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Aula 2

Farmacologia

A disciplina de farmacologia aborda todo o entendimento sobre os


medicamentos e a forma como estes agem quando em contato com nosso
organismo.

Origem dos medicamentos:

• Fonte natural
• reino animal, vegetal e mineral.
• Fonte sintética - industrializado.

Farmacoterapia - é o uso dos medicamentos no tratamento, prevenção,


diagnóstico e no controle de sinais e sintomas das doenças.

Ação do medicamento - é a sua ação química que pode ser profilática,


curativa, paliativa e diagnóstica.

• Profilática: o medicamento tem ação preventiva contra as doenças, exemplo:


as vacinas.

• Curativo: o medicamento tem ação curativa, pode curar a patologia,


exemplo: os antibióticos.

• Paliativo: o medicamento tem capacidade de diminuir os sinais e sintomas


da doença, exemplo: antihipertensivos; antitérmicos e analgésicos,
diminuem os sinais e sintomas porém não curam a patologia causadora.

• Diagnóstica: o medicamento auxilia no diagnóstico, elucidando exames


radiográficos, exemplo: os contrastes são medicamentos que associados
aos exames radiográficos auxiliam em diagnósticos de patologias.

Farmacocinética: É o estudo do movimento que o medicamento administrado


passa dentro do organismo durante sua absorção, distribuição, metabolismo e
excreção.

Farmacodinâmica: Mecanismos relacionados a ação do medicamento e suas


alterações bioquímicas ou fisiológicas no organismo. A resposta de corrente
dessa ação é o efeito do medicamento propriamente dito.

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AÇÃO DE MEDICAMENTOS

Ação local: A medicação age no local onde é administrada, sem passar pela
corrente sanguínea. Exemplo: Pomadas e colírios.

Ação sistêmica: Significa que a medicação é primeiramente absorvida, depois


entra na corrente sanguínea para atuar no local de ação desejado. Exemplo:
Antibióticos.

MEDICAMENTO X REMÉDIO

Medicamento: toda a substância ou associação de substâncias apresentada


como possuindo propriedades curativas ou preventivas de doenças em seres
humanos ou dos seus sintomas ou que possa ser utilizada ou administrada no
ser humano com vista a estabelecer um diagnóstico médico ou, exercendo uma
ação farmacológica, imunológica ou metabólica, a restaurar, corrigir ou
modificar funções fisiológicas;

Remédio: Um remédio é qualquer substância ou recurso utilizado para obter


cura ou alívio. Diferentemente de fármaco, a substância utilizada não necessita
ser conhecida quimicamente. Ex: Chás, aromaterapia, massagem, fisioterapia.

CLASSIFICAÇÕES DE MEDICAMENTOS

Éticos: Um medicamento ético é aquele prescrito por um médico, que pela


força da lei, não pode ter seu marketing voltado para à população em geral.

Genérico: medicamento com a mesma substância ativa, forma farmacêutica e


dosagem e com a mesma indicação que o medicamento original, de marca. E

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principalmente, são intercambiáveis em relação ao medicamento de referência,
ou seja, a troca pelo genérico é possível.

Similar: Segundo a Anvisa um similar é aquele medicamento que contém o


mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta a mesma concentração,
forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica,
preventiva ou diagnóstica, do medicamento de referência registrado no órgão
federal responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em
características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade,
embalagem, rotulagem, excipientes e veículos, devendo sempre ser
identificado por nome comercial ou marca.

Manipulado: É o fármaco na sua forma


farmacêutica (Cápsulas, Cremes, xaropes,
comprimidos, etc…). É o resultado do aviamento
de receita prescrita por um profissional
gabaritado pelo seu conselho de classe, como:
médico, nutricionista, dentista, veterinário. Feito
artesanalmente, dentro das boas práticas de
manipulação. Permite a individualização da
fórmula prescrita.

Fitoterápico: segundo a Anvisa é o


medicamento obtido empregando-se
exclusivamente matérias-primas ativas vegetais.
É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e
dos riscos de seu uso, assim como pela
reprodutibilidade e constância de sua qualidade.

Homeopático: são medicamentos dinamizados


preparados com base nos fundamentos da
homeopatia, ou compêndios oficiais reconhecidos
pela ANVISA, com comprovada ação terapêutica
descrita nas matérias médicas homeopáticas ou
nos compêndios homeopáticos oficiais
reconhecidos pela ANVISA, estudos clínicos, ou
revistas científicas. podem ser derivado de plantas,
animais ou minerais.

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ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS

Os ansiolíticos são drogas que diminuem a tensão emocional. Os hipnóticos


são drogas que provocam sono semelhante ao fisiológico. Os principais grupos
de drogas são: os benzodiazepnicos (BZDs) e os barbitúricos. Ambos são
usados como tranquilizantes-hipnóticos, ansiolíticos, e anticonvulsivantes. O
primeiro grupo tem menos efeitos colaterais.

Os BZD faz com que ocorra aumento da frequência de abertura dos canais de
cloro; (aumento da hiperpolarização e diminuição do potencial de ação)
provocando efeito tranquilizante e efeitos sedativos. São os mais
frequentemente usados em tratamento de ansiedade. Causa sonolência
durante o dia. O uso por longo período de tempo leva a dependência e à
tolerância.

