Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Via Sublingual
Medicamento sob a língua do paciente.
Procedimentos e Cuidados Específicos
1. Enxaguar a boca com água e remover resíduos alimentares.
3. Não administrar por VIA ORAL
4. A via sublingual possui ação mais rápida do que a via oral.
5. Drenagem venosa da boca dirige-se à veia cava superior (previne do metabolismo
de primeira passagem).
Via Retal
Via alternativa: crianças, doentes mentais, comatosos, vômitos e náuseas.
Irritação gastrointestinal excessiva ou elevado metabolismo hepático de primeira
passagem.
Supositórios sólidos ou enemas.
Inserção, dissolução, liberação da droga, efeito local ou sistêmico.
Excipiente ideal: atóxico, não irritante, fusão em 37ºC, solubilidade diferente do
fármaco.
Guardados em geladeira.
Retidos por 20 a 30 minutos.
Leve efeito laxativo.
Via Tópica
Pele (barreira à passagem de substâncias) e mucosas
Efeitos locais (pomada, gel, etc...) (óxido de zinco)
Cuidados:
-Limpeza da pele/secagem
-Evitar regiões com injúria
Efeitos sistêmicos: adesivos de: anticoncepcional, nicotina, fentanil
Administração transdérmica (cai na corrente sanguínea) (região limpa, seca e sem
pelos)
Emplasto: adesivos locais, não transdérmico
Via Intranasal
É uma via tópica
Efeitos locais (descongestionante nasal, dependendo da frequência e dose pode virar
efeito sistêmico) ou sistêmicos (instáveis no TGI ou metabolismo de 1ª passagem)
Descongestionantes nasais: congestão de rebote (3 a 4 dias)
Hormônio antidiurético sintético (desmopressina)
Soluções isotônicas, tamponadas (pH 5,5 a 6,5), estabilizador e preservativo.
Administração Oftálmica
É uma via tópica
Usados por seus efeitos locais (pomada, colírio)
Pequena absorção resultante da drenagem pelo canal nasolacrimal causa efeitos
indesejáveis atenuados (corticosteróides e beta-bloqueadores)
É a aplicação de colírio ou pomada na conjuntiva ocular (saco conjuntival inferior).
Cuidados:
- Evitar contato direto no globo ocular;
- Fechar os olhos (30 s) melhor absorção.
- Antes da aplicação do medicamento, remover secreções e crostas.
Via Auricular ou Otológica
É uma via tópica
Sempre efeito local
Orelha externa: Introdução de medicamento no canal auditivo (LOCAL)
Médio e interno – não vai o medicamento tópico, apenas sistêmico (vai no sangue)
OBJETIVOS : • Prevenir ou tratar processos inflamatórios e infecciosos.
• Facilitar a saída do cerúmen e corpo estranho.
Observação : Ouvido médio: Droga de ação sistêmica
Via Intravaginal
É uma via tópica
Administrado na mucosa vaginal (pomada etc....)
É uma via tópica local, não vai no sangue por não ser sistêmica, não fvorece por ter
mucosa, ph baixo, e ciclo menstrual)
Não é adequada para administração de drogas com a finalidade de efeitos
sistêmicos.
Óvulos semi-sólidos, comprimidos vaginais, pomadas, géis, cremes, líquidos.
Aplicadores vaginais.
Amolecem, fundem e se espalham.
Orientação quanto às técnicas de administração.
Via Parenteral ou injetável
Injeção de drogas diretamente em um compartimento ou cavidade do corpo.
Depositado graças a uma agulha em um compartimento do corpo
Tipos: Subcutânea, Intramuscular, Endovenosa ou Intravenosa e Intradérmica.
Vantagens
• Pacientes que não cooperam, vômitos e náuseas
• Fracamente absorvidas por via oral
• Situações de emergência
Intradérmica
É a introdução de pequena quantidade de medicamento (0,1 ml) entre a derme e a
epiderme, é uma lugar superficial.
Finalidade : Teste de sensibilidade alérgica e aplicação de vacinas.
A angulação da agulha deve ser mínima com relação ao tecido.
Subcutânea
É a introdução de uma droga no tecido subcutâneo ou hipoderme
Finalidade : Anticoagulantes (heparina), insulina
Terapêutica lenta (a velocidade de absorção pode variar com o fármaco e uso de
vasoconstritor), contínua, para fármacos que não irritem os tecidos.
