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PRINCÍPIOS DE FARMACOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO DE

MEDICAMENTOS
Segurança na Administração de Medicamentos

A administração segura de medicamentos é uma das metas prioritárias da Aliança Mundial para
Segurança do Paciente, estabelecida também através da Portaria n529/2013, que institui o Programa Nacional de
Segurança do Paciente, e na RDC ANVISA n36/2013, que institui ações para a segurança do paciente em serviços
de saúde e dá outras providências

1. Identificar corretamente o paciente

2. Melhorar a comunicação entre profissionais de saúde

3. Melhorar a segurança na prescrição de medicamentos

4. Assegurar cirurgia em local de intervenção, procedimento e


paciente corretos

5. Higienizar as mãos para evitar infecções

6. Reduzir o risco de queda e prevenir úlceras por pressão


.

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Conforme prevê o artigo 45 resolução COFEN nº 564/2017, é um DEVER da equipe de enfermagem
"Prestar assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência.”
Também, nesta mesma resolução, no seu artigo 78, consta como PROIBIÇÃO "Administrar medicamentos sem
conhecer indicação, ação da droga, via de administração e potenciais riscos, respeitados os graus de formação
do profissional."

Para garantir a administração segura de medicamentos, a equipe de enfermagem deve estar atenta aos
padrões de enfermagem chamados de “os cinco certos da administração de medicamentos”, que, posteriormente
foram ampliados para 9 certos:

• O medicamento certo
• A dose certa
• O paciente certo
• A via de administração certa
• O horário certo
• O registro certo
• Tempo certo
• Validade certa
• Abordagem certa

A dupla checagem das prescrições antes da administração também é considerada uma estratégia
essencial para redução de erros e iatrogenias associadas à prática de administração de medicamentos.

Princípios de Gerais de Farmacologia

Os medicamentos estão disponíveis em diferentes formas, ou preparações, o que determina sua via de
administração. A composição de um medicamento destina-se a aumentar a sua absorção e metabolismo. Muitos
são fabricados sob várias formas, como comprimidos, cápsulas, elixir e supositórios.

Drágea Forma de dosagem sólida para uso oral; com formato de cápsula e revestido de forma a ser
facilmente deglutido
Cápsula Forma de dosagem sólida para uso oral; o medicamento encontra-se em forma de pó, liquido
ou óleo dentro de uma concha de gelatina; cápsulas coloridas para facilitar a identificação do
produto
Elixir Um fluido claro contendo água e/ou álcool; designado para uso oral; geralmente adiciona-se
açúcar
Comprimido de Comprimido para uso oral revestido com materiais que não se dissolvem no estômago; os
revestimento revestimentos são dissolvidos no intestino, onde os fármacos são absorvidos
entérico

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Extrato Forma concentrada de medicamentos feitos por meio da remoção das porções ativas do
fármaco de seus outros componentes (por exemplo, os extratos líquidos são medicamentos feitos
em soluções a partir de extratos vegetais)

Glicerol Solução de medicamentos combinados com glicerina para uso externo; contém pelo menos
50% de glicerina
Disco intra-ocular Um disco pequeno, oval e flexível constituído de duas camadas macias e uma camada
intermediária contendo o medicamento; quando umedecida pelo fluido ocular, libera o
medicamento por até 1 semana
Linimento Preparação normalmente contendo álcool, óleo ou emoliente saponáceo que é aplicado na
pele
Loção Medicamento em uma suspensão liquida aplicada externamente para proteger a pele

Pomadas (creme Preparação para aplicação externa semi-sólida, normalmente contendo um ou mais fármacos
ou ungüento)

Pasta Preparação semi-sólida, mais espessa e pegajosa do que as pomadas; absorvida pela pele mais
lentamente do que a pomada.
Pílula Forma de dosagem sólida contendo um ou mais fármacos, com forma de glóbulos, ovóides ou
oblongas:

Alerta: Embora esta seja uma prática rotineira, nem todos os medicamentos podem ser triturados ou partidos
para administração por meio de sondas gástricas ou enterais. As cápsulas, drágeas ou fármacos com
revestimento entérico, precisam desta proteção externa para o contato com o suco gástrico que possui um pH
muito ácido. Bem como nem todos medicamentos podem ser administrados através da sonda enteral pois
precisam entrar em contato com o suco gástrico no estômago.

Para que os medicamentos sejam terapeuticamente eficazes, devem ser administrados ao paciente,
absorvidos e distribuídos às células, tecidos ou a um órgão específico, e alterar as suas funções fisiológicas.