Barbitúricos são sedativos e calmantes, usados em remédios para alguns tipos


de cefaléia, para hipnose, para epilepsia, controle de úlceras pépticas, pressão
sanguínea alta, distúrbios do sono. Nos primeiros anos de uso dos barbitúricos
não se sabia que poderia causar dependência, mas já havia inúmeras pessoas
dependentes. Provocam dependência física e psicológica, diminuição em
várias áreas do cérebro, depressão na respiração e no sistema nervoso central,
depressão na medula, depressão do centro do hipotálamo, vertigem, redução
da urina, espasmo da laringe, crise de soluço, sedação, alteração motora.

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Barbituricos:

Fenobarbital
Tiopental
Tiamilal
Metohexital
Secobarbital
Pentobarbital

Antipsicóticos

Todos os fármacos antipsicóticos bloqueiam receptores de dopamina


provocando redução da atividade motora, inibição das alterações
comportamentais, produção de um estado de apatia e menor iniciativa, além de
movimentos involuntários da face, tronco e extremidades, dando a impressão
de mal de Parkinson.

Exemplos de fármacos: Haloperidol e Clorprozamina

Antidepressivos

Os sintomas da depressão seriam causados pela deficiência de neurônios


capazes de produzir Noradrenalina, dopamina ou serotonina.

Antidepressivo é uma substância considerada eficaz na remissão de sintomas


característicos da síndrome depressiva, em pelo menos um grupo de pacientes
com transtorno depressivo. Algumas substâncias com atividade antidepressiva
podem ser eficazes também em transtornos psicóticos.

OS ANTIDEPRESIVOS MAIS USADOS SÃO:

• AMITRIPTILINA
• FLUOXETINA
• NORTRIPTILINA
• PAROXETINA
• SERTRALINA
• VENLAFAXINA
• IMIPRAMINA

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Opióides derivados do ópio:

A morfina constitui 10% do ópio. Os outros são derivados dela por


reações químicas relativamente simples.

• Morfina - o mais usado dos opioides, particularmente na dor crónica.

• Heroína - usado como droga de abuso. Raramente como analgésico.

• Codeína, Dextrometorfano - opióides fracos usados como supressores da


tosse, ou em dores moderadas.

Outros Opióides ou Agonistas dos receptores opióides:

A maioria é sintética:

• Metadona - usada no tratamento de toxicodependentes porque a sua


síndrome de privação é menos forte.

• Petidina - também chamada de Meperidina, usada na dor aguda.

• Fentanil - alta potência permite a administração cutânea.

• Loperamida - usado na diarreia. Não entra no cérebro (não passa a barreira


hemato-encefálica).

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• Tramadol - não é opióide primariamente, mas sim facilitador da transmissão
por serotonina. É agonista opióide mais fraco, usado em dores agudas e
crónicas moderadas.

Agonistas parciais e Agonistas-antagonistas mistos:

Possuem comportamento misto apresentando atividade antagonista para


determinados receptores enquanto apresentam atividade agonista em outros

• Nalbufina - antagonista para receptores mi podendo reverter a depressão


respiratória de outros opióides, e agonista para receptores kappa o que lhe
confere efeito de sedação e analgesia.

• Buprenorfina - agonista parcial, maior semi-vida que a morfina.

• Butorfanol - semelhante à nalbufina.

Antagonistas opióides

São fármacos que têm efeitos de bloquear os receptores opióides,


impedindo opióides endogenos ou administrados de atuar.

• Nalorfina - é um opioide indicado como analgésico e anestésico, usado para


indução de anestesia geral, dor pós-operatória, procedimentos ortopédicos e
cesarianas. Pode causar efeitos colaterais como choque anafilático, hipotensão,
apneia do sono, depressão respiratória, bradicardia e, em alguns casos,
broncoespasmos.

• Naloxona - Usada em casos de overdose para evitar depressão respiratória


fatal. Usada também para verificar dependência de opióides. Em dependentes
causa sindrome físico de deprivação imediatamente

Anti-hipertensivo

Medicamentos de ação central: Atuam estimulando certos receptores no


sistema nervoso central, reduzindo a liberação de adrenalina, como fazem a
alfametildopa, a clonidina ou medicamentos que atuam nos receptores
imidazolidínicos (moxonidina e a rilmenidina). Seu efeito hipotensor como
terapia isolada é, em geral, discreto. Entretanto, eles podem ser úteis quando
utilizados em associação com medicamentos de outros grupos, particularmente

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no caso de evidência de hiperatividade simpática (liberação excessiva de
adrenalina).

• Betabloqueadores: Seu mecanismo anti hipertensivo envolve diminuição


inicial do débito cardíaco (desempenho do coração como bomba a cada
minuto), redução da secreção de renina pelos rins e diminuição das
catecolaminas (adrenalina) nas sinapses nervosas. São exemplos desse grupo:
propranolol, atenolol, metoprolol e bisoprolol.

• Bloqueadores dos canais de cálcio: A ação anti-hipertensiva decorre da


redução da resistência vascular periférica (dilatação das artérias) por
diminuição da concentração de cálcio nas células musculares lisas da parede
dos vasos.

Apesar do mecanismo final comum, esse grupo é dividido em três


subgrupos diferentes: fenilalquilaminas (verapamil), benzotiazepinas (diltiazem)
e di-hidropiridinas (nifedipina, anlodipino, nitrendipino).

Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (inibidores da eca):

Agem, fundamentalmente, pela inibição da enzima de conversão da


angiotensina, bloqueando a transformação da angiotensina I em II no sangue e
nos tecidos. A angiotensina II estreita as artérias e aumenta a pressão arterial.
São exemplos desse grupo o captopril, enalapril, ramipril, delapril e outros.

São eficazes no tratamento da hipertensão arterial, reduzindo a


mortalidade cardiovascular nos hipertensos, pacientes com insuficiência
cardíaca, pacientes com infarto do miocárdio, em especial quando apresentam
baixa fração de ejeção (capacidade de contração) , pacientes de alto risco para
doença aterosclerótica (exemplo: diabéticos), sendo também úteis na
prevenção secundária do acidente vascular cerebral (previnem um segundo
derrame cerebral).

Os inibidores da ECA são ideais para o tratamento de hipertensos


também diabéticos, pois previnem as complicações vasculares do diabetes que
levam a infarto, AVC e retinopatias.

Anti-inflamatório

São medicamentos utilizados para amenizar sintomas como febre, dores


e edemas decorrentes de uma agressão ao organismo.

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Apresentam 3 efeitos básicos: Antipirético, Analgésico e Anti- inflamatório.
Existem, basicamente, duas classes de anti inflamatórios:

• ESTEROIDAIS – exercem potente efeito antinflamatório (glicocorticoide). Seu


uso deve ser considerado na escolha do fármaco, uma vez que pode provocar
retenção de água e sal, hipertensão e perda de potássio. Cortisonas »
Dexametasona, Hidrocortisona

• NÃO-ESTEROIDAIS (AINES) - Os antiinflamatórios não esteroides (AINES)


são uma das classes de medicamentos mais usadas no mundo, prescritos para
controlar a dor, a febre e a inflamação.

Existem mais de 20 fármacos diferentes, sendo as mais utilizadas: AAS (ácido


acetilsalicílico), Diclofenaco, Ibuprofeno, Naproxeno, Indometacina,
Cetoprofeno, Acido mefenâmico, Piroxican, Colecoxib.

Antieméticos

Em algumas circunstâncias (ingestão de substâncias tóxicas) é desejável


o ato de vomitar (emese). A droga utilizada para produzir o vômito atua como
irritante da parede estomacal.

Antieméticos é uma classe de medicamentos que possuem como


principal característica o alívio dos sintomas relacionados com o enjoo, as
náuseas e os vômitos. Em geral, são prescritos para o tratamento dos efeitos
colaterais de outras drogas.

Laxantes

Os laxativos causam dependência e tolerância, o trânsito do bolo fecal


pelo TGI pode ser acelerado através de:

• Laxativos osmóticos: não são absorvidos e


promovem a retenção de líquido na luz
intestinal.

• Emolientes fecais: atuam como detergentes,


deixando as fezes mais moles.

• Purgativos estimulantes: aumentam o


peristaltismo e também a secreção de água.
Ex: leite de magnésia, óleo de rícino.

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• Os laxantes são preparações usadas para encorajar a eliminação das fezes.
Eles geralmente são usados para tratar a constipação. Certos laxantes salinos,
estimulantes e lubrificantes são usados para evacuar o cólon para exame retal
e dos intestinos.

Antiácidos

A secreção gástrica é formada por ácido clorídrico, pepsina, fosfato, sódio


e potássio. Os fármacos atuam estimulando ou inibindo a liberação da
secreção gástrica pelas glândulas gástricas.

Os antiácidos são largamente usados para neutralizar a produção de


suco gástrico. Ex: bicarbonato, hidróxido de alumínio e hidróxido de magnésio.

• O omeprazol, pantoprazol, lansoprazol, rabeprazol e esomeprazol são


inibidores da bomba de protões, particularmente indicados nas úlceras pépticas
(gástricas ou duodenais).

Diuréticos

São fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau do fluxo


urinário. Também promovem a eliminação de eletrólitos como o sódio e o cloro,
sendo usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal,
insuficiência cardíaca ou cirrose hepática. A perda de sódio provoca redução
de líquido extracelular.

Essas drogas ainda são as mais estudadas clinicamente em grande


escala e têm mostrado redução das complicações cardiovasculares
decorrentes da hipertensão arterial.

• Diuréticos de alça: actuam na alça de Henle, porção ascendente. Os


diuréticos de alça removem uma grande quantidade de sódio dos rins,
produzem o aumento do fluxo urinário e são mais poderosos do que os
tiazídicos. Eles são reqüentemente utilizados em pacientes com insuficiência
cardíaca congestiva e também são especialmente úteis em emergências.
Embora os mais comuns sejam por via oral, em hospitais eles podem ser
administrados por via intravenosa para tratar pacientes com grande excesso de
líquido.

• Diuréticos tiazídicos: actuam no túbulo distal. Tratam a maioria de pacientes


com pressão alta e são os mais utilizados para os pacientes cardíacos. Os
tiazídicos aumentam moderadamente a eliminação de urina e são os únicos

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diuréticos que também agem como vasodilatadores sangüíneos, o que também
ajuda a diminuir a pressão arterial.

• Diuréticos poupadores do potássio: atuam nos receptores da aldosterona nos


túbulos distais. Previnem a perda de potássio, um problema dos outros tipos de
diuréticos acima. Esses são freqüentemente utilizados em pacientes com
insuficiência cardíaca congestiva e são quase sempre prescritos em conjunto
com os outros dois tipos de diuréticos acima

Antibióticos

Antibióticos são medicamentos usados para tratar infecções bacterianas.


