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Farmacologia:
• Ciência que estuda as interações entre os medicamentos e os constituintes do organismo, bem como a aplicação
deste conhecimento à medicina.
• Tem uma relação estreita com outras áreas (Química, medicina, genética, fisiologia)
Perspetiva Histórica
Pré-história
• Feito por tentativa e erro
• Experiência própria ou observação de efeitos em animais
China
Shennong - Pai da agricultura e da medicina chinesas
• identificou e descreveu centenas de plantas com valor medicinal → criou o Herbário
Antigo Egito
Papiro de Ebers : Registo médico/farmacológico mais antigo, incluindo diversos “remédios”
Remédios: alivia podendo não tratar, inclui fármacos/ medicamento/ chás …
Grécia Antiga
Hipócrates - Pai da medicina (ética médica)
Dioscórides - Escreveu “Da Matéria Médica”
Roma Antiga
Galeno - foi o pai da Farmácia galénica e um fisiologista experimental
Idade média
• Conhecimentos de Farmácia e Medicina estavam “preservados” nos mosteiros
• Surgem as primeiras farmácias de venda direta ao publico (Bagdade)
Itália, florença
Primeira Farmacopeia- contém muitas das receitas (indica como preparar preparações farmacológicas)
Medicamentos manipulados – medicamento prescrito individualmente pelo médico para um dado doente, tendo a
frente escrito a sigla FSA (Faça segundo a arte) indicando que deve consultar a farmacopeia
Paracelsus (Mt imp)
• A alteração do equilíbrio dos constituintes químicos do organismo leva à doença
• Conceito Dose-Resposta: “Todas as substâncias são venenosas; não há substância que não seja um veneno. A dose certa
diferencia um veneno de um remédio” (Maior dose→ maior resposta)
França
Claude Bernard
• Propôs o local de ação do fármaco (junção neuromuscular)
• Pai da medicina experimental moderna, uma vez que teve a necessidade de estudar o local de ação dos
fármacos e permitiu que se percebe-se como é que o medicamento atua
Paul Ehrlich
• Introduziu os conceitos “recetor” e “quimioterapia”
• Nobel (1908)
Stanislas Limousin
• Introduziu diversos dispositivos terapêuticos: conta-gotas, inalador de oxigénio, ampolas de vidro
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Alexander Fleming Placebo
• Descobriu a penicilina Não é um medicamento, é uma substância
• Devido a isto surgiram antibióticos inocula e inativa que é incapaz de se ligar a
um determinado alvo e ter uma resposta
Louis Lasagna fisiologica, mas que muitas vezes acaba por
• Pai da Farmacologia Clínica ter um efeito fisiológico positivo
• Conceito de “ensaio clínico controlado” e de “efeito placebo”
Origem:
• Natural (extraídos a partir de uma fonte animal, vegetal, mineral)
• Sintética (síntese química ou biotecnológica, ou seja, usando um organismo vivo como bactérias)
• Semi-sintética (uma parte é extraída e o fim da síntese é feita em lab)
Tipo:
• Biofármaco (medicamento biológico) – dimensões elevadas (ex: proteína, ác. nucleico)
• Pequena molécula (químico)
• Substância ou associação de substâncias, estranhas ao corpo, que possui propriedades curativas ou preventivas de
doenças e dos seus sintomas, atuando em alvos fisiológicos
• Pode ser usado para diagnóstico médico ou para restaurar, corrigir ou modificar funções fisiológicas.
• Tem que poder ser utilizada ou administrada no ser humano
• Um medicamento pode conter um ou mais fármacos e excipientes, como tal tem as msm propriedades
Substância ativa: Toda a matéria de origem humana, animal, vegetal, química que isoladamente ou em combinação
com uma ou mais substâncias, desempenha a atividade pretendida para o medicamento.
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Excipiente: Qualquer matéria-prima que, incluída nas formas farmacêuticas, se junte às substâncias ativas para servir-
lhes de veículo, possibilitar a sua preparação ou estabilidade, modificar as suas propriedades organoléticas ou
determinar as propriedades físico-químicas e a sua biodisponibilidade.