A Farmacocinética estuda como os medicamentos entram no corpo, atingem seus locais de ação, são
metabolizados e excretados, ou seja, a farmacocinética representa o trajeto do fármaco no organismo, desde a
entrada (absorção) até a saída (excreção). As fases da farmacocinética são: absorção, distribuição, metabolismo
e excreção.

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1- Absorção: passagem das moléculas do fármaco do seu local de administração para o sangue, pode ser
influenciada pela via de administração, capacidade do fármaco de se dissolver, fluxo sanguíneo no local de
administração, superfície corporal e lipossolubilidade do fármaco (quanto mais lipossolúvel mais fácil é a
absorção).

Outro fator que pode afetar a absorção de um fármaco é a presença de alimentos no estômago, alguns
medicamentos podem ter a sua absorção facilitada quando administrados entre as refeições e, algumas vezes, a
presença de alimentos pode comprometer a sua absorção.

2- Distribuição: depois que o fármaco é absorvido, ele é distribuído no organismo para os tecidos, órgãos e
finalmente para o seu local de ação específico por meio da circulação sanguínea a fim de manter a
Biodisponibilidade (quantidade do fármaco disponível para fazer o efeito).

O grau de ligação do fármaco às proteínas plasmáticas, como a albumina, afeta a distribuição e a


biodisponibilidade do fármaco. A redução dos níveis de albumina aumenta a concentração livre do fármaco no
sangue, o que pode ocasionar um aumento da atividade do fármaco, toxidade. Tal situação é mais comum em
idosos, desnutridos e em pacientes como doenças hepáticas.

Também pode acontecer na fase de distribuição o acúmulo em reservatórios como tecido adiposo
(digoxina, benzodiazepínicos) e ossos (tetraciclina).

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3- Metabolismo ou Biotransformação: a maior parte da biotransformação dos medicamentos ocorre no fígado,
apesar dos pulmões, rins, sangue e intestinos também metabolizarem os fármacos. As enzimas do sistema
citocromo P45 hepático realizam a desativação-ativação medicamentosa por meio das reações de oxidação,
redução e hidrólise (fase I) e conjugação (fase II).

Atenção: Quando um medicamento é administrado por via oral, além da absorção mais lenta, a circulação
mesentérica drena para a veia porta, o que faz com que este medicamento passe primeiro no fígado, sofra
ação e degradação pelas enzimas do metabolismo hepático e só depois deste processo seja liberado para a
corrente circulatória sistêmica. Devido ao metabolismo precoce, uma parte da droga é excretada antes de fazer
o efeito, reduzindo a biodisponibilidade do fármaco. Este mecanismo é conhecido como Efeito de primeira
passagem ou Efeito de passagem hepática.

Nos pacientes que possuem diminuição da função hepática, tal como ocorre no envelhecimento e nas
doenças hepáticas, o fármaco pode ser eliminado mais lentamente, levando ao acúmulo do fármaco e risco de
intoxicação.

4- Excreção: Processo de eliminação do fármaco do organismo pelos rins, fígado, intestino, pulmões e glândulas
exócrinas (saliva, suor, leite, etc.). Compostos gasosos ou voláteis (anestésicos inalatórios, álcool) são excretados
por via pulmonar, as glândulas exócrinas e o intestino excretam medicamentos lipossolúveis, e os rins excretam
medicações hidrossolúveis (maior parte).

Pacientes que apresentam insuficiência renal podem apresentar intoxicação, uma vez que possuem
dificuldade de excretar a maior parte dos medicamentos. Nestas situações pode ser necessário reduzir a dose ou
aumentar o intervalo entre doses.

Em adultos medianos saudáveis, é recomendada a manutenção de uma ingestão de aproximadamente


50ml/Kg/dia de líquidos para uma eliminação apropriada dos fármacos ingeridos.

