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UNIVERSIDADE NILTON LINS

CURSO DE BIOMEDICINA

PRINCIPAIS FORMAS FARMACÊUTICAS E SEU MECANISMO DE AÇÃO

MANAUS/AM

2023
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ALUNA:KELLINAYRA MOREIRA DA SILVA BATISTA

PRINCIPAIS FORMAS FARMACÊUTICAS E SEU MECANISMO DE AÇÃO

Trabalho apresentado para a


disciplina de Biofarmacologia e
Análise Toxológica, do curso de
Biomedicina da Universidade
Nilton Lins, ministrada pela Prof.ª
Viviane Santos.

Turma: LMB051

MANAUS/AM

2023
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SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO....................................................................................................4

2.FORMAS FARMACÊUTICAS.............................................................................5

2.1. SÓLIDAS........................................................................................................5

2.1.1. COMPRIMIDOS...........................................................................................5

2.1.2. CÁPSULAS..................................................................................................7

2.1.3. DRÁGEA......................................................................................................8

2.1.4. GRANULADOS............................................................................................9

2.2.SEMISÓLIDAS................................................................................................9

2.2.1. CREMES...................................................................................................10

2.2.2.POMADA....................................................................................................10

2.2.3.SUPOSITÓRIO...........................................................................................11

2.2.4. ÓVULO......................................................................................................12

2.3. LÍQUIDAS.....................................................................................................12

2.3.1.SOLUÇÕES ORAIS....................................................................................13

2.3.2. SOLUÇÕES ESTÉREIS (INJETÁVEIS, COLÍRIOS...................................14

2.3.3.SUSPENSÃO.............................................................................................14

2.3.4.XAROPE.....................................................................................................15

2.4.GASOSAS.....................................................................................................15

3. MECANISMO DE AÇÃO.................................................................................17

4.CONCLUSÃO...................................................................................................20

5.REFERÊNCIAS................................................................................................21
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1. INTRODUÇÃO

A composição de cada medicamento inclui um (ou mais) princípio ativo


chamado fármaco (a substância que vai gerar o efeito terapêutico) e mais uma
série de ingredientes, denominados “excipientes”, que servirão de veículo para
que essa substância entre no corpo. Diferentemente do fármaco, esses
excipientes não exercem efeito no organismo.

Os fármacos não são tomados na sua forma bruta, mas precisam ser
incorporados aos excipientes para chegar ao organismo. É por meio desses
excipientes que os medicamentos assumem sua diversificada forma
farmacêutica, que vai definir a maneira como tomar a medicação.
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2. FORMAS FARMACÊUTICAS

As formas farmacêuticas foram desenvolvidas para facilitar a administração de


medicamentos a pacientes de faixas etárias diferentes ou em condições
especiais, e para permitir seu melhor aproveitamento. Para uma criança, por
exemplo, é melhor engolir gotas em um pouco de água do que um comprimido.

Além disso, a forma farmacêutica se relaciona à via de administração que vai


ser utilizada, isto é, a porta de entrada do medicamento no corpo da pessoa, que
pode ser, por via oral, retal, intravenosa, tópica, vaginal, nasal, entre outras.

2.1 SÓLIDAS

Forma farmacêutica sólida na qual o(s) princípio(s) ativo(s) e/ou os excipientes


estão contidos em invólucro solúvel duro ou mole, de formatos e tamanhos
variados, usualmente contendo uma dose única do princípio ativo. Normalmente
é formada de gelatina, mas pode também ser de amido ou de outras substâncias.

2.1.1 COMPRIMIDOS

Fonte: https://farmaceuticodigital.com

Os comprimidos são formas farmacêuticas de consistência sólida, obtidos


pela compressão de substâncias medicamentosas e excipientes, tais como,
diluentes, aglutinantes, desintegrantes, lubrificantes, corantes e edulcorantes.
Podem ser fabricados e comercializados em diversas formas geométricas. A
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grande maioria dos comprimidos pode ser preparada pelo método de


compressão, sendo que uma pequena minoria é obtida por um processo de
moldagem. A forma farmacêutica comprimido exibe uma série de vantagens na
administração de medicamentos com efeitos sistêmicos e tem, por isso, maior
divulgação em relação às outras formas farmacêuticas.

