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FARMACOLOGIA I

FARMACOLOGIA GERAL
Fármaco:

Pode ser definido como uma substância química que


interage com uma parte do corpo para alterar um
processo fisiológico ou bioquímico existente. Pode
diminuir ou aumentar a função de um órgão, tecido ou
célula, mas não pode criar novas funções para eles.

Droga:

É um nome genérico dado a todo o tipo de substância natural


ou não, que ao ser introduzida no organismo provoca
mudanças físicas ou psíquicas.
O fármaco torna-se medicamento após a formulação
adequada (i.e. a forma de dosagem)

• Existem formas de dosagem de aplicação :

– oral, sublingual, ocular, nasal e auricular

– parenteral (via parentérica; injectáveis), intramuscular,


intravenosa, epidural e subcutânea

– rectal ou vaginal
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Passos do processo da descoberta e desenvolvimento de um
fármaco
1. Escolha da doença
2. Escolha do alvo do fármaco
3. Identificar os bioensaios
4. Encontrar o composto condutor
5. Isolar e identificar o composto condutor se necessário ou seja, determinar a sua estrutura
6. Identificar a relação entre a actividade e a estrutura (SARs): identificar o farmacoforo
7. Melhorar as interacções com o alvo
8. Melhorar as propriedades farmacocinéticas
9. Estudo do metabolismo do farmaco
10. Fármaco é patenteado
11. Testes de toxicidade
12. Processo de design e manufacturação
13. Ensaios clínicos
14. Mercado do medicamento
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15. Fazer dinheiro
Escolha da doença

• A indústria farmacêutica concentra-se na procura de um novo


fármaco ou em melhorar os já existentes;

• Os projectos de investigação tendem a ser direccionados a fármacos


utilizados no 1º Mundo, uma vez que é aí que se centra o poder
económico;

• As doenças mais em voga são: enxaquecas, depressões, úlceras,


obesidade, gripe, cancro e doenças cardiovasculares. Actualmente a
malária também é uma doença alvo de investigação devido ao
turismo para sítios exóticos.
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Desenvolvimentos dos fármacos
1. Síntese de novas estruturas química a partir de:
plantas – ex. digitálicos
tecidos animais – ex. heparina
culturas de microrganismos – ex. benzilpenicilina
células humanas – ex.urocinase
biotecnologia – ex. insulina humana
2. Testes pré-clínicos – observação dos efeitos da nova
substâncias por meio de experimentos bioquímicos e
farmacológicos.
Experimentos toxicológicos: animais são utilizados para
detectar mal-formações, mutações ou carcinogênese
Desenvolvimentos dos fármacos
3. Fase 1. Teste clínico – emprego de voluntários sadios,
comparando os efeitos obtidos com os observados em
animais.
4. Fase 2: avaliação do medicamento potencial contra a
doença em pacientes selecionados;
5. Fase 3: comparação o sucesso terapêutico do
medicamento proposto com o medicamento padrão;
6. Registro do medicamento: fabricante requer aos órgãos
controladores;
7. Lançamento no mercado com nome comercial
8. Fase 4: Período inicial de comercialização, continua a
observação sobre o comportamento do medicamento.
Patentes:

• Permite à industria que fabricou e descobriu o


medicamento a sua comercialização exclusiva durante
uma serie de anos (cerca de 20 anos). 6-10 anos da
patente são perdidos nos testes do farmaco, testes clínicos
e burocracia envolvida na sua provação. Cobrem o
produto, uso medico, a sua síntese.

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Um fármaco só se torna um medicamento quando está na
FORMA FARMACÊUTICA adequada para o emprego
terapêutico.