A angulação da agulha deve ser de 45° com relação ao tecido
Volume: 0,5-1,5ml
Locais: partes externas e superiores dos braços; laterais e frontais das coxas; região
gástrica e abdomen; nádegas; costas (logo acima da cintura).
Intramuscular
É a introdução de medicamentos nas camadas musculares.
Finalidade -Terapêutica de efeito relativamente rápido (depende do fluxo sanguíneo no
local da injeção) - 90° do tecido - Efeito sistêmico - Soluções aquosas; sol., oleosas -
Pequenas doses
Obs: volume máximo 5 ml
- Locais para injeções IM dependem:
a) Das condições da musculatura; b) Do volume do medicamento
c) Do tipo de medicação d) Da preferência do paciente
Obs: Injeções IM não devem ser administradas com o paciente de pé.
Ventroglúteo (lateral do bumbum)
Vantagens: Longe de nervos; grandes vasos, definida anatomicamente; grande massa
muscular;
Desvantagens: Treinamento
Dorsoglúteo (bumbum)
Vantagens- Larga massa muscular; paciente não visualiza
Desvantagens- Próximo a nervos; grandes vasos; assepsia da região
Obs: não é indicada para RN; < 1 ano
Deltóide (braço)
Vantagens- Fácil acesso; aceito pelo cliente
Desvantagens- Pequena massa muscular; próximo ao nervo radial; pequenos volumes
Vastolateral
- Vantagens Larga massa muscular; indicação p/ criança (RN); livre de nervos e vasos
sanguíneos
- Desvantagem Treinamento
Via parentenal Endovenosa
É a introdução do medicamento diretamente na corrente sanguínea (basílica ou cefálica do
antebraço).
Finalidade
Terapêutica com efeito sistêmico rápido.
Administrar medicações que irritam o tecido
Evitar
Fármacos dissolvidos em veículos oleosos
Compostos que se precipitam no sangue
Compostos que hemolisam eritrócitos
Combinações de fármacos que se precipitam
Não aplicar medicamentos lipossolúveis, por que o sangue é aguado e não irá se
misturar no sangue
Via respiratória ou inalatória
Administração por inalação
Diretamente na árvore respiratória (doenças broncopulmonares; anestésicos gerais)
Pode ser local (bombinha de asma) ou sistêmico (óxido nitroso, sedativo)
Boa absorção alveolar:
- membranas biológicas de fácil travessia
- grande superfície de absorção
- rica vascularização sanguínea
Dispositivos : nebulizadores, inaladores pressurizados dosimetrados, inaladores de
pó seco.
Outras Vias de Administração
- Intratecal - Intracardíaca - Intra-arterial - Intra-articular
Prescrições Odontológicas - Aula 5 – 18/08
A prescrição é um documento legal na qual se responsabiliza aquele que
prescreveu, além disso, compete ao cirurgião dentista prescrever e aplicar
especialidades farmacêuticas de uso interno e externo indicados em
odontologia, em casos de acidentes graves que competem a vida do paciente
poderá usar medicamentos com urgência.
Os medicamentos seguintes podem ser prescrevidos pelo cirurgião dentista:
Anti-inflamatórios, antipiréticos, analgésico, antibiótico, e em alguns casos,
como pacientes neuropáticos, ansiolíticos, antiepilépticos e antidepressivos.
Receita: documento formal e escrito que estabelece o que deve ser
DISPENSADO ao paciente e como o paciente deve usá-lo, receita pode ter
várias prescrições.
Prescrição: definir o MEDICAMENTO a ser consumido pelo paciente, com a
respectiva DOSAGEM e DURAÇÃO do tratamento., esse ato é expresso
mediante a elaboração de uma receita médica
DCB – denominação comum brasileira
Exemplo de medicamentos
Referência = Voltaren
Genérico = Diclofenaco Sódico
Similar = Voltaflan
Categorias dos Medicamentos
- Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs ou OTCs) - não requerem
autorização, ou seja, receita expedida por profissional habilitado
- Medicamentos Tarjados - rótulo deve ter uma faixa horizontal de cor
vermelha abrangendo todos os lados, contendo a escrita: venda sob prescrição
médica
- Medicamentos de Uso Controlado - princípios ativos são substâncias sujeitas
a controle especial, necessitando de procedimentos específicos para sua
prescrição e dispensação., geram dependência física e psíquica
- Medicamentos das Listas C1 (Outras Substâncias Sujeitas a Controle
Especial) e C5 (Anabolizantes) (venda sob prescrição médica e retenção da
receita)
- Medicamentos das Listas C2 (Retinóides de Uso Sistêmico) - venda sob
prescrição médica risco para mulheres grávidas, causa graves defeitos na face,
nas orelhas, no coração e no Sistema Nervoso do Feto. Serão dispensados
mediante Notificação de Receita Especial (branca) e deverá estar acompanhada
de “Termo de Consentimento Pós-Informação”, fornecido pelos profissionais
aos pacientes alertando-os que o medicamento é pessoal e intransferível, e das
suas reações e restrições de uso.
