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Farmacologia
Ciência que estuda o princípio ativo
Estudo dos efeitos dos fármacos no funcionamento de sistemas vivos
Fármaco- é todo o agente químico que quando introduzido num organismo modifica
as funções desse ser vivo, substância química que é o princípio ativo do
medicamento. Com finalidades que podem ser profiláticas, curativas, paliativas,
para evitar a gravidez ou para fins de diagnóstico.
Droga- é toda a substância, natural ou sintética (podem ser opióides ou opiáceos),
que introduzida no organismo vivo modifica uma ou mais das suas funções. A droga
só se torna fármaco quando tem efeito terapêutico
efeito prejudicial- tóxicos
efeito benéfico- fármacos, nutrientes
O fármaco tem que ser bastante seletivo, mas nunca é 100% seletivo. Quero que o fármaco
atue na biofase, e tudo o que seja as ações para além desta vão ser os efeitos múltiplos
(adversos, secundários, etc).Ex: Se for asmática posso usar piofilina, que vai provocar uma
broncodilatação (efeito desejado), contudo, provoca a nível renal, um aumento da diurese
(efeito secundário).
Efeitos adversos
passageiros
persistentes efeitos tóxicos
Fármacos
Organotrópicos órgãos do organismo doente (Sempre que um fármaco altera a função
de um órgão)
Etiotrópicos agente etiológico exógeno. Se eu tiver uma infeção, o responsável por esta
infeção é um microrganismo. Então, o fármaco que vou utilizar é etiotrópico,
Divisões da farmacologia
1. Geral
2. Aplicada
3. Farmacoterapia
4. Clínica
5. Farmacognosia- estudo de matérias‐primas naturais
6. Farmácia- preparação dos medicamentos
Subdividsões da farmacologia
1. Farmacogenética- Suscetibilidade genética de indivíduos a drogas específicas
Se eu tiver uma intolerância a um determinado fármaco, tem que se fazer o doseamento da enzima
específica dessa metabolização para se verificar se é um altamente metabolizante ou um baixo
metabolizante desse fármaco para essa enzima. Se for um altamente metabolizante significa que
não tenho as alterações desejáveiso médico vai aumentar a dose naquele esquema terapêutico
para aquele fármaco. Se for um baixo metabolizante por ter um menor isomorfismo do citocromo do
P450aumentar a dose para que tenha os efeitos
Principais fitoterápicos:
1. Alcaloides
a. substância de carácter básico que reage com ácidos para formar sais.
b. O, N,H, C. wxistem também de origem animal e mineral
c. Exemplos, nicotina, atropina, morfina, cocaína, pilocarpina, ácido
acetilsalicílico, cafeina (pseudo- alcaloide)
2. Glicosídeos
a. ligação de um composto químico orgânico não glicídico, com uma molécula
de açúcar (monossacarídeo). Ex: Exemplos: glicosídeos cardiotónicos (digitálicos),
glicosídeo cianogénico (encontrado na mandioca).
3. Flavanoide
a. polifenóis de baixa massa molecular
b. grupo hidroxilo ligado diretamente ao núcleo benzénico.
c. Vários polifenois (mais de 3OH ligados ao anel benzénico) apresentam ação
antioxidante
4. Gomas- conferem a propriedade de atrair e reter água, presente nas ceras
5. Óleos voláteis e fixos
6. Esteróides ex. beta sitosterol
Drogas de origem mineral- produtos inorgânicos metálicos e não metálicos: ferro, iodo,
cloreto de sódio, cálcio, fosfato, zinco, magnésio, etc.
o Fracionamento;
o Administração;
o Posologia (quanta dose tenho que prescrever – posologia dita a forma
farmacêutica);
o Absorção;
o Conservação (se queremos por exemplo que o fármaco dure 7 dias – para
crianças).
o Permite administrar quantidades exatas (sei quanto é que vai de princípio ativo
naquele medicamento);
o Permite adotar medidas de proteção (cápsulas gastrorresistentes - forma de
proteção para proteger a mucosa gástrica quando o fármaco estiver a passar pelo
estômago);
o Permite mascarar o odor ou sabor;
o Facilita a produção;
o Facilita a administração;
o Permite ajustar o tempo de ação.
