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CATETERISMO VESICAL DE ALÍVIO

E DEMORA

Prof ª. Enfermeira
Trajeto da urina
O QUE É O CATETERISMO VESICAL?

É a introdução de uma cateter(sonda) vesical estéril pelo meato urinário


até chegar a bexiga para a drenagem da urina.
É introduzida e mantida no local por um período prolongado para:

• Controle de diurese nos pacientes graves e no trans e pós operatório.

• Realização de instilação de medicamentos ou líquidos na bexiga.


A sonda proporciona um fluxo de urina contínuo nos clientes incapazes de
controlar a micção ou naqueles com obstruções. Também é usado para
avaliar o débito urinário horário em clientes com instabilidade
hemodinâmica.
TIPOS DE SONDAS OU
CATETERES
Variam de modelos e materiais, de acordo
com o tipo de sondagem, se de alívio ou de
demora.
De Alívio: não permanecera muito tempo
no cliente, usado para colher amostra estéril
de urina ou para esvaziar a bexiga em
retenção urinaria. Esse tipo de sonda pode
ser repetido quando necessário, porém, o
uso repetido aumento os riscos de trauma e
infecção.
Para as sondagens de demora temos as
sondas de duas vias, como a de Foley que
possui uma via para drenagem de urina e
outra para inflar e desinflar o balonete.
CATETERISMO VESICAL DE DEMORA

Uma sonda de demora ou foley permanece no local por um período


prolongado. Possui um balão insuflável com água que envolve a sonda
exatamente abaixo da extremidade, quando insuflado, o balão repousa
contra a saída da bexiga, fixando a sonda na posição. Tempo de
permanência Indeterminado. O tempo de permanência e de no máximo 15
dias.
CATETERISMO VESICAL DE DEMORA
CATETERISMO VESICAL DE DEMORA

Indicações
• Aliviar a distensão vesical pela retenção urinária (quando as medidas para
promover a diurese foram ineficazes);
• evitar a constante umidade em pacientes com incontinência urinária
(somente em casos especiais);
• preparo pré-operatório de algumas cirurgias;
• possibilitar o controle rigoroso da diurese.
Sondagem Vesical Masculina
Sondagem Vesical Feminina
Sondagem Vesical de ALÍVIO
É Um cateter reto e de uso único é introduzido por um período suficiente para
drenar a bexiga. Quando a bexiga estiver vazia o cateter deve ser retirado
imediatamente.
Este tipo de cateterismo pode ser repetido quando necessário, porém, o uso
repetido aumenta os riscos de trauma e infecção.
Indicações para o cateterismo de alívio:
• Alívio para retenção urinária;
• Obtenção de urina estéril;
• Avaliação de urina residual depois da micção;
Cateterismo intermitente:
• Utilizado em horários pré-estabelecidos: Ex. a cada 6 horas OU portadores
de bexiga neurogênica
QUAIS AS FINALIDADES
 Facilitar a eliminação vesical.
 Facilitar a coleta de amostras estéreis de urina.
 Facilitar a avaliação da quantidade de urina
residual.
 Permitir uma avaliação continua e apurada da
diurese.
 Fornecer uma via para irrigação da bexiga.
 Realizar o controle indireto da função
hemodinâmica e promover a drenagem de paciente
com incontinência urinaria.
 Esvaziar a bexiga para procedimentos cirúrgicos ou
diagnósticos.
 Preparo pré-parto, pré-operatório e exames
pélvicos (quando indicados)
Cuidados de Enfermagem

 O cateterismo deve ser realizado quando absolutamente


necessário, devido ao grande risco de originar infecção no
trato urinário.
 Quando paciente estiver com retenção urinaria, realizar
algumas técnicas que levam a micção voluntária.
 Transmitir atitudes calmas ao paciente.
 Oferecer medicamentos para o alívio da dor .
 Atender prontamente a solicitação do paciente urinar.
 Proporcionar privacidade.
 Favorecer a posição mas adequada ao paciente.
 Proporcionar estímulos que facilitem a micção, como deixar
uma torneira aberta perto do paciente.
 Colocar bolsas com água morna sobre a região inferior do
abdômen do paciente.
 Oferecer banho quente que pode resultar em relaxamento
muscular.
Cuidados de Enfermagem
 Manter a bolsa coletora em nível inferior à bexiga ;
 Realizar higiene perineal pelo menos duas vezes ao dia com
água e sabão ;
 Caso a técnica asséptica seja quebrada, por desconexão ou
ruptura, substituir todo o sistema ;
 Evitar a introdução de microrganismos no meato uretral;
 Limpar ao redor da junção meato sonda, pelo menos duas
vezes por dia, com um sabão antisséptico;
 Ensinar o paciente a limpar ao redor da sonda;
 Ao colher urina para cultura, utilizar técnica preconizada pela
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar de sua
unidade;
 Não se deve permitir ao acumulo de urina no tubo, para
evitar infecção;
 A bolsa é esvaziada a intervalos de 06 a 12 horas;
 Nunca tracionar a sonda, ela pode sair de posição dentro da
bexiga trazendo risco de lesionar a uretra e ocorrer extra
vazamento da urina pela uretra, podendo ocorrer
complicações no tratamento.
Cuidados de Enfermagem
• ➢ Alternar o lado de fixação da bolsa coletora para evitar
lesão no meato urinário (entrada da uretra) e a pele onde a
sonda se apoia. Deve-se alternar a posição da bolsa no
momento da higienização, procurando não exceder 6h à 8h
contínuas para cada lado.
• ➢ Não deixar a bolsa coletora da sondagem vesical de demora
em contato direto com o piso/chão. Isso proporciona alto risco
de contaminação podendo desencadear infecção do trato
urinário.
• ➢ Nunca elevar a bolsa coletora acima da linha média da
cintura do paciente.
• ➢ NUNCA promover o refluxo da urina, depositada no trajeto
do extensor que liga a bolsa coletora a sonda, pois seu
retorno para o interior da bexiga pode causar infecção do
trato urinário.
• ➢ Na drenagem da bolsa observar sempre o aspecto (cor,
viscosidade e cheiro) e o volume da urina
depositada/excretada.
COMPLICAÇÕES
• Infecção urinária: mas comum causada principalmente pelo
uso incorreto da técnica asséptica.
• Hemorragia: pode ser causada pela utilização de uma sonda
de calibre inadequado ao tamanho da uretra, passagem
incorreta , existência de patologias previas.
• Formação de cálculos na bexiga: devido a longa
permanência da sonda.
• Bexiga neurogênica: nos pacientes com permanência
prolongada da sonda .
• Trauma tissular: devido a aplicação de força durante a
passagem ,utilização de sonda muito calibrosa.

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