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MED13MA
FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
Introdução a Farmacologia
Aula 01
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Odontologia – UNINASSAU 3º PERIODO
MED13MA
FARMACOLOGIA GERAL –
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A partir do momento que se conheceu e isolou o princípio ativo do produto natural, a indústria
farmacêutica tomou robustez, à medida que os conhecimentos biomédico, fisiopatológico e da
biologia molecular também foram crescendo.
#VEÍCULO PARA TOMAR MEDICAÇÃO É ÁGUA: e não refrigerante, café, chá. As substâncias
presentes no chá, por exemplo, podem reduzir o efeito da medicação ou potencializar um efeito
tóxico e até mesmo do medicamento em si.
Para fim medicamentoso, o chá deve ser utilizado com muita cautela.
#Não é porque é natural que não faz mal.
#HOMEOPATIA: Método terapêutico que consiste em prescrever a um doente, sob uma forma
diluída e em pequeníssimas doses, uma substância que, em doses elevadas, é capaz de produzir
num indivíduo sadio sinais e sintomas semelhantes aos da doença que se pretende combater.
Semelhante cura semelhante, diluição e dinamização (agitação). “Memórias na água”, pela
elevada diluição.
FÁRMACO: é uma substância que tem uma estrutura química já definida e tem como
finalidade o uso para um efeito benéfico no organismo.
DROGA: droga é qualquer substância que cause alguma alteração no funcionamento do
organismo por ações químicas, com ou sem intenção benéfica.
Ou seja, a diferença entre ambos que é que o fármaco trará sempre um benefício, a droga nem
sempre.
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MEDICAMENTO: forma farmacêutica constituída por um ou vários princípios ativos (o
fármaco em si) e excipientes. Podendo ser usado para fins terapêuticos, profiláticos
(vacinas, cefalexinas pré-cirúrgicas) e diagnósticos (contrastes).
REMÉDIO: tem um conceito um pouco mais amplo, pois abrange qualquer coisa que faça
o indivíduo se sentir melhor, desde um medicamento até uma massagem ou uma
fisioterapia. Abrange fés e crenças. Água, massagem, caminhada.
Medicamento é o fármaco na forma farmacêutica, o conceito de remédio é amplo. Droga é
uma substância química que pode trazer efeitos benéficos ou não e o fármaco é a
substância química conhecida que traz alterações fisiológicas benéficas.
#Leite não trata dor no estômago, mas corrobora com ela, já que a gordura presente nele
estimula a produção do HCl-.
#Remédio não se toma com leite.
A tetraciclina possui uma afinidade muito grande com cátions divalentes, principalmente o
Ca++ (o leite é rico em Ca++). Ao tomar este antibiótico com leite, será formado quelato,
macromoléculas que não serão absorvidas e serão eliminadas nas fezes.
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De modo geral, para que um medicamento chegue ao local de ação é necessário que ele seja
lipossolúvel, justamente pela bicamada de fosfolipídios presente na membrana plasmática das
células. Se o fármaco é hidrossolúvel, obviamente terá dificuldade de atravessar esta célula e
chegar ao seu local de ação.
Em síntese, a FARMACOCINÉTICA avalia o que o organismo faz com o fármaco, seu percurso
até o local de ação - absorção, distribuição, biotransformação, eliminação - determinam a rapidez
e o tempo levado para a droga aparecer no órgão alvo.
A FARMACODINÂMICA avalia o que o fármaco faz no organismo - mecanismo de ação, efeitos
bioquímicos e fisiológicos - a resposta e a sensibilidade determinam a magnitude do efeito dele
numa determinada concentração.
#Normalmente a dose está diretamente relacionada com a resposta, se usada uma dose
subterapêutica (abaixo do indicado) o efeito pode não acontecer, ou se for além do recomendado
pode haver toxicidade; a depender da janela terapêutica (o intervalo em concentração da
dose clínica/terapêutica para a dose tóxica), alguns possuem uma janela muito ampla ou muito
estreita (a dose clínica é muito próxima da tóxica).
Fórmulas farmacêuticas:
Oficinais/Farmacopeicas - cuja fórmula e técnica se encontram inscritas e descritas na
farmacopeia ou em formulários. Ex.: Iodeto de Potássio.
Magistrais – manipulação; são aquelas cuja fórmula é da autoria do clínico e que o farmacêutico
prepara seguindo essas prescrições. O médico define a concentração, se será em
suspensão/solução/cápsula e o farmacêutico produz.
Especializadas – já preparadas e embaladas e que se apresentam sob um nome de fantasia ou
denominação (comum ou científica) da substância ativa que entra na sua composição.
Normalmente preparadas por laboratórios/ indústrias farmacêuticas.
Formas farmacêuticas:
Forma física na qual o fármaco é administrado, estado final de apresentação que os princípios
ativos farmacêuticos possuem após uma ou mais operações farmacêuticas.
SÓLIDAS
Cápsula
Comprimidos
Convencionais (neosaldina, dipirona)
Mastigáveis (“luftal” = simeticona – ação tubo digestório; albendazol/secnidazol -
antiparasitários usados para helmintos, ao mastigar ocorre o aumento da superfície de
contato do medicamento com a parede intestinal, e normalmente os parasitas estão na luz
intestinal, fazendo com que ele possua uma maior área de abrangência).
Revestidos (a depender do princípio ativo, ele pode ser instável no pH ácido estomacal,
por isso o revestimento para que ele seja protegido deste ácido ou é revestido até mesmo
para proteger o próprio estômago).
Liberação controlada:
Liberação Sustentada • manter constante a concentração plasmática do fármaco por um
período, geralmente, de 8 a 12 horas, intervalo de tempo maior que a forma convencional. Vai
sendo liberado gradativamente, de forma contínua na corrente sanguínea.
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Liberação Retardada (Revestimento entérico) • As formas de liberação retardada prolongam o
período de latência, ou seja, o intervalo de tempo entre a administração e a detecção do fármaco
na corrente sanguínea. Só é liberado ao nível do intestino, o revestimento entérico protege que
seja degradado no estômago ou é justamente para proteger o estômago de sofrer ação corrosiva
farmacológica.
(1) proteger a mucosa gástrica da ação irritante do fármaco;
(2) proteger o fármaco da destruição pelo suco gástrico;
(3) proteger fármacos melhor absorvidos em regiões definidas do intestino – maioria são
intestinais.
Liberação repetida
Possibilitam a manutenção do efeito terapêutico por um maior período de tempo em relação à
forma convencional, substituindo uma nova administração do fármaco. O paciente não vai
precisar de novas administrações ao longo do dia.
Ocorre a liberação de uma dose individual logo após a sua administração, que se apresenta na
camada mais externa do comprimido, e uma segunda ou terceira doses liberadas de 4 a 6 horas
após a ingestão. É como se fosse um comprimido revestido por várias camadas, a externa logo é
liberada, as mais internas irão demorar, consequentemente o efeito será mais duradouro.
Drágea: comprimido que foi revestido com camada de açúcar. Normalmente o processo de
drageamento é feito para mascarar o sabor do princípio ativo. (Ex.: neosaldina)
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Farmacocinética - Absorção
Aula 02
#A via de administração oral não necessita de ciência, diferentemente de outras vias como
a peritoneal, além de ser confortável.
Na via intravenosa não ocorre absorção, esta fase é pulada, pois o medicamento já foi
diretamente à corrente sanguínea, os fatores que interferem na absorção não afetam o
medicamento quando administrado por via intravenosa (pH ácido ou alcalino, molécula ionizada
ou não).
O comprimido foi ingerido, sofreu o processo de liberação (dissociação, dissolução) e foi
absorvido (saiu do TGI e foi à corrente sanguínea). Ao chegar à corrente sanguínea,
compartimento central, este fármaco irá se distribuir. A distribuição e os reservatórios teciduais
dependem da sua característica.
Tetraciclina possui alta afinidade por Ca++ (cátions divalentes), sendo distribuída
principalmente no tecido ósseo.
Anticoncepcionais e corticoides possuem alta afinidade pelo tecido adiposo.
Existe a fração que se liga às proteínas plasmáticas (ex.: albumina) e o fármaco livre (efetivo), o
fármaco quando ligado, seja ele com proteínas plasmáticas ou no reservatório tecidual, é inerte.