Conceitos Farmacocinéticos:

• Início: tempo necessário para o surgimento de uma resposta após a


administração do medicamento
• Pico: tempo necessário para atingir a concentração sérica máxima
• Declínio: concentração sérica mínima de um fármaco atingida pouco depois da primeira dose

• Duração: tempo que o fármaco está presente em concentração suficiente para produzir uma resposta
• Platô: Concentração sérica alcançada e mantida após a administração de doses repetidas fixas
• Concentração terapêutica: faixa de concentração plasmática ideal para efeito terapêutico

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• Superdosagem: faixa de concentração plasmática tóxica
• Subdosagem: faixa de concentração plasmática abaixo da necessária para obtenção de resposta
terapêutica
• Meia vida (T1/2): tempo necessário para que se reduza à metade da concentração sérica após a
administração e pico do medicamento (decaimento exponencial). É importante para se conseguir alcançar a
concentração plasmática média no equilíbrio (Css) após doses repetidas em intervalos regulares para
manutenção da concentração terapêutica.
Concentração do medicamento na corrente
sanguínea

Biodisponibilidade dos fármacos (JURASKI e colab., 2017)

A Farmacodinâmica é a parte da farmacologia que estuda a interação do medicamento com o receptor


específico, seus efeitos terapêuticos e mecanismos de ação.

Os medicamentos variam consideravelmente no modo e tipo de ação. Os pacientes não respondem


sempre da mesma forma às doses sucessivas do medicamento. Às vezes o mesmo medicamento pode gerar
diferentes respostas em diferentes indivíduos. Por isso, é essencial entender todos os efeitos que um medicamento
pode exercer nos pacientes.

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Correlações farmacológicas(BRUNTON e colab., 2018)

Tipos de Ação do Medicamento:

Agonista: fármaco que, quando administrado, estimula uma função orgânica, por exemplo os medicamentos
simpaticomiméticos (adrenalina, dopamina, noradrenalina, etc) que estimulam os receptores alfa e/ou beta do
sistema simpático.

Antagonista: fármaco que, quando administrado, inibe uma função orgânica, por exemplo os medicamentos
parassimpaticolíticos (atropina, Ipratrópio) que inibem a ação do sistema parassimpático.

Sinergismo ou Efeito Sinergístico: uma potencializa o efeito da outra, ou seja, o efeito combinado é maior do que
quando administrados separadamente. Os sinergistas podem ser da mesma categoria (p. ex. sinergismo entre
agonistas adrenérgicos), ou entre drogas com mecanismos de ação diferentes (p. ex. sinergismo entre
simpaticomiméticos e parassimpaticolíticos) ou entre medicamentos com outras substâncias (p. ex. o álcool deprime
o SNC e possui um efeito sinérgico com anti-histamínicos, antidepressivos, barbitúricos e analgésicos narcóticos). O
sinergismo pode ser terapêutico ou devido à uma interação medicamentosa não desejável.

Efeito terapêutico: resposta fisiológica esperada ou previsível de um fármaco.


Efeito colateral: efeitos esperados, porém não intencionais, secundários, não evitáveis produzidos durante a
administração de um fármaco, mesmo em doses usuais. Podem ser inofensivos ou prejudiciais.

Efeitos adversos: respostas inesperadas, graves ao medicamento que geram DANO e indicam a interrupção do
tratamento, portanto não são desejáveis e na maioria das vezes imprevisíveis.

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Efeitos tóxicos: podem se desenvolver após o uso prolongado de um medicamento ou por acúmulo devido à
prejuízos no metabolismo e/ou excreção.

Reação idiossincrásica: reação imprevisível em que o paciente apresenta uma reação exacerbada ou diminuída
ao fármaco ou tem uma reação diferente do esperado.

Reação alérgica: resposta que depende de características de sensibilização do paciente, mesmo em doses usuais.
As reações alérgicas podem ser leves (urticária, exantema, prurido, rinite) ou graves, também chamadas de reações
anafiláticas (broncoespasmo, edema de glote e choque anafilático).

Efeito Dissulfiram ou Efeito Antabuse caracteriza-se por desconforto abdominal, rubor, vômitos e cefaleia e
ocorre quando o paciente ingere bebidas alcoólicas durante o tratamento com metronidazol. Podem ocorrer
manifestações mais graves, tais como depressão respiratória, arritmias cardíacas e convulsões, o que pode levar
ao óbito. Metronidazol, trimetoprim-sulfametoxazol, griseofulvina, fenacetina, fenilbutazona, cefamandol,
cefoperazona, cefotetano, cloranfenicol, isoniazida, nitrofurantoína, sulfametoxazol, isossorbida, nitroglicerina,
clorpropamida, glibenclamida, tolazamida, tolbutamida são exemplos de fármacos que interagem com álcool
produzindo o efeito antabuse.