Vias entéricas
Sublingual
Requisitos:
Ser lipossolúvel
Possuir elevada potência
Vantagens: Desvantagens:
Rápido na ação (pequena latência) Poucos medicamentos são absorvidos
adequadamente
Não sofre influência no suco gástrico Paciente não deve deglutir
Não sofre o efeito da primeira passagem passa Não adesão ao tratamento
para o estômago, chega ao intestino delgado para Sabor muitas vezes desagradável.
ser absorvido e depois vai entrar na circulação.
Sempre que o fármaco é eliminado ele pode voltar à
parte hepática – circulação entero-hepatica – reduz
a concentração ativa do fármaco para chegar à
biofase.
Oral
Via oral – sempre que tiver de engolir: via gastrointestinal, entérica.
Vantagens Desvantagens
Possibilidade de administração pelo Absorção incompleta;
próprio doente
Absorção mais ou menos segura Em geral tem um maior período de
latência;
Comodidade Não é apropriado para emergências;
Não invasivo e mais seguro Altamente dependente da compliance
do paciente;
Não produz dor Sabor desagradável;
Forma mais económica Interações com outros medicamentos
ou alimentos;
Pode ser metabolizada pelos sucos
digestivos;
Efeito de 1a passagem
Não se pode utilizar quando os
fármacos produzem irritação gástrica
ou intestinal
Não pode ser usada se existem:
vómitos, síndroma de mal absorção,
inconsciência do doente ou ainda
dificuldades na deglutição por doença
neurológica.
1. Área de superfície
o + área de contacto + energia de superfície disponível para que o
fármaco passe através do transporte passivo
o Dita o quão rápida é a absorção/quanto menor é o período de
latência do fármaco.
o Absorção no intestino delgado > estômago > intestino grosso >
esófago - as absorções a nível do esófago e intestino grosso são
minor, quase não ocorre absorção.
o Doença de Crohn- alterações de hiperplasia a nível das
microvilosidades, obliteradas, não ocorre absorção do fármaco, mas
sim a eliminação do mesmo
2. Circulação local
o Quanto maior a circulação, maior é a absorção.
o Uma das formas de aumentar a absorção é utilizar fármacos
vasodilatadores que promovam a vasodilatação através da punção de
óxido nítrico a nível do endotélio, fazendo com que a absorção seja
maior entre as células endoteliais, ou através do calor.
3. Concentração do fármaco
o Dose fármaco que alcança a biofase depende do ciclo enterohepático
e a biodisponibilidade através do transporte da albumina. Se o
paciente tem uma alteração da albumina o transporte é menor
o O fármaco atinge a sua concentração máxima quase de imediato se a
via utilizada for a endovenosa
4. Metabolismo
o Pelos sucos digestivos ou bactérias que existem no estômago
o Circulação entero-hepática – nesta circulação a excreção é feita pelo
fígado pela via biliar (fígado vesícula biliar canalículo biliar
intestino reabsorção sistema porta fígado ciclo de
circulação entero-hepática/efeito de 1a passagem)
5. Motilidade (gastrointestinal)
o Aumento do trânsito intestinal diminui a taxa de absorção
o Drogas que aumentam a velocidade do esvaziamento gástrico, (piloris
abre mais rápido) aumentam a velocidade de absorção, e diminuem
o período de latência
Via retal
Objetivos:
Efeito local
Efeitos sistémicos
A via retal tem uma membrana muito fina, a absorção é mais rápida que a via oral,
contudo é muito mais irregular, nunca se sabe qual é a quantidade que vai passar, menos
fiável, muitas vezes nula havendo alterações a nível do trânsito intestinal.
