VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE INJETÁVEIS

Profa Dra Maria Vitória Lopes Badra Bentley

FARMACOTÉCNICA, TECNOLOGIA DE MEDICAMENTOS E COSMÉTICOS I
Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

• Introdução: Contexto e Histórico

• Conceitos
• Vias de Administração de Medicamentos
Parenterais (Injetáveis)
• Vantagens e Desvantagens da Administração
Parenteral
• Requisitos dos Medicamentos Parenterais
• Formas Farmacêuticas para Medicamentos
Parenterais
 Introdução

Histórico das preparações farmacêuticas

injetáveis
– Injeção de morfina – British Pharmacopoeia de
1867

– Injeção de cocaína - British Pharmacopoeia de

1898 – preparação estéril

– Farmacopéia Americana (USP) – somente a

partir de 1942 apresentou monografias de
ampolas

– Atualmente – USP apresenta mais de 500

produtos injetáveis nas mais diferentes
formas farmacêuticas
Profa Dra M. Vitória Bentley
FCFRP/USP
 INTRODUÇÃO

Administração/Terapia
Terapia
Vias Administração Hospitalar Vias de Administração Vacinas
Tradicionais: Parenterais
•Oral Terapia
•Tópica Gênica Biotecnologia

Terapia
Implantes
Celular
• Instabilidade do
Forma Material de
fármaco Farmacêutica acondicionamento
• Baixa e acessórios
dispositivos para
Biodisponibilidade e administração
barreiras biológicas
• Efeito desejado
imediato

Injetável/Parenteral
 Universo dos Medicamentos para Via de
Administração Injetável

Controle da Diabetes
Quimioterapia
Terapia Hospitalar

Vacinação Implantes Profa Dra M. Vitória Bentley

FCFRP/USP
 CONCEITOS

• Medicamento Parenteral/Injetável: preparação

farmacêutica administrada pelas vias de
administração parenterais. Obrigatoriamente são
medicamentos estéreis.
• Vias de Administração de Medicamentos
Parenterais/Injetáveis: são vias de administração
invasivas para administração de medicamentos
injetáveis.
• Medicamento estéril: medicamento que sofreu um
processo de esterilização (eliminação total de
microrganismos). Pode ser destinado ou NÃO para
administração parenteral. Os medicamentos
oftálmicos e auriculares são estéreis mas não são
de administração parenteral. São de administração
tópica.
Profa Dra M. Vitória Bentley
FCFRP/USP
VANTAGENS DA ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL

¡ Resposta fisiológica e farmacológica imediatas

¡ Via de escolha para P.A. não efetivos por via oral
¡ Controle da administração no paciente
¡ Possibilidade de efeitos locais
¡ Possibilidade de ação prolongada
§ Fármacos com meia vida maior que os
tradicionais: Esteróides de longa duração
(intrarticular), Penicilinas de longa duração
(intramuscular).
§ Forma farmacêutica de liberação lenta:
suspensão, soluções oleosas, micro e
nanopartículas, etc.
¡ Proporciona a correção de distúrbios de fluido e
balanço eletrolítico
¡ Alimentação parenteral Profa Dra M. Vitória Bentley
FCFRP/USP
 DESVANTAGENS DA ADMINISTRAÇÃO
PARENTERAL

■ Administração por pessoal treinado

■ Administração dolorosa (invasivo)
■ Administração em condições de assepsia
■ Dificuldade para reverter o efeito
■ Custo de produção elevado
■ Riscos maiores

Profa Dra M. Vitória Bentley

FCFRP/USP
 CARACTERÍSTICAS DAS PREPARAÇÕES
INJETÁVEIS

¡ Segurança

¡Esterilidade
¡ Ausência de Partículas

¡ Ausência de Pirogênio

¡ Compatibilidade

¡Estabilidade física,
química, microbiológica
Profa Dra M. Vitória Bentley
FCFRP/USP
 CARACTERÍSTICAS DAS PREPARAÇÕES
INJETÁVEIS

• Esterilidade
u “Estéril”: termo absoluto
u Esterilização do produto e técnicas de produção,
manuseio e administração assépticos

• Obtida por método de esterilização, bem como

processos de produção, adequados à forma
farmacêutica e labilidade do fármaco
• Inclui processo que usam o calor, radiação,
filtração, etc.