Vias de Administração de Medicamentos

• Via Oral: é a mais utilizada, consiste na deglutição do medicamento com o auxílio de líquidos (60-100ml de
água), possui uma ação lenta e um efeito mais prolongado. Observações importantes:

o A via oral é contraindicada na presença de alterações GI, falta de capacidade de ingerir líquidos e o
uso de sucção gástrica.

o O medicamento deve ser administrado preferencialmente na posição sentada para evitar aspiração.

o No caso de administração de medicamentos por sondas dar preferência para formulações líquidas,
no caso de comprimidos triturar e dissolver com 15-30ml de água morna, lavando a sonda com 1-
30ml após cada medicamento.

o Se o paciente estiver recebendo alimentação enteral, verificar a compatibilidade do medicamento


com a nutrição enteral, se forem incompatíveis, interromper a alimentação por 1-2h antes de
administrar o medicamento e recomeçar de 1-2h após a administração.

o Se o paciente estiver com SOG aberta em sifonagem, fechar a sonda por um período de 30-60 min
após a administração do medicamento.

• Via Bucal: colocação de um medicamento na boca e contra a membrana da mucosa da bochecha até que
ele se dissolva e seja absorvido (não deglutir).

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• Via Sublingual: colocação do medicamento em baixo da língua para absorção na mucosa sublingual (não
deglutir).

Atenção: embora seja uma prática extremamente comum, o Captopril (inibidor da ECA) não
deve ser administrado por via sublingual.

Principais Vias Parenterais:


Intradérmica: injeção na derme, exatamente abaixo da epiderme até 3mm abaixo da superfície da pele (p. ex.
Vacina BCG na inserção do deltoide direito, testes de alergia e teste de Montoux na face anterior do antebraço).
Observações importantes:

o Com a mão não-dominante esticar a pele acima do local com o indicador e dedo médio
o Bisel da agulha 13x4,5 voltado para cima
o Ângulo de 5-15 graus com a pele
o Avançar com a agulha cerca de 3mm na pele (somente o bisel)
o Observar o aparecimento de uma pequena pápula (até 6mm de diâmetro)
o Suporta no máximo 0,5ml

Subcutânea: injeção na hipoderme ou tecido subcutâneo (p.ex. insulinas e heparinas, vacina tríplice viral, febre
amarela). Observações importantes:

o Regiões tricipital, periumbilical, face anterior da coxa, lombar, interescapular)

o Realizar prega cutânea

o Agulha 13x4,5 ou 25x7

o Administrar com angulação de 45-90 graus (a angulação varia em função do tamanho da agulha e da
quantidade de tecido adiposo)

o Volume suportado de até 1ml de medicamentos hidrossolúveis (até 1,5ml segundo Potter 2017)

o A perfuração de vaso sanguíneo no tecido subcutâneo é muito rara, portanto, a aspiração não é necessária
(Potter, 2017).

o No caso de insulina realizar rodízio do local de aplicação para evitar lipodistrofia insulínica

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Locais para administração SC:

(“Como aplicar corretamente a insulina? Pratique o RODÍZIO !”, [S.d.])

Hipodermóclise: é um termo que se refere à infusão de fluidos no tecido subcutâneo. É um método efetivo de
hidratação para pacientes que apresentam inadequada ingesta oral e desidratação consequente a situações como
a redução da sede no idoso, a anorexia, a dificuldade de deglutição, a confusão e a agitação e também na tentativa
sem sucesso de hidratação por sondagem enteral, especialmente em pacientes que estejam em cuidados paliativos.
Além disso, pode ser uma alternativa para a administração de fármacos como analgésicos e antibióticos. Do ponto
de vista técnico, a infusão subcutânea é mais fácil de ser realizada do que a intravenosa e a escolha por esta prática
deve ser considerada quando o paciente apresenta:

o ingesta oral da quantidade necessária de fluídos prejudicada;

o perda de líquidos relacionada à vômito, diarreia e uso de diuréticos;

o incerta e restrita administração de dieta enteral e parenteral;

o difícil acesso venoso;

o sonolência e confusão;

Está contraindicada para pacientes que já possuam acesso intravenoso ou que necessitem de medicamentos por
esta via. Edema generalizado, infecção de pele, doenças alérgicas ou lesões próximas ao local de punção, bem
como em situações de emergência, indivíduos com desidratação severa, sinais eminentes ou manifestos de choque
hipovolêmico, hipotensão, falência cardíaca e infarto agudo do miocárdio também não se beneficiarão com a técnica.