Eles são ineficazes contra infecções virais e a maioria das demais infecções.
Os antibióticos destroem os microrganismos ou detêm a sua reprodução,
tornando mais fácil para as defesas naturais do organismo eliminá-los.

Embora os médicos tentem usar antibióticos para infecções bacterianas


específicas, eles às vezes começam com antibióticos sem esperar os exames
que identificam a bactéria específica.

A bactéria pode desenvolver resistência aos efeitos dos antibióticos.

Os antibióticos podem ter reações adversas, tais como distúrbios


gástricos, diarreia e, nas mulheres, infecções vaginais por levedura.

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Algumas pessoas são alérgicas a certos antibióticos.

Os antibióticos estão agrupados em classes, dependendo de sua


estrutura química. Entretanto, os antibióticos incluídos em cada classe
frequentemente afetam o organismo de maneira diferente e podem ser eficazes
contra bactérias diferentes

Cada antibiótico é eficaz apenas contra determinadas bactérias. Ao


escolher um antibiótico para tratar uma pessoa com infecção, os médicos
estimam qual bactéria é a causa provável. Por exemplo, algumas infecções são
causadas somente por determinados tipos de bactéria. Às vezes, um antibiótico
é previsivelmente eficaz contra todas as bactérias que têm mais probabilidade
de causar uma infecção e, portanto, outros exames podem não ser necessários.

Se as infecções puderem ser causadas por muitos tipos diferentes de


bactéria ou por bactérias que não sejam previsivelmente suscetíveis a
antibióticos, pede-se a um laboratório que identifique a bactéria que está
causando a infecção a partir de amostras de sangue, urina ou tecido coletado
da pessoa ( Diagnóstico de doença infecciosa). As bactérias que causam a
infecção são então testadas para conhecer a suscetibilidade a uma variedade
de antibióticos

Os resultados desses testes demoram geralmente um ou dois dias e,


assim, não ajudam na escolha inicial do antibiótico.

Nesses casos, os médicos normalmente iniciam o tratamento com um


antibiótico que seja eficaz contra as bactérias que muito provavelmente estão
causando a infecção.

Após chegarem os resultados, se necessário, os médicos trocam o


antibiótico.

Beta lactâmicos

Os beta lactâmicos têm como mecanismo de ação a inibição da síntese


da parede celular bacteriana.

Nesta classe de antimicrobianos temos os seguintes subgrupos:

Penicilinas, são exemplos: benzilpenicilina, fenoximetilpenicilina,


ampicilina, pivampicilina e amoxicilina;

Cefalosporinas e Cefamicinas, neste subgrupo temos a cefalexina,


cefadroxil, cefuroxima, cefotaxima, ceftazidima e a ceftriaxona;

Carbapenens, neste podemos citar o imipenem, meropenem e o

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ertapenem;

Monobactâmicos, o aztreonam é um exemplo desta classe;

Agentes que comprometem a síntese de proteína bacteriana

Esses agentes tem como principal função a inibição da síntese protéica


em diversas maneiras como competição com RNA transportador, inibição da
transpeptidação, inibição da translocação entre outros. Dentre os fármacos
inclusos neste grupo temos o subgrupo das tetraciclinas, cloranfenicol,
Aminoglicosídeos, Macrolídeos, Estreptograminas, Lincosamidas,
Oxalazidononas e o ácido fusídico.

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CALCULOS DE MEDICAMENTOS

PARA PREPARAR E ADMINISTRAR MEDICAMENTOS, É PRECISO


CONSIDERAR 11 SABERES:

• Saber quem é o cliente;


• Saber quais são suas condições clínicas;
• Saber seu diagnóstico;
• Saber qual é o medicamento;
• Saber as vias;
• Saber as doses;
• Saber calcular;
• Saber as incompatibilidades;
• Saber sobre interações medicamentosas, ambientais, pessoais e
alimentares;
• Saber sentir para identificar sinais e sintomas de ordem subjetiva;
• Saber cuidar.

ALGUNS CONCEITOS

• Dose: quantidade de medicamento introduzido no organismo a fim de


produzir efeito terapêutico.

• Dose máxima: maior quantidade de medicamento capaz de produzir ação


terapêutica sem ser acompanhada de sintomas tóxicos.

• Dose tóxica: quantidade que ultrapassa a dose máxima e pode causar


conseqüências graves; a morte é evitada se a pessoa for socorrida a tempo.

• Dose letal: quantidade de medicamento que causa morte.

• Dose de manutenção: quantidade que mantém o nível de concentração do


medicamento no sangue.

• Solução é uma mistura homogênea composta de duas partes.

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• Suspensão é também composta por duas partes, mas difere da solução
por ser heterogênea, o que significa que após centrifugação ou repouso, é
possível separar os componentes, o que não ocorre na solução.

• A concentração de uma mistura é determinada pela quantidade de soluto


numa proporção definida de solvente, e poderá ser expressa em
porcentagem (%) ou em g/l. Como exemplo temos que uma solução de
glicose com 5g de glicose (soluto) dissolvida em 100 ml de água (solvente)
é uma solução com concentração de 5%. Isso significa que a concentração
é obtida pela divisão da massa (g) pelo volume, e é expressa em % ou g/L.

O sistema métrico decimal e de tempo utilizado em hospitais temcomo


unidades básicas o metro; o centímetro; o litro; o mililitro; o grama; o
miligrama; a hora, o minuto e o segundo.