Estão junto as substâncias ativas mas não interagem com alvos fisiológicos
Entidade reguladora: INFARMED (mais rigor para ser aprovado logo tem mais eficácia e segurança)
Nomenclatura (como se designam fármacos)
Mais usada
Nome químico do fármaco: formula química
DCI (denominação comum internacional) - designação adotada para substâncias ativas de medicamentos, de
acordo com regras definidas, que não pode ser objeto de registo de marca ou nome.
Nome do medicamento (nome comercial) - denominação pela qual o medicamento se encontra aprovado e que
consta da respetiva A.I.M.
Tipos de medicamento:
Uso:
• Humano Doente: paciente que esta realmente doente
• Veterinário Utente: paciente que não se encontra doente
Modo de ação
• Ação tópica – atua no local de aplicação (cremes e gotas oculares)
• Ação sistémica - atinge a corrente sanguínea e tem um efeito generalizado
Alvo terapêutico
• Organotrópico – atua no organismo humano
>IMP.
• Etiotrópico - atua no agente patógeno
Dispensa
• Ambulatório- ocorre fora do hospital (farmácia comunitária)
• Exclusivo hospitalar (farmácia hospitalar)
Comparticipação
• Comparticipado - fração do preço dos medicamentos de uso humano, financiada pelo SNS ou outros
subsistemas de Saúde
• Não comparticipado
Nem sempre um MSRM é comparticipado
Medicamento vs cosmético:
O que é um produto cosmético?
Qualquer substância ou mistura destinada a ser posta em contacto com as partes externas do corpo humano
(epiderme, sistema capilar, unhas, lábios e órgãos genitais externos) ou com os dentes e as mucosas bucais, tendo como
objetivo limpá-los, perfumá-los, modificar-lhes o aspeto, protegê-los, mantê-los em bom estado ou corrigir os
odores corporais.
Os produtos destinados a serem ingeridos, inalados, injetados ou implantados no corpo humano não são considerados
cosméticos.
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Medicamentos vs suplementos alimentares
Suplementos alimentares são géneros alimentícios que se destinam a complementar o regime alimentar normal e que
constituem fontes concentradas de nutrientes ou outras substâncias com efeito nutricional ou fisiológico, comercializadas em
forma doseada e tomados em quantidade reduzida.
Entidade reguladora: DGAV (direção geral de agricultura e
veterinária)
Medicamento: por norma tem doses mais elevadas e na
função fisiológica
Os Suplementos Alimentares devem são consumidos com a
finalidade de manter, apoiar ou otimizar os processos
fisiológicos normais, ou seja, a homeostasia, sem alterar ou
bloquear essas funções.
Dispositivos médicos
• Engloba um vasto conjunto de produtos, para fins comuns aos dos medicamentos, tais como prevenir, diagnosticar
ou tratar uma doença humana.
• No entanto, os dispositivos médicos devem atingir os seus fins através de mecanismos que não se traduzem em
ações farmacológicas, metabólicas ou imunológicas.
• Ex: mascara, luvas, seringas
Tipos de medicamentos:
• Fórmula magistral: preparado segundo uma receita médica e destinado a um doente específico.
• Preparado oficial: Preparado segundo as indicações compendiais de uma farmacopeia ou de um formulário
oficial
Identificação: DCI das substâncias ativas + nome do titular de AIM + dosagem + forma farmacêutica + sigla MG
Bioequivalência : Atua de forma igual/tem o msm efeito em diferentes organismos, para isso tem que se garantir
que no mesmo intervalo de tempo se liberta a mesma quantidade de principio ativo
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Medicamento à base de plantas
não tem
• Toxicidade por sobredosagem → Reações tóxicas, muitas vezes graves, que ocorrem em doses superiores às
terapêuticas.
• acidental (erro do médico, farmacêutico ou doente)
• intencional (homicídio ou suicídio)
• Contraindicações → Estado ou doença que torna desaconselhável um determinado tratamento
• absoluta (Não se deve msm tomar)
• relativa (precaução)
• Interações → Efeito de um fármaco ou alimento na efetividade ou segurança de outro fármaco.