As principais vantagens são o menor custo em relação às outras formas


farmacêuticas orais, possuem conservação mais garantida e maior estabilidade,
permitem a administração de dose única exata,facilidade na execução da
preparação, o baixo custo, melhor estabilidade físico-química, além da facilidade
na administração, a precisão na dosagem. E entre as desvantagens tem-se a
impossibilidade de ajustar a dose no produto final.

• COMPRIMIDO MASTIGÁVEL : São comprimidos preparados para terem a


sua desintegração facilitada pela mastigação. Depois de mastigados, eles
são engolidos, para aí serem dissolvidos e absorvidos.

• COMPRIMIDO DE AÇÃO LENTA/PROLONGADA : É um comprimido que


possui um revestimento que controla a liberação da substância química. Isso
permite que esses comprimidos, ao serem dissolvidos, iniciem sua ação
lentamente de forma que seja prolongada/duradoura.

• COMPRIMIDO DE REVESTIMENTO ENTÉRICO: Os comprimidos prontos


são revestidos por um produto que garante sua passagem integra pelo
estômago e chegando perfeito ao intestino onde irá se dissolver e iniciar sua
ação.

O revestimento é necessário para os casos em que os medicamentos,


quando em contato com o líquido ácido do estômago são destruídos e
perdem imediatamente sua ação terapêutica. Pode ser utilizado também em
casos de medicamentos que agridem a parede do estômago.

• COMPRIMIDO SUBLINGUAL: Os comprimidos são colocados,


obrigatoriamente, embaixo da língua, e se dissolvem com auxílio da saliva
e são absorvidos na própria boca. É usado no caso de medicamentos que,
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em contato com o líquido ácido do estômago são destruídos e perdem


imediatamente sua ação terapêutica, também para aqueles que são pouco
absorvidos pelo intestino.

2.1.2 CÁPSULAS

Fonte: https://farmaceuticodigital.com/

A cápsula é quanto a composição do envoltório, aumentando o tempo de


liberação do medicamento no organismo, uma vez que por serem de material
gelatinoso (com algumas diferenças quanto as proporções, de cada medicamento
em questão). Ajuda também a evitar que o composto entre em contato direto com
a mucosa do trato gastrointestinal, que pode ser irritante (o que poderia incomodar
a região da boca) ou possuir sabor desagradável.

Podem ser de vários tipos: revestidos por películas, com revestimento


entérico, de liberação controlada, efervescentes, sublinguais, mastigáveis, entre
outros.Em geral, não se pode abrir, quebrar ou triturar as cápsulas, pois o
medicamento pode perder seu efeito.Pode ser usada para mascarar sabor
desagradável, abreviação: CAP

As cápsulas podem ser subdivididas em:

• Cápsula Dura;
• Cápsula Dura de Liberação Prolongada;
• Cápsula Dura de Liberação Retardada;
• Cápsula Mole;
• Cápsula Mole de Liberação Prolongada;
• Cápsula Mole de Liberação Retardada;
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1.1.3 DRÁGEA

Fonte:https://www.drogariaminasbrasil.com.br

As drágeas são comprimidos, só que revestidos com camadas isolantes


como xarope de açúcar e goma de laca. As drágeas têm aspecto liso, brilhante
e são fáceis de engolir. São utilizadas quando a substância ativa do
medicamento não resiste a condições do ambiente ou se deteriora se não for
protegida. É o caso, por exemplo, de substâncias que absorvem água ou que se
degradam com umidade, calor e luz. Remédios que devem ser absorvidos pelo
intestino também contêm tal “forma farmacêutica” protegendo-se, assim, da
assimilação estomacal.