A forma farmacêutica é definida pelo tipo de uso e pela


praticidade de emprego pelo médico e pelo paciente (p. ex.
meia-vida, dosagem exata).
A tecnologia farmacêutica se ocupa com o desenvolvimento
da forma farmacêutica adequada e o seu controle de
qualidade.
Formas farmacêuticas
Formas farmacêuticas líquidas: soluções, suspensões e
emulsões
Formas farmacêuticas sólidas: comprimidos, cápsulas e
drágeas.
Comprimidos – discóides e obtidos pela compressão de substâncias
ativas, excipientes e outros adjuvantes;
Comprimidos efervescentes não fazem parte deste grupo, pois são
dissolvidos antes da ingestão;
Drágeas: tipo de comprimido revestido (mascarar odor ou gosto
desagradável ou proteger fármacos sensíveis);
Cápsulas: invólucro alongado, geralmente de gelatina que contém a
substância ativa na forma de pó, granulado ou solução.
Comprimido matrix: a substância ativa se encontra impregnada em
uma matriz de forma a ser liberar lentamente para o meio.
Formas sólidas para uso uso oral
Comprimidos, drágeas, cápsulas
Nas formas líquidas a substância ativa começa a ser
absorvida no estômago.

As formas sólidas exigem a desagregação do


comprimido ou abertura da cápsula – desintegração
antes da dissolução da substância ativa para que
possa ocorrer passagem pela mucosa gastrintestinal e
absorção na corrente sangüínea;

Comprimidos revestidos: desintegração e dissolução


ocorre no duodeno.

A liberação da substância ativa, o local e a velocidade


de absorção é determinada pela escolha correta da
forma farmacêutica pelo fabricante.
Soluções, suspensões, emulsões
As formas farmacêuticas líquidas:

• Soluções: aquosas ou alcoólicas – envasadas em frascos


especiais que permitem a dosificação exata pelo número de
gotas. Permite ajuste de doses individuais.

• Suspensões: presença de pequenas partículas da substância


ativa, insolúveis no líquido. Risco de sedimentação no
armazenamento.

• Emulsões: separação de pequenas gotas de uma substãncia


ativa líquida em outro líquido, p.e., óleo em água. Risco de
“quebrar” no armazenamento.
Formas farmacêuticas para uso parenteral:
Solução injetável: injeção intravenosa, intramuscular ou
subcutânea;
Suspensão de cristais: via intramuscular, subcutânea e
intra-articular;
Aerossóis: (nebulização de substâncias ativas sobre
mucosas acessíveis externamente- como o trato
respiratório). Um aerossol compreende a dispersão de
partículas sólidas ou líquidas em um gás.
Supositórios ou óvulos: aplicação de substância ativa sobre
a mucosa do reto (ação sistêmica) ou vaginal (ação local).
Pós, pomadas e pastas: podem ou não conter substâncias
ativas. Ação local e mais raramente pode ter efeito
sistêmico.
inalatório
parenteral

Retal e vaginal
Sistemas cutâneo
Terapêuticos
Transdermais:
substância
ativa e liberada
lentamente e
absorvida
atraves da pele.
Uso com
fármacos:
1. Capazes de
atravessar a
pele
2. Eficazes em
baixas [ ]
3. Com ampla
margem de
segurança
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
ENTERAIS
PARENTERAIS

Enterais: Vias sublingual, bucal, oral e retal

Parenterais:
Diretas: intravenosa, intramuscular, subcutânea...
Indiretas: cutânea, respiratória, conjuntival, intracanal....
Métodos de administração: injeção, instilação,
deglutição, friccção...

Formas farmacêuticas: comprimidos, cápsulas,


drágeas, soluções, xaropes, cremes pomadas...

Efeitos:
Sistêmicos

Locais
PRINCIPAIS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS

ENTERAIS PARENTERAIS
DIRETAS a INDIRETASb
Oral Intravenosa Cutânea
Bucal Intramuscular Respiratória
Sublingual Subcutânea Conjuntival
Retal Intradérmica Geniturinária
Intra-arterial Intracanal
Intracardíaca
Intratecal
aA O acesso às mesmas se faz por injeção
Peridural
bO acesso a elas prescinde de injeção
Intra-articular
VIAS ENTERAIS

1. VIA ORAL: a absorção pode ocorrer em boca, intestino


delgado e em menor extensão no estômago e intestino
grosso.
Formas farmacêuticas
Comprimidos, cápsulas, drágeas, suspensões, emulsões,
elixires, xaropes e soluções