Só é ativado quando está em sua forma livre, o qual possui a capacidade de chegar ao seu local
de ação terapêutica (em receptores), ou chegar ao local de ação inesperada (efeito adverso),
pode sofrer metabolização e a partir dela ser excretado e eliminado.
Quando o fármaco é livre, ele está em equilíbrio com a fração ligada à proteína plasmática
e também à que está presa aos reservatórios teciduais. A partir do momento em que a fração
livre é metabolizada e excretada, o fármaco ligado é solto, até o momento em que a concentração
sofra decaimento e seja zerada. Estas frações ligadas são importantes para a manutenção da
ação do medicamento no corpo.
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AV1 Em casos de emagrecimentos doentios, as doses medicamentosas devem ser dadas em
reduzidas para evitar intoxicações, já que possuem um número reduzido de proteínas
plasmáticas e de reservatório tecidual (adiposo, por exemplo). O peso do paciente é
importante de ser considerado. Havendo uma maior quantidade de fármaco livre, ele está
exposto para ser metabolizado e excretado, nesse caso, haverá um pico de ação e o efeito
cai rapidamente. Ao estar ligado não faz o efeito, mas também é protegido da
metabolização e excreção.
Dessa forma, essas ligações às proteínas plasmáticas e aos reservatórios teciduais
promovem um maior tempo de ação deste fármaco. Quem está livre liga-se ao receptor
fazendo o efeito, depois é solto, metabolizado e excretado. Ao ser excretado, as frações antes
ligadas às proteínas plasmáticas irão sendo liberadas para ficarem livres e as dos reservatórios
se ligam às proteínas.
A ligação do fármaco à proteína plasmática é como um reservatório itinerante no organismo, mas
não promove ação até ser liberado.
O fármaco livre é o que vai promover o efeito, ser metabolizado chegando aos hepatócitos,
conseguir passar pela filtração glomerular e ser excretado. A fração livre vai sendo excretada
e a ligada (de manutenção) vai sendo liberada, mantendo uma concentração plasmática por
um maior período de tempo.
Varfarina: anticoagulante, possui alta afinidade à proteína plasmática (98% fica ligada);
rico de hemorragia caso se tome a fenilbutazona (AINE), pois ela possui uma maior
afinidade pela proteína plasmática. Significa dizer que se ambos os fármacos forem
ingeridos juntos, a fenilbutazona irá deslocar a varfarina para sua fração livre; podendo
ocorrer hemorragias, pois mais varfarina (antagonista da vitamina K) estará livre realizando
efeito.
Fenobarbital: antiepilético (gardenal), utilizado em convulsões. Vai atuar no fígado
aumentando a metabolização de outros medicamentos. Um exemplo disso são mulheres
que fazem uso do fenobarbital, as quais não possuem indicação para utilizar
anticoncepcionais orais ou injetáveis, pois o fenobarbital estimula o fígado a metabolizar o
anticoncepcional mais rápido que o normal, em vez de 24h.
O fármaco livre fica mais susceptível a ter não só o seu efeito aumentado, mas de ser
metabolizado também.
Glibenclamida: antiglicemiante oral para diabéticos tipo II que atua no organismo como
um secretagogo de insulina (estimula o pâncreas a liberar insulina), aumentando o nível de
insulina circulante e reduzindo a glicemia. A fenilbutazona possui uma afinidade maior à
proteína plasmática que a glibenclamida, deixando-a livre. O paciente apresentará
hipoglicemia, pois haverá uma maior fração livre de glibenclamida na corrente sanguínea,
sendo assim, mais insulina foi liberada reduzindo de forma significativa a glicemia. Após
isso, apresentou hiperglicemia, pois após o pico, esta glibenclamida foi rapidamente
metabolizada, justamente por estar na forma livre.
O fígado metaboliza e o rim excreta. Pacientes normais metabolizam no tempo esperado
conforme prescrito no medicamento;
Se o fármaco é ácido, em um meio básico estará hidrossolúvel. Ácidos e bases fortes são
incompatíveis com a vida.
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A farmacocinética estuda o trajeto do fármaco desde sua introdução até a absorção,
distribuição, metabolização e a eliminação do fármaco.
ABSORÇÃO
É a passagem de uma substância de seu local de administração para o plasma/ dentro da
corrente sanguínea.
#BIODISPONIBILIDADE: fração do medicamento (inalterada) que chega à corrente sanguínea.
A via intravenosa, como já pula a absorção, possui uma biodisponibilidade de 100%.
Por via oral, raramente haverá 100% de biodisponibilidade, existirão perdas no processo. Alguns
possuem apenas 30%, 80%.
TRANSPORTES PASSIVOS:
Paracelular - pelos espaços entre células, são estreitos e poucos fármacos conseguem passar
por eles.
Difusão passiva - maioria dos fármacos, preferível pelo organismo. Alguns pré-requisitos são
necessários a isso.
Difusão facilitada
Canais - proteínas transmembranares
TRANSPORTE ATIVO: com gasto de energia, não preferível pelo organismo, pequena
quantidade de fármacos.
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ABSORÇÃO DOS FÁRMACOS: depende de uma associação de tais fatores
Moléculas de baixo peso molecular
Moléculas com transportadores (proteínas
Transmembranares)
Moléculas lipossolúveis
Moléculas não ionizadas (ionizadas possuem
cargas, o fármaco carregado eletricamente
não consegue atravessar a membrana, visto
que moléculas carregadas estão em uma
forma mais hidrossolúvel).
• Difusão por poros aquosos – minoria dos fármacos (tamanho do poro é menor que
o tamanho do fármaco)
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TRANSPORTE MEDIADO POR TRANSPORTADORES
Uma proteína transmembranar, que se liga a uma ou mais moléculas ou íons, modifica sua
conformação espacial e os libera no outro lado da membrana.
Glicoproteínas possuem um importante papel na distribuição, absorção e eliminação de
medicamentos.
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fase da membrana e o ambiente aquoso).
Quanto maior o coeficiente de partição, mais lipossolúvel é a substância, maior a fração do
medicamento no meio oleoso e menor no meio aquoso,
Quanto menor o coeficiente de partição (menor que 1), mais hidrossolúvel é a substância, maior
fração do medicamento na fase aquosa e menor na fase oleosa.
+
Base fraca: forma não-carregada B atravessa a membrana celular, mas não a forma BH .
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Então: a espécie ionizada (BH ou A possui lipossolubilidade muito baixa, sendo praticamente
)
incapaz de atravessar as membranas, exceto quando existe um mecanismo de transporte
específico.
A presença de cargas torna as moléculas mais hidrossolúveis.
Ex.: Dopamina: em um meio com Ph 9: vai estar 50% dissociada e 50% na forma molecular. O
pKa é o equilíbrio.
Aspirina: é ácida, num pKa de aproximadamente 3,5; 50% dissociada e 50% molecular,
absorvida melhor no meio ácido -se colocada num meio básico será dissociada totalmente e não
absorvida. Melhor absorvida na porção inicial do intestino delgado.
Cloroquina: pKa em torno de 10,8; base forte e melhor absorvida no intestino; no estômago será
dissociada e não absorvida.
Medicamentos se comportam de formas diferentes de acordo com o meio em que estão.
Ácidos serão melhores absorvidos em meios ácidos, básicos serão melhores absorvidos em
meios básicos.
Mesmo o pH do estômago sendo ácido, a aspirina será melhor absorvida no intestino, na
porção inicial dele, devido suas microvilosidades e maior superfície de contato.
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Exemplo de medicamento ácido: quando colocado no suco gástrico vai deslocar o
equilíbrio e tender para sua forma molecular, pois o meio já possui um elevado número de
H+. É justamente essa forma molecular que é capaz de atravessar a membrana e chegar
ao sangue. Chegando ao plasma estará encontrando um meio básico (neutro tendendo pro
alcalino). No meio básico não existe a presença do H+, tendendo a neutralizar (ácido e
base formam sal e água), neutralizam o meio, estando agora em sua forma
ionizada/dissociada.