As drágeas também são conhecidas como “comprimidos de liberação


prolongada”, capazes de controlar a velocidade com a qual o comprimido se
dissolve no corpo humano e atinge a corrente sanguínea. Elas são úteis pois
aumentam a adesão do paciente ao tratamento, visto que podem dispensar a
necessidade do consumo de vários comprimidos ao dia. Drágeas também não
devem ser cortadas ao meio sob risco de comprometer o tratamento e causar
intoxicação também.

Tanto o comprimido, quanto a cápsula e a drágea devem ser ingeridas


conforme as instruções do (a) seu (a) médico (a). Isso vale para a quantidade e
para o horário de administração também.

Além disso, é preciso se atentar se elas devem ser ingeridas antes ou


após as refeições, pois isso também influencia em como esses medicamentos
são absorvidos pelo organismo.Por fim, a recomendação é sempre ingeri-los
com água!
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1.1.4 GRANULADOS

Fonte: https://farmaceuticodigital.com

Forma farmacêutica sólida contendo uma dose única de um ou mais


princípios ativos, com ou sem excipientes. Consiste de agregados sólidos e
secos de volumes uniformes de partículas de pó resistentes ao manuseio.

• GRANULADO EFERVECENTE: Granulado contendo, em adição aos


ingredientes ativos, substâncias ácidas e carbonatos ou bicarbonatos, os
quais liberam dióxido de carbono quando o granulado é dissolvido em água.
É destinado a ser dissolvido ou disperso em água antes da administração.

• GRANULADO PARA SOLUÇÃO: Granulado destinado a ser dissolvido na


água antes da administração. A solução produzida pode ser levemente
leitosa devido aos excipientes utilizados na fabricação dos granulados.
• GRANULADO PARA SUSPENSÃO: Granulado que, quando em contato
com um líquido, rapidamente produz uma dispersão homogênea
(suspensão). É destinado a ser disperso antes da administração.

1.2 SEMISÓLIDAS

As preparações tópicas semi-sólidas são para aplicação na pele ou em certas


mucosas, para ação local ou penetração percutânea dos medicamentos, ou
ainda por sua ação emoliente ou protetora.
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2.2.1 CREMES

https://wiselife.pt/doencas/doencas-da-pele

É uma reparação com parte de água e parte de óleo. Consiste de uma


emulsão semissólida, formada por uma fase lipofílica e uma fase hidrofílica.
Contém um ou mais princípios ativos dissolvidos ou dispersos em uma base
apropriada e é utilizada, normalmente, para aplicação externa na pele ou nas
membranas mucosas.

Em comparação com as pomadas, são bem menos oleosas e se espalham


facilmente. Portanto, são mais aplicadas para áreas extensas do corpo e também
em regiões com pêlos.

2.2.2 POMADA

https://farmaceuticodigital.com/

As pomadas têm como base óleos, por isso, são mais gordurosas e dão a
sensação de que a pele está “engordurada”. Elas são mais resistentes à água e
oferecem uma camada protetora melhor para a pele. São indicadas para
problemas mais superficiais, usadas em regiões menores, com menos pêlos por
serem muito oleosas, não é aconselhável aplicá-las em feridas abertas.

São características das pomadas:


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• Consistência macia e gordurosa;


• Absorção lenta, mas com maior tempo de ação;
• São indicadas para pele seca ou ressecada;
• Não contêm água nem conservantes;
• Têm maior tempo de permanência na superfície da pele.

1.2.3 SUPOSITÓRIOS

https://pt.dreamstime.com/suposit%C3%B3rios-retais-vaginal

Supositórios são medicamentos sólidos administrados no corpo através


do reto, vagina ou uretra. O supositórios retais são o tipo mais comum.
Recomendam-se diferentes formas para diferentes condições e propósitos.