• Posologia → Quantidade (dose) de um medicamento que deve ser fornecida ao doente por determinada via, com
intervalo de tempo e duração do tratamento, para alívio de um sintoma ou tratamento de uma doença.
Ex: 1 comprimido de 10 mg, por via oral, de 12 em 12 h, durante 7
dias
Classificação farmacoterapêutica
Circuito do medicamento
Fases
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Autorização de Introdução no Mercado (AIM)
• Concedida por uma agência reguladora (Infarmed, agência do medicamento de outro Estado Membro da UE ou a
Agência Europeia do Medicamento-EMA)
• Rege-se pelas normas do Sistema Europeu de Regulação, e visa garantir a qualidade, a segurança e a eficácia
dos medicamentos.
• Pedida entre a fase 3 e 4 dos ensaios clínicos
Farmacovigilância
• Visa garantir a monitorização contínua da segurança dos medicamentos existentes no mercado, permitindo
identificar potenciais reações adversas novas (RAM), quantificar e/ou melhor caracterizar reações adversas
previamente identificadas e implementar medidas que permitam minimizar o risco da sua ocorrência.
Fabrico (etapa 4)
• Tem que garantir boas práticas de produção que são fiscalizadas pelo INFARMED (qualidade, custos, segurança e
ambiente)
Prescrição e dispensa
Os medicamentos são receitados pelo médico (ou médico dentista), preferencialmente por via eletrónica.
Receita Médica
• Convencional
• Renovável (tem três vias)
• Especial: quando pode ser viciante (ex: Estupefacientes ou psicotrópicos)
• Restrita (ex: uso exclusivo hospital)
• Farmacêuticos
• Técnicos de saúde/farmácias
Utilização
• Só devemos usar o medicamento quando nós for
prescrito e estritamente necessário
Farmacologia experimental
Objetivos
‐ Descobrir novos agentes terapêuticos/fármacos
‐ Estudar os mecanismos de ação
‐ Estudar a toxicidade dos medicamentos
‐ Avaliar a segurança, a qualidade e a eficácia
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Tipos de estudo
Devem ocorrer por esta ordem cronológica
Tipos de culturas:
Culturas primárias (recolhidas diretamente dos órgãos, mas degradam-se e isso altera resultados)
Linhas celulares(imortaliza-se as células e ficam congeladas)
Aderentes (fim do frasco de cultura)
Em suspensão
Aplicações em Farmacologia / Terapêutica
Desenvolvimento de novos fármacos
a) Identificaçao de alvos terapêutivos
b) Comprovação de uma atividade farmacológica
c) Optimização de novos fármacos
d) Avaliação pré-clínica da segurança (ex: cito- e genotoxicidade)
e) Avaliação preliminar da ADME (ex: absorção intestinal, biotransformação)
Produção de biofármacos (produzido através de organismos vivos)
a) Necessidade de folding e modificações pós-translacionais para obtenção de
proteínas ativas
b) Produção de vacinas (RNA e vírus inativados)
Terapia celular
a) Identificação de novos alvos terapêuticos
• Estudos de citotoxicidade em diferentes tipos de células, para ver se há capacidade de a matar ou não
• Estudos de genotoxicidade (ver se não é toxico para o genoma humano, para não causar cancro)
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Vantagens
• Meios mais simples, económicos e sem questões éticas
• Permitem estudar eficazmente mecanismos celulares
• Permitem a avaliação de efeitos específicos em determinadas células/tecidos;
• Condições ambientais controladas
Garantem o acesso direto dos compostos às células
Desvantagens
• Não existem modelos celulares para todos os órgãos e tecidos – seleção do modelo representativo;
• Ausência dos mecanismos de ADME, porque so é possível em seres vivos
• Risco de contaminações
• Elevado gasto de material (custos económicos e ambientais).
