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FARMACOLOGIA GERAL
Fármaco:
Droga:
– rectal ou vaginal
5
Passos do processo da descoberta e desenvolvimento de um
fármaco
1. Escolha da doença
2. Escolha do alvo do fármaco
3. Identificar os bioensaios
4. Encontrar o composto condutor
5. Isolar e identificar o composto condutor se necessário ou seja, determinar a sua estrutura
6. Identificar a relação entre a actividade e a estrutura (SARs): identificar o farmacoforo
7. Melhorar as interacções com o alvo
8. Melhorar as propriedades farmacocinéticas
9. Estudo do metabolismo do farmaco
10. Fármaco é patenteado
11. Testes de toxicidade
12. Processo de design e manufacturação
13. Ensaios clínicos
14. Mercado do medicamento
6
15. Fazer dinheiro
Escolha da doença
11
Um fármaco só se torna um medicamento quando está na
FORMA FARMACÊUTICA adequada para o emprego
terapêutico.
Retal e vaginal
Sistemas cutâneo
Terapêuticos
Transdermais:
substância
ativa e liberada
lentamente e
absorvida
atraves da pele.
Uso com
fármacos:
1. Capazes de
atravessar a
pele
2. Eficazes em
baixas [ ]
3. Com ampla
margem de
segurança
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
ENTERAIS
PARENTERAIS
Parenterais:
Diretas: intravenosa, intramuscular, subcutânea...
Indiretas: cutânea, respiratória, conjuntival, intracanal....
Métodos de administração: injeção, instilação,
deglutição, friccção...
Efeitos:
Sistêmicos
Locais
PRINCIPAIS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS
ENTERAIS PARENTERAIS
DIRETAS a INDIRETASb
Oral Intravenosa Cutânea
Bucal Intramuscular Respiratória
Sublingual Subcutânea Conjuntival
Retal Intradérmica Geniturinária
Intra-arterial Intracanal
Intracardíaca
Intratecal
aA O acesso às mesmas se faz por injeção
Peridural
bO acesso a elas prescinde de injeção
Intra-articular
VIAS ENTERAIS
Métodos de administração
Deglutição e sondagem gástrica.
Vantagens:
1. Comodidade de aplicação
2. Menor custo de preparação
3. [] plasmáticas atingidas gradualmente, minimizando
efeitos adversos
Desvantagens:
Fármacos que se absorvem mal pela digestiva:
inativados pelo sucos digestivos
formam complexos insolúveis com alimentos
sofrem metabolismo de primeira passagem
são muito irritantes a mucosa digestiva
Não deve ser usado quando há êmese ou dificuldade de
deglutição
Sabor e odor desagradável dificultam a deglutição
VIAS ENTERAIS
2. VIA BUCAL
Administração de fármacos de efeito local.
Formas farmacêuticas
Soluções, géis, colutórios, orobases, dentifrícios,
vernizes e dispositivos de ação lenta.
Métodos de administração
Aplicação, fricção, instilação, irrigação, aerossol
e bochecho.
VIAS ENTERAIS
3. VIA SUB-LINGUAL
Vantagens
retenção do fármaco por tempo maior
absorção rápida de pequenas doses devido a rico
suprimento sangüíneo e à pouca espessura da mucosa
absortiva
o fármaco absorvido passa diretamente à corrente
circulatória
Formas farmacêuticas
Comprimidos que devem ser totalmente dissolvidos
pela saliva, não podem ser deglutidos.
Composição de Deocil SL
Cada comprimido sublingual de Deocil® SL 10 mg
contém:
trometamol cetorolaco...........10 mg
excipientes*................q.s.p.........1 comprimido
* Excipientes: dióxido de silício, fosfato dissódico
anidro, celulose microcristalina, croscarmelose sódica,
etilcelulose, essência de eucalipto, essência de menta,
ciclamato de sódio, acesulfamo, crospovidona, talco,
butil-hidroxitolueno, estearato de magnésio.
A utilização de medicamentos via sublingual depende da ionização e lipossolubilidade
do fármaco(¹)
Então, para que uma medicação seja usada por via sublingual, ela,
obrigatoriamente, deve ter: caráter iônico, lipossolubilidade, importante mecanismo de
primeira passagem (metabolismo hepático). Essas não são características de:
Nifedipina, Clonidina, Atenolol, Captopril, e outros frequentementes usados por via
sublingual, na crise hipertensiva.
Para o Captopril, tanto a rota sublingual quanto a oral tem efeitos similares sobre a
PA e atividade da renina plasmática, não havendo estudos que demonstrem a
superioridade do captopril sublingual sobre a via oral, devendo ser utilizada se a via
oral não for factível.
Já com o nifedipino, foram descritos efeitos colaterais graves com o
uso sublingual. A dificuldade de controlar o ritmo ou o grau de redução da PA, e a
existência de alternativas eficazes e mais bem toleradas, torna o uso desse agente não
recomendável nessa situação.
Alguns trabalhos demonstram que é muito pouco absorvido por via sub-lingual.
