Você está na página 1de 16

1)

FACULDADE DE TECNOLOGIA DO AMAPÁ-META


CURSO DE GRADUAÇÃO BACHARELADO EM ENFERMAGEM

REVISÃO DE FARMACOLOGIA PARA AV1 3º SEMESTRE 2021-1


PROFESSOR: EDILSON LEAL DA CUNHA

• Os fármacos tem sua composição química baseada em compostos orgânicos.


• Os compostos orgânicos são os que apresentam carbono, hidrogênio, oxigênio,
nitrogênio, fósforo e enxofre. São exemplos: as proteínas, os glicídios, lipídios,
vitaminas e enzimas
• A química orgânica estuda os compostos orgânicos, que são aqueles
formados por átomos de carbono.
• Em suma, a química orgânica consiste no estudo dos compostos de carbono.
• Droga: É toda substância originada do reino animal ou vegetal que poderá ser
transformada em medicamento.
• Remédio: Todo meio usado com fim de prevenir ou curar as doenças.
• Fórmula farmacêutica: É o conjunto de substâncias que compõem a forma pela
qual os medicamentos são apresentados e possui os seguintes componentes:
princípio ativo (agente químico), o corretivo (sabor, corantes, açúcares) e o
veículo (dá volume, em forma de talco, pós).
• Forma farmacêutica: É a maneira física pela qual o medicamento se apresenta.
comprimido, suspensão, solução, cápsulas, etc.
• Dose: É uma determinada quantidade de medicamento introduzida no
organismo para promover alterações ou modificações das funções do
organismo ou do metabolismo celular.
• Prescrição medicamentosa: É o documento que descreve como o medicamento
deve ser utilizado. Deve conter o nome do paciente, a data da prescrição, o
registro e o nome do medicamento, a dose, a frequência e horário da
administração e a assinatura e carimbo do profissional prescritor.
• Princípio Ativo: É a substância que existe na composição do medicamento,
responsável por seu efeito terapêutico. Também pode ser chamado fármaco.
• Medicamentos Simples: Aqueles usados a partir de um único fármaco. Ex.
Xarope de Vitamina C.
• Medicamento Composto: São aqueles preparados a partir de dois ou mais
fármacos. Ex.: Comprimido de Ácido Salicílico+ Cafeína.
• Medicamento de Uso Externo: São aqueles aplicáveis na superfície do corpo
ou nas mucosas. Ex.: Cremes, Pomadas, Loções, Xampus...
• Medicamentos de Uso Interno: São aqueles que se destinam à administração
no interior do organismo por via bucal e pelas cavidades naturais (vagina, nariz,
ânus, ouvidos, olhos etc.)
• Medicamentos de Manipulação: São aqueles preparados na própria farmácia,
de acordo com normas e doses estabelecidas por farmacopeia ou formulários e
com uma designação uniforme.
• Adição: Efeito combinado de dois fármacos (sinergismo).
• Efeito Adverso ou Indesejado: Ação diferente do efeito planejado.
• Potencialização: Efeito que ocorre quando um fármaco aumenta ou prolonga a
ação de outro fármaco.
• Efeito Colateral: Efeito imprevisível que não está relacionado à principal ação
do fármaco.
• Medicamentos Placebos: São substâncias ou preparações inativas,
administradas para satisfazer a necessidade psicológica do paciente de tomar
drogas.
• Medicamentos Homeopáticos: são preparados a partir de substâncias naturais
provenientes dos reinos animal, vegetal e mineral, e não apenas plantas como
muitos acreditam.
• Medicamento Fitoterápico: São medicamentos obtidos a partir de plantas
medicinais. São obtidos empregando-se exclusivamente derivados de droga
vegetal (extrato, tintura, óleo, cera, exsudato, suco, e outros).
• Medicamento de Referência ou de Marca: Medicamentos dos quais os
laboratórios farmacêuticos possuem a exclusividade sobre a comercialização
da fórmula durante um determinado período, que pode chegar a 20 anos.
• Medicamento Genérico: É aquele que contém o mesmo princípio ativo, na
mesma dose e forma farmacêutica, é administrado pela mesma via e com a
mesma indicação terapêutica do medicamento de referência.
• Medicamento Similar: é uma cópia do medicamento de referência. Exemplo:
• Nome genérico: Paracetamol
• Nome químico: 4-hidroxiacetanilida, p-acetilaminofenol, N-acetil-p-aminofenol.
• Nome de fantasia: Tylenol.
• Nome Fantasia ou Comercial: é aquele registrado e protegido
internacionalmente e que identifica um medicamento como produto de uma
determinada indústria. Um mesmo medicamento pode ser comercializado sob
muitos nomes de fantasia.
• Segundo a sua origem os medicamentos podem ser:

• Naturais: São medicamentos extraídos da natureza, tanto de animais como de


vegetais, como exemplo temos óleo de copaíba, peçonhas de cobras,
Insulinas, etc.
• Sintéticos: Preparados a partir de matéria-prima natural em laboratórios. Ex:
antibióticos sintéticos.
• Semi-Sintéticos: Resultam de alterações produzidas em substâncias naturais.
• Os medicamentos agem no organismo vivo de diversas maneiras,
produzindo diversos efeitos ou ações.