Animais usados
-Número de animais
‐ Sexo
‐ Idade
‐ Tempo da gestação
‐ Doses
‐ Via e frequência de administração
‐ Alimentação e manutenção em laboratório
‐ Custos
Vantagens
Ensaios clínicos
usam placebo para comparação com os resultados obtidos com a subts ativa, para servir de grupo de controlo
Classificações
Os ensaios clínicos podem ser realizados de diferentes formas, dependendo dos objetivos e das metodologias
definidas para cada substância.
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Ensaio clínico Aleatorizado/Randomizado
Estudo em que todos os doentes são distribuídos ao acaso por grupos.
Ensaio clínico Multicêntrico ou Multinacional
Estudo definido por um único protocolo e que decorre em mais do que um centro de ensaios clínicos e/ou em mais do
que um país/nacionalidade (pode ser ao mesmo tempo)
Ensaio clínico Aberto
Estudo em que tanto o investigador como o doente sabem qual a substância administrada.
Ensaio clínico em ocultação simples (cego)
Estudo em que o investigador sabe qual a substância administrada, mas o doente não tem acesso a essa informação.
Ensaio clínico em dupla ocultação (duplamente cego)
Nem o investigador nem o doente sabem qual a substância administrada, evita sobre/sub desvalorização
Dependente do objetivo do ensaio clínico, podemos ainda classificá‐los como:
Ensaio Comparativo
Estudo em que se comparam duas ou mais substâncias, com diferentes objetivos (ex compara com placebo)
Ensaio de Equivalência
Pretende demonstrar a resposta semelhante de duas ou mais substâncias
Ensaio de Superioridade
Pretende demonstrar a eficácia superior de uma substância relativamente a um placebo ou a outra substância ativa
Ensaio de Não‐Inferioridade
Estudo em que se compara a substância a investigar com outra substância/tratamento de referência, de forma a
demonstrar que a eficácia desta nova não é inferior à existente
Fontes de Informação
Fontes de Informação - Classificação
INFOMED - Infarmed
Base de dados de medicamentos de uso humano com informação detalhada semelhante à apresentada no Prontuário
• Folheto Informativo (FI) - Informação que acompanha o medicamento e que tem linguagem menos técnica
destinada aos utentes
• Resumo das Caracteristicas do Medicamento (RCM): Informação relevante mais detalhada para uma utilização
segura e eficiente do medicamento-destinada aos profissionais de saúde
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Vias de administração de fármacos
Vias de administração
• Forma através da qual um fármaco entra em contacto com o organismo
• Tem grande impacto na velocidade do efeito e na eficiência do fármaco
efeito Tópica
efeito Sistémica
• Efeito generalizado
• Via entérica: Absorção através do trato gastrointestinal → Via oral, sublingual e rectal
• Via parentérica: Absorção fora do trato GI ou não há absorção (diretamente em vasos sanguíneos)→ Via
endovenosa, intramuscular, subcutânea
Vantagens
• Cómoda Desvantagens
• Doses exatas (de princípio ativo) • Necessidade de colaboração do doente
• Preparações retard (é possível atrasar a sua • Absorção pode ser lenta e irregular (alimentos,
libertação) alteração de pH)
• Possibilidade de interações
• Segura (porque não entra logo na corrente
• Metabolização hepática (efeito de 1ª passagem)
snaguinea) • Reações adversas
• Económica • Não indicada para situações de emergência (efeito
lento)
Via sublingual
• Medicamento colocado debaixo da língua (não pode ser usada em todos os fármacos)
• Absorção por pequenos vasos sanguíneos (pequena espessura do epitélio e ↑ vascularização)
Ex: nitroglicerina, nicotina
Vantagens Desvantagens
• Absorção rápida (usado em emergência) • Necessidade de manter o medicamento na boca
• Evita o efeito de primeira passagem porque é logo • Apenas permite doses baixas
absorvido (> biodisponibilidade)
• > estabilidade do fármaco (pH neutro)
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Via rectal
• Formas farmacêuticas: supositórios e enemas (laxantes)
Vantagens
• Útil em doentes incapazes de tomar p.o.