Escapa à ação metabolizante do fígado, entra mais rápido na ação sistémica, ligação
direta à veia cava inferior.
Desvantagens Vantagens
Possibilita a administração de fármacos a Absorção irregular (não se sabe a
doentes com vómitos ou inconscientes; quantidade que passa);
Via bucal
Via gengival
Via dentária
o Conjuntiva – tópica;
o Nasal – tópica ou sistémica (vasodilatador que tem de passar a barreira do alvéolo);
o Genitourinária – tópica.
Via nasal
Vantagens Desvantagens
Nos efeitos locais, minimiza a ocorrência de Absorção baixa;
efeitos adversos (não passa a barreira
alveolar);
Evita o efeito da 1a passagem Irritação local e alergias
Absorção relativamente rápida para alguns
fármacos.
Ação tópica:
Anti-inflamatórios;
Antialérgicos (anti-histamínicos, antagonistas dos recetores H1 de 1a e 2a geração);
Vasoconstritores (epinefrina/noradrenalina/adrenalina).
Ação sistémica:
Via ocular
Efeito local:
Via intravaginal
Via parentérica
Pele
1. Percutânea
Fármaco é absorvido através da pele
Efeito sistémico
Fármaco deve ser lipossolúvel
Exemplos: nicotina (sistema parassimpático), nitratos (antianginosos que
diminuem ou aumentam a perfusão para diminuirem a isquémia do
miocárdio), analgésicos e anti- inflamatórios (diclofenaco - AINES)
Vantagens Desvantagens
Produzem concentrações Em alguns casos observa-se irritação
plasmáticas uniformes e sem (libertação de histamina);
flutuações*
Não está sujeita ao efeito da 1a Eritema (com edema associado).
passagem;
Melhor adesão ao tratamento –
permite um menor número de tomas
ao fazer o esquema terapêutico.
Respiratória:
Vantagens Desvantagens
Grande área de superfície altamente Requer aptidão profissional
vascularizada
Rápida absorção Variabilidade nas respostas
Dose facilmente ajustada Requer partículas menores que 1micra
Menos efeitos sistémicos Risco de toxicidade cardiovascular e
nervosa
Sem efeito de 1ª passagem
Por injeção
Usados por:
Desvantagens:
o Exige profissionais;
o Uma vez o medicamento administrado, não podemos impedir a sua distribuição;
o Concentrações iniciais maiores, aumento do risco de toxicidade;
o Via invasiva com riscos de infeção
o Reações alérgicas;
o Dolorosa (subcutânea > intramuscular > endovenosa)
Intradérmica
Via subcutânea
Inclinação 45graus
Efeito sistémico
Dado na face lat da coxa/braço, abdominal anterior, glúteo
Vantagens Desvantagens
Não é necessária muita pratica Não permite grande volumes (até
2mL)
Evita meio gastrointestinal Dolorosa
Não tem 1ª passagem Risco potencial de lesão tecidular
Absorção lenta e regular Variação de absorção em diferentes
partes do corpo
Via intramuscular
Agulha 90 graus
Riscos: Injeção intravascular (perto do plexo, fazer aspiração antes); formação de
abcessos; lesão dos nervos (se a injeção for dada com muita velocidade).
Quadrante súpero-lateral da nádega – 2 a 3mL. Região deltóide (braço) – 5 a
10mL.
Face ântero-lateral da coxa – 5 a 10mL.
Atenção: na via intramuscular é importante estarmos atentos à espessura da
pele, teor de gordura do tecido celular subcutâneo e o comprimento da agulha.
via Endo/intravenoso
Vantagens Desvantagens
Sem absorção Risco de embolia
Biodisponibilidade 100% Reação anafilática
Maior precisão de dosagem Reação pirogénica
Controlar Vadministração Improrpio para substancias insolúveis
e oleosas
Permite administrar substâncias
irritantes e com pH e tonicidade
Permite administrar grandes volumes
Drogas administradas por via endovenosa entram diretamente na circulação sistémica e têm acesso
direto a todos os órgãos VS drogas administradas oralmente sofrem o efeito de 1a passagem.