Na forma dissociada não consegue atravessar a membrana. Nesse caso já foi absorvido, pois
estava na forma molecular anteriormente. Ao chegar ao sangue o Ph mudou, isso é importante
para o aprisionamento iônico, o pH básico do sangue não permite que o medicamento retorne ou
fique transitando de um meio para outro.
Aspirina é um ácido fraco, pKa de 2,5 (50% dissociada e 50% molecular). Num Ph 3,0, haverá
menos moléculas de aspirina ionizadas e assim conseguem atravessar a barreira chegando ao
sangue num pH alcalino, aumentando a ionização. Na urina o AAS se dissocia completamente,
pois a urina é aquosa e tem um pH 8, isso é importante para sua excreção. Já a meperidina é
uma base fraca de pKa 8,6 possui um comportamento oposto. Num pH ácido estará totalmente
ionizada e não sera absorvida, indo ao pH alcalino ficará em sua forma molecular, significa que
ela pra poder sair precisará sofrer metabolização hepática (o papel do fígado é transformá-la em
algo hidrossolúvel.
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Absorção - Continuação
Aula 03
Existe absorção por transporte ativo, entretanto, o quantitativo absorvido é pouco. Normalmente
será por difusão passiva, para isso o fármaco precisa ser lipossolúvel (atravessar a bicamada de
fosfolipídios) e ser debaixo peso molecular. O pH vai definir se o fármaco é
lipossolúvel/hidrossolúvel. Por via oral só se consegue administrar ácidos e bases fracas (fortes
são incompatível com a vida), por via intravenosa pode-se administrar um ácido ou base forte
(não alterarão o pH sanguíneo, pela sua diluição própria e diluição no volume sanguíneo. Se
estiver ionizado (com cargas) será hidrossolúvel, já se estiver na forma molecular (neutro) será
lipossolúvel – o grau de ionização está diretamente ligado à lipossolubilidade. Um medicamento
ácido num meio ácido estará na forma molecular (sem necessidade de ionização, o meio já está
acidificado); medicamento no meio básico permanece na sua forma molecular, apolar/sem carga,
perdendo o H+ e liberando sua base neutra, justamente esta forma que disponibiliza a
lipossolubilidade.
- pKa é a constante de dissociação do equilíbrio, em que o fármaco estará 50% dissociado
e 50% em forma molecular.
#Pessoas que possuem lesão renal e usam AINES, podem ter o agravamento desta lesão.
Uma porção inicial do intestino é mais acidificada, existirão variações.
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Intramuscular existe a propagação até a corrente sanguinea, pois o pH tecidual não sofre tanta
variação, não existe muita discrepância de pH.
A via oral é rápida no que se refere à adminstração, maior adesão do paciente, além do menor
curto.
O periodo de latência do fármaco é variado na via oral. O periodo de latência é o intervalo de
tempo desde o momento de administração até os primeiros efeitos surgirem.
Uma drágea necessitará de mais tempo, pois precisa que sua camada externa de carboidrato
seja primeiro digerida, para que assim o comprimido seja exposto e sofra dissolução e
solubilização. A drágea possui um período de latência maior.
As soluções já estão prontas para serem absorvidas, sem precisar da etapa de dissolução e
solubilização. A cápsula gelatinosa do luftal já libera uma solução para ser absorvida, sendo mais
rápido que o comprimido, ficando equivalente a uma solução. Cápsula gelatinosa fica entre
suspensão e solução, entre pó e comprimido são as que possuem o pó dentro.
A suspensão e o pó ficam próximos no tempo de absorção. A solução é a forma mais rápida de
absorção por via oral.
VIAS DE ABSORÇÃO:
Gastrointestinal: bucal, gástrica, intestinal, retal – todo o tubo digestório. A diferença
da via oral é que ela se refere à deglutição/engolir, já por via bucal o local de
administração é na boca (um antisséptico, sublingual – importante especificar), via
nasogástrica ou nasoenteral, retal (supositórios, enemas). A vantagem da via
sublingual é a rapidez de ação, já que já vai para a corrente sanguínea sendo distribuído
pela circulação sistêmica, diferentemente da via oral em que ele ainda vai passar pelo
sistema porta-hepático para só então ser distribuído pela circulação sistêmica (todo
medicamento por via oral passa pelo fígado e muitas vezes já sofre metabolização logo na
primeira passagem, havendo perda na biodisponibilidade, fração do medicamento
inalterado ao nível sistêmico, igual ao que foi administrado). A finalidade do fígado é
transformar quem é lipossolúvel em hidrossolúvel, por vezes, durante esse processo o
fármaco pode ser inativado (pró-fármacos são inativos e ao passarem pelo fígado
serão ativados). A biodisponibilidade permitida pela via oral é altamente variável (a
depender do veículo, ex.: tetraciclina com leite, que possui alta afinidade por cátions
divalentes, formando quelatos, sendo excretados pelas fezes), levotiroxina se tomada
com o estômago cheio se perde 40% (necessário ser tomada em jejum, 1h antes da
refeição), vitaminas lipossolúveis são melhores absorvidas em refeições mais ricas em
gordura (almoço), em ascites (no edema o fluxo sanguíneo está reduzido, a absorção está
comprometida não somente pelo comprometimento hepático, mas o excesso de líquido no
abdômen dificulta a circulação ao nível intestinal local).
Via intravenosa: 100% de biodisponibilidade e não existe etapa de absorção.
Respiratória: brônquica, alveolar, nasal, traqueal
Subcutânea
Intramuscular
Cutânea
Conjuntival
Peritoneal
Geniturinária: vagal, uretral.
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A via oral é ótima na administração, mas existem alguns fatores que interferem na
absorção.
ABSORÇÃO X ALIMENTOS
É importante evitar o uso de medicamentos junto a refeições (a menos que seja sugerido em
bulas)
A água é o veículo de administração por via oral, pois é inerte e não interage com as moléculas
do medicamento, o volume ideal é em torno de 250ml.
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A absorção é diminuída ou pelo menos retardada devido à diminuição na velocidade de
esvaziamento gástrico.
BIOEQUIVALÊNCIA
Dois fármacos correlatos (com mesmos ingredientes ativos) são considerados bioequivalentes se
apresentam biodisponibilidades comparáveis e tempos para alcançar picos de
concentração sanguínea semelhantes. O comportamento de ambos ao nível sanguíneo é
semelhante. Equivalentes terapêuticos. Quando ocorre diferença significativa na
biodisponibilidade são chamados de não- bioequivalentes.
ABSORÇÃO DE FÁRMACOS
A absorção influencia
determinantes o início
de escolha e a de
de vias magnitude do efeito
administração farmacológico
e doses. e é um dos
Quando um fármaco é inadequadamente absorvido, seus efeitos sistêmicos inexistem.
Terminada a absorção, o fármaco é distribuído.
Se a absorção do medicamento tiver uma latência curta, o seu efeito farmacológico acontece
também mais rápido, fator primordial à escolha da via.
Latência: período em que se administra um medicamento e os efeitos passam a surgir.
A dose é o que define a magnitude da ação.
EQUIVALÊNCIA TERAPÊUTICA
Dois fármacos similares são terapeuticamente equivalentes se apresentarem eficácia e
segurança comparáveis.
Medicamentos referência, Medicamentos genéricos, Medicamentos similares.
MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA
Intercambiável com o medicamento genérico; medicamentos inovadores. Possuem eficácia,
segurança e qualidade comprovadas cientificamente.
Encontram-se há bastante tempo no mercado e tem uma marca comercial conhecida. Patente.
Apresenta registro junto ao ministério da saúde, através da Anvisa.
#O laboratório que investiu, trouxe o medicamento para o mercado, possui o direito de ser
o único produzindo por 8 anos. É o medicamento que foi lançado primeiro no mercado. A partir
dele é que todos os outros serão comparados.
MEDICAMENTO
Intercambiável com o medicamento de referência. Testes de bioequivalência, em que se observa
o tempo de dissolução, ação; não há diferença na curva de concentração citoplasmática.
#Contém o mesmo fármaco (princípio ativo), mesma dose, mesma forma farmacêutica,
administrado pela mesma via e a mesma indicação terapêutica do medicamento de
referência.
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Apresenta registro junto ao ministério da saúde, através da Anvisa.