Métodos de administração
Deglutição e sondagem gástrica.
Vantagens:
1. Comodidade de aplicação
2. Menor custo de preparação
3. [] plasmáticas atingidas gradualmente, minimizando
efeitos adversos
Desvantagens:
Fármacos que se absorvem mal pela digestiva:
inativados pelo sucos digestivos
formam complexos insolúveis com alimentos
sofrem metabolismo de primeira passagem
são muito irritantes a mucosa digestiva
Não deve ser usado quando há êmese ou dificuldade de
deglutição
Sabor e odor desagradável dificultam a deglutição
VIAS ENTERAIS
2. VIA BUCAL
Administração de fármacos de efeito local.

Formas farmacêuticas
Soluções, géis, colutórios, orobases, dentifrícios,
vernizes e dispositivos de ação lenta.

Métodos de administração
Aplicação, fricção, instilação, irrigação, aerossol
e bochecho.
VIAS ENTERAIS

3. VIA SUB-LINGUAL
Vantagens
retenção do fármaco por tempo maior
absorção rápida de pequenas doses devido a rico
suprimento sangüíneo e à pouca espessura da mucosa
absortiva
o fármaco absorvido passa diretamente à corrente
circulatória
Formas farmacêuticas
Comprimidos que devem ser totalmente dissolvidos
pela saliva, não podem ser deglutidos.
Composição de Deocil SL
Cada comprimido sublingual de Deocil® SL 10 mg
contém:
trometamol cetorolaco...........10 mg
excipientes*................q.s.p.........1 comprimido
* Excipientes: dióxido de silício, fosfato dissódico
anidro, celulose microcristalina, croscarmelose sódica,
etilcelulose, essência de eucalipto, essência de menta,
ciclamato de sódio, acesulfamo, crospovidona, talco,
butil-hidroxitolueno, estearato de magnésio.
A utilização de medicamentos via sublingual depende da ionização e lipossolubilidade
do fármaco(¹)
Então, para que uma medicação seja usada por via sublingual, ela,
obrigatoriamente, deve ter: caráter iônico, lipossolubilidade, importante mecanismo de
primeira passagem (metabolismo hepático). Essas não são características de:
Nifedipina, Clonidina, Atenolol, Captopril, e outros frequentementes usados por via
sublingual, na crise hipertensiva.
Para o Captopril, tanto a rota sublingual quanto a oral tem efeitos similares sobre a
PA e atividade da renina plasmática, não havendo estudos que demonstrem a
superioridade do captopril sublingual sobre a via oral, devendo ser utilizada se a via
oral não for factível.
Já com o nifedipino, foram descritos efeitos colaterais graves com o
uso sublingual. A dificuldade de controlar o ritmo ou o grau de redução da PA, e a
existência de alternativas eficazes e mais bem toleradas, torna o uso desse agente não
recomendável nessa situação.
Alguns trabalhos demonstram que é muito pouco absorvido por via sub-lingual.
Apesar de a prática de se ministrar Captopril, Nifedipina e semelhantes, pela via
sublingual ser muito difundida (inclusive em outros países ), esse uso não
tem comprovação científica. Portanto, reservemos o uso do Captopril sublingual
para quando a administração oral não for possível.
(¹)Goodman & Gilman, As baseses farmacológicas da terapêutica. [tradução da 10. ed.
original, Carla de Melo Vorsatz. et al] Rio de Janeir McGraw-Hill, 2005.
VIAS ENTERAIS
4. VIA RETAL
Utilizada em pacientes com vômitos, inconcientes ou que
não sabem deglutir.
Vantagens
Protege fármacos suscetíveis das inativações
gastrintestinais e hepáticas, pois 50% do fluxo venoso
retal têm acesso à circulação porta.
Desvantagens
 Incomodidade de administração
Possibilidade de irritação na mucosa e absorção
errática
Formas farmacêuticas: soluções, suspensões e
supositórios.
Métodos de administração: aplicações e enemas
VIAS PARENTERAIS
VIAS DIRETAS