Comprimidos
Vantagens Desvantagens
Rigor da dosagem Possível irritação mucosa gástrica
Administração fácil e comoda Impossibilidade de administração de subst.
Líquidas
Fácil deglutição Fabrico pode ser delicado
Fácil conservação
Produção industrial
Possibilidade de administração de subst.
pouco solúveis em água
Distribuição na criança
Excreção
Para que os efeitos farmacológicos ocorram, é preciso haver uma distribuição não uniforme
das moléculas do fármaco dentro do organismo ou do tecido, ou seja, as moléculas de um
fármaco precisam de “se ligar” a constituintes específicos de células ou tecidos para
produzir um efeito.
A maioria dos alvos são proteínas: recetores, enzimas, transportadores e canais iónicos.
Alguns fármacos antitumorais e antimicrobianos atuam diretamente com o DNA
Interações fármaco-recetores
Ligandos
Eficácia- tendência que um fármaco, enquanto ligado, tem para ativar o recetor
EC 5 0 ou E D 5 0 – A concentração ou dose de
fármaco necessário para produzir 50% da resposta
máxima
A diferença entre agonista parcial e total reside na relação entre ocupação do
recetor e a resposta.
Antagonismo de fármacos
Frequentemente, o efeito de um fármaco é diminuído ou completamente eliminado pela
presença de outro.
Antagonismo Farmacocinético
O Antagonista efetivamente reduz a concentração do fármaco ativo no local de
ação
A velocidade de degradação metabólica do fármaco ativo pode aumentar
A taxa de absorção do fármaco ativo a partir do trato gastrointestinal pode ser
reduzida
A taxa de excreção renal pode aumentar
Farmacocinética
Modelos:
Distribuição
Fármacos ligados a proteínas e hidrossolúveis ficam principalmente no compartimento
plasmático, enquanto que fármacos lipossolúveis acumulam-se no tecido adiposo
A partição significa que ácidos fracos tendem a acumular-se em compartimentos com pH
alto (tornam- se ionizados e não se difundem) e as bases fracas acumulam-se em
compartimentos com pH baixo. Assim a ionização afeta a velocidade e distribuição de
fármacos eentre compartimentos com pH diferente.
Biotransformação
O metabolismo de fármacos ocorre predominantemente no fígado, embora algumas drogas
sejam biotransformadas no plasma, intestino (salbutamol) ou outros orgãos. As moléculas
polares são parcialmente eliminadas inalteradas na urina e fármacos lipossolúveis usam o
metabolismo intracelular.
No fígado:
Reações de fase 1:
o oxidação, redução ou hidrolise (catabolismo).
o Após alguns medicamentos podem tornar-se mais tóxicos
o Envolve muitas enzimas hepáticas, incluindo o sistema P-450 (maioria das
interações estão relacionadas com estimulação/inibição deste sistema)
o Ex: fenobarbital é um potente indutor que leva à redução das concentrações
plasmáticas de vários medicamentos como fenitoina e clorofenicol, reduzindo
os efeitos terapêuticos dos mesmos
Reações de fase 2:
o conjugação (anabolismo)—resulta em compostos inativos e facilmente
excretáveis. Mais importante- glicuronidação
o Recém-nascidos são deficientes neste sistema de conjugação
Excreção
Os fármacos são eliminados do organismo por biotransformação. No fígado ocorre a
biotransformação, enzimas capazes de reduzir, oxidar, hidrolisar ou conjugar compostos.
Nos rins ocorre a excreção dos fármacos e dos seus metabolitos, alguns fármacos são
excretados na bílis e eliminados nas fezes.
Clearance renal- volume de plasma que contem a quantidade de substância removida pelos
rins por unidade de tempo
3 processos:
Farmacodinâmica
Reações idiossincrásicas: são reações nocivas, algumas fatais, que ocorrem numa minoria de
indivíduos. Podem ocorrer mesmo com doses muito baixas do fármaco. A causa: fatores
genéticos podem ser responsáveis, contudo algumas causas não sejam compreendidas. Os
fatores imunológicos são também importantes.