O genérico traz garantia que tem semelhança ao de referência; se é drágea, o genérico deve ser
drágea, mesma concentração, mesma dosagem, mesma via, mesma indicação terapêutica.
Obrigatoriamente possui um “G” na caixa. A lei foi de 1988 para reduzir os custos, mas sem
perder a qualidade. Geralmente possui 50% do valor de referência.
Haverá alguma variação para mais ou para menos na concentração plasmática, mas que fica
dentro de uma faixa. Cerca de 20%. Os genéricos são intercambiáveis com a referência, não com
outros genéricos, justamente por causa destas variações percentuais.
MEDICAMENTO SIMILAR
Possui o mesmo fármaco (princípio ativo), a mesma concentração, forma farmacêutica, posologia,
via de administração e indicação terapêutica do medicamento de referencia, mas não há garantia
de intercambialidade entre eles; não há garantia de bioequivalência.
Também não são intercambiáveis com os genéricos e vice-versa;
São identificados por um nome de marca, mas não foi o primeiroa ser lançado no mercado;
Não são bioequivalentes com genérico e referência; Geralmente possui 30% do valor de
referência. Atenção com o laboratório e preços baixos absurdos. Já que não há teste de
bioequivalência é preciso que se confie na marca.
Apresenta registro junto ao ministério da saúde, através da Anvisa; não vai ser equivalente
ou intercambiável a nenhum.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
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A via de administração é o local onde o medicamento será administrado e dali
chegará à corrente sanguínea, a maioria das vias vai ter acesso à corrente
sanguínea.
A grande maioria dos medicamentos será excretada pela via renal, mas também uma parte pelas
fezes, mamas (por isso em mulheres que estão amamentando alguns medicamentos são
contraindicados), suor (suor característico de fumantes). (#Comprimido de perfume, lavanda, suor
agradável), a placenta (por isso, gestantes são restritas a certos medicamentos pelo menos nos três
primeiros meses justamente para evitar o risco de má formação fetal). Quando se faz um
medicamento por inalação ele será excretado também pela via pulmonar.
ESSE PRIMEIRO CONTATO, SALVO PARA FÁRMACOS DE AÇÃO LOCAL, SE
PROCESSA LONGE DO EFETOR, ÓRGÃO OU TECIDO QUE SEDIA O SÍTIO DE AÇÃO.
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VIAS PARENTERAIS INDIRETAS: TODAS AS VIAS PELA QUAIS NÃO HÁ NECESSIDADE DE
LESÃO DA PELE (INJETÁVEL). O que não furar a pele e não usar o TGI.
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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS (V.O.,
INSTALAÇÃO, VIA RETAL E TÓPICA)
Vantagens:
Via de administração mais comum.
Distribuição do fármaco é lenta, evita-se a ocorrência de níveis sanguíneos elevados de uma
forma rápida.
Plazil – metacropamida: anti-emético que por via intravenosa causa reação de fuga, um
efeito colateral do injetável; por via intravenosa a concentração não vai gradualmente à
corrente sanguínea, na oral sai do nada e vai subindo a concentração gradativamente.M
Menor probabilidade de efeitos
adversos Autoadministração,
econômica, fácil:
Confortável, Indolor
Possibilidade de remover o medicamento (carvão ativado,
lavagem) Efeitos locais e sistêmicos
Formas farmacêuticas: cápsulas, comprimidos, etc...
Desvantagens:
absorção variável (ineficiente)
período de latência médio a longo
ação dos sucos digestivos
Interação com alimentos
pacientes não colaboradores (inconscientes)
sabor
Fenômeno de primeira passagem
pH do trato gastrintestinal
Contra-indicação:
Náuseas e vômitos, diarreias, pacientes com dificuldades para engolir.
Medicamentos que devem ser tomados com o estômago vazio: Necessitam do ambiente
mais ácido do estômago paramelhor absorção - estômago vazio é considerado quando se
está em jejum, ou 1 hora antes ou 2 depois das refeições.
Norfloxacino, Captopril, Omeprazol, Cefalexina, Cefadroxila, Azitromicina, Doxiciclina, Loratadina,
Sulfato ferroso, Rifampicina, Ciprofloxacino (pode ser tomado com refeições leves, desde que não
contenham leite e derivados).
Tomou o medicamento, esperar 30min no mínimo para que ele seja absorvido.
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FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
Medicamentos que devem ser tomados com alimentos (estômago cheio), geralmente
medicamentos lipossolúveis: – Cetoconazol, Itraconazol, Hidralazina, Pentoxifilina, Prednisona,
Valproato de sódio, Carbamazepina
Medicamentos que podem ser tomados com o estômago cheio ou vazio: – Alopurinol,
Amoxicilina, Amiodarona, Diclofenaco.
VIA SUBLINGUAL
Na via sublingual medicamento é absorvido de forma rápida, não sofre efeito da primeira
passagem hepática, pois já é distribuído primeiramente. Sua ação é rápida, usada como via de
emergência.
Sua absorção é através dos capilares sob a língua e tem ação mais rápida que a administrada por
V.O. Os medicamentos são colocados debaixo da língua para serem absorvidos diretamente
pelos pequenos vasos sanguíneos ali situados.
• O medicamento difunde-se para a trama capilar e passa diretamente à circulação
sistêmica. Produz efeitos terapêuticos em poucos minutos após administração. Não
apresenta o efeito de primeira passagem. A maioria dos medicamentos não pode ser
administrada por essa via, porque a absorção é, em geral, incompleta e errática.
Por isso se reduz a dosagem por via sublingual. Permite a redução das dosagens. Ex.:
clonazepam por 0,25mg, equivalente a um de via oral por 0,5mg.
DESVANTAGENS:
Pacientes inconscientes: não é possível
Irritação da mucosa
Dificuldade em pediatria
Poucos fármacos são adequadamente absorvidos
26
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FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
VIA NASAL
VIA CUTÂNEA
É a aplicação de medicamentos na pele, direta
A pele apresenta efetiva barreira à passagem de substâncias.
No entanto, medicamentos podem ser administrados por via cutânea para obtenção
fundamentalmente de efeitos tópicos (local).
Adesivos transdérmicos, depende da área, lipossolubilidade (organofosforados são altamente
lipossolúveis);
Sob certas circunstâncias produzem efeitos sistêmicos, terapêuticos ou tóxicos
(Transdérmica).
A absorção depende de área de exposição, difusão do fármaco na derme (alta lipossolibilidade),
temperatura e estado de hidratação da pele.
As formas farmacêuticas comumente empregadas: – Soluções, cremes, pomadas, óleos,
loções, unguentos, geleias.
27
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FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
VANTAGENS:
Minimiza a ocorrência de efeitos adversos sistêmicos (Uso Tópico). Evita o efeito de
primeira passagem.
DESVANTAGENS
Absorção pobre e errática. Irritação local e alergias. Fotossensibilidade - expostos à luz
perdem sua estabilidade quimica.
VIA RETAL
É a introdução de medicamento no reto, em forma de supositórios e enemas.
Empregada para administração de ação local ou sistêmica
O revestimento fino do reto e a irrigação sanguínea abundante permitem uma absorção
rápida do fármaco.
#50% do fluxo venoso retal tem acesso à circulação porta.
Um supositório pode ter ação mecânica, local e sistêmica
Ação mecânica – desperta o reflexo de defecação devido à presença de um corpo estranho no
reto;
Ação local – ação anti-hemorroidal e anti-parasitária (oxiúros)
Ação sistêmica – princípio ativo passa para a corrente sanguínea
VANTAGENS:
Boa opção para uso pediátrico. Não produz irritação gástrica. Circulação sistêmica
Pacientes não colaboradores (semi-conscientes, vômitos). Impossibilidade da via oral,
impossibilidade da via parenteral.
Formas farmacêuticas: supositórios e enemas(líquidos)
DESVANTAGENS
2
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FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
VIA INTRAMUSCULAR
VANTAGENS:
Fácil aplicação (comparável à IV)
Efeito rápido com segurança
Via de depósito ou efeitos sustentados (anticoncepcionais)
Decanoato de haloperidol na forma intramuscular possui um efeito de 30 dias (a forma
intravenosa do haloperidol possui apenas algumas horas). Usado em pacientes que
resistem ao tratamento
DESVANTAGENS:
Dolorosa (a depender da natureza do medicamento, sendo oleosa ele precisa de um
espaço no músculo causando dor, quando é aquoso possui maior facilidade de
difusão). Ex.: bezentacil (natureza oleosa) e anticoncepcionais (natureza aquosa).