• Ação Local: O medicamento exerce seu efeito no local da aplicação, sem


passar pela corrente sanguínea (pomadas e colírios).
• Ação Geral ou Sistêmica: O medicamento cai na corrente sanguínea e vai
atuar no local da ação desejada (Injetáveis, medicamentos orais, etc.)







MECANISMOS DE AÇÃO DE DROGAS NO ORGANISMO (TEORIA DOS
RECEPTORES)
• Na farmacologia molecular as moléculas são as unidades funcionalmente
fundamentais.
• Todo o efeito produzido por uma droga em um sistema biológico pode ser
considerado como consequência de interações físico-químicas entre a
molécula da droga e moléculas do organismo.
• As drogas que atuam ligando-se especificamente a componentes
macromoleculares do organismo vivo agem por três mecanismos:
• a) drogas que inibem sistemas enzimáticos,
• b) drogas que interagem com ácidos nucleicos,
• c) drogas que interagem com receptores farmacológicos.
• Dependendo do modo de ação, os fármacos podem ser, estruturalmente
específicos e inespecíficos
• Estruturalmente inespecíficos: A ação biológica depende das propriedades
físico-químicas e não da estrutura química do fármaco.
• As propriedades são: solubilidade, pK (constante de ionização), poder
oxidoredutor (ganho e perda de elétrons), adsorção (fixação em uma fase
sólida), exemplos, Anestésicos gerais, alguns hipnóticos, antissépticos, alguns
antifúngicos tópicos e os inseticidas voláteis.
• Estruturalmente específicos: a ação depende da estrutura química, pois a ação
primária depende da interação com receptores biológicos, são fatores
importantes, a forma, o tamanho, distribuição dos grupos funcionais,
estereoquímica e a distribuição eletrônica. Os fármacos usados em terapêutica
pertencem a esse grupo.

• LATÊNCIA E DURAÇÃO DE UM FÁRMACO

• Entre a administração e o início dos efeitos do fármaco ocorre um período


denominado de latência que depende da via de administração, outro período
de latência ocorre entre o início da ação do fármaco e o aparecimento dos
efeitos.
• RELAÇÃO DOSE-EFEITO:

• Qualquer fármaco administrado a uma única pessoa ou animal, produz


resultados de intensidade relativamente imprevisível, isso norteia a quantidade
da droga a ser administrada.
• Quanto maior a dose maior o efeito até atingir o efeito máximo
• Nas relações dose-resposta, interessam três valores:
• Potência, índice terapêutico, efeito máximo

• Potência: É a quantidade absoluta dada em unidades de dose (ex. mcg/kg),


necessária para produzir um efeito farmacológico.
• Obs: Um fármaco muito potente pode ser muito tóxico, desse modo é inferior
terapeuticamente a um fármaco menos potente porém menos tóxico.
• Índice terapêutico: É a margem relativa de segurança que um fármaco
oferece, refere-se à relação entre dose tóxica ou letal e a dose necessária para
produzir o efeito desejado. Esse índice deve ser maior que 1
• Um fármaco é mais seguro quanto maior for o índice terapêutico.
• Efeito máximo: É a maior resposta produzida por um fármaco. Mesmo
aumentando a dose, não aumenta a resposta farmacológica.
TRANSMISSÃO NEURO-HUMORAL E FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO
AUTÔNOMO
BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES (BNM)
• São fármacos responsáveis pela interrupção da transmissão dos impulsos
nervosos na junção neuromuscular, causando com isso a paralisia dos
movimentos musculares.
• Os bloqueadores neuromusculares (BNMs) são fármacos utilizados em
anestesia com a função de proporcionar relaxamento da musculatura
esquelética.
• Essas drogas permitem ao anestesiologista realizar a intubação oro traqueal.
• Facilitam a ventilação e promovem condições operatórias ótimas, por exemplo
durante a laparotomia.
• São dois os tipos de receptores colinérgicos: MUSCARÍNICOS e
NICOTÍNICOS, podem ser diferenciados entre si com base em suas diferentes
afinidades para fármacos que mimetizam a ação da acetilcolina.
• Receptores Muscarínicos: além de reconhecerem a acetilcolina, também
reconhecem a muscarina, um alcaloide presente em certos cogumelos
venenosos.
• Receptores Nicotínicos: são estruturas pentaméricas, que atuam como alvo
do tipo canal iônico. Reconhecem bem a nicotina, podendo ser divididos em
três categorias:
• musculares (localizados na junção neuromuscular esquelética);
• ganglionares (responsáveis pela transmissão nos gânglios simpáticos e
parassimpáticos);
• e os do Sistema Nervoso Central (espalhados por todo o cérebro)

• Os BNMs agem nos receptores da acetilcolina, inibindo a função desse


mediador químico.
• Os BNMs são compostos amônios quaternários estruturalmente semelhantes à
acetilcolina (ACh) que atuam primordialmente no receptor nicotínico
pósjuncional da junção neuromuscular.

• Os BNMs podem ser agonistas (BNMs “despolarizantes”) e antagonistas (BNM


“adespolarizantes”) do receptor nicotínico.
• Para inibir os BNMs são usadas as drogas anticolinestesáricas, também
conhecidas como inibidores da acetilcolinesterase, com isso a acetilcolina
aumenta na junção neuromuscular.






Você também pode gostar