- Medicamentos das Listas C3 (Imunossupressores)
- Medicamentos das Listas A1 e A2 (Entorpecentes) e A3 (Psicotrópicos). A
substância codeína e tramadol pertencem à lista A2, porém constam nos itens 2
e 3 do adendo que quando prescritas em quantidades que não excedam a
100mg por unidade posológica, ficam sujeitas à prescrição na Receita de
Controle Especial
Venda sob prescrição médica e pode causar dependência (alguns possui tarja
preta)
- Medicamentos das Listas B1 (Psicotrópicos) e B2 (Psicotrópicos
Anorexígenos - Sibutramina) - tarja preta e será vendido sob receituário azul
numerado (Notificação de Receita B2)
- Antimicrobianos, a dispensação de antimicrobianos, isolados ou em
associação fica sujeita à retenção de receita e escrituração em farmácias e
drogarias, a prescrição de medicamentos antimicrobianos deverá ser realizada
em receituário privativo do prescritor ou do estabelecimento de saúde, não
havendo, portanto modelo de receita específico, Retenção da 2ª via Validade
de 10 dias
Normas para um receituário
a) Estar escrita a tinta, por extenso e de modo legível, observados a
nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais;
b) Ter o nome e o endereço residencial do paciente e, expressamente, o modo
de usar a medicação;
c) Ter a data e a assinatura do profissional, endereço do consultório ou da
residência, e o número de inscrição no respectivo Conselho Profissional.
Caso clínico: Se o paciente tomar um medicamento ácido e tomar sal de frutas o que
acontece?
“Uma mínima depressão do nível de consciência do paciente, que não afeta sua habilidade
de respirar de forma automática e independente e responder de maneira apropriada à
estimulação física e ao comando verbal”
- Sedativos inalatórios
Metabolização:
Vantagens:
Reações Adversas
Dose alta, ou paciente não conseguir excretar, fica em grande quantidade no organismo -
Depressão respiratória, apneia, depressão miocárdica com hipotensão grave
(superdosagem).
Dependência e tolerância
Prova - Se uma pessoa tentar suicídio com fenobarbital, tem que basificar o ph da urina
com bicabornato de sódio
Interações Medicamentosas
Demais depressores do SNC: ansiolíticos, barbitúricos, antipsicóticos,
anticonvulsivantes, etc.
Cimetidina, eritromicina, itraconazol, isoniazina e alguns anticoncepcionais AÇÃO
POTENCIALIZADA
Precaução
Pacientes que usam outros fármacos depressores de SNC
Portadores de insuficiência respiratória, hepática ou renal (não consegue excretar)
Gravidez (1º trimestre) e durante lactação (ultrapassa barreira placentária, depressão
SNC)
Sugestão: Ser acompanhado por um adulto!!!