Substâncias irritantes ou com pH diferente. O pH da pele é levemente ácido puxando
para o neutro, pHs extremos podem levar a lesões.
Não suporta grandes volumes, limite de 5ml a depender do músculo (acima disso
pode haver necrose, extravasamento e lesões teciduais)
Absorção relacionada com tipo de substância
Formas farmacêuticas: injeções – aquosas se difundem melhor no músculo
Solução ou suspensão ( não se pode fazer, porque pode causar obstrução no
vaso) Músculos: deltóide, glúteo, vasto lateral
29
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FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
VIA INTRAVENOSA OU ENDOVENOSA
Via de acesso diretamente na veia. Não existe limitação de volume na via intravenosa, quem
limita é o paciente. 2L. A via de grandes volumes é a intravenosa.
Pode ter acesso periférico ou acesso central
Acesso Periférico:
Veias Cefálicas (Mediana e Acessória), Basílica (Mediana), Mediana, Metacarpianas (Dorsal),
Jugular, Femoral, Pedial.
Acesso central:
Na veia cava são restritos a acessos centrais
Medicamentos vasoativos geralmente são para vasoconstrições, paciente em choque
(hipotensão), a fim de aumentar o aumento da PA. Por isso no acesso central.
Em pacientes que necessitam de uma quantidade elevada de drogas vasoativas é comum
ocorrência de necrose tecidual nas extremidades; alta vasão de noradrenalina. Por isso fazer via
central, pois a vasoconstrição a partir das extremidades afeta a distribuição do fármaco e já inicia
a necrose desde então. Catéter central, triplo lumen. Inserção direta na veia cava.
PICLINE: acesso central de inserção periférica, acesso na veia cava mas a inserção é
perifericamente. Usado em pacientes que precisam de administração prolongada de
medicamentos. Alta durabilidade, até 6 meses, permitindo conforto.
FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
Metoclopramida (plasil): o plasil injetável causa uma reação de fuga. Em gotas por via oral isso
não ocorre. Por via IV os efeitos colaterais são imediatos também.
VIA SUBCUTÂNEA
Volume máximo: 1,0 ml – insulina, heparina e enoxieparina
• Absorção constante e lenta
• Implante de Pellets (sobre a pele)
• Substâncias não irritantes (terminais nervosos)
Insulina: absorção mais rápida é na barriga
Prega cutânea para garantir segurança
VIA INTRADÉRMICA
Fácil acesso, mais superficial que subcutânea. Ângulo de cerca de 45º.
Até 0,5ml. Ações locais e sistêmicas.
Ex.: Vacinas e testes alérgenos.
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FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
VIA EPIDURAL (PERIDURAL) E INTRATECAL:
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FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
Distribuição
Aula 06
33
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FARMACOLOGIA GERAL –
AV1 depende da natureza do fármaco e de como ele se comporta.
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FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
PERMEABILIDADE CAPILAR
Grande superfície para transporte: área extensa
Levam e captam muitas substâncias para os tecidos
Permeabilidade seletiva, principalmente ao nível central
Através dos capilares há transporte transcelular e intercelular
Diferenças de permeabilidade dos diversos tecidos
PERMEABILIDADE CAPILAR
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FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO #FIQUEI EM DÚVIDA: É o volume líquido no qual o fármaco deve
se dissolver para que todo o fármaco presente no corpo esteja na mesma concentração que no
corpo/plasma. A concentração do fármaco que está no sangue precisa estar em equilíbrio no
tecido. Quanto será necessário do medicamento para que ele consiga chegar ao equilíbrio
entre a corrente sanguínea e o tecido
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FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
Fármacos lipossolúveis possuem uma tendência a serem distribuídos no tecido adiposo (de
reservatório), atinge o equilíbrio quando estiver igual à corrente sanguínea.
Quando o medicamento está no sangue, ele está em equilíbrio entre fração livre e fração ligada à
proteína plasmática. A albumina possui uma extrema importância na distribuição. No momento
em que a fração livre começa a diminuir, a fração ligada começa a se soltar.
O que está preso no tecido também vai repor a perda.
Somente quem é ativo é o fármaco na fração livre (se o medicamento estiver ligado no
reservatório tecidual ou na proteína plasmática, ele está “inerte”, não realiza efeito, mas também
não é metabolizado e nem excretado).
A fração livre é a que vai fazer o efeito ao ligar-se ao receptor, livre para passar no fígado e ser
metabolizada e nos rins e ser excretada.
Ocorre a queda da fração livre, os que estão com a proteína plasmática serão liberados para
manter o equilíbrio com essa fração livre, o reservatório tecidual vai liberar para manter o
equilíbrio com a porção plasmática.
Outro fator que pode elevar este efeito é a baixa de quantidade de proteínas plasmáticas, por
desnutrição, visto que a quantidade de fármaco livre será maior e sua ação será tóxica. Esta
ligação permite o controle de liberação para manter-se o equilíbrio.
Idade: o envelhecimento traz mais desidratação, a média é de 70Kg mas deve ser ajustado
à altura;
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FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
LIGAÇÃO DOS FÁRMACOS AOS TECIDOS
O tecido adiposo é um importante local de ligação de fármacos lipossolúveis; porém, é pouco
irrigado.
O suprimento sanguíneo limita o acúmulo e também a saída de fármaco do tecido adiposo;
#Por vezes, ocorre redistribuição possibilitando que ainda o efeito farmacológico do
medicamento mesmo depois de interromper sua administração.
Anticoncepcionais injetáveis:
O acúmulo de anticoncepcionais por via oral é muito pequena.
Anticoncepcionais injetáveis são de dose maior, a dificuldade de engravidar após a interrupção de
seu uso é devido à distribuição. São administrados por via intramuscular e bastante lipossolúveis,
a dificuldade de engravidar é decorrente do seu acúmulo no tecido adiposo. As mulheres que
usam os trimestrais injetáveis possuirão dificuldades de até mesmo 2 anos.
#Exame de dopping: detecção pelo acúmulo também no tecido adiposo.
DISTRIBUIÇÃO
Órgãos mais bem irrigados recebem maiores quantidades de fármacos
A distribuição em tecidos pouco irrigados pode demorar de minutos a várias horas (pele,
músculos, tecido adiposo)
A velocidade de distribuição costuma ser maior que a de metabolização e de excreção, isso
permite que se tenha o pico de concentração plasmática. Se a velocidade fosse acompanhada,
não seria possível o medicamento chegar ao seu local de ação. Importante para o efeito
farmacológico.
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FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
O medicamento lipossolúvel ao chegar à corrente sanguínea já é direcionado ao SNC por ser
altamente irrigado. Depois chega ao sistema musculoesquelético e outros órgãos menos
irrigados, a concentração sobe de maneira mais lenta (algumas horas), pois a irrigação é menor.
Já no tecido adiposo, a concentração sobe de forma lenta, mas já de modo a possibilitar o seu
acúmulo, a queda ocorre muito tardiamente.
#A amiodarona passa 100 dias para ser eliminada.
DISTRIBUIÇÃO
Quando o medicamento se distribui, a fração que está no tecido de reserva estará em equilíbrio
com a fração da corrente sanguínea. O que está na corrente sanguínea fica em equilíbrio com o
que está ligado à proteína plasmática. Quem está ligado ao tecido adiposo está em equilíbrio com
o interstício e com a corrente sanguínea. A fração ligada à proteína plasmática vai estar em
equilíbrio com a fração livre do medicamento. O efeito farmacológico ocorre somente pela fração
livre do fármaco, o restante está inerte, somente depois que as moléculas livres são
metabolizadas e excretadas haverá a liberação de outras frações. Como um EQUILÍBRIO
DINÂMICO.
Quem é hidrossolúvel precisa de algo que facilite a passagem. Só sofre metabolização e
excreção o fármaco que estiver na sua forma livre.
