terapeuta vai usar o peso do paciente para manipular a vértebra
Paciente o mais próximo do terapeuta o possível, braços posicionados em duplo V, o braço do lado
em que o terapeuta vai trabalhar preferencialmente embaixo do outro.
O terapeuta, em finta anterior, levanta o corpo do paciente, usando a força da perna, sem que ele
ajude, para evitar uma contração dos músculos abdominais.
Com a mão livre, o terapeuta procura o processo espinhoso dolorido, fecha sua mão sobre a
vértebra (o p. espinhoso fica entre o dedo indicador e o médio) e põe o paciente deitado em cima
dela. A outra mão segura a cabeça do paciente de forma que ela fique em flexão o máximo possível.
O terapeuta posiciona o corpo sobre o tronco do paciente, solicita uma inspiração, durante a
expiração, vai deixando seu corpo pesar sobre o paciente, e no final da expiração realiza um golpe
curto sobre ele.

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- Na medida do possível, o antebraço deve estar apoiado na maca.


- Esta técnica é mais utilizada em pacientes com disfunção em extensão.

9) Técnica em Sedestração:
Paciente sentado, com as mãos na testa, apoiado no ombro do terapeuta. Com os antebraços, o
terapeuta realiza uma adução escapular no paciente, enquanto que com as mãos nos processos
transversos da coluna dorsal, tenta empurrar o paciente para frente.
O movimento é rítmico, associando a adução escapular com a pessão nos processos transversos.

TÉCNICAS ARTICULATÓRIAS PARA A COLUNA CERVICAL

- A técnica de pompagem global é importante para começar;


- Trabalhar a musculatura do grupo pré-vertebral, usando técnica neuromuscular, inibição do tônus,
deslizamento profundo em faixas.

3) Degraus de Dejarnette:
- Avalia a mobilidade da coluna cervical.
- O terapeuta segura a cabeça do paciente, empurra no sentido caudal e depois vai levantando. É
esperado sentir a presença de 4 degraus. Se não for possível identificar a passagem de um degrau
para outro, evidencia um espasmo muscular ou um bloqueio articular naquele segmento.

- Degrau 1: corresponde à articulação C1-C2


- Degrau 2: corresponde à articulação C3-C4
- Degrau 3: corresponde à articulação C5-C6
- Degrau 4: corresponde à articulação C6-C7

4) Técnica Articulatória em 8 para a Coluna Cervical:


Paciente em decúbito dorsal, com a cabeça pendente.
Terapeuta em pé, em finta dupla. O terapeuta estabelece contato no nível onde se encontra o
bloqueio, segura a cabeça do paciente e faz movimentos em ∞ (8 deitado).
 Contra-indicações:
- Paciente com osteoartrose muito grave, com parestesia muito intensa;
- Paciente com instabilidade vertebral;
- Osteoporose em fase avançada.

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