Desvantagens
• Evita o efeito de primeira passagem (~50%), porque
• Absorção incompleta e irregular
uma parte é logo abs e outra vai para o fígado
• Má aceitação pelo doente
• Evita degradação do fármaco por enzimas ou pH
• Contraindicado para fármacos irritant
• Permite também ação local (laxantes)
Vantagens
• Dose exata Desvantagens
• Início de ação imediato (+ v = irrigação por vasos) • Administração por técnico especializado
• Adequado a situações de emergência • Risco de embolismo (bolhas de ar entupir vasos)
• 100% biodisponibilidade • Maior risco de reações adversas (concentrações
• Maior controlo na administração de medicamentos elevadas obtidas rapidamente; reações anafiláticas)
com baixa margem terapêutica (pequeno intervalo em • Limitada a soluções aquosas
que pode ser tomado para ter efeito sem ser toxico)
Vantagens
• Adaptável a soluções aquosas (absorção rápida), Desvantagens
bem como a suspensões e emulsões (libertação • Potencial dor e irritação no local de injeção
prolongada) • Impossibilidade de auto‐administração
•O musculo vai servir como deposito, porque vai • Limitada a pequenos volumes
havendo libertação lenta (absorção)
Via subcutânea (SC) – semelhante à via IM; absorção mais lenta (45º)
Vantagens Desvantagens
• Permite auto‐administração (ex: insulina) • Potencial dor e necrose por substâncias irritantes
• Limitada a pequenos volumes
• Absorção depende do fluxo sanguíneo (problemas
circulatórios, fármacos vasoconstritores/ dilatadores
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Via INALATÓRIA
• Gases, agentes voláteis e aerossoles (partículas sólidas ou líquidas dispersas num gás)
• Administração na mucosa brônquica e membranas alveolares
• Local de deposição depende do tamanho das partículas
• Grande superfície de absorção e irrigação
Vantagens Desvantagens
• Absorção rápida • Dificuldade na regulação da dosagem exata
• Evita o efeito de primeira passagem • Possível dificuldade na utilização dos inaladores
• Efeito local (ex: broncodilatadores) ou sistémico (ex: • Apenas uma fração do fármaco contacta com o trato
anestésicos) respiratório
Via TRANSDÉRMICA
• Absorção através da pele
• Efeito sistémico
• Forma farmacêutica = adesivo (patch)
Vantagens
• Libertação prolongada Desvantagens
• Não invasivo • Limitado a fármacos lipofílicos e potentes (ter efeito
• Evita o efeito de primeira passagem em pequena quantidade)
• Não permite ajuste da dose
Vias TÓPICAS
• Aplicação na pele ou mucosas
• Efeito essencialmente local (mas pode haver absorção sistémica)
• Cutânea (ex: pomadas, cremes, pós)
• Ocular (ex: gotas, pomadas oftálmicas)
• Auricular (ex: gotas, sprays)
• Intranasal (ex: gotas, sprays)
• Vaginal (ex: óvulos, comprimidos, cremes)
Início de ação
• IV (< 1 min)
• Oral (30-90 min)
• Transdérmica (variável min- horas)
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Conclusão
A via de administração depende de:
• Características físicas do fármaco
• Velocidade de libertação e absorção do fármaco
• Necessidade de ultrapassar o efeito de 1ª passagem
• Necessidade de atingir concentrações elevadas em determinados órgãos
Farmacologia Experimental
Objetivos:
‐ Descobrir novos agentes terapêuticos
‐ Estudar os mecanismos de ação
‐ Estudar a toxicidade dos medicamentos
‐ Avaliar a segurança, a qualidade e a efic
Farmacocinética
Farmacocinética (PK)
• Estuda o(s) efeito(s) do organismo no fármaco ou o movimento do fármaco pelo organismo
(ADME)
• Condicionantes: início de ação (da absorção), a intensidade e a duração do efeito.
ADME
1) Absorção (passagem para a corrente sanguínea)
2) Distribuição
3) Metabolização
4) Excreção
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Ciclo dinâmico: as etapas podem ocorrer em simultâneo
0.libertação (L): No caso de formas sólidas, requer a desintegração e a
dissolução do fármaco no fluido GI, logo demora mais a ser absorvido
1.Absorção
Biodisponibilidade
• Fração do fármaco administrado que atinge a circulação sanguínea
• Velocidade e o grau com que uma substância ativa é absorvida a partir de um medicamento se torna disponível no
local de ação.