• O metro (m) e o centímetro (cm) são as unidades básicas de comprimento.


• O litro (l) e o mililitro (ml) são as unidades básicas de volume.
• O grama (g) e o miligrama (mg) são as unidades básicas do peso.
• A hora (h), o minuto (min) e o segundo (seg) são as unidades básicas de
tempo.

• Para colher-medida os valores precisam ser verificados em cadautensílio,


pois podem variar conforme o fabricante.
• Para gotejamento os valores são padronizados, entretanto quando for
para medicamentos em frasco-gotas também precisam ser verificados,
pois podem variar de acordo com o medicamento.

DE UMA FORMA GERAL:

• 1 colher de sopa corresponde a 15 ml;

• 1 colher de sobremesa corresponde a 10 ml;


*(as colheres de café antigas
• 1 colher de chá corresponde a 5 ml; eram menores que as
atuais, isto justifica esta
• 1 colher de café corresponde a 2,5 ou 3 ml* diferença);
• 1 ml possui 20 gotas;
• 1 ml possui 60 microgotas;
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*Sempre que você ler sobre
• 1 gota possui 3 microgotas. macrogotas, lembre-se que se
trata de gota.
• gota é igual a 1 macrogota*. Ou seja: 1 macrogota = 1 gota

1º Observação:

Para transformar gotas em ml ou vice-versa, basta utilizar a regra de


três. Para compor ou montar uma equação (regra de 3),coloque sempre do
mesmo lado as igualdades ou unidades de medida também conhecidas por
Grandezas: volume, medidas e peso.
Exemplo:

• mg em baixo de mg

• gotas em baixo de gotas

• ml em baixo de ml
• litros em baixo de litros
• horas em baixo de horas

2º Observação:

Estas conversões apenas são válidas no Brasil. Em outros países pode


haver diferenças como, por exemplo, nos EUA, segundo Boyer, 2010, 1 ml
equivale a 10, 15 ou 20 gotas dependendo do fabricante do equipo
gotejador; há também algumas medicações que fogem deste padrão, como
por exemplo, o tramal® que 1 ml tem 40 gotas.
Busque, sempre que possível, se informar com a farmácia se háalteração
no padrão de medidas.

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FÓRMULAS DE GOTEJAMENTO

O cálculo de gotejamento por


HORA, é usado quando na
prescrição médica, é solicitada a
infusão em horas (propriamente
dito). Exemplo: 1h, 2h, 4h, 6h,
12h....

Já o cálculo de gotejamento por


MINUTO, é usado quando na
prescrição médica, é solicitada a
infusão em minutos (propriamente dito).
Exemplo: 30 minutos, 45 minutos, 90
minutos...

NÃO PODEMOS ESQUECER AS FÓRMULAS E OS DETALHES QUE AS


COMPÕE.
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Antes de partirmos para o cálculo (propriamente dito), precisamos
compreender alguns conceitos:

1. Sempre é preciso fazer a transformação do volume para ml

Ex: 2 litros = 2.000 ml


1 litro = 1.000 ml
0,5 litro = 500 ml

E assim por diante.

2. Em caso de resultado fracionado, devemos fazer o “arredondamento” para


cima, ou para baixo, dependendo do resulto á direito da vírgula.

• Quando a fração está de 1 a 5, “arredondamos” para baixo.


• Quando está de 6 a 9, “arredondamos” para cima.

Ex: 55,3 - 55
38,6 - 39
45,5 - 45

3. Antes de montar o cálculo, escreva as informações descritas na Prescrição


Médica (PM).

4. Até que se torne mais “automático”, transcreva a fórmula. Dessa forma,


você não se confunde, e consegue acompanhar as etapas do cálculo.

Vamos começar pelo cálculo de gotas/ macrogotas

P.M.: Administrar 1 litro de Soro Fisiológico (SF) a 0,9%, em 6 horas:

Com o tempo fornecido foi em horas, usaremos a respectiva fórmula:

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Vamos começar com o cálculo de gotejamento pro HORA

Agora, vamos realizar o cálculo de microgotas.

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Vamos para mais um exemplo?

PM.: Administrar 300ml de Soro Fisiológico (SF) a 0,9%, em 4 horas:

Mais uma vez, o tempo solicitado é em HORAS

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Agora, vamos para o cálculo de
medicamentos com a prescrição
em MINUTOS.

• Nessa fórmula, também temos que informar o volume TOTAL, o tempo


(agora em minutos), e devemos manter a constante. Porém, a constante,
agora fica ao lado do VOLUME.

• Atente-se para trocar as fórmulas de gota e microgota.

PM: Administrar 1 litro de Soro Fisiológico (SF) a 0,9%, em 720 minutos:

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Cuidado com a pegadinha da fórmula.
Aqui também há constantes, mas o valor muda.
Atente-se.

Vamos para mais um exemplo?


VAMOOOOS!!!

P. M.: Administrar 600 ml de Soro Fisiológico (SF) a 0,9%,


em 240 minutos.

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Até aqui, vimos prescrições médicas simples, com apenas um tipo de soluto
para infundir no tempo solicitado. Mas é muito habitual, a prescrição solicitar a
infusão de mais de um tipo de soluto, no mesmo tempo solicitado.

É de extrema importância lembrar, que o VOLUME TOTAL da fórmula,


representa todas as dosagens prescritas, não se limitando apenas ao soro
fisiológico (SF)0,9%.

