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Nathiany Rodrigues, Manuela Rezende, Caio Bastos e Isabella Tuma
SEMIOLOGIA OSTEOMIOARTICULAR
Exame Físico Osteomioarticular
1. Inspeção: com o paciente em pé, sentado ou deitado. Inicia-se com a avaliação marcha, atitude e
facie do paciente. É importante sempre realizar o exame de segmentos homólogos para efeito de
comparação, avaliando se o paciente possui, lesões elementares, circulações colaterais, aumento
de volume, sinais flogísticos, desalinhamento articular, contraturas e atrofias musculares. Deverá
ser denuda apenas a área a ser examinada, respeitando sempre o pudor do paciente.
2. Palpação: deve-se palpar todos os tecidos adjacentes ao osso, avaliando se o paciente sente dor,
se há presença de tumorações, creptações e aumento da temperatura local
3. Movimentação Ativa: realizado pelo paciente sem a ajuda do examinador. Examinador deve estar
sempre palpando a articulação do paciente, atentando principalmente para a presença de
crepitações.
4. Movimentação Passiva: Realizado pelo examinador no paciente
5. Manobras Especiais: específicas de cada segmento
COLUNA VERTEBRAL
INSPEÇÃO: paciente deve estar em posição ortostática, com os pés juntos e braços ao longo do corpo.
Plano frontal: deve-se analisar a simetria dos ombros, alinhamento das cristas ilíacas, ângulo
toracolombar (de talhe), membros inferiores, apófises espinhais e musculatura paravertebral,
orientação das patelas e posicionamento dos pés.
Ângulo de Talhe
Plano Sagital: observar o grau das curvaturas fisiológicas do paciente – lordose cervical, cifose
torácica, lordose lombar e cifose sacral.
PALPAÇÃO:
OBS: Devido a presença das costelas, a movimentação da coluna torácica é limitada (não realiza
movimento de rotação) e por vezes pode ser secundária ao movimento da coluna lombar. Por isso, deve-
se avaliar o paciente sentado.
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Teste da Distração
Sinal de Lasegue
Pesquisa de RADICULOPATIA CERVICAL: paciente sente dor, parestesia da região cervical que irradia
para membro superior. Sintomas decorrentes do estreitamento dos forames neurais e compressão das
raízes nervosas:
tendência a comprometer toda a coluna vertebral, podendo levar o paciente à posição de esquiador –
com a retificação da lordose lombar:
a) SINAL DA FLECHA: pede-se para que o paciente fique descalço e em pé, fique de costas para
uma parede e encoste seus pés nela, o paciente deve ser capaz de encostar, também o occipito,
caso não consiga o teste é positivo. Indicando limitação da movimentação da coluna sugestivo de
espondilite anquilosante.
Pesquisa da ESCOLIOSE
a) TESTE DE ADAMS: com o paciente descalço e desnudo, pede-se para que ele realize a flexão
máxima da lombar de modo que seus braços fiquem pendentes e paralelos aos chão. Em
seguida, o examinador observa tangencialmente sua coluna. Caso o paciente apresente
escoliose, identificamos a presença de uma saliência denominada giba costal ou lombar.
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OMBRO
Anatomia do Ombro
INSPEÇÃO: deve ser realizada em um ambiente calmo, bem iluminado, com a área a ser examinada
desnuda. Deve-se então pesquisar lesões traumáticas (edema, regiões ruborizadas), deformidades, como
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ombro em cabide, sinal da dragona, e escápula alada, simetrias e alterações de relevo muscular – atrofias,
hiper ou hipotrofias
Ombro em cabide
A articulação glenoumeral geralmente é impalpável. Sua cápsula é formada por 4 tendoes, que em
conjunto são chamados de MANGUITO ROTADOR, os quais exercem um papel crucial para a
movimentação e estabilização do ombro e cintura escapular:
1) Supraespinhoso;
2) Infraespinhoso;
3) Redondo menor;
4) Subescapular.