Os supositórios são usados quando o indivíduo é incapaz ou não pode


tomar determinado medicamento por via oral. Ou seja, eles são uma forma
alternativa de administrar drogas no organismo, quando outras vias, como a
oral por exemplo, não podem ser usadas.

Geralmente são pequenos, podendo ser redondos, ovais ou em forma


de cone, envolvidos no seu exterior com manteiga de cacau ou gelatina. Uma
vez no inerior do corpo, dissolvem-se e liberam o fármaco presente no seu
interior. Eles podem ser usados para tratar regiões específicas do corpo, ou
levar o medicamento a todo o organismo, através da corrente sanguínea
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2.3.4 ÓVULO

https://farmaceuticodigital.com/

Os óvulos vaginais são preparações sólidas, semelhantes a supositórios,


que têm medicamentos na sua composição e que são destinados à administração
por via intravaginal. Esses remédios se dissolvem nos fluidos vaginais e à
temperatura de cerca de 37ºC dentro do canal vaginal, para serem absorvidos
localmente, não tendo ação sistêmica, como os remédios tomados por via oral.

Os óvulos vaginais servem para veicular medicamentos no canal vaginal,


como antibióticos, anti-inflamatórios, hormônios ou probióticos, por exemplo.

Eles são muito utilizados em casos de infecções vaginais, como candidíase


vaginal ou vaginite, em casos de atrofia vaginal, reposição da flora vaginal e
reposição hormonal, por exemplo. Geralmente, é recomendado aplicar o óvulo,
comprimido ou cápsula vaginal à noite, imediatamente antes de deitar, para que
o medicamento permaneça no local a exercer a sua ação e evitar que saia da
vagina antes do tempo.

1.3 LÍQUIDAS
As formas farmacêuticas líquidas são representadas pelas suspensões,
xaropes, soluções, elixir, edulito, emulsões e colutório (enxaguantes). Vale
apontar que elas são produzidas para serem tomadas por via oral, oftálmica
(aplicadas nos olhos), otológica (pelo ouvido), nasal (pelo nariz) e, em alguns
casos, por aplicação na pele.
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2.3.1 SOLUÇÕES ORAIS

Fonte: https://farmace.com.br/
As soluções orais, necessitam de componentes que dão cor e sabor ao
líquido para tornar o medicamento mais agradável ao gosto. Podem ser
administradas em gotas, ou com um volume bem definido, como, por exemplo,
5 mL (uma colher de chá). Elas podem ter cor, mas devem ser transparentes.

Solução Gotas solução destinada à administração na forma de gotas.

Solução
solução estéril destinada à administração por injeção.
Injetável

Solução para solução apresentada em uma forma mais concentrada e que


Diluição deve ser diluída antes da administração.

Solução para solução estéril apresentada em uma forma concentrada e que


Diluição deve ser diluída a um volume determinado e com um líquido
Injetável adequado antes da administração.

solução apresentada em uma forma concentrada e que deve ser


Solução para
diluída a um volume determinado e com um líquido adequado,
Diluição para
destinada ao enxágue bucal com ação sobre as gengivas e as
Colutório
mucosas da boca e da garganta. Não deve ser deglutida.
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2.3.2 SOLUÇÕES ESTÉREIS (INJETÁVEIS, COLÍRIOS.

São preparações líquidas estéreis, ou seja, sem a presença de


microorganismos.

São colírios e medicamentos injetáveis. Não devem conter nenhum tipo de


substância estranha e nem estarem turvas.

https://farmaceuticodigital.com/
https://farmaceuticodigital.com/

2.3.3 SUSPENSÃO

Fonte: https://farmaceuticodigital.com/

As suspensões são preparações em que as substâncias químicas não


estão totalmente dissolvidas no meio líquido. Geralmente têm baixa capacidade
de dissolução, por isso depositam-se no fundo do recipiente. Uma suspensão oral
é uma forma de apresentação de medicamentos que, quando deixada em
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repouso, apresenta partículas misturadas no líquido ou depositadas no fundo do


frasco1. A suspensão pode vir pronta ou em pó1.