Apesar de a prática de se ministrar Captopril, Nifedipina e semelhantes, pela via
sublingual ser muito difundida (inclusive em outros países ), esse uso não
tem comprovação científica. Portanto, reservemos o uso do Captopril sublingual
para quando a administração oral não for possível.
(¹)Goodman & Gilman, As baseses farmacológicas da terapêutica. [tradução da 10. ed.
original, Carla de Melo Vorsatz. et al] Rio de Janeir McGraw-Hill, 2005.
VIAS ENTERAIS
4. VIA RETAL
Utilizada em pacientes com vômitos, inconcientes ou que
não sabem deglutir.
Vantagens
Protege fármacos suscetíveis das inativações
gastrintestinais e hepáticas, pois 50% do fluxo venoso
retal têm acesso à circulação porta.
Desvantagens
Incomodidade de administração
Possibilidade de irritação na mucosa e absorção
errática
Formas farmacêuticas: soluções, suspensões e
supositórios.
Métodos de administração: aplicações e enemas
VIAS PARENTERAIS
VIAS DIRETAS
1. VIA INTRAVENOSA.
Formas farmacêuticas
Soluções aquosas puras
Métodos de administração
Injeção intermitente
Injeções em bolo
Infusão contínua:
Métodos de administração
Injeção intermitente: desvantagem de múltiplas punções
(disponibilidade permanente de veia). Deve executada
lentamente, com monitorização dos efeitos apresentados pelo
paciente
Injeções em bolo (administração muito rápida) são feitas para
que haja rápida ligação do fármaco às proteína plasmáticas.
Alcança-se imediatas e altas [ ], indutoras de efeitos adversos,
não relacionados aos fármacos e sim a chegada de altas [ ] nos
tecidos.
Infusão contínua: vantagem de fácil suspensão.
Riscos
Efeitos adversos: respiração irregular, queda de pressão
sangüínea e arritmias cardíacas.
Risco de introdução acidental de material particulado ou de ar
na veia (embolização)
Menos segura, só deve ser usada em situações específicas.
Vantagens
Efeito imediato e níveis plasmáticos previsíveis.
100% de biodisponibilidade
Indicação em emergências médicas e em presença de
baixo fluxo sangüíneo periférico (choque)
Infusão de substâncias irritantes por outras vias ou de
grandes volumes
Desvantagens
Necessidade de assepsia e pessoa treinada
Incomodidade para o paciente
Menor segurança, efeitos agudos e intensos podem ser
adversos
Maior custo de preparação
efeitos locais indesejáveis (flebite, infecção, trombose)
VIAS PARENTERAIS
VIAS DIRETAS
2. VIA INTRAMUSCULAR.
Formas farmacêuticas
Soluções aquosas, oleosas e
suspensões
Métodos de administração
Injeção profunda, para que ultrapasse a pele e o tecido
subcutâneo. Usar agulha de bisel longo. Não ultrapassar
10 mL.
Vantagens
É mais segura que a intravenosa
A absorção depende do fluxo sangüíneo local e o grupo
muscular utilizado.
Administração de formulações de absorção sustentada
(suspensões, compostos tipo ester ou associações com
compostos orgânicos viscosos.
Alguns fármacos fazem depósito no músculo promovendo
[] plamáticas terapêuticas prolongadas. ex. Penicilina G
benzatina (3 a 4 semanas).
Desvantagens
Efeitos adversos locais: dor, desconforto, dano celular,
hematoma, abscessos estéreis ou sépticos e reações
alérgicas
VIAS PARENTERAIS
VIAS DIRETAS
3.VIAS SUBCUTÂNEA E SUBMUCOSA
Emprego de pequenas de fármaco
Propicia início de efeito mais lento
Formas farmacêuticas
Soluções, suspensões e pellets
Métodos de administração
Usar agulha de bisel curto. Injetar de 0,5 a 2 mL mL.
Efeitos adversos
Dor local, abscessos estéreis, infecções e fibroses
VIAS PARENTERAIS
VIAS DIRETAS
4.VIA INTRADÉRMICA
Emprego de pequenas de fármaco
Propicia início de efeito mais lento
Formas farmacêuticas
Soluções
Métodos de administração
Injeção ou raspado da epiderme
VIAS DIRETAS
5.VIA INTRATECAL
Espaço subaracnóide e ventrículos cerebrais.
Utilizada para fármacos que não atravessam a
barreira hemato-encefálica. Via subaracnoidiana é
empregada em raquianestesia
6.VIA PERIDURAL
espaço delimitado pela dura-máter que circunda a
medula. Via alternativa à via subaracnoidiana para
anestesia de medula espinhal e raízes nervosas.
VIAS PARENTERAIS
VIAS DIRETAS
7.VIA INTRA-ARTERIAL
Raramente empregada, por dificuldade de técnica e
risco.
Utilizada para obter altas [] de fármaco, antes que
ocorra a diluição por toda a circulação
INTRA CARDÍACA
Em desuso, utiliza-se a punção de grandes vasos
venosos para administrar fármacos de reanimação
cardiorespiratória.
8.VIA INTRA-ARTICULAR
Injeta-se fármaco no interior da cápsula articular.