1. VIA INTRAVENOSA.

Formas farmacêuticas
Soluções aquosas puras

Métodos de administração
Injeção intermitente
Injeções em bolo
Infusão contínua:
Métodos de administração
Injeção intermitente: desvantagem de múltiplas punções
(disponibilidade permanente de veia). Deve executada
lentamente, com monitorização dos efeitos apresentados pelo
paciente
Injeções em bolo (administração muito rápida) são feitas para
que haja rápida ligação do fármaco às proteína plasmáticas.
Alcança-se imediatas e altas [ ], indutoras de efeitos adversos,
não relacionados aos fármacos e sim a chegada de altas [ ] nos
tecidos.
Infusão contínua: vantagem de fácil suspensão.
Riscos
Efeitos adversos: respiração irregular, queda de pressão
sangüínea e arritmias cardíacas.
Risco de introdução acidental de material particulado ou de ar
na veia (embolização)
Menos segura, só deve ser usada em situações específicas.
Vantagens
Efeito imediato e níveis plasmáticos previsíveis.
100% de biodisponibilidade
Indicação em emergências médicas e em presença de
baixo fluxo sangüíneo periférico (choque)
Infusão de substâncias irritantes por outras vias ou de
grandes volumes
Desvantagens
 Necessidade de assepsia e pessoa treinada
 Incomodidade para o paciente
Menor segurança, efeitos agudos e intensos podem ser
adversos
Maior custo de preparação
 efeitos locais indesejáveis (flebite, infecção, trombose)
VIAS PARENTERAIS

VIAS DIRETAS

2. VIA INTRAMUSCULAR.

Formas farmacêuticas
Soluções aquosas, oleosas e
suspensões
Métodos de administração
Injeção profunda, para que ultrapasse a pele e o tecido
subcutâneo. Usar agulha de bisel longo. Não ultrapassar
10 mL.
Vantagens
 É mais segura que a intravenosa
A absorção depende do fluxo sangüíneo local e o grupo
muscular utilizado.
Administração de formulações de absorção sustentada
(suspensões, compostos tipo ester ou associações com
compostos orgânicos viscosos.
Alguns fármacos fazem depósito no músculo promovendo
[] plamáticas terapêuticas prolongadas. ex. Penicilina G
benzatina (3 a 4 semanas).
Desvantagens
 Efeitos adversos locais: dor, desconforto, dano celular,
hematoma, abscessos estéreis ou sépticos e reações
alérgicas
VIAS PARENTERAIS
VIAS DIRETAS
3.VIAS SUBCUTÂNEA E SUBMUCOSA
Emprego de pequenas de fármaco
Propicia início de efeito mais lento
Formas farmacêuticas
Soluções, suspensões e pellets
Métodos de administração
Usar agulha de bisel curto. Injetar de 0,5 a 2 mL mL.
Efeitos adversos
Dor local, abscessos estéreis, infecções e fibroses
VIAS PARENTERAIS

VIAS DIRETAS
4.VIA INTRADÉRMICA
Emprego de pequenas de fármaco
Propicia início de efeito mais lento

Formas farmacêuticas
Soluções
Métodos de administração
Injeção ou raspado da epiderme

Utilizado para testes diagnósticos e vacinação


VIAS PARENTERAIS

VIAS DIRETAS

5.VIA INTRATECAL
Espaço subaracnóide e ventrículos cerebrais.
Utilizada para fármacos que não atravessam a
barreira hemato-encefálica. Via subaracnoidiana é
empregada em raquianestesia

Requer técnica especializada, não é isenta de riscos

6.VIA PERIDURAL
espaço delimitado pela dura-máter que circunda a
medula. Via alternativa à via subaracnoidiana para
anestesia de medula espinhal e raízes nervosas.
VIAS PARENTERAIS
VIAS DIRETAS
7.VIA INTRA-ARTERIAL
Raramente empregada, por dificuldade de técnica e
risco.
Utilizada para obter altas [] de fármaco, antes que
ocorra a diluição por toda a circulação
INTRA CARDÍACA
Em desuso, utiliza-se a punção de grandes vasos
venosos para administrar fármacos de reanimação
cardiorespiratória.