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FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
Desnutrição: pela diminuição de proteínas plasmáticas (como albumina), a dosagem do
fármaco deve ser relacionada ao peso, sendo menor pelo alto risco de intoxicação, pelo
fato de ter muito medicamento na fração livre. Já em obesos deve ser maior.
Além disso, é necessário que se tenha o compartimento de reserva para que não esteja todo em
fração livre na corrente sanguínea. Essa alta dosagem também aumenta a quantidade de efeitos
adversos, e efeito terapêutico é mais rápido, e a metabolização e excreção também.
DISTRIBUIÇÃO PEDIÁTRICA
A albumina é alcalina e possui maior afinidade para drogas ácidas. Normalmente as ligações
são de acordo com a característica do fármaco. Isso depende da concentração e afinidade.
Mesmo que um fármaco possua maior afinidade, o fármaco que estiver em maior concentração
vai ter uma maior facilidade para se ligar.
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FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
O tempo de meia vida do fármaco é aumentado quando ele estiver ligado à proteína
plasmática.
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FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
Albumina – é básica e se liga a fármacos ácidos (Ex.: sulfonamidas)
Glicoproteína ácida α1- fármacos básicos (Ex.: amitriptilina)
A quantidade de fármaco ligado às proteínas depende:
Da concentração de fármaco livre, normalmente está em equilíbrio com a proteína, da
concentração da proteína plasmática (hipoalbuminemia e risco de intoxicação) e da afinidade
pelos sítios de ligação.
Ex.: deslocamento por interação medicamentosa - O cetoprofeno possui uma maior afinidade
pela proteína plasmática do que a varfarina, competindo com ela pelo mesmo sítio de ligação,
ocorrendo o deslocamento da concentração de varfarina e aumento de sua fração livre,
consequentemente, aumento do seu efeito e riscos de hemorragias.
DESLOCAMENTO POR AFINIDADE À PROTEÍNA PLASMÁTICA
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FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
a) Dose menor e maioria do fármaco ligado à proteína. Baixa fração livre. Afinidade alta com
proteína plasmática. Atinge-se a ação farmacológica sem saturar a proteína plasmática.
Ex.: varfarina.
b) Dose terapêutica de fármaco maior que a quantidade de proteínas plasmáticas disponíveis.
Saturaram-se as proteínas. A fração livre é maior. Ex.: cetoprofeno.
c) Mistura medicamentosa: ocorre deslocamento do equilíbrio. Risco de intoxicação pelo
aumento da fração livre do medicamento (sua ação normal ocorre em baixos níveis).
Ex.: varfarina+cetoprofeno.
DESLOCAMENTO POR AFINIDADE À PROTEÍNA PLASMÁTICA
DEVE-SE EVITAR USO CONCOMITANTE
FENILBUTAZONA: atua deslocando a varfarina
VARFARINA + FENILBUTAZONA/AAS: do seu sítio de ligação à proteína plasmática, risco de
HEMORRAGIA
hemorragia.
SULFAMETOXAZOL + GLIBENCLAMIDA:
SULFAMETOXAZOL (antibiótico)
HIPOGLICEMIA DIGOXINA GLIBENCLAMIDA (secretagoga, atua aumentando a secreção de insulina,
+ VERAPAMIL:
hipoglicemiante), o uso dos dois leva à hipoglicemia. O sulfa desloca a glibenclamida da proteína
INTOXICAÇÃO DIGITÁLICA
plasmática, aumentando sua fração livre e consequentemente o seu efeito hipoglicemiante será
acentuado. A hiperglicemia seguinte foi devido a pico de glibenclamida e seu efeito hipoglicemiante
acentuado, posteriormente cai de forma mais rápida, sendo logo metabolizada e excretada.
DIGOXINA (cardiotônico, gera força de contração para as fibras cardíacas) + VERAPAMIL (antiarrítmico) –
risco de intoxicação digitálica – excesso de digoxina. Fármacos de via oral, a margem de segurança da
digoxina é muito estreita. O aumento da fração livre de digoxina leva a essa intoxicação, sua dose clínica é
muito próxima da dose tóxica, medicamento de alta vigilância, risco de PC.
FENITOÍNA (anticonvulsivante) + FENILBUTAZONA (AINE, alta afinidade pela albumina, gera risco de
intoxicação por aumentar o efeito farmacológico do medicamento que está sendo administrado
concomitantemente a ela ) - AUMENTO DEPRESSÃO CENTRAL. Fenitoína atua nos receptores do GABA
(receptor inibitório), potencializa seu efeito; atua no receptor, deixando ele mais tempo aberto para
entrada maior de cloreto (inibidor ao nível central). Usados juntos, a fenilbutazona vai deslocar a fenitoína
para uma maior concentração livre e há risco de gerar depressão central, podendo levar até mesmo a uma
PCR.
Pequenas alterações na fração de medicamento ligada podem temporariamente dobrar ou
triplicar a concentração de droga livre no sangue, aumentando a atividade farmacológica
até que o reequilíbrio ocorra. A amplitude desta compensação vai depender da
biotransformação da droga e/ou sua eliminação.
1) Quanto maior for sua concentração livre, maior será o
efeito como também sua metabolização excreção. Pico de
ação e decai rapidamente.
2) O fármaco livre atua e sua concentração cai
gradativamente, por isso o tempo de meia vida é
aumentado. 43
Odontologia – UNINASSAU 3º PERIODO
FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
BARREIRAS BIOLÓGICAS
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FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
Células endoteliais dos capilares com junções de oclusão contínuas:
Transporte transcelular
Fármacos ionizados, por estarem na forma hidrofílica, não ultrapassam a barreira. Ficando
restritos na corrente sanguínea. Enquanto fármacos lipossolúveis passam por difusão passiva ou
aqueles que possuem mediadores também conseguem.
FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
dificulta entrada de fármacos: ela expulsa o medicamento depois de ter passado.
• Acontece com antiretrovirais e loperamida (opióide) – administração com
inibidores da glicoproteína alteram a absorção (quinidina e ritonavir)
• Permeabilidade alterada pela inflamação (meningite) e isquemia
• Muitos antibióticos são rapidamente expulsos do SNC, pela glicoproteína P
• O estresse extremo pode alterar a permeabilidade a algumas drogas
APRISIONAMENTO IÔNICO – se consegue restringir o fármaco em alguma região de acordo
com o seu pH.
A ionização de fármacos explica vários fatos clínicos como, por exemplo, o motivo pelo qual existe
uma diminuição de efeitos sedativos dos antagonistas histamínicos (H1) de segunda geração.
A primeira geração sempre vai ser um fármaco recém-descoberto, apresentando ainda inúmeros
efeitos colaterais (bruto). Fármacos anti-histamínicos de primeira geração trazem a ação
bloqueadora da histamina, principalmente alérgica, mas traz efeitos colaterais como o sono e
aumento do peso. A histamina ao nível central atua no estado de vigília e também atenua o
apetite. Um de primeira geração vai possuir efeito central, porque normalmente se encontram na
forma não ionizada, atravessando a membrana de forma mais fácil.
Os fármacos Antagonistas histamínicos (H1) de segunda geração encontram-se ionizados (forma
hidrofílica) no plasma sanguíneo fisiológico ocasionando uma diminuição da difusão através da
barreira hematoencefálica, diminuindo assim a interação com o sistema nervoso central. Ficando
aprisionados na corrente sanguínea, sem conseguir atravessar.
Já os de primeira geração encontram-se não ionizados no plasma, logo, são mais apolares e
possuem um nível de difusão membranar elevado, podendo alcançar o sistema nervoso central
com mais facilidade. Por isso um alegra não dá tão sono quanto um fernegam, por exemplo. Pelo
aprisionamento iônico, já que não atravessa as membranas celulares do SNC.
BARREIRAS BIOLÓGICAS
Ao nível farmacológico a placenta não é uma barreira tão eficaz. O que vai definir a passagem
do fármaco à placenta está relacionado ao peso molecular do fármaco. Um fármaco pequeno
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Odontologia – UNINASSAU 3º PERIODO
FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
consegue atravessar facilmente a barreira placentária e atingir consequentemente o feto, a
chegada até ele é muito fácil porque a parede do capilar do cordão umbilical é muito fina.
Alguns transportadores placentários também pode auxiliar a passagem.