Sistema Nervoso Periférico: Neurotransmissão
SNS- a localização das fibras pré-ganglionares são nos gânglios simpáticos, logo são fibras
mais curtas, enquanto que a localização das fibras pós-ganglionares são longe das vísceras,
por isso são fibras longas.
SNP- a localização das fibras pré-ganglionares são no encéfalo/cóccix, logo são fibras mais
longas, enquanto que as localizações das fibras pós-ganglionares são próximas das vísceras,
por isso são fibras curtas.
Nota: como as fibras pós-ganglionares do SNP são menores, esta possui uma
resposta mais localizada (é onde a maioria dos fármacos atuam), por outro lado a
convergência das fibras pré-ganglionares estas são mais grossas devida a camada de
mielina, sendo a velocidade de condução também mais rápida.
➢ Todas as fibras nervosas que saem do SNC, libertam acetilcolina (Ach) que agem nos
recetores nicotínicos;
➢ Todas as fibras parassimpáticas pós-ganglionares libertam acetilcolina (Ach) que agem
nos recetores muscarínicos nos órgãos alvo;
➢Todas as fibras simpáticas pós-ganglionares, libertam norepinefrina (NE)/ noradrenalina,
que agem nos recetores α e β adrenérgicos;
Com exceção:
▪ A inervação simpática das glândulas sudoríparas resulta da ação da Ach nos
recetores muscarínicos;
▪ Transmissão neuro-hormonal, onde ocorre libertação da Ach que agem nos
receptores nicotínicos na medula adrenal, aumentado a produção de catecolaminas
(epinefrina /adrenalina, norepinefrina/noradrenalina) pela medula
O décimo para craniano - nervo vago é responsável pela inervação recíproca entre o SNS e
SNP, sendo a inervação recíproca maior no SNS. Os órgãos que não possuem inervação
recíproca do SNS e SNP são:
Vasos- só tem enervação do SNS, sendo o tónus contrator contrabalançado pela
libertação de óxido nítrico das células endoteliais
Baço
Glândulas sudoríparas- só SNS, estimulando o aumento da secreção
Musculatura lisa dos brônquios- só enervado pelo SNP (contração). Níveis de
epinefrina circulante podem inibir esta contração
No caso das glândulas salivares, os dois sistemas possuem efeitos semelhantes, provocando
um aumento da secreção.
Modulação pós-sinática
Esta modulação é conformacional, isto é, ocorre alterações no funcionamento dos canais
iónicos (receptores ionotrópicos, ex: Cálcio, potássio e cloro). Muitos neuropeptídeos, ao
afetarem os canais iónicos podem aumentar ou diminuir a excitabilidade da membrana, de
modo a controlar o padrão de descarga.
Recetores GABA/GABAérgico
Mecanismo de ação
Com GABA A, localizados na membrana pós-sináptico:
Aumenta concentração de cloro intracelular, causando a hiperpolarização da
membrana inibe a formação de um potencial de ação efeito depressivo
Com GABA B, localizados nas membranas pre e pos:
Formação de segundo mensageiro. Abertura do canal de potássio concentração
maior no meio extracelular hiperpolarização efeito depressivo
Cotransmissão- Os neurónios libertam, por regra (não exceção), mais que um transmissor
ou modulador, cada qual interagindo com recetores específicos e produzindo efeitos,
frequentemente tanto pré como pós-sinápticos. Podemos ter um cotransmissor que vai
ajudar o neurotransmissor a atuar um bocadinho mais rápido ou menos rápido
ACh, acetilcolina; ATP, adenosina trifosfato; NE, norepinefrina; NO, óxido nítrico; NPY,
neuropeptido Y; VIP, péptido intestinal vasoativo
Etapas de sinapse:
1. Captação do percursor
2. Biossíntese – a é sintetizada no interior das terminações nervosas, a partir da
Acetil Co-A que é um percussor do piruvato (precursor da via glicose) e da
colina que é um derivado da fosfatidil-etanolamina e fosforilcolina. A colina
livre terminações nervosas pré sináptica é acetilada pela enzima citosólica –
colina acetiltransferase (CAT).
