Cuidados de Enfermagem com dispositivos não invasivos e invasivos (cateteres,
drenos, tubos, sondas)
AVALIAR DIARIAMENTE A NECESSIDADE DE MANUTENÇÃO DOS DISPOSITIVOS
INVASIVOS
CATETER VENOSO CENTRAL
Cateter de poliuretano ou teflon, instalado em veias centrais: Jugular, Subclávia
ou femoral. Indicações: limitação de acesso venoso periférico, instabilidade hemodinâmica, administração de drogas vasoativas, terapêutica medicamentosa prolongada, infusão de nutrição parenteral total e medida da pressão venosa central. Contra-indicações: Doença vascular periférica, doenças hemorrágicas ou uso de anticoagulantes e trombolíticos, áreas infectadas e queimaduras nos locais de punção. Complicações: Perfuração arterial, pneumo/hemotórax, infecção, embolia gasosa, hematomas e arritmias.
CVC: CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Observar a perviabilidade/fixação e não tracionar o cateter.
Avaliar necessidade de instalação de monitorização da PVC . Monitorar a curva térmica e leucograma. Realizar a desinfecção dos conectores valvulados e injetores laterais antes da administração de medicamentos. Trocar equipos de infusão contínua e valvulados a cada 96 horas e equipos de administração intermitente a cada 24 horas.
CATETER ARTERIAL
Obtenção de acesso arterial para monitorização dos níveis pressóricos.
Punção ou dissecção da artéria Radial, Braquial, femoral, Pediosa dorsal. Vantagens: monitorização contínua e precisa da PA e coleta de sangue arterial.
RESOLUÇÃO COFEN Nº 390/2011
RESOLVE:
Art. 1º No âmbito da equipe de Enfermagem, a punção arterial tanto para fins de
gasometria como para monitorização da pressão arterial invasiva é um procedimento privativo do Enfermeiro, observadas as disposições legais da profissão. Parágrafo único O Enfermeiro deverá estra dotado dos conhecimentos, competências e habilidades que garantam rigor técnico-científico ao procedimento, atentando para a capacitação contínua necessária à sua realização.
Art. 2º O procedimento a que se refere o artigo anterior deve ser executado no
contexto do Processo de Enfermagem, atendendo-se as determinações da Resolução Cofen nº 358/2009.
Indicações: Instabilidade hemodinâmica, uso de drogas vasoativas, situações
fisiopatológicas graves que comprometam as funções respiratórias, neurológicas e cardiovascular, cirurgias de grande portes e pacientes com DAB (distúrbios ácidos-basicos) Grave. Contra-indicações: Doença vascular periférica, doenças hemorrágicas ou uso de anticoagulantes e trombolíticos, áreas infectadas e queimaduras nos locais de punção. Complicações: hemorragia, isquemia, necrose, flebite, infecção, hematoma, embolia gasosa e obstrução do cateter.
CATETER ARTERIAL: CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Avaliar presença de circulação colateral adequada na escolha do sítio de
inserção (Teste de Allen): TEC < 7s Nivelar sistema de monitorização na altura do eixo flebostático.
Quarto espaço intercostal com a linha axilar média.
Manter membro do cateter neutro (alinhado).
Analisar a morfologia da onda de pressão. Curativo diário na inserção do cateter ou sempre que necessário. Nivelar e zerar o sistema de monitorização sempre que alterar o nível da cabeceira do paciente. Zerar, adicionalmente a cada 8 horas. Monitorar as extremidades do membro puncionado ( coloração, temperatura, edema, sensibilidade). Manter pressurizador em 300 mmHg (3 ml/h)
DRENO PLEURAL
Introdução de um dreno tubular de silicone ou plástico no espaço pleural
conectado a um sistema coletor. Indicações: derrame pleural (hemotórax, hidrotórax, empiemas, quilotórax), pneumotórax (espontâneo, traumático, iatrogênico) e em pacientes submetidos á cirurgia torácica com abertura do espaço pleural. Complicações: dor local, hematoma em pele e subcutâneo, infecção, obstrução e enfisema subcutâneo. ATENÇÃO: Certifica-se que o soro do frasco esteja cobrindo, no mínimo 2 cm da extensão do dreno que fica submersa no selo d’água.