Profa Dra M. Vitória Bentley

FCFRP/USP
 CARACTERÍSTICAS DAS PREPARAÇÕES
INJETÁVEIS

§ Estabilidade

• Formulação

Estabilidade Química
Estabilidade Física

Embalagem
• Cor, limpidez, adequada
• Inerte
sedimentação, • Uso de física e
separação fase, adjuvantes química-
estado físico • Liofilização mente
em condições • Proteger
estéreis contra a
• Secagem em luz
leito de jorro
(spray-dried)
em condições
estéreis

Profa Dra M. Vitória Bentley

FCFRP/USP
 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO PARENTERAIS

• Via Intradérmica ou Intracutânea

– Local: camadas superficiais da pele
– Volume pequeno: 0,1 mL
– Teste de diagnóstico, Vacinas

• Via Subcutânea ou Hipodérmica

– Volume pequeno
– Local: região abaixo da pele (braço ,
– abdomem e perna)

• Via Intramuscular
– Local: músculo
– Volume pequeno:
– 2 mL (braço) ou 5 mL (glúteo médio)
– Suspensões aquosas ou oleosas estéreis Profa Dra M. Vitória Bentley
FCFRP/USP
 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO PARENTERAIS

• Via Intramuscular
– Local: músculo. Volume pequeno: 2 mL (braço) ou 5
mL (glúteo médio), coxa
– Suspensões aquosas ou oleosas estéreis.

Profa Dra M. Vitória Bentley

FCFRP/USP
 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO PARENTERAIS

¡ Via Intravenosa
§ Local: veia
§ Volume pequeno ou grande
§ Injeções e soluções de grande volume

¡ Via Intrarterial
§ Local: artéria
§ Volume pequeno ou grande
§ Diagnóstico e administração de
substâncias antineoplásicas
§ Via perigosa: espasmo arterial e
gangrena

¡ Outras Vias
§ Intracardíaca - Intrarticular
§ Intraespinhal - Intrasinovial
§ Intra-ocular
Profa Dra M. Vitória Bentley
FCFRP/USP
 FORMAS FARMACÊUTICAS PARA MEDICAMENTOS
INJETÄVEIS/PARENTERAIS

Considerações – limitações das formas farmacêuticas

dependendo da via parenteral
• Sistemas aquosos: São “ideais” pois são fisiológicos –
aplicável a todas as vias de administração parenteral.
• Sistemas particulados – Não podem ser administrados nas
arterial e via endovenosa.
• Sistemas oleosos - Não podem ser administrados nas vias
arterial e endovenosa.
• Sistemas que tem óleo emulsificado ou encapsulado – só
podem ser administrados nas vias arterial e endovenosa se o
tamanho da gotícula for menor que as hemácias.

Profa Dra M. Vitória Bentley

FCFRP/USP
 FORMAS FARMACÊUTICAS PARA MEDICAMENTOS
INJETÄVEIS/PARENTERAIS

• Soluções aquosas – aplicável a todas as vias de

administração parenteral
• Soluções oleosas – aplicável somente às vias de
administração subcutânea, intramuscular e intraocular.
NÃO PODE SER ADMINISTRADO NO SISTEMA
CIRCULATÓRIO, VEIAS E ARTÉRIAS
• Suspensões – tamanho da partícula é determinante. Há
limitações quanto às vias de administração.
NÃO PODE SER ADMINISTRADO NO SISTEMA
CIRCULATÓRIO, VEIAS E ARTÉRIAS

Profa Dra M. Vitória Bentley

FCFRP/USP
 FORMAS FARMACÊUTICAS PARA MEDICAMENTOS
INJETÄVEIS/PARENTERAIS

• Emulsões - tamanho da partícula é determinante. Há

limitações quanto às vias de administração.
SÓ PODE SER ADMINISTRADO NO SISTEMA CIRCULATÓRIO,
VEIAS E ARTÉRIAS OBEDECIDA ALGUMAS CARACTERÍSTICAS
(TAMANHO DE GOTÍCULA MENOR DO QUE A DAS CÉLULAS
SANGUÍNEAS)

• Pós secos ou liófilos – Preparações extemporâneas

• Sistemas de liberação sustentada ou modificada -
lipossomas, micro- e nanopartículas poliméricas,
implantes, bombas de infusão, etc.

Profa Dra M. Vitória Bentley

FCFRP/USP
 Material de acondicionamento de
medicamentos injetáveis
AMPOLAS

Frasco
Ampola/Frasco Frasco
Penicilina Lacre

FRASCO DE GRANDE VOLUME

E BOLSA PLÁSTICA /AMPOLAS Batoque de
borracha

Profa Dra M. Vitória Bentley

FCFRP/USP
Material para administração de
medicamentos injetáveis

Profa Dra M. Vitória Bentley

FCFRP/USP
 Aprendizado Desejado

• As aplicações da via de administração

injetável/parenteral
• Conceitos
• As características que um injetável deve possuir
termos farmacotécnicos
• As vias de administração parenteral e suas
peculiaridades em termos das formas
farmacêuticas a serem usadas
• Embalagens usadas
Profa Dra M. Vitória Bentley
FCFRP/USP