Benefícios
Redução do fluxo salivar
Relaxamento da musculatura esquelética
Manutenção de PA e glicemia
Produzem amnésia anterógrada
Dosagem e posologia
Critérios considerados para escolha
Duração dos procedimentos (1 h): midazolam, alprazolam
Idade: odontopediatria (diazepam e midazolam); pacientes geriátricos (lorazepam)
Possibilidade de interações medicamentosas
Posologia
Prescrever ou administrar (no próprio consultório) em dose única
Lorazepam: 2 horas antes
Diazepam ou Alprazolam: 1 hora antes
Midazolam ou Triazolam: 30 a 45 minutos antes
Pacientes muito ansiosos: mesma dose na noite anterior
Anti-histamínicos (Broqueia receptores de histamina, antialérgico, ansiolítico e evita
vomito)
Efeito colateral de anti-histamínico de 1ª geração: bloqueia receptor de histamina do
SNC e causa sedação e sonolência (usa tanto como ansiolítico como em alergias)
2° Geração - Loratadina - Não bloqueiam SNC, só perifericamente, não causa
sonolência (usa mais para alergias)
Ação no SNC: Hidroxizina e prometazina
Prometazina: 25 a 50 mg em adultos e 0,5 a 1 mg/kg em crianças (se isoladamente)
(procedimentos de longa duração, a duração de ação varia de 6 a 8 horas,
Hidroxizina: 50 a 100 mg para adultos e 0,65 a 1 mg/kg para crianças (duração de
mais ou menos 4 horas)
Potencialização de ação de outros sedativos e redução de náuseas e vômitos
Ações anticolinérgicas: secura na boca
Diminidrinato – Dramin: Bloqueia receptores de histamina do SNC (usado em
odonto pediatria)
Antiemético – medicamento para tratar náuseas e vômitos
1° geração – atividade anticolinérgico: bloqueia receptores de acetil colina, quando
acetil colina se liga em receptores salivares reduz salivação
Hidrato de cloral (medicamento que pode ser usado para reduzir ansiedade durante
procedimento odontológico ou para fazer diagnóstico por imagem em crianças)
Antigo (ainda se usa), só existe na forma líquida (odontopediatria – diagnóstico por
imagem)
Pequena margem de segurança (laringoespasmo grave) *dose calculada/peso
Xarope: 10 a 50 mg/kg
Não deve ser administrado em casa
Absorção via oral, metabolizado em tricloroetanol (ativo)
Induz enzimas hepáticas e desloca de proteínas plasmáticas
Desvantagens: - Gosto desagradável,
- Medicamento pouco seguro, dose terapêutica é muito próxima da dose toxica, por isso
diferente dos benzodiazepínicos, esse medicamento não deve ser tomado em casa sem a
vigilância do cirurgião dentista,
- Muito indutor das enzimas do citocromo CYP450 e por isso pode causar muita
interação medicamentosa,
- Ao ser metabolizado o hidrato de cloral produz um metabolito chamado de tricloro
etanol que é uma substância que inibe o metabolismo do álcool, podendo causar
toxicidade para o paciente,
- Existem alguns artigos mostrando que o hidrato de cloral pode causar mutação
gemicas e levar a lesão nos cromossomos
Efeitos adversos e interações medicamentosas
Combinação com outros fármacos (óxido nitroso, hidroxizine e prometazina*)
Hidrato de cloral e tricloroetanol inibe álcool desidrogenase (“Mickey Finn” ou
“gotas nocauteadoras”
Doses usuais: efeitos cardiovasculares discretos (aumento de dose: depressão
cardiovascular, arritmias cardíacas, cardiotoxicidade)
Podem causar como efeito colateral, constipação intestinal (intestino preso), existem
receptores MI no intestino, e quando se ligam nesse lugar vai ter redução do peristaltismo
da contração intestinal, o intestino movimenta menos causando constipação. Vê muito em
pacientes com câncer, por sentir muita dor e ter que usar opioides para tratar.
Inosec – Loperamida - opioide periférico, liga no intestino e trata diarreia, não é
analgésico, por não atuar no SNC, não tem perigo de causar dependência (periférico)
No neurônio tem receptor opioide, quando toma e ele se liga nesse receptor, ele inibe a
liberação de neurotransmissor, impedindo de conduzir impulso nervoso
Principais Opioides Usados na Clínica
Os opioides são classificados de 4 formas –
Agonistas Puros – chamados de agonistas totais – aqueles que se ligam aos receptores MI
como se fossem opioides endógenos, se destacam a morfina, tanto que todos os outros
opioides possuem a potência comparada com ela.
Alfentanil, Remifentanil, Fentanil – usados mais, Sufentanil – menos usado por ser muito
potente, e efeitos colaterais aumentam muito também (usados mais no bloco cirúrgico por
ser muito mais potente que a morfina, usado através de adesivos)
Quando paciente já usa esses opioides acima, não necessita de prescrever outros opioides.
Quando uma pessoa tá viciada em opioides, deve se retirar diminuindo o medicamento
para tratamento de abstinência, com acompanhamento psicológico.