VIAS PARENTERAIS
VIAS INDIRETAS
1.VIA CUTÂNEA
Efeitos tópicos.
Pode produzir efeitos sistêmicos, terapêuticos ou
tóxicos. A absorção depende de área de exposição,
difusão do fármaco na derme (alta liposolubilidade),
temperatura e estado de hidratação da pele.
Formas farmacêuticas: soluções, cremes, pomadas,
óleos, loções, unguentos, geléias e adesivos sólidos
(absorção transcutânea e efeitos sistêmicos).
Métodos de administração: aplicação, fricção e banhos
VIAS PARENTERAIS
VIAS INDIRETAS
2.VIA MUCOSA
Ricamente vascularizada, fácil absorção de princípios
ativos. Têm ação local e quando captados pela
corrente sangüínea, sistêmica.
Formas farmacêuticas
Cremes, pomadas, géis, soluções, suspensões,
tinturas....
Métodos de administração
Aplicação, irrigação, instilação e aerossol
VIAS PARENTERAIS - VIAS INDIRETAS
3.VIA RESPIRATÓRIA
Desde a mucosa nasal até os alvéolos.
Pode ser usada para efeitos locais ou sistêmicos (anestésicos
inalatórios).
Administração de pequenas doses com rápida, rápida ação e poucos
efeitos adversos sistêmicos.
Pode levar a irritação da mucosa.
Pode ocorrer perda de efeito por deposição de partículas inaladas na
via aérea superior ou impedimento da progressão ao trato respiratório
inferior devido à secreções.
Outras utilizações sistêmicas, ex. insulina para diabete melito e
midazolam para sedação pré-operatória infantil
Métodos de administração
Inalação, sob a forma de gás ou em pequenas partículas líquidas ou
sólidas, geradas por nebulização ou aerossóis. Os gases são absorvidos
nos alvéolos e os demais se depositam ao longo da via.
VIAS PARENTERAIS
VIA INDIRETAS
4.VIA CONJUNTIVAL E GENITURINÁRIA
Utilizada para efeitos locais.
Formas farmacêuticas
Cremes, pomadas, geleias, soluções, comprimidos, óvulos
vaginais.
Métodos de administração
Aplicação, instilação
5. VIA INTRACANAL
Uso exclusivo em odontologia. Canal radicular
dentário e zona pulpar. Efeito local.
DROGAS NO ORGANISMO
• Princípios farmacodinâmicospios
farmacodinâmicos
A ação da droga sobre o corpo
Princípios farmacocinéticos
Estuda os mecanismos
relacionados às drogas, que
produzem alterações
bioquímicas ou fisiológicas
no
organismo.
Tipos de ações das drogas
A- Da administração
- vias; dose e regime
posológico; F. F.;
fatores farmacêuticos
de produção
Fatores determinantes das ações e
feitos das drogas
B- Da disposição
-distribuição; metabolização; excreção
C- Farmacodinâmicos
- [ ] da droga; efeitos competitivos;
interação droga-receptor; mecanismo
de ação; toxicologia; efeito sobre a
química corpórea.
Fatores determinantes das ações e
feitos das drogas
D- Fatores clínicos
-Variáveis ambientais; falta de precisão
no diagnósticos; efeito psicológico;
doença simultânea; recaídas; interações
entre as drogas; erros nos ensaios
clínicos das drogas.
Fatores determinantes das ações e
feitos das drogas
D- Fatores Fisiológicos
- raça; sexo; idade; peso e superfície
corporal; posição do corpo; pH urinário;
taxa fluxo urinário; farmacogenética;
gravidez; menopausa; estado de
nutrição; estado patológico; velocidade
de fluxo sanguíneo; cronofarmacologia;
efeitos placebos e inesperados
PRINCIPAIS ALVOS PROTEICOS
PARA AÇÃO DE DROGAS
* Canais Iônicos
* Enzimas
* Moléculas Transportadoras
* Receptores (receptores para ligantes
reguladores endógenos)
Enzimas
CAPTOPRIL
Renina
Angiotensina I Inibição
Enzimática
ECA
Angiotensina II
Pressão
Arterial
l
Controlam a excitabilidade da
membrana,
por modulação do potencial de ação.
CANAIS IÔNICOS
* Ação indireta sobre o canal
ÍONS ÍONS
Bloqueadoras Moduladoras
PRINCIPAIS CANAIS
ALGUNS EFEITOS
Anti-hipertensivo
(bloqueio de canais de cálcio),
Analgesia opioidérgica
(ativação de canais de potássio)
PROTEÍNAS TRANSPORTADORAS
* Moléculas Polares
* Bloqueio do Sistema de Transporte
Transporte
normal
ou
Transporte bloqueado
Os efeitos da maioria das drogas resulta
da sua interação com componentes
macromoleculares do organismo
ERLICH e LANGLEY
* Alto grau especificidade -
antiparasitários
* Capacidade inibir a contração músculo
esquelético - curares
Criou-se o termo RECEPTOR
RECEPTORES FARMACOLÓGICOS
Sinal Intracelular
Alteração da Função
Celular