Para administrar a suspensão oral, é necessário colocar a tampa com


orifício no frasco e medir cuidadosamente a quantidade com a seringa de
dosagem fornecida na embalagem2. A suspensão pode ser administrada
diretamente da seringa à boca.É essencial informar ao paciente que ele deve
agitar o frasco antes de usar.

2.3.4 XAROPE

Fonte: https://gomarket.com.do/products/

Xaropes são preparações aquosas com altas concentrações de açúcar ou


algum adoçante substituto, podem conter flavorizantes, que são agentes que
confere um aroma característico à formulação e o princípio ativo. Os xaropes
podem ser simples, flavorizados e sem açúcar.

Caracterizada pela alta viscosidade, que apresenta não menos que 45%
(p/p) de sacarose ou outros açúcares na sua composição, que contêm uma ou
mais substâncias químicas.São usadas principalmente para substâncias com
sabor muito desagradável e também para pacientes que têm dificuldade de ingerir
comprimidos (crianças e idosos, por exemplo).

2.4 GASOSAS
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Nessa forma farmacêutica, os produtos se apresentam em forma gasosa e


compreendem os aerossóis, sprays e inalantes. Aqui, os medicamentos alcançam
o organismo pelas vias respiratórias e podem ser aplicados nas narinas ou na
boca.

Fonte: https://ibapcursos.com.br/formas-farmaceuticas-

Forma farmacêutica
Abreviação Conceito
gasosa

preparação gasosa utilizada com fins


Gás GAS
medicinais.

3.MECANISMO DE AÇÃO

A farmacocinética e a farmacodinâmica são campos de estudo que se


concentram na interação entre os fármacos e o corpo.

A farmacocinética é o estudo de como o corpo humano interage com um


fármaco:

• Absorção
• Distribuição
• Metabolização/eliminação
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• O que é farmacocinética?
É o caminho que a droga faz no organismo. Note que não é o estudo do
seu mecanismo de ação mais sim as etapas que a droga sofre desde a
administração até a excreção.
A absorção de um fármaco se dá após a sua administração e depende da
passagem desse fármaco pelas barreiras do organismo. Exemplos da
proteção exercida pelo organismo são a secreção ácida no estômago e básica
no intestino, que podem aumentar ou diminuir a entrada do medicamento, de
acordo com as suas propriedades químicas.
A biodisponibilidade, ou seja, a fração do fármaco que alcançará a
circulação sistêmica, de acordo com a forma de administração realizada, as
propriedades químicas do fármaco e algumas características próprias do
paciente. A respeito das formas de administração, podem ser divididas em vias
enterais, ou seja, oral e retal, e parenterais.
A distribuição do fármaco é feita principalmente pela circulação sistêmica,
e secundariamente pela circulação linfática. É a partir desse momento que os
metabólitos são capazes de alcançar os órgãos-alvo.
O fígado é o principal órgão responsável pela metabolização dos fármacos
no organismo, devido à grande quantidade de enzimas metabólicas presentes
no órgão. Tais reações de metabolização são chamadas de biotransformação,
nas quais o fígado é capaz de transformar o fármaco em metabólitos ativos,
inativos e/ou facilitando sua eliminação.

• O que é farmacodinâmica?
É a área da farmacologia que estuda o efeito de uma determinada droga (ou
fármaco, ou medicamento) em seu tecido-alvo, ou simplesmente estuda como
uma droga age no tecido-alvo.
A ação de um medicamento é afetada pela quantidade de medicamento
que alcança o receptor e o grau de atração (afinidade) entre ele e seu receptor
na superfície da célula. Uma vez ligados ao seu receptor, os medicamentos
variam na sua capacidade de produzir um efeito (atividade intrínseca). A
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afinidade e a atividade intrínseca de um medicamento são determinadas pela