Antagonista – bloqueia o receptor do opioide (naloxona – endovenoso) (narcan – spray)
Opioide na clínica – Paracetamol + Codeina, propoxifeno
Agonista – Do receptor K
Antagonistas – Do receptor MI, quando quer tirar paciente de intoxicação, overdose
(naloxona – endovenosa) (naltrexona – oral, tratamento de alcoolismo, bloqueia receptor
opioide no SNC, inibindo a vontade de beber pra esse paciente não pode prescrever outro
opioide pois o opioide estará bloqueado, nesses casos deve ser analisado a origem, e
prescrever anti-inflamatório)
Gestantes não podem utilizar pois ultrapassa a barreira placentária, isso pode causar
sonolência, dependência, abstinência, depressão respiratória no bebe
Pacientes com depressão respiratória, quanto mais usar agonista, mais risco, tem que usar
o Agonista + Antagonista
Agonistas parciais – Tratamento de abstinência
Mais usados na clínica são os agonistas puros
Analgésico Opioide possui diversos usos clínicos –
Analgesia – tosse, diarreia e ajudar potencializar anestesia
Toxicidade de efeitos indesejados – Depressão respiratória, náuseas, vômitos e
constipação, tolerância e dependência
Contra- indicações - Uso de agonistas puros com agonistas parciais fracos, pacientes com
lesões cranioencefálicas, gravidez, comprometimento pulmonar, hepática, renal
Uso exclusivamente para alívio da dor
Dor de origem dental (acompanhada por inflamação)
1ª escolha para alívio da dor: AINES (AAS, Ibuprofeno)
Opioides: Úteis no controle adicional da dor (associação)
Opioides mais usados em Odontologia:
Codeína, hidrocodona, oxicodona, meperidina, propoxifeno, tramadol
Exemplo –
Paracetamol 500 mg + Codeína 30mg -------------------------- x comprimidos
Ou
Tylex (500 mg/ 30mg) ----------------------------------- x comprimidos
Posologia - Tomar 1 comprimido de 6/6 horas em casos de dor
Em crianças evita esses medicamentos por as chances de ter tolerância é maior, em
crianças se usa ibuprofeno, apenas no bloco cirúrgico que se usa
Antifúngicos – 25/10
Antibiótico é um termo amplo – é um medicamento capaz de eliminar uma vida
(microrganismos), que causam infecções, (fungos, bactérias e vírus). Se o medicamento é
usado para fungo – antifúngico, bactéria – antibacteriano, pra tratar um vírus – antiviral
Na odontologia é usado antifúngicos para tratamento de micoses em maneira geral, as
mucosas em odontologia podem ser superficiais (acomete pele e mucosa), e sistêmicas
(fungo atinge o sangue), que pode acometer um órgão ou sistema do paciente.
A principal infecção fúngica superficial é a candidose, e a principal infecção fúngica
sistêmica é a paracoccidiomicose, (tipo de infecção causada pelo paracoco que a atinge
principalmente o sistema respiratório, apresentando manifestação clínica oral) que afeta o
sistema e tem entrada na cavidade bucal.
O número e a gravidade vêm aumentando com o tempo, e precisamos saber o seu
tratamento
Se a infecção é sistêmica tem que diagnosticar e encaminhar para o médico
Dentro dos fármacos antifúngicos existem fármacos sistêmicos (cai no sangue), oral ou
parenteral, são usadas para tratar infecção fúngica sistêmica.
Já se o paciente tem infecção superficial (muco cutânea – mucosa e pele), pode ser usado
antifúngico oral ou tópico.
Estudo dos antifúngicos – Sistêmicos (usados para tratar infecções sistêmicas)
Anfotericina B – antifúngico muito utilizado para tratamento de infecções fúngicas graves,
esse fármaco possui um amplo espectro de ação (pega vários fungos diferentes), é um
medicamento que só é utilizado por via parenteral (injetável), não existe oral pois não
sofre absorção no trato gastrointestinal, é considerado um fungicida (capaz de eliminar
‘’matar’’ o fungo).