• Depende: forma farmacêutica, via de administração, absorção e efeito de 1ª passagem.
A absorção implica a passagem do fármaco pelas membranas das células do epitélio GI, sendo beneficiada por:
• + Área de contato com o fármaco
• + Tempo de contato com o fármaco
• - Espessura da superfície
• + Irrigação (vasos sanguíneos)
• + Lipossolubilidade do fármaco
• pH (depende do fármaco)
• - Presença de alimentos
• Patologias (ex: diarreia)
Os fármacos podem ser absorvidos ao longo de todo o TGI, havendo zonas mais especificas. O intestino apresenta
mais características benéficas a absorção do que o estômago.
Mecanismos de absorção intestinal de fármacos:
O tipo de mecanismo usado depende da solubilidade do fármaco
Xenbióticos
• Substâncias estranhas ao organismo
• Ex: substancias toxicas, fármacos, toxinas
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Influência do pH na absorção
pKa
Equação de Henderson‐Hasselbalch
Meio acido
• Rico em H+
• Assim sendo há muitas formas protonadas e por isso há mais AH e BH+
• Dai ácidos fracos serem melhor absorvidos em meio acido
Ácidos e bases
• Ácidos fracos
o o grau de ionização é maior a pH elevado e menor a pH baixo, logo há maior absorção a pH baixo
o pH gástrico (1‐1,5) – favorece a absorção de ácidos fracos
• Bases fracas
o o grau de ionização é maior a pH baixo e menor a pH elevado,
logo maior absorção a pH elevado
o pH intestinal (~6‐8) – favorece a absorção de bases fracas
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1.No estomago há menos forma
ionizada porque A- é um numero
mt pequeno, logo existe mais da
forma absorvível
2. No estomago há um número
muito pequeno de B (forma não
ionizada)
No intestino a forma não ionizada
é maior que no estomago, logo no
intestino existe mais absorção
Tomar este fármaco de forma oral
não seria bom, uma vez que a
quantidade absorvível neste dois
órgãos é pequena. Solução seria
aumentar a dose ou mudar a via
de administração (trasndermica e
endovenosa)
3.
a- pequena forma ionizada
b- grande forma não ionizada
c- grande forma ionizada
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2.Distribuição
• Processo reversível pelo qual um fármaco deixa a corrente sanguínea para entrar no fluido intersticial e/ou nas
células dos tecidos.
Depende de:
A. Fluxo sanguíneo
B. Permeabilidade dos capilares
C. Grau de ligação às proteínas plasmáticas e aos tecidos
A. Influência do fluxo sanguíneo
• Elevado: recebem os fármacos mais rapidamente (cérebro, fígado e rins)
• Reduzido: recebem os fármacos mais lentamente (músculo esquelético e tecido adiposo)
O fluxo aumenta a chegada de fármaco, mas também o ira remover mais rapidamente
B. Influência da permeabilidade dos capilares
Estrutura do vaso
• Descontínua no fígado e baço
•Contínua no SNC – Barreira hemato‐encefálica (apenas entram fármacos lipossolúveis ou transportados por
transportadores específicos)
✧ Pró‐fármaco
Composto administrado que é inativo (ou parcialmente ativo), e que se torna ativo ou mais após biotransformação
Fases metabolização
Fase 1
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Enzimas envolvidas na fase 1, sendo que não permanecem
ligadas
• A eliminação renal de ácidos fracos pode promover‐se por alcalinização da urina (ex: com bicarbonato), que
faz com que os ácidos não consigam passar a membrana
• A eliminação renal de bases fracas (ex: cocaína) pode promover‐se por acidificação da urina (ex: NH4 Cl)
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4.Eliminação biliar
Parâmetros Farmacocinéticos
Clearance (deputação):
Biodisponibilidade 3 Ex:Fármaco
genérico
Bioequivalência
Farmacodinâmica
Como o fármaco atua no organismo e os mecanismos de ação do fármaco
Recetores
Recetores → São componentes macromoleculares (proteínas ou ácidos nucleicos), onde substâncias endógenas e