DRENO PLEURAL: CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Verificar a capacidade do frasco coletor e colocar SF 0,9% ou água destilada
estéril para que o tubo fique submerso cerca de 2 cm. Marcar na etiqueta do frasco coletor o nível do selo d’água. Troca do selo d’água: acima de 2/3 da capacidade do frasco. Verificar se existe oscilação no dreno ou borbulhamento no líquido do frasco coletor. Atenção á conexão do dreno com o sistema coletor. Realizar curativo diário e sempre que necessário: observar sinais de infecção fixação à pele, enfisema subcutâneo e observar se há exposição de algum orifício do dreno. Fixar dreno no flanco do paciente. Evitar obstrução do tudo de drenagem por coágulos, torção, angulação excessiva ou clampeamento prolongado. Nunca elevar o dreno acima da cintura do paciente. Não ocluir o respiro do frasco. Ordenhar o dreno se presença de coágulos. Monitorar o volume e aspecto da secreção drenada.
SONDA VESICAL DE PERMANÊNCIA
Introdução de uma sonda de silicone ou látex na bexiga, através da Uretra.
Indicações: uso de sedativos que possam promover retenção urinária, situações que necessitam acompanhamento rigoroso do débito urinário, pós- operatório, facilitar a cicatrização de LP (lesão por pressão) localizada em região sacra/nádegas em pacientes do sexo feminino. Complicações: lesão uretral, infecção do trato urinário.
SVF (SONDA VESICAL FOLEY): CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Manter a SVF adequadamente fixada: região supra-púbica – homens; raiz da
coxa- mulheres. Registrar volume, aspecto e odor da diurese. Realizar higiene intima 3x ao dia. Esvaziar o sistema coletor de diurese com técnica asséptica. Manter o sistema fechado de drenagem abaixo do nível da bexiga. Coleta de amostra: Clampear o sistema o mais próximo possível da conexão com a SVF. Fazer desinfecção da válvula antes da punção.
*IRRIGAÇÃO VESICAL CONTÍNUA
Indicação comum em pacientes críticos: prevenir /tratar obstrução na uretra
decorrentes a coágulos e fragmentos cirúrgicos. SONDAS GÁSTRICAS E PÓS--PILÓRICAS
Sonda gástrica: inserção de uma so sonda
nda de poliuretano ou silicone através do nariz ou da boca até o estô estômago. Sondagem pós-pilórica: pilórica: progressão da sonda até o duodeno duodeno. Sondas menos calibrosas sã são indicadas para alimentação e administração de líquidos e medicamentos e as mais calibrosas são indicadas para realizar lavagem gástrica, ica, promover o esvaziamento gá gástrico strico de liquido ou gases e administrar medicamentos, alimentos e soluções. Sondas do tipo Levine calibre 4 a 24 Fr, indicadas para drenagens gástricas Sondas do tipo Dobbhoff calibr calibre 8 a 14 Fr, possuem um fio-guia guia para facilitar a sua introdução, indicadas para alimentação.
*NÃO REALIZAR SONDAGEM VIA NASAL EM PACIENTES COM SUSPEITA DE
FRATURA DE BASE DE CRÂNIO OU COM HISTÓRICO DE RESSECÇÃO TRANSNASAL DE TUMORES EM CRÂNIO.
SONDAS PARA DRENAGEM GÁSTRICA: CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Manter cabeceira a 30°.
Trocar fixação diariamente e sempre que necessário. Observar condição da pele. Realizar limpeza das narinas e observar marcação. Registrar volume e aspecto. Observar evolução da distens distensão abdominal: Inspeção, ão, ausculta, palpação e percussão. Monitorar náuseas, vômitos e dor abdominal. Administrar procinéticos (são são fármacos que atuam de modo a aumentar a pressão do esfíncter esofágico inferior (EEI), diminuir a re regurgitação gurgitação e acelerar o esvaziamento gástrico gástrico) conforme prescrição médica. SONDAS PARA ALIMENTAÇÃO: CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Liberar a sonda para uso apenas após visualização do RX pelo plantonista.
Administrar dieta em bomba de infusão. Posicionar a Bomba de infusão em lado oposto às bombas para infusão endovenosa. Pausar a dieta para realização de cuidados com cabeceira baixa.