Mecanismo de ação da anfotericina B – Ela é capaz de atuar na membrana plasmática do
fungo, esse fármaco irá se ligar no ergosterol presente na membrana do fungo, que irá
formar poros nessa membrana permitindo o extravasamento ou a saída de substâncias
importantes para o fungo, como água, íons e nutrientes. O fungo não resiste por que vai
sair muita coisa importante de dentro dele e irá morrer. O lipídeo presente na membrana
humana é o colesterol, no fungo é o ergosterol, ainda bem que ela tem grande afinidade ao
ergosterol, mas ela pode se ligar no colesterol presente na membrana do paciente, mas é
uma ligação fraca, mas é por esse motivo que ela pode causar efeito colateral, podendo
causar 2 tipos de toxicidade:
Toxicidade imediata – ocasionada durante a aplicação da anfotericina B por via
endovenosa, apresentando calafrios, febre, queda de pressão arterial, e espasmos
musculares, esses efeitos é devido a liberação de prostaglandina no paciente, quando ela é
administrada por via endovenosa por velocidade alta, os efeitos pioram pois será maior a
liberação de prostaglandina, a toxicidade lenta é a medida em que for administrando vai
acontecendo efeitos colaterais como lesão hepática e lesão renal. Deve ser verificado a
função renal diariamente por ser hepatóxica, o paciente pode evoluir para anemia devido a
síntese de eripoietina, que ativa a produção de hemácias.
Posologia – 1 a 2 gramas de Anfiotericida B ao final do tratamento, deve ser usado 1
mg/kg/dia
O fungo muda a estrutura do ergosterol para a Anfiotericida B não reconhecer
Para pacientes já insuficientes renais com problemas fúngicos sistêmicos crônicos, deve
monitorar com doses menores
Flucitosina – Medicamento pouco utilizado em monoterapia (sozinho), ele é usado em
associação com a anfiotericina B para potencialização do efeito, pois o mecanismo de ação
é diferente, para exercer sua ação tem que ultrapassar a membrana do fungo, e ela passa
com facilidade pois a permeasse é uma transportadora que facilita, dentro do fungo tem a
citosina desaminase que transforma a fluorutosina em um metabolito ativo (fluoruracil –
5FU – inibe a síntese de DNA e RNA no fungo) transformando ele em um fármaco
fungistático. Um dos seus problemas é que ela não consegue pegar todos os fungos.
Pergunta - Baseado no mecanismo de ação do fluorutosina, ele é fungistático ou
fungicida? Fungistático
Pergunta – A anfiotericina B ajuda a fluorutosina? Sim, a anfiotericina B forma poros na
membrana do fungo, o fungo vai ficar cheio de poros, e quanto mais poros mais facilmente
a fluorutosina entra no fungo, liberando mais 5FU e inibindo mais a síntese de DNA e
RNA.
Termos – Fungicida – capaz de matar o fungo
- Fungistáticos – elimina a multiplicação do fungo
Antifúngicos sistêmicos Azóis – São capazes de inibir a síntese de ergosterol na
membrana plasmática do fungo, não forma a membrana plasmática do fungo e ele não
consegue replicar, por isso ele é fungistático. Para sintetizar o ergosterol vai precisar de
esqualeno que sofre a ação do esqualeno epoxidase que se transforma em lanosterol que
sofre ação do estileno desmetilase que transforma em ergosterol. A estileno desmetilase é
inibida pelos Azóis que não são capazes de formar o ergosterol presente na membrana do
fungo.
Os Azóis sistêmicos são subclassificações (diferença de estrutura química):
Imidazóis – cetoconazol, miconazol, clotrimazol
Triazóis – Itraconazol, fluconazol e voriconazol
Os imidazóis possuem pouca seletividade de inibição das enzimas de citocromo p450 do
fungo, em vez de inibir todo o citocromo p450 do fungo, inibe também as nossas, por isso
são inibidores enzimáticos
Os triazóis inibem apenas os citocromos p450 do fungo
Pergunta – Paciente polimedicado chega na clínica com candidíase, seria mais conveniente
um imidazol ou triazol? Triazol para evitar interação medicamentosa
O fluconazol é mais usado que o cetoconazol pois é excretado tanto pela saliva quanto
pela urina, por ser excretado pela saliva fica mais tempo na cavidade bucal fazendo maior
efeito no local.
Antifúngicos sistêmicos usados para infecção sistêmica –
Equinocandinas - Caspofungina - medicamento usado apenas por via endovenosa, e só é
utilizado para tratar pacientes com candidose graves ou para indivíduos que não
responderam de maneira adequada a Anfotericina B, assim como a anfotericina B, a
caspofungina é um fungicida, mas diferente da anfotericina, ela causa desestabilização da
parede celular e consequentemente um rompimento da parede celular do fungo que não
sobrevive devido a pressão osmótica e o fungo irá morrer.