3. Armazenamento – a maior parte da Ach é armazenada em vesiculas, e
depende do influxo de cálcio intracelular.
Vesamicol- inibe a incorporação da Ach em vesiculas, bloqueando a
criação de um gradiente eletroquímico (cálcio).
4. Secreção – na membrana vesiculas existe as proteínas sinatobrevina e a
sinaptotagina e na membrana plasmática das terminações nervosas pré
sinápticas existe a sintaxina e SNA P- 25 que formam um complexo que
permite a fusão da membrana da vesicula com a membrana plasmática, e
depende do cálcio para que haja a fusão e a posterior exocitose dos
neurotransmissores.
A toxina botulínica- inibe a exocitose (uma vez que se liga
irreversivelmente aos receptores pós sinápticos, mantendo a
contração- músculos)
5. Acão – ligação do neurotransmissor (Ach) ao recetor (nicotínico) da
membrana pós sinápticos provocando um aumento da permeabilidade do
sódio e potássio, criando uma corrente de despolarização, o que inicia o
potencial de Acão.
Ex: fármacos bloqueadores despolarizantes (ex: tubocurarina) e não
despolarizantes (ex: suxametonio).
6. Término da ação - a enzina acetilcolinesterase está na fenda simpática e é
responsável pela hidrolise da Ach em colina e Acetil Co-A, terminando a ação.
A Ach tem um tempo de semi-vida muito curta, porque é rapidamente degradado pela
acetilcolinesterase e também pela rápida captação pelos receptores nas membranas das
terminações pós sinápticos.
M2 e M4
1o - Agonista liga-se ao receptor M2 ( coração e SNC)
2o- A proteína Gi (PGi) inibe a Adenilciclase, o que ativa os canais de potássio, diminui o
AMPc, suprime a atividades dos canais de cálcio dependente de voltagem.
3o- vai haver uma diminuição do cronotropismo e dronotropismo, o que leva a uma
diminuição do débito cardíaco e da velocidade de condução dos impulsos e da velocidade
de despolarização diastólica.
M2 responsável pelo controlo de Ach, regulando a sua libertação
Colinomiméticos
Representa o conjunto de substâncias que reproduzem os efeitos da acetilcolina de
modo direto ou indireto.
Os fármacos colinomiméticos de ação direta atuam diretamente nos recetores
muscarínicos.
Efeitos farmacológicos:
Efeitos cardiovasculares:
Diminuição da frequência e débito cardíacos
Vasodilatação generalizada (pelo oxido nítrico)
Queda acentuada da pressão arterial
efeitos musculatura lisa: contrai. Atividade peristáltica aumenta
Efeitos nas secreções: estimulação de glândulas exocrinas
Efeitos oculares: contraem a pupila e reduzem a pressão intraocular
Betanecol
Atua primariamente nos tratos urinário e gastrointestinal (GI)
Portanto, os recetores muscarínicos localizados na bexiga e no aparelho
gastrointestinal estimulam a contração da bexiga e expulsam a urina e aumentam a
motilidade gastrointestinal, respetivamente
Pilocarpina
Via tópica: tratamento do glaucome e como miótico
Comprimidos: tratar ressecamento de olhos, boca e pele- xerostomia
Efeitos adversos: náusea, vomito, diarreia, incontinência urinária, tontura, acidez
gástrica e dor de cabeça
Outros fármacos usados para tratar glaucoma: timolol, carteolol, acetazolamida,
dorzolamida, clonidina, latanoprosta, ecotiopato
Cevimelina
AGONISTAS COLINÉRGICOS
2 grupos diferentes:
Ação direta: ocupam e ativam os recetores muscarínicos e nicotínicos
Ação indireta: inibem a acetilcolinesterase; aumentam os níveis de Ach e potenciam
os seus efeitos
Salivação (Muscarínico)
Lacrimejamento (Muscarínico)
Incontinência urinária (Muscarínico)
Diarreia (Muscarínico)
Cólicas Emese (Muscarínico)
Bradicardia (Muscarínico)
Broncoconstrição (Muscarínico)
Hipertensão/hipotensão (Nicotinico)
Convulsões (Nicotinico e Muscarínico)
Atropina
Altamente lipossolúveis, semivida de 4h
É rapidamente metabolizado, o que torna a sua distribuição mais difícil comparando
com a escopolamina
Bem absorvido por via oral
Estimula o SNC
É antagonista não seletivo
Bloqueio dos recetores muscarínicos inibição do parassimpático predominância
do simpático
Escopolamina
Aminas terciarias- Pirenzepina, Tropicamida, Homotropina, Ciclopentolato, Diciclomina,
Benzatropina, Trihexifenidil.