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Outras contraindicações incluem Sódio >150 mEq/L, osmolaridade sérica >300 mOsm/Kg, coagulopatia e excesso
de volume de líquidos (LYBARGER, 2009).

Quanto as vantagens, podemos citar o baixo custo, conforto, baixa sobrecarga de volume e menor chance de
edema pulmonar, inserção simples, facilidade em obter-se novos sítios de punção, indicação para cuidados
domiciliar, menor necessidade de hospitalização e não causa flebite. Como desvantagens, encontra-se
principalmente a velocidade de infusão (60-125ml/h), usualmente 1 ml por minuto, com administração máxima
em 24 horas de 1.500 ml no sítio de infusão, não sendo recomendado a administração de suplementos nutricionais
e soluções hipertônicas e comumente pode ocorrer edema no sítio de infusão, além de reações locais.

A Infusion Nursing Society recomenda que na punção para a hipodermóclise seja utilizado cateteres de fino calibre,
(ex: scalp no 23, 25 e 27) porém a punção também pode ser feita com cateter não-agulhado (Jelco). Pode ser
empregado o uso de equipos de controle de infusão gravitacional e bombas de infusão para garantir o sucesso da
terapia infusional.

A maioria das soluções isotônicas empregadas na terapia intravenosa pode ser administrada por hipodermóclise,
sendo as mais aplicadas as isotônicas de sódio com e sem glicose. Soluções glicofisiológicas e eletrolíticas não
vesicantes com e sem lactato também podem ser infundidas, enquanto que as soluções de glicose a 10% não devem
ser utilizadas nesta via (TURNER; CASSANO, 2004). Quanto aos fármacos, podem ser administrados morfina,
haloperidol, clorpromazina, insulina, cloreto de potássio, aminofilina, fenobarbital, metoclopramida, hidrocortisona,
penicilinas e estreptomicinas.

Intramuscular: injeção no músculo. Observações importantes:

o Agulha 25x7 ou 30x7

o Ângulo 90 graus

Deltoide:

o Aplicar cerca de 3-5cm abaixo do acrômio

o Volume máximo 3ml (existem importantes divergências na literatura em relação ao volume total da
administração IM)

o Contraindicada para administração de medicações irritantes

o Não deve ser usada em crianças com <10 anos ou pacientes com pouca massa muscular

o Não administrar em membros com paralisia ou pós-mastectomia

o Pode provocar lesão dos nervos axilar, radial e ulnar e/ou lesão da artéria braquial

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Clavícula

Acrômio

Músculo Deltoide
X
Escápula

Axila
ula

Úmero

Artéria
Braquial

Nervo radial

Local anatômico para IM no deltoide, adaptado de (“NURSING NEEDLES- IM INJECTION”, [S.d.])

Dorsoglútea:

o Aplicar no quadrante superior externo do glúteo máximo


o Contraindicada em crianças com <2anos de idade
o Pode causar lesão do nervo ciático e da artéria glútea superior
o Não é recomendada para administração de vacinas (OMS)
o Volume máximo 4-5 ml

Local de administração intramuscular no glúteo (“Injection sites”, [S.d.])

Ventroglútea (Técnica de Hochstetter): A região ventrolateral glútea ou ventroglútea é uma área de aplicação de
injeções IM no músculo glúteo médio. A técnica de Hochstetter é uma técnica muito utilizada em outros países, sendo
considerada uma das técnicas mais seguras para injeções IM, especialmente em crianças (acima de 7meses).

Para realizar a aplicação na região de Hochstetter proceder da seguinte forma:

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o Posicionar o paciente em decúbito lateral ou dorsal com o joelho e quadril levemente fletidos
o Delimitar a região de aplicação colocando a mão sobre o quadril acompanhando o trocânter
o localizar com o dedo indicador a espinha ilíaca antero-superior
o Com os dedos indicador e médio formar um “V” (triângulo)
o O medicamento deverá ser aplicado com um ângulo de 90graus no centro do triângulo formado
o Administrar no máximo 4-5ml

(MENESES e MARQUES, 2007)

Vasto lateral da coxa:

o Aplicar na face lateral anterior da coxa, na linha média do lado externo da coxa, no terço médio do
músculo (cerca de um palmo abaixo do trocanter maior em adultos)
o Orientar o paciente a deitar horizontalmente com os joelhos levemente flexionados ou na posição
sentada
o Volume máximo 4ml
o Local preferido para imunização em crianças menores que 12meses, também pode ser utilizada em
crianças mais velhas e pré-escolares
o Falta de nervos e vasos sanguíneos importantes

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Local anatômico de administração vasto lateral(“Injection sites”, [S.d.])