8.VIA INTRA-ARTICULAR
Injeta-se fármaco no interior da cápsula articular.
VIAS PARENTERAIS
VIAS INDIRETAS

1.VIA CUTÂNEA
Efeitos tópicos.
Pode produzir efeitos sistêmicos, terapêuticos ou
tóxicos. A absorção depende de área de exposição,
difusão do fármaco na derme (alta liposolubilidade),
temperatura e estado de hidratação da pele.
Formas farmacêuticas: soluções, cremes, pomadas,
óleos, loções, unguentos, geléias e adesivos sólidos
(absorção transcutânea e efeitos sistêmicos).
Métodos de administração: aplicação, fricção e banhos
VIAS PARENTERAIS

VIAS INDIRETAS
2.VIA MUCOSA
Ricamente vascularizada, fácil absorção de princípios
ativos. Têm ação local e quando captados pela
corrente sangüínea, sistêmica.
Formas farmacêuticas
Cremes, pomadas, géis, soluções, suspensões,
tinturas....
Métodos de administração
Aplicação, irrigação, instilação e aerossol
VIAS PARENTERAIS - VIAS INDIRETAS
3.VIA RESPIRATÓRIA
Desde a mucosa nasal até os alvéolos.
Pode ser usada para efeitos locais ou sistêmicos (anestésicos
inalatórios).
 Administração de pequenas doses com rápida, rápida ação e poucos
efeitos adversos sistêmicos.
Pode levar a irritação da mucosa.
Pode ocorrer perda de efeito por deposição de partículas inaladas na
via aérea superior ou impedimento da progressão ao trato respiratório
inferior devido à secreções.
 Outras utilizações sistêmicas, ex. insulina para diabete melito e
midazolam para sedação pré-operatória infantil
Métodos de administração
Inalação, sob a forma de gás ou em pequenas partículas líquidas ou
sólidas, geradas por nebulização ou aerossóis. Os gases são absorvidos
nos alvéolos e os demais se depositam ao longo da via.
VIAS PARENTERAIS

VIA INDIRETAS
4.VIA CONJUNTIVAL E GENITURINÁRIA
Utilizada para efeitos locais.
Formas farmacêuticas
Cremes, pomadas, geleias, soluções, comprimidos, óvulos
vaginais.
Métodos de administração
Aplicação, instilação

5. VIA INTRACANAL
Uso exclusivo em odontologia. Canal radicular
dentário e zona pulpar. Efeito local.
DROGAS NO ORGANISMO

• Princípios farmacodinâmicospios
farmacodinâmicos
A ação da droga sobre o corpo

Princípios farmacocinéticos

A ação do corpo sobre a droga

Absorção Distribuição Biotransformação Eliminação


FARMACODINÂMICA

Estuda os mecanismos
relacionados às drogas, que
produzem alterações
bioquímicas ou fisiológicas
no
organismo.
Tipos de ações das drogas

Classificação segundo Krantz e Carr


1- Estimulação:
provocam aumento da atividade das
células atingidas.
Ex: cafeína – aumenta atividade
cerebral
Classificação segundo Krantz e Carr
2- Depressão:
provoca diminuição da atividade da
célula atingida pela droga.
Ex: barbituricos – deprimem o S N
Classificação segundo Krantz e Carr
3- Irritação:
A droga atua sobre a nutrição,
crescimento e morfologia dos tecidos
vivos.
Ex: Purgativos: irritam as células da
mucos intestinal, estimulando o
peristaltismo e provocando a evacuação.
Classificação segundo Krantz e Carr
4- Antiinfecção:
Destinam-se a destruição ou
neutralização de organismos patógenos,
do tipo bactérias, fungos e vírus..
Ex: Antibióticos - Azitromicina
Classificação segundo Krantz e Carr
5- Reposição:
Terapia de substituição – hormônios
naturais ou sintéticos no tratamento de
doenças de insuficiência.
Ex: T3 e T4.
As drogas não criam funções dos órgãos
ou sistemas sobre as quais atuam, elas
apenas modificam as funções
preexistentes.
Fatores determinantes das ações e
efeitos das drogas