Vamos ver um exemplo?

P.M.: Administrar 600 ml de Soro Fisiológico (SF) a 0,9%, 400 ml Soro


Glicosado (SG) a 5% em X tempo.

Aqui, podemos podemos observar que foi prescrito não apenas um soluto, mas
sim dois. E poderia ter mais volume (líquido) para infundir junto.
Quando esse for o caso, deve-se fazer a soma de todos os volumes prescritos.
A partir daí, podemos realizar o cálculo normalmente.
Seja em gotas, microgotas, horas ou minutos, isso não dificulta o cálculo, e não
muda muito a forma de realizá-lo.

Então, como faríamos esse cálculo?

ANTES DE TUDO, devemos calcular o valor do volume TOTAL.


Sendo 600 ml de Soro Fisiológico (SF) a 0,9% + 400 ml Soro Glicosado (SG) a
5%, temos um total de 1.000 ml (1l) de VOLUME TOTAL a ser infundido.

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NÃO PODEMOS ESQUECER DE CONVERTER O VOLUME PARA ML
SEMPRE.

Logo a prescrição fica da seguinte forma:

P.M.: Administrar 600 ml de Soro Fisiológico (SF) a 0,9%, 400 ml Soro


Glicosado (SG) a 5% (1.000ml) em X tempo.

Vale lembrar, que também pode haver prescrição com volume inferior a 1 litro.

E se na prescrição não houver valores, que ao serem somados vão dar 1.000.
E se der mais?

Vejamos um exemplo:

P.M.: Administrar 750 ml de Soro Fisiológico (SF) a 0,9%, 400 ml Soro


Glicosado (SG) a 5% (1.000ml) em X tempo.

Sendo 750 ml de Soro Fisiológico (SF) a 0,9%, 400 ml Soro Glicosado (SG) a
5% (1.000ml) temos um total de 1.150 ml de VOLUME TOTAL a ser infundido.

Com essa informação de volume em mãos, é só seguir com o cálculo de


gotejamento normalmente, do mesmo jeito que você fez nas explicações
anteriores.

Seja uma prescrição com volume inferior a 1 litro (1.000 ml), ou superior a 1
litro (1.000 ml), a fórmula é a mesma, e o cálculo é possível de ser realizado.

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REGRA DE TRÊS

Relação entre grandezas proporcionais. A regra de três permite de forma


simples, estruturar o problema obtendo sua solução. Pode ser direta ou inversa.
Na regra de três direta ao aumentar um fator, aumenta-se também o
outro; como no exemplo abaixo ao aumentar o número de ampolas aumenta-se
o total de ml.
Já na regra de três inversa ocorre uma situação diferente; um exemplo
fácil de perceber esta situação é quando 6 pedreiros fazem um muro em 10
dias. Ao dobrar-se o número de pedreiros trabalhando pode-se deduzir que o
total de dias trabalhados diminuirá, portanto é uma regra de três inversa.

Vale a pena salientar que em nossa realidade profissional, utiliza-se a


regra de três direta (simples).

Importante observar que a regra de três só se faz necessária,


quando não se consegue resolver o problema de maneira direta.

Por exemplo: Tenho na unidade ampolas de dipirona com 2 ml de


solução. Quantos ml existem em três ampolas?

Forma direta: 2 ml x 3 ampolas = 6 ml nas três ampolas

Veja a seguir, como devemos "montar" uma regra de três para cálculo de
medicamentos.

• Deve-se colocar na mesma fila as grandezas iguais, no caso abaixo, optou-


se por escrever na mesma coluna as grandezas iguais.

• Na primeira linha coloca-se o que se sabe. Na segunda linha coloca-se o


que se precisa descobrir, substituindo o valor que falta e o que se procura
por x (conhecido como Incógnita).

Observação 1: O mesmo exemplo anterior, por regra de três:

26
Podemos construir o seguinte raciocínio para não nos esquecermos de como
montar a regra de três:

• Na linha do TENHO, colocamos as informações do que temos disponível na


unidade. Não esquecendo de organizar ml embaixo de ml, ampola embaixo
de ampola, grama embaixo de grama, miligrama embaixo de miligrama.

• Na linha do QUERO, colocamos as informações do que buscamos aspirar,


de acordo com a prescrição médica.

P.M.: Administrar Gentamicina 20mg IM. Tenho ampolas de 80mg/2ml.

2ml ------------ 80mg


x ------------ 20mg
X.80 = 40
x=40/80
x= 0.5ml

27
P.M.: Administrar Decadron 8 mg EV. Disponível Decadron 4 mg / ml em frasco
de 2,5 ml. Quantos ml devo administrar?

2,5ml ------------ 04mg


x ----------------- 08 mg
X.04 = 08.2,5
X.04 = 20
x=20/04
x= 05 ml

P.M.: 50 gts de uma medicação X para um paciente internado, temos a


disposição seringa de 10 ml. Como devo proceder ?

1 ml --------- 20 gotas
X ml --------- 50 gotas

X. 20 = 50.1
X.20 = 50
20x = 50
X= 50/ 20
X = 2,5
Devo aspirar 2,5 ml da medicação.

28
Cálculo de Insulina

A insulina é um hormônio produzido nas Ilhotas de Langerhans


localizadas no pâncreas.
Ela é responsável por metabolizar os carboidratos e gorduras.
Quando o indivíduo não produz a insulina, ele desenvolve a Diabetes
Mellitus, doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue
(hiperglicemia).
Atualmente existem no mercado frascos de insulina graduada em 100
UI/ml e seringas de insulina graduadas em 100 UI/ml.