A glicoproteína P ajuda na eliminação de fármacos, servindo como barreira, conseguindo expulsar
o fármaco de dentro da placenta.
BARREIRA PLACENTÁRIA
A losartana traz efeito de teratogenicidade em coelhos, não sendo indicada para mulheres em
idade reprodutiva. Os três primeiros meses são os mais arriscados para malformações. O
uso de álcool e drogas passa para o feto, por isso uma maior irritabilidade, choro.
Talidomida: potencial antiemético, teratogênica. Membros curtos. Ainda é utilizada contra a
hanseníase, porém, mulheres em idade reprodutiva devem levar testes de gravidez negativos,
assinar termos até depois de 6 meses, no mínimo depois do tratamento concluído.
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Odontologia – UNINASSAU 3º PERIODO
FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
POSSIBILIDADE DE MELHORA NO TRANSPORTE DE FÁRMACOS
Pró-fármacos – precursores inativos metabolizados a metabólitos ativos, normalmente se usa um
pró-fármaco quando o fármaco ativo não possui uma boa absorção e distribuição. O pró-fármaco
chegando ao nível hepático sofre metabolização e se transforma em um fármaco ativo.
Normalmente pró-fármaco são mais lipossolúveis.
Ex.: enalapril, o fármaco ativo é o enalaprilato. A absorção e distribuição do Enalaprilato
não seriam tão boas.
FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
Pró-fármacos – precursores inativos metabolizados a metabólitos ativos.
Ex. Zidovudina – antiviral usada no tratamento do HIV, fosforilada à forma ativa apenas em
células que contêm Transcriptase Reversa. Para que ela se transforme em fármaco ativo, ela
precisa sofrer essa fosforilação, transformando-se em trifosfato de zidovudina. Atua bloqueando a
síntese viral.
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Odontologia – UNINASSAU 3º PERIODO
FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
METABOLIZAÇÃO/ BIOTRANSFORMAÇÃO
A metabolização existe com a finalidade justamente de excretar, ajudar na eliminação. Na
metabolização inicia-se o processo de eliminação.
A função de metabolizar não é INATIVAR o medicamento, é certo que a maioria sofre inativação.
Quando o fígado vai metabolizar é pegar um fármaco que é lipossolúvel e transformá-lo em
hidrossolúvel. Por isso que na metabolização já se inicia o processo de eliminação, pois é
necessário pegar o fármaco que é lipossolúvel e transformá-lo em hidrossolúvel para que seja
eliminado pela urina. Não serão eliminadas substâncias lipossolúveis na urina. Nesse processo,
pode acontecer a perda do efeito a depender do fármaco e tipo de ação que será realizada.
Ex.: O pró-fármaco é um fármaco inativo que sofre metabolização e se converte em um fármaco
ativo.
Metabolização é para transformar quem é lipofílico em hidrofílico. Não é regra ser inativado,
mas a maioria será. Pró-fármacos: alguns se tornam mais ativos, outros mais tóxicos.
Não necessariamente a molécula que foi biotransformada perdeu seu efeito farmacológico.
Ex.: o enalapril é mais lipossolúvel, mas a sua forma ativa que é o enalaprilato é mais
hidrossolúvel e consegue se ligar ao seu receptor na ECA e bloqueá-la.
FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
Ativação do fármaco inativo: pró fármacos precisam ser metabolizados para serem ativados
Exs.: prednisona (fármaco ativo: prednisolona), bacampicilina (ampicilina)
Diazepam: benzodiazepínico de ação longa, seus metabólitos permanecem com ação no SNC.
Ausência de metabolismo: alguns fármacos são excretados na forma inalterada, sem sofrer
metabolização.
Exs.: penicilinas, pois possui característica hidrofílica.
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Odontologia – UNINASSAU 3º PERIODO
FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
Reações de fase II: Geralmente ocorrem sequencialmente. Ambas as etapas diminuem a
lipossolubilidade, aumentando, assim, a eliminação renal da droga.
AAS: sofre reação de fase 1, se converte em ácido salicílico, reação de fase II é anabólica,
um conjugado vai se unir com o fármaco para conseguir ser excretado. O substrato é o que
vai ajudar o fármaco ser eliminado. Sozinho não atinge a hidrossolubilidade.
REAÇÕES DE FASE 1: CATABÓLICAS
As reações de fase 1 quebram a molécula em estruturas mais simples podendo levar a
inativação, ativação ou potencialização das ações farmacológicas.
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Odontologia – UNINASSAU 3º PERIODO
FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
Resultam em produtos, em geral, mais reativos quimicamente e, portanto algumas vezes
mais tóxicos ou carcinogênicos do que a droga original.
Preparam a droga para sofrer a reação de fase II.
Uma das principais enzimas responsáveis pela oxidação é superfamília do citocromo P450
(hemoproteína)
Monoxigenases que contêm flavina (FMOs)
Enzimas hidrolíticas – hidrolisam, principalmente, os metabólitos gerados pelo Cit P450;
estão presas ao citocromo.
CITOCROMO P450
Existe uma variedade dessas enzimas – diferem na sequência de aminoácidos e no
substrato alvo
Mais de 50 enzimas CYP identificadas em humanos, apenas 12 são responsáveis pelos
medicamentos. Presentes no retículo endoplasmático liso.
Existem substâncias que serão metabolizadas por vários tipos de citocromos, e existem enzimas
de citocromo que vão metabolizar várias outras substâncias.
São responsáveis também pela síntese de compostos endógenos (prostaglandinas, esteróides).
Polimorfismos podem alterar alguma enzima – interferência no metabolismo: asiáticos
possuem dificuldade para metabolizar álcool devido diferenças nas suas enzimas dos citocromos.
São encontradas principalmente no fígado (90 a 95%), mas também no TGI, pulmões, rins e até
mesmo SNC.
Embora existam muitas, apenas 12 CYP seriam suficientes para metabolizar quase todos os
fármacos.
Variações no padrão de expressão do CYP influenciam diretamente o metabolismo do fármaco.
Fatores genéticos como polimorfismo ou fatores ambientais como abuso de substâncias podem
alterar o padrão de expressão de CYP.
Algumas substâncias competem pelo sítio ativo do CitP450 mas não são substratos, dessa forma
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Odontologia – UNINASSAU 3º PERIODO
FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
causando sua inibição enzimática.
(Cetoconazol: inibe um tipo de CYP, comprometendo o metabolismo de alguns antivirais,
principalmente se eles forem um pró-fármaco)
Outros fármacos são indutores de CYP e podem aumentar seu próprio metabolismo e de
outras drogas. (Hormônios esteroides e erva-de-são-joão)
Fenobarbital (gadernal, não se recomenda o uso dele com anticoncepcionais) – indutor
enzimático, responsável por estimular as enzimas do citocromo a aumentarem a sua
metabolização enzimática. Ocorre aumento na ação das enzimas, metabolizando tanto ele quanto
anticoncepcionais por exemplo.
As CYP relacionadas ao metabolismo de substâncias endógenas são mais específicas que
aquelas para substâncias exógenas.
Terfenadina – era um pró-fármaco que dependia da metabolização hepática para sua forma
ativa Antigo anti-histamínico.
Pró-fármaco dependente da metabolização por uma CYP para formar molécula ativa
Eritromicina (antibiótico) e cetoconazol inibem esta CYP40 que ativa a terfernadina e a
transforma em fexofenadina.
Diminuição do seu metabolismo e consequente aumento da forma livre no sangue
Toxicidade – arritmia potencialmente fatal. Retirada do mercado
Comercialização de seu metabólito ativo – Fexofenadina (Alegra)
FARMACOLOGIA GERAL –
AV1
MONOXIGENASES QUE CONTÊM FLAVINA (fmo), atuam na fase 1 e estão ao nível hepático.
• Outra super-família de enzimas de fase I
• Expressas em altos níveis no fígado
• A FMO3 é a mais abundante – metabolismo da nicotina, anti-histamínicos H2
Sua deficiência genética causa a síndrome do odor de peixe - Incapacidade de
metabolizar a trimetilamina.
REAÇÃO DE FASE II
• Reações sintéticas ou anabólicas ou de conjugação
• Resulta em “compostos inativos”
• Existem algumas exceções (por ex: minoxidil, um ativador dos canais de
potássio, utilizado no tratamento da hipertensão). – Torna-se ativo.