A- Da administração
- vias; dose e regime
posológico; F. F.;
fatores farmacêuticos
de produção
Fatores determinantes das ações e
feitos das drogas
B- Da disposição
-distribuição; metabolização; excreção
C- Farmacodinâmicos
- [ ] da droga; efeitos competitivos;
interação droga-receptor; mecanismo
de ação; toxicologia; efeito sobre a
química corpórea.
Fatores determinantes das ações e
feitos das drogas

D- Fatores clínicos
-Variáveis ambientais; falta de precisão
no diagnósticos; efeito psicológico;
doença simultânea; recaídas; interações
entre as drogas; erros nos ensaios
clínicos das drogas.
Fatores determinantes das ações e
feitos das drogas
D- Fatores Fisiológicos
- raça; sexo; idade; peso e superfície
corporal; posição do corpo; pH urinário;
taxa fluxo urinário; farmacogenética;
gravidez; menopausa; estado de
nutrição; estado patológico; velocidade
de fluxo sanguíneo; cronofarmacologia;
efeitos placebos e inesperados
PRINCIPAIS ALVOS PROTEICOS
PARA AÇÃO DE DROGAS

* Canais Iônicos
* Enzimas
* Moléculas Transportadoras
* Receptores (receptores para ligantes
reguladores endógenos)
Enzimas

Canais Alvos Moléculas


iônicos
ação de drogas Transportadoras

Outros tipos: proteínas estruturais


proteínas intracelulares
Receptores
Maioria drogas que tem utilidade terapêutica e experimental exerce ação
interagindo com estruturas definidas - receptores farmacológicos
ENZIMAS
Função das Enzimas

Acelerar (catalisar) as reações químicas


que ocorrem nos organismos vivos.

Fármaco + Enzima  ALTERAÇÃO CONFORMACIONAL

Em decorrência Ativação ou Inativação da


Enzima
ENZIMAS
Angiotensinogênio

CAPTOPRIL
Renina

Angiotensina I Inibição
Enzimática

ECA

Angiotensina II
 Pressão
Arterial
l

Vasoconstrição =  Pressão Arterial


CANAIS IÔNICOS

“Poros protéicos na bicamada lipídica


das Membranas Plasmáticas,
permitem a passagem seletiva de íons
para o interior das células ou para o
meio extracelular”.
AÇÃO

Os canais iônicos regulam


a entrada e a saída de íons pela
Membrana Plasmática.

Controlam a excitabilidade da
membrana,
por modulação do potencial de ação.
CANAIS IÔNICOS
* Ação indireta sobre o canal

ÍONS ÍONS

Operados pelo Envolvendo


Ligante Proteína G
CANAIS IÔNICOS
* Ação direta sobre o canal

Bloqueadoras Moduladoras
PRINCIPAIS CANAIS

Canais de Sódio, Potássio,


Cálcio e Cloreto

ALGUNS EFEITOS

Anti-hipertensivo
(bloqueio de canais de cálcio),

Analgesia opioidérgica
(ativação de canais de potássio)
PROTEÍNAS TRANSPORTADORAS

* Moléculas Polares
* Bloqueio do Sistema de Transporte

Transporte
normal

ou

Transporte bloqueado
Os efeitos da maioria das drogas resulta
da sua interação com componentes
macromoleculares do organismo

ERLICH e LANGLEY
* Alto grau especificidade -
antiparasitários
* Capacidade inibir a contração músculo
esquelético - curares

Criou-se o termo RECEPTOR
RECEPTORES FARMACOLÓGICOS

São macromoléculas, geralmente protéicas,


presentes na Membrana Plasmática
ou interior das células que, ao se interagirem com
os fármacos, desencadeiam alterações
biomoleculares, modificando a função celular.
FUNÇÃO BÁSICA DOS RECEPTORES
Iniciadores da TRANSDUÇÃO de sinal
Estímulo Extracelular
Célula
Receptor

Sinal Intracelular

Alteração da Função
Celular

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