O cálculo de insulina é feito através da regra de três simples, e o


profissional responsável pelo paciente deve estar sempre atento aos valores de
glicemia do mesmo. Sendo assim, se o paciente precisar receber a medicação,
o profissional de enfermagem deve seguir a prescrição médica rigorosamente
e realizar o cálculo corretamente para que o tratamento possa ser feito da
melhor forma possível.

Para você entender o cálculo de insulina, veja o esquema a seguir:

100 UI correspondem a 1 ml.

Porém, quando não tivermos disponível seringas de 1 ml, podemos

29
utilizar seringas de 3 ml, ok?

Prescrito insulina lantus 25 UI SC. Disponível frasco de insulina 100


UI e seringa de 3 ml. Quantos ml devo aspirar para administrar 25 UI?

Usando os a regra de três, primeiro precisamos identificar as unidades que


iremos trabalhar, ou seja, nesse exemplo temos as unidades internacionais (UI)
e ML.

Para ficar mais fácil de montar a regra de três, podemos criar duas
colunas identificando essas unidades, uma coluna para as unidades
internacionais e outra coluna para ml. Então observe:

Agora vamos para o passo 2 que é colocar as unidades iguais uma


abaixo da outra.

ML UI
TENHO 1 100
QUERO X 25

X. 100 = 25.1
X.100 = 25
x = 25 / 100
X = 0,25
O problema pede o resultado em ml. Nossa resposta é 0,25 ml.
Resposta: devo aspirar 0,25 ml de insulina, que corresponde a 25 UI.

Prescrito insulina NPH 35 UI SC. Disponível frasco de insulina 100 UI e


seringa de 3 ml. Quantos ml devo aspirar para administrar 35 UI?

ML UI
TENHO 1 100
QUERO X 35

X. 100 = 35.1
X.100 = 35

30
x = 35 / 100
X = 0,35

Resposta: devo aspirar 0,35 ml de insulina, que corresponde a 35 UI.


Prescrito insulina tresiba 45 UI SC. Disponível frasco de insulina 100 UI
e seringa de 3 ml. Quantos ml devo aspirar para administrar 45 UI?

ML UI
TENHO 1 100
QUERO X 45
X. 100 = 45.1
X.100 = 45
x = 45 / 100
X = 0,45

Resposta: devo aspirar 0,35 ml de insulina, que corresponde a 45 UI.

DESAFIO DA INSULINA

Quando as unidades não coincidem com o frasco:

Temos seringa de 1 ml graduada em 40 UI, o frasco de insulina é de 80 UI por


mililitro. A dose prescrita foi de 25 UI.

Frasco ————- seringa


Prescrição ——–X

FRASCO UI SERINGA UI
TENHO 80 40
QUERO 25 X

X. 80 = 40. 25
X.80 = 1000
31
x = 1000 / 80
X = 12,5
então aspiraremos 12,5 UI, que correspondem as 25 UI prescritas.

Se não houver nenhum tipo de seringa de insulina na unidade e sendo


necessário o uso de seringa hipodérmica (3ml-5ml) neste caso, o volume
aspirado terá por base sempre 1ml da seringa não importando o tamanho
da seringa. Caso a Prescrição Médica seja em valores mínimos, não
sendo possível aspirá-lo, o médico deverá ser comunicado, pois não está
indicada a diluição da insulina devido à perda da estabilidade.

Cálculo de Heparina

A heparina é um medicamento com ação anticoagulante. É usada para


prevenir a formação de coágulos de sangue.
A heparina é utilizada para tratar trombose (venosa, pulmonar, cerebral).
Também é usada para tratar o infarto agudo do miocárdio e prevenir a
obstrução dos vasos cerebrais.
Esse cálculo é feito através da regra de três simples.

Prescrito liquemine 500 UI SC de 12 em 12 horas. Disponível liquemine


1000 UI/ml em ampola de 1 ml. Quantos ml devo aspirar para administrar
500 UI?

Então, para resolver a regra de três, primeiro precisamos identificar as


unidades que estamos trabalhando, ou seja, nesse exemplo temos unidades
internacionais (UI) e ML.

Pra ficar mais fácil de montar a regra de três, podemos criar duas colunas
identificando essas unidades, uma coluna para as unidades internacionais e
outra coluna para ml. Então observe:

Agora vamos para o passo 2 que é colocar as unidades iguais uma


abaixo da outra.

32
ML UI
TENHO 1 1000
QUERO X 500

X . 1000 = 1 . 500 Para facilitar o nosso cálculo podemos


simplificar os zeros no numerador e no
X . 1000 = 500 denominador e da mesma forma
simplificar a unidade de medida UI
x = 500 / 1000
X = 0,5

Resposta: devo administrar 0,5 ml de heparina, que corresponde a 500 UI,


a cada 12 horas.

Prescrito heparina 1000 UI SC de 12 em 12 horas. Disponível heparina


5000 UI/5ml. Quantos ml devo aspirar para administrar 1000 UI?

Prescrito heparina 10000 UI SC de 8 em 8 horas. Disponível heparina


5000 UI/1ml. Quantos ml devo aspirar para administrar 10000 UI?

Desmistificando o Cálculo de Penicilina Cristalina

A penicilina cristalina é um
antibiótico que é apresentado
nas concentrações de
5.000.000 UI e 10.000.00.