Nota: As aminas terciarias são mais lipossolúveis do que as quaternárias e são bem
absorvidas por qualquer via, enquanto que as quaternárias são mal absorvidas por via oral.
As aminas terciarias atravessam a BHE e as quaternárias não, portanto tem efeitos a nível do
SNC.
- Semelhantes a atropina
Pirenzepina- inibidor não seletivo (mais afinidade a M1) TRATAMENTO DE
ÚLCERAS PETIDICAS
TROPICAMIDA- uso oftálmico em diagnostico para midríase
Ciclopentolato- igual ao anterior, mas com maior duração
Benzatropina- para tratar sintomas de Parkinson e tremores
BLOQUEADORES GANGLIONARES:
bloqueiam todos os gânglios autónomos e entéricos
tubocurarina, trimetafama, hexametonio, suxametonio, pancuronio, vencuronio
principais efeitos:
o Hipotensão e perda dos reflexos cardiovasculares;
o Inibição das secreções;
o Paralisia gastrointestinais;
o Comprometimento da micção.
Principais catecolaminas:
Dopamina- percursor metabólico da noradrenalina e epinefrina e também um
neuromodulador do SNC
Norepinefrina /noradrenalina
Epinefrina/ adrenalina- é uma hormona secretada pela medula suprarrenal
Isoprenelina derivado sintético da noradrenalina ausente no nosso organismo
Nota: a adrenalina colocada nos anestésicos, serve para provocar a vasocontrição dos vasos,
diminuindo a permeabilidade do endotélio e posterior saída do fármaco do vaso, assim
garante- se que maior seja a concentração do fármaco na biofase, o que aumenta a
durabilidade de ação do fármaco. No entanto não se pode utilizar em pacientes hipertensos
não controlados (contraindicação absoluta). Sendo uma contraindicação absoluta em o uso
de anestésico com vasoconstritor em paciente que tomam antidepressivos (IMAO-
inibidores da enzina monoamino-oxidase) e cocaína.
Aula anti-histaminicos
Histamina
A histamina está presente no cérebro em quantidades menores que em outros tecidos, como a pele
e o pulmão, porém, indubitavelmente, desempenha papel de neurotransmissor.
Assim como as outras monoaminas transmissoras, a histamina está envolvida em muitas funções
diferentes do SNC. A libertação de histamina segue um padrão circadiano distinto, sendo os
neurónios ativos durante o dia e silentes à noite.
A histamina é libertada pelos mastócitos por meio da exocitose durante reações alérgicas ou
inflamatórias. Os estímulos incluem a interação dos componentes do complemento C3a e C5a com
receptores específicos da superfície celular, e a combinação de antígeno com os anticorpos da
imunoglobina IgE.
Tal como em muitos processos secretores, a libertação de histamina é iniciada por um aumento do
cálcio citosólico [Ca2+].