Antifúngico sistêmico usado para tratar infecção fúngica muco cutânea –
Gliseofulvina: fármaco oral que em absorção aumentada se utilizada com alimentos ricos
em lipídeos (gordurosos), esse fármaco é fungistático por que impede a formação do fuso
mitótico e da divisão da célula fúngica, além disso a gliseofulvina também se liga na
queratina recém formada da pele, protegendo essa queratina da infecção causada pelo
fungo, destacam se 2 –
Terbinafina - usado para tratamento muco cutâneo, pode ser usada por via oral e via tópica
para tratar diversos tipos de dermatofítose, inclusive para tratar onicomicose que significa
infecção fúngica de unha, possui ação fungicida e fungistática por que possui como
mecanismo de ação a inibição da enzima esqualeno epoxidase, inibindo síntese de
ergosterol e a formação de membrana do fungo, começando a acumular esqualeno, que é
tóxico para a célula fúngica, aumentando a ruptura da membrana celular do fungo, sendo
uma ação fungicida.
Antifúngicos tópicos – usados para candidose, falta de higiene oral, fatores sistêmicos
são:
– Azóis – cetoconazol, clotrimazol, miconazol
- Terbinafina
- Nistatina – mais usada e só existe tópica, mesmo mecanismo de ação da anfiotericina B,
formando poros na membrana plasmática do fungo, estravaza substâncias importantes,
matando o fungo, sendo fungicida. Frasco de 50 ml com concentração de 100.000
unidades internacionais por ml. Posologia – Pedir para agitar, pegar o copo de medida e
colocar de 5 ml (crianças) a 10 ml (adultos) fazendo bochecho de 1 a 2 min, pode cuspir
ou deglutir (para lavar a orofaringe), porém em todas as pessoas conseguem engolir pelo
gosto, tem que ser usada mais ou menos 4 vezes ao dia, pois pode induzir a salivação pelo
gosto amargo que lava a nistatina da boca, o tempo de tratamento é de 7 a 14 dias,
Miconazol – gel oral 2% aplicação local 3 vezes ao dia de 7 a 14 dias (Daktarin)
Clotrimazol – comprimido mastigável, em pacientes hepáticos preferir nistatina e se
doença extensa azol
Azóis – Fluconazol (primeira escolha) – 1 comp. de 50 ou 100 mg por dia durante 7 a 14
dias
Infecção fúngica grave – diagnosticas e encaminhar para o hospital para o uso de
Anfotericina B endovenosa, caspofungina etc.
Tratamento de dermatofitose – infecções causadas na mucosa ou pele
Antivirais – 27/10
Revisão sobre os vírus – são considerados microorgnismos intracelular obrigatório, todo
vírus para se multiplicar precisa ta dentro da célula do hospedeiro (nossa célula), sozinho
ele não se multiplica pois ele precisa da nossa energia, proteína, nutrientes etc.
Tipos de Vírus
Vírus de DNA – vírus que possui como material genético a molécula de DNA (ex –
herpes, varicela, varíola)
Vírus e RNA – vírus que possui como material genético a molécula de RNA (ex –
sarampo, rubéola, hepatite, resfriado)
Vírus de retrovírus – Vírus que possui a enzima transcriptase reversa, que tem a função de
sintetizar uma molécula de DNA, a partir de uma molécula de RNA (faz o contrário do
normal)
Ao usar um antiviral, se ele começar a inibir proteína, da efeitos colaterais
Antiviral ideal – capaz de atuar em componentes específicos do vírus
Antivirais inibidores do DNA polimerase – usados para tratamento de herpes por impedir
replicação, (mais usado na odontologia herpes simples 1 – cavidade oral) usado também
para tratar citomegalovírus.
DNA polimerase é uma enzima responsável pela replicação do DNA viral (ex – herpes),
ela tem um sítio de ligação para nucleotídeos, para o DNA se replicar, é necessário que o
nucleotídeo incorpore na fita de DNA. Esses nucleotídeos estarão em forma de trifosfato.
Aciclovir e Valaciclovir – mais usados
Aciclovir – tratamento de herpes simples 1 e 2, herpes zoster, varicela, pode ser usado por
várias vias de administração: tópico, oral, parenteral (hospitalar). Efeito de ação – entra na
célula infectada pelo vírus, e esse vírus tem a timidina quinase (enzima que transforma o
medicamento em monofosfato de aciclovir) ao monofosfato de aciclovir sofrer ação da
célula do paciente, se transformar em trifosfato de aciclovir, os dois trifosfatos (aciclovir-
medicamento e nucleotídeo) vão competir pela enzima, e o medicamento vai ligar na
enzima, que vai levar o aciclovir para o DNA.