Possui 2 mL de volume de

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conteúdo sólido e uma capacidade máxima de 10 mL, portanto existe a
possibilidade de introduzir até 8 mL de água destilada para completar o limite
máximo do frasco.

O de 10.000.000 UI possui 4mL de


volume de conteúdo e uma
capacidade máxima de 10 ml,
portanto existe a possibilidade de
introduzir até 6 mL de água
destilada para completar o limite
máximo do recipiente. Veja na
imagem:

Exemplo: Possuo prescrição de Penicilina Cristalina 800.000 UI, tenho


disponível frasco com 5.000.000 UI, como proceder?

Possuo prescrição de Penicilina Cristalina 1.200.000 UI, tenho disponível


frasco com 10.000.000 UI, como proceder?

34
Concentração dos Medicamentos

Solução Isotônica

É uma solução que possui a mesma concentração plasmática, ou seja,


uma solução com concentração igual ou mais próxima possível à
concentração do sangue.

Como por exemplo:


Cloreto de sódio a 0,9% de 100 ml.

Ele é composto por:


• Cloreto de sódio 0,9% (em gramas é 0,9 g), nosso soluto = [em menor
quantidade].
• Água para injeção 100 ml, nosso solvente = [em maior quantidade].

Solução Hipotônica

É uma solução que possui baixa concentração plasmática, ou seja,


possui uma concentração abaixo da concentração do sangue.

Como por exemplo:


Soro Glicosado a 2% de 100 ml.

Ele é composto por:


• Glicose 2% (em gramas é 2 g), nosso soluto = [em menor quantidade].

35
• Água para injeção 100 ml, nosso solvente = [em maior quantidade].

Solução Hipertônica

É uma solução que possui alta concentração plasmática, ou seja, possui


uma concentração maior que a concentração do sangue.

Como por exemplo:


Soro glicosado a 10% de 500 ml.

Ele é composto por:


• Glicose 10% (em gramas é 10 g), nosso soluto = [em menor quantidade]
• Água para injeção 500 ml, nosso solvente = [em maior quantidade]

Proporção

A proporção é uma fórmula que mostra a concentração da solução e consiste


na relação entre soluto e solvente expressa em partes.

Concentração de Solução é a relação entre:

A quantidade de soluto (como por exemplo) = café [em menor quantidade].


A quantidade de solvente (como por exemplo) = água [em maior quantidade].
Se preferir podemos usar o exemplo do Cloreto de Sódio a 0,9% de 100 ml.

Ele é composto por:


Cloreto de sódio 0,9% (em gramas é 0,9 g), = nosso soluto [em menor
quantidade]
Água para injeção 100 ml = nosso solvente [maior quantidade]

Mas, como saber o porquê desses 0,9% se transformar em 0,9 g nos cálculos
de concentração dos medicamentos?

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Porcentagem

A porcentagem é outra forma de mostrar a concentração dos medicamentos.

Mas o que isso significa?

O termo por cento (%) significa centésimo.

O porcentual é a fração, onde o numerador é expresso e o denominador que


não aparece é sempre 100.

Em outras palavras, o número que vem antes do % indica quantas partes de


soluto [menor quantidade] existem em 100 partes da solução [maior
quantidade].

Na prática é assim:

5% indica que tenho 5 g de soluto em 100 ml de solvente, se eu tenho um Soro


Glicosado a 5%, então eu tenho 5 g de glicose em cada 100 ml desse soro.

Existem muitos estudantes e profissionais da área da saúde que têm


dificuldades quando precisam resolver cálculos de concentração dos
medicamentos.
Quando vamos preparar um medicamento, muitas vezes precisamos infundir
ou diluir em alguma solução.
Então, precisamos saber qual é a concentração dessa solução que iremos
utilizar.

Para isso, nós devemos realizar um cálculo para saber a sua concentração
através de porcentagem usando a regra de três.

Então, agora vamos ver alguns exemplos, ok?

1. Quantos gramas de cloreto de sódio há em uma solução fisiológica de

37
500 ml à 0,9%?

0,9g pra 100 ml (que é o nosso 100%)


X pra 500 ml

Então realizando a regra de três:


100 ml vezes x igual a 0,9g vezes 500 ml
X igual a 0,9g vezes 500 dividido por 100

X é igual a 450 dividido por 100

Nossa resposta é 4,5g


= ,
Então nós temos 4,5g de Cloreto de Sódio em uma solução fisiológica de
500 ml a 0,9%.

2. Quantos gramas de glicose há em uma solução glicosada de 1000 ml à


5%?

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3. Quantos gramas de cloreto de sódio há em uma ampola de cloreto de
sódio de 20 ml à 20%?

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QUAL A DIFERENÇA ENTRE RECONSTITUIÇÃO E DILUIÇÃO?

A reconstituição consiste em retornar um medicamento da forma de pó para


sua forma original líquida.Para isso, adiciona-se diluentes como água estéril,
cloreto de sódio 0,9% e glicose 5% ao recipiente com o pó medicamentoso
seguindo as instruções do fabricante até que se obtenha o medicamento
recomendado para uso.

Já a diluição tem como objetivo alterar a concentração de um medicamento já


em estado líquido, seja esse uma solução, uma suspensão ou um pó
reconstituído. Os diluentes usados geralmente são os mesmos.

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