• Metabólito oriundo da fase I conjuga-se com uma substância endógena
• Geralmente derivada de carboidrato ou aminoácidos
• Formação de uma substância mais polar, para facilitar a excreção pela urina.
O citocromo gerando reação de hidroxilação, após isso ocorre conjugação com UDP, isso com
sulfonação ocorre a liberação de 50% na urina.
Sofrer fase 1 e fase 2.
Reações que exigem energia
Tipos:
Glicorunidação
Acetilação
Metilação
Sulfatação
Conjugação com glutationa
SUBSTRATOS:
Ácido glicuronico: fármacos ácidos, básicos, fenóis, álcool, glicuronídeos altamente polares e
excretados como conjugados. Ex: Esteróides, morfina, cloranfenicol, salicilatos, propofol.
Sulfato: cloranfenicol, fenóis, esteroides sexuais;
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Odontologia – UNINASSAU 3º PERIODO
FARMACOLOGIA GERAL –
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Acetato: sulfas, clonazepam, isoniazida
Glutationa: ácido etacrínico, bromobenzeno
Glicina/glutamina: ácido salicílico, ácido benzoico, ácido nicotínico
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Metabolização
Aula 09
GLICURONIDAÇÃO
Catalisada pela ENZIMA UDP-glicuroniltransferase (UGT)
Catalisam a transferência do glicuronil para um substrato- formação do glicuronídeo, dessa
forma, o conjunto “fármaco-glicuronídeo” consegue se excretado.
SULFATAÇÃO
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CONJUGAÇÃO COM GLUTATIONA
Glutationa-S-transferase (GST)
Catalisa a transferência de glutationa
A concentração de glutationa nas células é geralmente muitoalta
#Chineses e coreanos podem não expressar algumas GSTs: pode estar relacionado ao
desenvolvimento de alguns cânceres e à gravidade dos efeitos tóxicos de alguns
fármacos, justamente os que seriam excretados por elas.
#GSTs podem inibir cinases ativadas por quimioterápicos em células tumorais: excesso de
GSTs está associado à resistência a certos antitumorais
Normalmente, para que os antitumorais atuem eles devem alterar a reprodução celular. A ação
dos antitumorais é “enganar” as células, normalmente são análogos a substâncias necessárias à
síntese proteica de uma determinada célula. A maioria dos antitumorais análogos precisam ser
ativados, como se fossem pró-drogas, quem realiza esta ativação são justamente as cinases
(ligam a molécula ao trifosfato), pois o antitumoral sozinho não consegue ser absorvido. As
pessoas que têm grande quantidade de Glutationa-S-transferase, a tendência é que as cinases
sejam inibidas. São essas cinases que ativam os antitumorais, nesse caso de hiperprodução
dessas enzimas, ocorre resistência pelo fato de os antitumorais não serem ativados e
consequentemente não serem absorvidos pelas células.
N-ACETILAÇÃO
N-acetiltransferases (NATS)
Distribuídas por vários tecidos
Acetil proveniente da acetilcoenzima A
Deficiência de NATs – efeitos tóxicos da isoniazida (antibiótico usado na tuberculose, excretada
pela n-acetilação)
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METABOLISMO DO PARACETAMOL
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O álcool usado de forma aguda leva ao risco de intoxicação, porque bloqueia
a metabolização hepática do medicamento.
N-acetil-cisteína é um xarope que se liga à benzoquinona e produz conjugados
cisteínicos. Mesmo no jejum, essa associação da N-acetil-cisteína ao paracetamol, seria o
substrato para benzoquinona se converter em conjugados cisteínicos, e o risco de
hepatotoxicidade por paracetamol seria diminuído. A proteção hepática é justamente pela
associação da N-acetil-cisteína à benzoquinona, formando conjugados cisteínicos. N-
acetil-cisteína é um antídoto para a hepatotoxicidade do paracetamol.
Se o metabólito na indução for transformado em algo ativo, o efeito farmacológico não será
muito alterado. Mas se a metabolização o transformar em algo inativo, o efeito farmacológico
será reduzido.
Esta situação pode ocasionar acúmulo de metabólitos tóxicos no organismo, que ainda não
tiveram tempo de ser excretados.
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O indutor enzimático leva ao aumento não apenas do outro fármaco associado, mas
também dele mesmo.
Ex: omeprazol (atua como inibidor enzimático, mas também como indutor) X varfarina
(anticoagulante). Outros: cimetidina, cloranfenicol (antibiótico), etc
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INDUÇÃO ENIZMÁTICA
Aumenta a velocidade de biotransformação hepática dos fármacos
Consequênias:
• Diminui a meia-vida sérica do fármaco
• Diminui os efeitos farmacológicos se os metabólitos
forem inativos (se forem ativos, esses efeitos não serão tão
reduzidos);
• Aumenta a toxicidade se os metabólitos forem tóxicos. Ex.
paracetamol (benzoquinona).
• Citocromo P450 é rapidamente
induzido por muitos fármacos.
• Geralmente os agentes indutores são o próprio substrato
para a enzima;
• Pode aumentar a atividade do metabolismo de fase II.
• Pode aumentar a toxicidade de um fármaco devido à produção
de um metabólito tóxico.
• Ex: etanol e barbitúricos aceleram a biotransformação do Paracetamol.
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Acetaminofeno (paracetamol)
Ciclofosfamida (antitumoral)
Propofol (anestésico)
Rifampicina (antibiótico - tuberculose, endocardite)
O fenoparbital e rifampicina são os principais representantes da indução enzimática
INIBIÇÃO ENZIMÁTICA
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INTERAÇÃO FARMACOCINÉTICA: METABOLISMO
Ex: síndrome do bebê cinzento, causada pelo uso de cloranfenicol (antibiótico), que
pode culminar em depressão respiratória, colapso cardiovascular, cianose e morte.
Antibióticos de modo geral são muito específicos para bactéria. O cloranfenicol interfere a
síntese proteica da bactéria e atua na subunidade de cromossomos bacterianos, em um RN,
o cloranfenicol não era metabolizado e acumulado no organismo, em grandes quantidades
passou a se ligar não somente aos ribossomos bacterianos, mas também nos ribossomos
humanos, principalmente aos mitocondriais, levando à morte das mitocôndrias, havendo
queda na respiração celular (quadro clínico de depressão respiratória e consequente
cianose).
Adultos normais metabolizam normalmente o cloranfenicol, não havendo interação com o
cromossomo humano e mitocôndrias.
Fatores Genéticos: Ocorrência de polimorfismos, onde indivíduos podem ter maior ou menor
quantidade de certas enzimas metabolizadoras no organismo, afetando com isto a velocidade de
biotransformação.
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Orientais não conseguem metabolizar o álcool da mesma forma que as demais populações.
Normalmente o álcool sofre metabolização tanto ao nível de peroxissomo, quanto catalase e pela
enzima álcool desidrogenase. Esses 3 mecanismos levam à produção de um acetaldeído, ele é
extremamente tóxico (justamente responsável pela ressaca, mal-estar, vômito) quando
acumulado. A ezima aldeído desidrogenase (presente na mitocôndria) o converte em acetado,
que é eliminado sem grandes problemas. Orientais possuem deficiência na enzima aldeído
desidrogenase, sendo mais susceptíveis à intoxicação pelo álcool pelo acúmulo da forma tóxica
acetaldeído.
Existem 2 tipos de alelo para o ALDH, o 2*1 e o 2*2. Somente o alelo ALDH2*2 está presente em
aproximadamente 50% dos descendentes de Japoneses e Chineses. Normalmente a população
em geral apresenta esses alelos pareados, tanto o 2*1 quanto o 2*2.
Pessoas que contém este gene tendem a acumular quantidades tóxicas de acetaldeído mesmo
após um uso moderado do álcool. Os sintomas deste acúmulo são: rubor facial, aumento da
pressão arterial, taquicardia, dores de cabeça, náuseas e vômitos. Consequentemente estas
pessoas criam uma aversão ao álcool.
Pessoas em que o alelo ALDH 2*1 está pareado com o alelo ALDH2*2 apresentam uma resposta
mais amena para estes efeitos
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