sua estrutura química.
Os medicamentos que ativam os receptores (agonistas) devem ter ambas
as propriedades: devem ligar-se com eficácia a seus receptores e o
medicamento, uma vez ligado a seu receptor (complexo medicamento-
receptor), deve ser capaz de produzir um efeito na área-alvo
A potência refere-se à quantidade de medicamento (geralmente expressa
em miligramas) necessária para produzir um determinado efeito, como o alívio
da dor ou a diminuição da pressão arterial. Por exemplo, se 5 mg do
medicamento A aliviam a dor com a mesma eficácia que 10 mg do
medicamento B, o medicamento A é duas vezes mais potente que o
medicamento B.
A eficiência é a capacidade do medicamento de produzir um efeito (como
redução da pressão arterial). Por exemplo, o diurético furosemida elimina uma
quantidade muito maior de sal e de água através da urina do que o diurético
hidroclorotiazida. Por isso, a furosemida tem maior eficiência do que a
hidroclorotiazida.
A eficácia difere da eficiência na medida em que leva em conta o quanto o
medicamento em uso no mundo real funciona bem. Muitas vezes, um
medicamento que é eficiente em estudos clínicos não é muito eficaz na sua
utilização concreta. Por exemplo, um medicamento pode ter uma elevada
eficiência na redução da pressão arterial, porém pode apresentar uma baixa
eficácia, uma vez que causa tantos efeitos colaterais que as pessoas devem
fazer seu uso com uma menor frequência do que deveriam ou interromper o
mesmo por completo. Portanto, a eficácia tende a ser menor do que a
eficiência.Uma maior potência, eficiência ou eficácia não significa
necessariamente que um medicamento seja preferível a outro.

• Relações entre farmacocinética e farmacodinâmica


Na interação droga-organismo, farmacocinética estuda a ação do
organismo sobre a droga, e, na farmacodinâmica, observa-se a ação da droga
sobre o organismo.
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O estabelecimento de esquemas posológicos padrões e de seus ajustes na


presença de situações fisiológicas (idade, sexo, peso, gestação), hábitos do
paciente (tabagismo, ingestão de álcool) e algumas doenças (insuficiência renal
e hepática) é orientado por informações provenientes de uma importante
subdivisão da farmacologia, a farmacocinética.
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4.CONCLUSÃO

Conclui- se através deste trabalho que a forma farmacêutica é o estado


final, elas assumem as substâncias ativas depois de serem submetidas às
manipulações farmacêuticas necessárias, a fim de facilitar a sua administração e
obter o efeito terapêutico desejado. As principais podem estar sob a forma sólida,
líquida ou gasosa. Cada forma farmacêutica tem certas vantagens em termos de
eficácia, facilidade de uso e segurança para cada pessoa.

A farmacocinética é parte importante da farmacologia para o entendimento


da dose ideal de cada fármaco, as barreiras que ele precisará ultrapassar, as
interações farmacodinâmicas fármaco-fármaco resultam em competição por sítios
de ligação de receptor ou alteram a resposta pós-receptor.
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5. REFERÊNCIAS

Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2010. Disponível em:


http://portal.anvisa.gov.br/farmacopeias-virtuais

Allen JR., L. V., Popovich, N. G., & Ansel, H. C. (2007). Formas farmacêuticas e
sistemas de liberação de fármacos (8. ed.). Artmed.

BARRETO A.P.M.; SANTOS F.R.; NUNES M.M.; JERONIMO R.S. Administração


de MEDICAMENTOS: 5 certos para segurança de seu paciente. 2ª Edição. São
Paulo: Editora Rideel, 2010. 304 p. Disponível em:
http://www.editorarideel.com.br/wp-_Administracao-de-Medicamentos.pdf

Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Comissão da Farmacopeia


Brasileira. Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira. 5ª edição. Brasília:

COSTA, P.; SOUSA LOBO, J.M. Formas farmacêuticas de libertação modificada.


Rev. Port. Farm., Lisboa, v. 59, n. 4, p. 181-190, 1999.

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