Ao passar a pomada de aciclovir na boca sem o vírus, acontece alguma coisa? Não, pois
não tem timidina quinase para transformar o aciclovir em monofosfato de aciclovir
O aciclovir é popular, porém tem desvantagens – Se o paciente utilizar aciclovir oral, 20%
vai passar para a corrente sanguínea (a disponibilidade é pequena), isso faz com que ele
tenha que ser tomado muitas vezes ao dia (4 a 5 vezes) sua frequência posológica., se tiver
problema hepático é bom receitar aciclovir tópico
Valaciclovir – tratamento de herpes simples 1 e 2, herpes zoster – ao tomar por via oral a
disponibilidade é 70 a 80 % (chega no sangue), porém ele é um pró fármaco do aciclovir
(valaciclovir precisa ser metabolizado para transformar em aciclovir, só toma ele pela
disponibilidade ser maior, sua vantagem e ser tomado menos vezes ao dia (2 vezes)
O valaciclovir pode ser usado por via tópica? Não pois ele é um pró fármaco, precisa ser
metabolizado pra ativar
Penciclovir – mesma ação, tópica
Fanciclovir – pró fármaco do penciclovir, precisa ser metabolizado para transformar no
penciclovir, não existe tópico
Ganciclovir – deprime medula óssea reduzindo a síntese das células sanguíneas – usado no
hospital
Protocolo Anti HIV – Coquitel
Paciente utilizar 3 ou mais medicamentos anti HIV diferentes, eles são classificados, e o
paciente usa diferentes classes pois cada classe tem um alvo
Hiv – Retrovírus, tem uma enzima chamada de transcritase reversa, que transforma RNA
em DNA, ela incorpora o nucleotídeo e coloca na cadeia de DNA que está sendo formada.
Classes –
Inibidores nucleotídeos da transcritase reversa (abacavir, didanosina, estavudina,
lamvudina, zalcitabina, zidovudina – mais usado) transforma os trifosfatos que compete
com o nucleotídeo, ganha e não deixa a célula de DNA crescer.
Inibidor não nucleotídeo da transcritase reversa (nevirapina, delavirdina, efavirenz – mais
usado), o medicamento não compete com o nucleotídeo, ele liga em outro local da enzima.
Inibidores de protease (amprenavir, indivanir, nelfinavir, saqquinavir, ritonavir – mais
usado), o vírus do HIV precisa sintetizar proteínas para sobreviver, a proteína que o vírus
produz é as proteínas imaturas (sem atividade), a protease faz com que as proteínas
imaturas do vírus se transforme em proteínas maturas, se inibir a protease, inibe a
atividade das proteínas, transformando elas em imaturas (sem atividade), causa efeitos
colaterais como engordar e interação medicamentosa pois induzem ou inibem a enzima do
citocromo (p450)
Nova classe – Inibidores de entrada – impedem a entrada do vírus na célula do hospedeiro
Proteinas importantes no HIV – GP41 e PG120, na membrana do hospedeiro tem o
receptor CCR5 que reconhece as proteínas
Maraviroc – medicamento inibidor de CCR5, impede a entrada do vírus na célula do
hospedeiro, não tem efeitos colaterais
Existem pessoas que não produzem CCR5, mutação nesse gene, e o HIV não consegue
reconhecer
Integrase – nome da enzima que integra o material genético do vírus com o hospedeiro, se
inibir ela para de integrar
Ratelgravir – medicamento capaz de inibir a integrasse e intervir a replicação do material
genético do HIV
O vírus influenza depende de enzimas para entrarem na célula hospedeira, e após entrar,
precisa sofrer o processo de desnudamento viral (quando o vírus perde o seu capsídeo e
libera seu material genético dentro da célula do hospedeiro). Para sofrer o desnudamento
viral, o vírus precisa de uma proteína M2. Existem medicamento capazes de inibir essa
proteína como o medicamento Amantadina porém quando o material genético do vírus se
multiplica na célula do hospedeiro, ele precisa sair dessa célula, para inspetar células
vizinhas, o vírus possui uma enzima chamada de neuraminidase, que é capaz de romper a
membrana da célula hospedeira e facilitar a sua saída. Existem fármacos capazes de inibir
essa enzima, como p oseltamivir, que impede assim a infecção de novas células.