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Teste para SÍNDROME DO IMPÁCTO: síndrome dolorosa causada pela compressão de estruturas
anatômicas abaixo do acrômio - como, o tendão do supraespinhal, tendão do bíceps braquial e Bursa -
pelo tubérculo maior do úmero, geralmente decorrente de movimentos repetitivos ou desequilíbrio de
grupos musculares que estabilizam a escápula.
a) TESTE DE NEER: solicita-se que o paciente fique com os membros superiores relaxados, em
posição neutra. O examinador deve realizar a elevação passiva e rápida do membro em torno de
70º, sempre estabilizando a escápula do paciente com uma das mãos. O exame deve ser realizado
bilateralmente – começando pelo lado que não está doendo. O teste será positivo, caso o paciente
refira dor devido ao maior contato do tubérculo maior do úmero com a face antero-inferior do
acrômio, sugerindo bursite subacromial, inflamação ou até mesmo ruptura do tendão
supraespinhal.
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COTOVELOS
IMPORTANTE!
Músculos flexores do punho: inserção no epicôndilo
medial do úmero
Músculos extensores do punho: inserção no
epicôndilo lateral do úmero.
PALPAÇÃO: Deve-se palpar proeminências ósseas, como os epicôndilos lateral e medial, olecrano,
borda ulnar, linhas supracondilares medial e lateral do úmero. Pontos dolorosos devem ser pesquisados
sobre os epicôndilos e a epitróclea.
Testes para EPICONDILITE LATERAL: “cotovelo de tenista” - acompanha a extensão repetitiva do punho
ou pronação e supinação do antebraço. Paciente refere dor e hipersensibilidade na região
a) TESTE DE COZEN: paciente com o cotovelo fletido em 90° e o antebraço em leve pronação,
solicita-se que ele feche o punho e realize sua extensão, enquanto o examinador palpar o
epicôndilo lateral com uma das mãos e realiza contra resistência ao movimento com a outra. O
teste será positivo, caso o paciente refira dor na região do epicôndilo lateral, podendo haver
irradiação pelo antebraço.
b) TESTE DE MILL: com o cotovelo o paciente em extensão e o antebraço em leve pronação, solicita-
se que o paciente realize a extensão do punho contra uma resistência aplicada pelo examinador.
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Com a outra mão o examinador deve palpa o epicôndilo lateral. O teste será positivo, caso o
paciente refira dor.
Teste para EPICONDILITE MEDIAL: “cotovelo de golfista” – acompanha a flexão repetitiva do punho. Há
intensa hipersensibilidade no epicôndilo medial
a) TESTE PARA EPICONDILITE MEDIAL: paciente mantem o cotovelo fletido a 90° e o antebraço
em supinação, solicita-se realização da flexão do punho contra resistência exercida pelo
examinador, enquanto palpa-se o epicôndilo medial. O teste será positivo, caso o paciente refira
dor no epicôndilo medial, podendo haver irradiação para o antebraço.
PUNHOS
PALPAÇÃO: deve-se abordar a articulação do punho por completo, palpar os processos estiloides do
rádio e da ulna, sulco da articulação rádiocapiana e a tabaqueira anatômica - área entre o tendões dos
músculos extensor curto e longo do polegar que forma um aprofundamento triangular na região radial
dorsal da mão que corresponde ao osso escafóide.
a) TESTE DE PHALEN: também chamado de teste da hiperflexão. Pede-se para que o paciente
encoste uma região dorsal da mão sobre a outra, mantendo um angulo de 90° das mãos com o
antebraço, devendo ser mantida essa posição por 1 minuto. Se surgir parestesia ou formigamento
da região inervada pelo nervo mediano, o sinal é positivo para síndrome do túnel do carpo.
b) TESTE DE PHALEN INVERTIDO: feito da mesma forma que o phalen, entretanto, com os punhos
posicionados em extensão forçada pelo período de 1 minuto. Também é positivo caso o paciente
refira parestesia na região inervada pelo nervo mediano.
c) TESTE DE TINEL: consiste na percussão na borda medial do tendão palmar. O paciente refere
parestesia no trajeto do nervo mediano, indicando teste positivo para a síndrome.
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a) TESTE DE FINKELSTEIN: solicita-se que o paciente realize a adução do polegar e flexão dos
demais dedos sobre este e, em seguida, realize o desvio ulnar do punho. Caso o paciente refira
dor na região do processo estiloide do rádio, o teste será positivo para Tenossinovite de De
Quervain.
1 Teste de Finkelstein
MÃOS
PALPAÇÃO: o examinador deve palpar todos os dedos e cada uma das suas articulações -
interfalangianas proximal e distral e metacarpofalangianas – abrangendo face medial e lateral.
