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Cinesioterapia

Professora Beatriz Monteiro


Mobilizações
Articulares
 Objetivo: o que se deseja ganhar?

 Aumentar a amplitude, melhorar a dor, melhorar a força, diminuir o medo,


ganho de função.

 Conduta: como atingir o objetivo terapêutico?

 Mobilizar (artrocinemática e osteocinemática);

 Alongar – minimizar sobrecargas compressivas.

 Modular a dor e tratar as disfunções articulares que limitam a ADM


Mobilização Passiva

Movimento produzido por uma força externa.

Gravidade, aparelho, terapeuta.

- Passiva contínua

NÃO HÁ CONTRAÇÃO VOLUNTÁRIA!

Paciente é incapaz ou não pode mover o segmento ativamente.


Ativo-assistido
 Movimento ativo auxiliado por uma força externa
(manual ou mecânica).

 Os músculos precisam de assistência para


completar o movimento!!!
Mobilização Ativa
 Movimento produzido ativamente, sem o auxílio externo.
Exercícios metabólicos

 Movimentos ativos livres das extremidades;

 Diminuir o edema e ativar a circulação;

 Aumentar o retorno venoso;

 Prevenir as complicações vasculares, como

a trombose venosa profunda;

 Indicados para pacientes acamados ou com distúrbios

venosos dos membros inferiores.


 O paciente se Mobilização autoassistida
automobiliza, utilizando o
membro normal para
mobilizar o membro
envolvido.

 Posicionamentos variados:
deitado, sentado, em pé
etc.

 Associar com recursos


(bola, bastão, polias,
toalhas...).
Graus de Mobilização
 Mobilizações grau I (fase aguda- analgesia – pequenas oscilações);

 Mobilizações grau II (tensionar o tecido ao redor da articulação);

 Mobilizações grau III (início da tensão e ADM até o limite);

 Mobilizações grau IV (oscilações de pequena amplitude no limite da


mobilidade existente e forçadas na resistência do tecido);

 Mobilizações grau V (aplicações oscilatórias).


Mobilização – Contra indicações

 Prejuízo da cicatrização.

 Instabilidade do foco de fratura.

 Contração muscular proibida.

 Condição cardiovascular instável.

 Aumento da dor.

 Aumento da inflamação.
Técnicas de ALONGAMENTOS
 Alongamento estático: passivo e ativo;

 Alongamento passivo mecânico prolongado;

 Alongamento dinâmico;

 Alongamento cíclico;

 Alongamento balístico.
Técnicas de ALONGAMENTOS
 Alongamento estático: Método no qual os tecidos moles são alongados um
pouco além do ponto de resistência do tecido e mantidos na posição alongada
por um tempo;

 Passivo ou ativo.
Técnicas de ALONGAMENTOS
 Alongamento dinâmico:
 A amplitude dinâmica do movimento é o alongamento ativo do músculo, durante
uma contração voluntária lenta e controlada na amplitude máxima da articulação
Técnicas de ALONGAMENTOS
 Alongamento mecânico passivo prolongado:

 Neste alongamento são utilizados recursos para alongar uma


contratura e aumentar a amplitude de movimento;

 Os recursos incluem: tornozeleiras, sistema de polias com


pesos, gessos seriados, órteses ou aparelhos automatizados
para o alongamento;
Técnicas de ALONGAMENTOS
 Alongamento cíclico:
 Força de alongamento, relativamente curta, que é aplicada, liberada e, depois,
reaplicada, várias vezes, de forma gradual;

 Múltiplas repetições;
Técnicas de ALONGAMENTOS
 Alongamento balístico:

 Alongamento de alta velocidade e alta intensidade;

 Movimentos amplos e vigorosos;

 Indicado para ações balísticas (especificidade no esporte);

 Não recomendado para os idosos, os sedentários ou as patologias


musculoesqueléticas.
Técnicas de ALONGAMENTOS
 Alongamento balístico:
1. Reflexo de Estiramento (ou Reflexo Miotático) - O reflexo de estiramento ocorre em
nível muscular (fuso muscular ou fuso neuromuscular e é muito sensível ao
estiramento (alongamento) das fibras musculares.