fármacos se ligam para desencadearem uma resposta biológica ou efeito terapêutico (alterar funções fisiológicas já
existentes)
Os fármacos têm uma estrutura molecular semelhante à dos ligandos endógenos e ligam‐se nos mesmos locais
específicos (recetores)
Interação Fármaco-Recetores
• A ligação de um fármaco a um recetor pode ou não ativar esse recetor, ou seja, pode não ter eficácia
fisiologica
Tipos de recetores
A)Canais iónicos
• São canais seletivos para iões presentes nas membranas
• Ocorre abertura ou fecho do canal
• Existem 3 subtipos de canais iónicos:
o Regulados por ligante, voltagem (carga) ou 2º
mensageiro
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• São proteínas com diversas subunidades, logo fármacos diferentes podem ligar-se ao msm recetor, mas em
subunidades diferentes
• Ex: Acetilcolina – neurotransmissor (SNC e SNP)
Segundos Mensageiros
São moléculas que são responsáveis pelo efeito final, não sendo as primeiras a ser ativadas
• AMPc
• Ca 2+
C)Proteinocinases
D) Recetores intracelulares
1) Os ligandos lipossolúveis e de pequeno tamanho atravessam a membrana celular e ligam‐se aos recetores
proteicos no interior da célula, formando complexo fármaco-recetor
2) O complexo ativado atravessa a membrana nuclear e liga‐se a uma sequência específica do ADN e regula a
transcrição (ribossomas) de genes específicos
3) resposta
• Os fármacos que se ligam a recetores intracelulares produzem o seu efeito terapêutico apenas ao fim de pelo
menos 30 min e pode persistir durante alguns dias após a suspensão da terapêutica, uma vez que as proteínas
sintetizadas mantêm‐se ativas (precisam de desmame)
Outros Recetores
Enzimas extracelulares: Envolvidas na regulação de processos fisiológicos como a vasoconstrição e a neurotransmissão.
Ex: acetilcolinesterase
Recetores de adesão de superfície celular: Medeiam as interações célula‐célula.
Ex: Integrinas.
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Fármacos que não se enquadram no modelo fármaco‐recetor
Classificar fármacos
Agonista total → elevada afinidade e resposta máxima
Agonista parcial → menor afinidade que o agonista total e a resposta máx
é < 100%
Antagonista/bloqueador → afinidade para o recetor e não desencadeia
resposta
Curvas dose‐resposta
A Farmacodinâmica de um fármaco pode ser
quantificada pela relação entre a dose
(concentração) do fármaco e a resposta do
organismo (do paciente) a este fármaco.
EC50 ‐ é a dose/concentração efetiva do
fármaco que origina 50% da resposta.
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Potência e Eficácia ‐ Agonistas + Afinidade e + Potência e -Dose necessária → efeito
Tipos de Antagonismo
Com recetor
Competitivo
Não competitivo
• os dois fármacos não atuam no mesmo local no recetor só num sitio perto ou liga-
se um ao outro aumentado a metabolização (indutor)
• Efeito sobre a eficácia do agonista!
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Sem recetor
I. Químico →Um antagonista químico inativa o agonista específico ao modificá‐lo ou sequestrá‐lo, de modo a que o
agonista não seja mais capaz de ligar‐se ao recetor e de o ativar.
II. Fisiológico/ Funcional → Tratam‐se de substâncias com funções opostas, tendo recetores diferentes em locais
diferentes.
Interação Fármaco‐Recetor
• Podem acontecer interações fármaco‐fármaco (medicamentosas) ou fármaco‐alimento, pela ligação aos mesmos
recetores.
• Os efeitos de um determinado fármaco são alterados na presença de outro fármaco, químico, bebida ou alimento
(PK ou PD).
Interações Farmacodinâmicas
• Acontecem quando dois ou mais fármacos atuam no(s) mesmo(s) recetor(es) → alteração do efeito
terapêutico
• Aumento do(s) efeito(s) terapêutico(s).
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