MOVIMENTAÇÃO DOS DEDOS: flexão, extensão, adução, abdução e oposição (exclusiva do polegar)
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Dedos em Vendaval
Dedo em “Z”.
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QUADRIL
INSPEÇÃO: observa-se a simetria da cristas ilíacas. Também pode-se lançar mão da medição dos
membros inferiores – feita das espinhas ilíacas anterossuperiores até o maléolo medial da tíbia, podendo
denotar assimetrias. Também é importante avaliar a marcha do paciente, presença de contraturas,
desníveis e desvios posturais e lesões elementares.
PALPAÇÃO: na face anterior, é abordada a espinha ilíaca anterossuperior, artérias femorais, tubérculo
púbico e ligamento inguinal. Na face lateral, palpamos o trocante maior do fêmur. Na face posterior, é
importante palpar, a espinha ilíaca póstero-superior, articulação sacroilíaca, tuberosidade isquiática e
cristas ilíacas.
a) Musculo íliopsoas: paciente sentado na maca com as pernas pendentes, irá flexionar o quadril
enquanto o examinador oferece resistência no terço distal da coxa.
b) Músculos adutores da coxa: paciente em decúbito dorsal, com os membros amplamente
abduzidos. O examinador solicita que faça o movimento de adução, opondo resistência pelos
tornozelos.
c) Músculo glúteo médio: paciente em decúbito lateral é solicitado a abduzir o membro, o
examinador oferece resistência pressionando para baixo pela face lateral da coxa ou joelho.
d) Musculo glúteo máximo: paciente em decúbito ventral, tentará estender o quadril com o joelho
fletido enquanto o examinador oferece resistência na região posterior da coxa.
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JOELHOS
INSPEÇÃO: deve-se abordar a marcha do paciente, distribuição de pele e pelos, alterações tróficas,
sinais inflamatórios, abaulamentos – que podem sugerir hemartrose, hidroartrose ou pioartrose -
retrações, presença de deformidades estruturais – como genu varum, genu valgum e genu recurvatum.
PALPAÇÃO: deve-se palpar todas as proeminências ósseas, tendões (região da pata de ganso) e bordas
articulares do joelho, pesquisar suas depressões fisiológicas ao redor da patela ou qualquer edema na
região. Para melhor avaliação, devemos flexionar o joelho em 90°
Genu flexo
MOVIMENTAÇÃO: a flexão e extensão e lateralização (só pode ser realizada de forma passiva)
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a) RECHAÇO PATELAR: Com uma das mãos, o examinador segura firmemente a coxa logo acima
do joelho, forçando assim o deslocamento do líquido para o espaço entre a patela e o fêmur. Com
os dedos da outra mão, empurra-se a patela contra a superfície femoral, que em casos de
derrames articulares de grandes volumes irá afundar como uma tecla pressionada, fenômeno
chamado de sinal da tecla ou sinal da pedra de gelo.
Contraprova do teste: pode ser realizada aplicando uma distração ao invés de compressão. Em
caso de lesão meniscal, haverá alivio dos sintomas.
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a) ESTRESSE EM VALGO: com paciente relaxado com a coxa, totalmente apoiada sobre a maca.
O examinador, segura com uma das mãos o pé ou o tornozelo e com a outra apoiada na face
lateral do joelho, força abdução da perna. O teste é positivo caso a perna se desloque.
b) ESTRESSE EM VARO: paciente relaxado com a coxa, totalmente apoiada sobre a maca. O
examinador, segurando com uma das mãos o pé ou o tornozelo e com a outra apoiada na face
medial do joelho, força a adução da perna e avalia a abertura da interlinha articular. Caso haja o
deslocamento do membro o teste será positivo.
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TORNOZELO E PÉ
INSPEÇÃO: deve ser realizada com o paciente em pé, andando e sentado. O examinador deve buscar
rotações angulares, formato do pé, sinais inflamatórios, lesões elementares, deformidades (como
alterações do arco plantar – pé plano e pé cavo- e hálux em valgo - joanete) e alterações tróficas, como
atrofia de panturrilha.
Formatos do pé
Principais Alterações do pé
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PALPAÇÃO: deve-se palpar todas as estruturas ósseas, articulações, tendão do calcâneo e sua Bursa,
procurando por empastamento, edema, dor ou outro sinal inflamatório