2. Reflexo Tendíneo O reflexo tendíneo ocorre também em nível muscular, só que desta
vez depende de uma estrutura localizada na junção músculo-tendínea, chamada Órgão
Tendinoso de Golgi. O OTG é sensível às forças de tensão dos músculos, portanto
quando estamos segurando um peso muito maior do que nossos músculos suportam, o
OTG emite um estímulo sensitivo à medula espinal e como resposta o músculo relaxa e
soltamos o peso. Isso é importante para proteger os músculos de ruptura dos tendões
e/ou das fibras musculares por cargas excessivas.

3. Reflexo de Retirada (ou Reflexo de Flexão) O reflexo de retirada ocorre em nível


cutâneo, diferentemente dos reflexos citados anteriormente. Na pele temos milhões de
terminações nervosas sensíveis à dor e ao calor, que conduzirão estes estímulos até a
medula espinal.

Quando você coloca a mão numa chapa quente ou pisa em um prego, as terminações
nervosas sensitivas são ativadas emitindo um estímulo à coluna posterior da medula.
Nesta região ocorrerão sinapses com vários neurônios motores para que você retire sua
mão da chapa evitando lesões de pele.
Técnicas de ALONGAMENTOS
 Alongamento muscular: técnicas de inibição neuromuscular

 Técnica de contração-relaxamento:

 Mecanismo neuromuscular: inibição reflexa (órgão tendinoso de Golgi);


Colocar o músculo que será alongado na amplitude máxima de alongamento;

 Solicitar a contração isométrica (6 a 10 seg.) desse mesmo músculo;

 Em seguida, solicitar o relaxamento desse músculo e mover a articulação


passivamente, até a nova amplitude disponível.
Técnicas de ALONGAMENTOS
 Técnica da contração do agonista:

 Mecanismo neurofisiológico envolvido: inibição recíproca;

 O agonista refere-se ao músculo oposto ao que será alongado;

 Alongar passivamente o músculo até uma amplitude confortável;

 Solicitar ao paciente uma contração concêntrica do músculo oposto ao


músculo limitador da amplitude, durante o alongamento;

 Ganhar amplitude junto com a contração do agonista.


Técnicas de ALONGAMENTOS
 Tipo de técnica: a escolha da técnica vai variar com a condição clínica e física de cada indivíduo,
e com o tipo de população trabalhada.

 Intensidade: a amplitude do alongamento determinará a intensidade do exercício; o limite é a


resistência oferecida pelo tecido e a sensibilidade. O indivíduo deverá sentir um leve estiramento.

 Frequência: determinar a frequência ideal de alongamento por dia ou por semana: 2 vezes por
semana ou dependendo da necessidade.

 Repetições: o Colégio Americano de Medicina do Esporte recomenda, para o ganho de


flexibilidade, cinco repetições por posição.

 Duração: Adultos jovens saudáveis: a partir de 15 segundos a 30 segundos; Parece não haver um
benefício adicional em manter cada ciclo de alongamento por mais de 60 segundos; Idosos: ganho
mais efetivo com a duração de 60 seg.

Contra indicações ALONGAMENTOS
Quando um bloqueio ósseo limita a mobilidade articular.

 Após uma fratura recente, não consolidada.

 Evidência de um processo inflamatório ou infeccioso agudo (calor e edema).

 Quando a regeneração dos tecidos moles puder ser prejudicada (lesões


musculares agudas, suturas cirúrgicas recentes).

 Quando se observar um hematoma ou outra indicação de trauma nos tecidos.

 Quando já existir a hipermobilidade.

 Quando as contraturas ou os tecidos moles encurtados são a base de


habilidades funcionais melhoradas, particularmente, em pacientes com
paralisia ou fraqueza muscular grave.

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