Características das regiões IM e indicações para uso:

o Vasto Lateral: Não possui a maior parte dos nervos e vasos sanguíneos Absorção rápida do fármaco Região
frequentemente usada em bebês (menores do que 12 meses) que estão recebendo imunizações geralmente
usado em crianças mais velhas e naquelas entre 1 e 3 anos que estão recebendo imunizações

o Ventroglútea: Região profunda, situada longe da maior parte dos nervos e vasos sanguíneos Menor chance
de contaminação em pacientes incontinentes ou crianças facilmente identificadas por uma região óssea
proeminente Região preferida para medicações (p. ex., antibióticos) que têm maior volume, mais viscosas e
irritantes em adultos, crianças e bebês

o Deltoide: De fácil acesso, mas o músculo não é bem desenvolvido na maior parte dos pacientes. Usado para
pequenas quantidades de medicação. não usado em bebês ou crianças com músculos subdesenvolvidos.
Potencial para lesões aos nervos radial e ulnar ou artéria braquial. Usado para imunização de crianças jovens
(1-3 anos), crianças mais velhas e adultos. Recomendado para a vacinas da hepatite B e raiva (Potter, 2013)

Técnicas Especiais nas Injeções IM: Técnica em Z (Z-Track)


Objetiva minimizar a irritação da pele uma vez que bloqueia o medicamento dentro do ventre muscular. É
indicada principalmente na administração de medicamentos a base de FERRO.

Técnica:

o Puxar lateralmente a pele e os tecidos subcutâneos por cerca de 2,5-3,5cm, segurando a pele esticada
com a mão não-dominante

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o Introduzir a agulha profundamente no músculo
o Aspirar para verificar se há retorno de sangue

o Se não houver retorno de sangue, injetar o medicamento devagar

o A agulha permanece inserida por cerca de 10 segundos para permitir que o medicamento seja dispersado
de forma homogênea

o Retirar a agulha e depois soltar a pele

Este procedimento forma um caminho em ziguezague que bloqueia o caminho da agulha, onde as
superfícies dos tecidos deslizam uma sobre a outra. Desta forma, o medicamento não extravasa do músculo
diminuindo a ocorrência de lesões na região da injeção.

Técnica em Z (“NURSING NEEDLES- IM INJECTION”, [S.d.])

Importante:

Embora, tradicionalmente o volume máximo administrado nos grandes músculos seja de 5ml, de acordo
com Potter (2013), estudos recentes indicam reduzir ao máximo o volume das doses para melhor absorção e
menores efeitos colaterais. Um indivíduo normal e bem desenvolvido pode suportar 3ml de medicação em um
músculo maior sem um desconforto muscular intenso, sendo improvável que um volume maior seja absorvido de
maneira apropriada. Crianças, idosos e indivíduos magros suportam apenas 2ml, não administrar mais do que 1ml
para crianças pequenas e mais velhas, e também não mais do que 0,5ml para lactentes.

Entretanto, existe grande divergência na literatura em relação ao volume máximo suportado pelos diversos
músculos e as respectivas faixas etárias:

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Tabela – Faixa etária, local de aplicação e volume máximo a ser injetado.

Idade/Músculo Deltoide Ventro glúteo Dorsoglúteo Vasto lateral


Prematuros - - - 0,5 ml
Neonatos - - - 0,5 ml
Lactentes - - - 1,0 ml
Crianças de 3 a 6 anos - 1,5 ml 1,0 ml 1,5 ml
Crianças de 6 a 14 anos 0,5 ml 1,5 – 2,0 ml 1,5 – 2,0 ml 1,5 ml
Adolescentes 1,0 ml 2,0 – 2,5 ml 2,0 – 2,5 ml 1,5 – 2,0 ml
Adultos 1,0 ml 4,0 ml 4,0 ml 4,0 ml
Fonte: Adaptado de SILVA, L.M.G.; SANTOS, R.P. Administração de medicamentos. In: BORK, A.M.T. Enfermagem baseada em evidências. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. p.166-190.

Variação do ângulo de injeção em função da via parenteral:

Intramuscular: Angulação 90º

Subcutânea: Angulação 45º

Intradérmica: Angulação 10 º– 15º


Angulação para vias parenterais(“Conheça os tipos de injeções e suas formas de aplicação”, [S.d.])

Fatores que influenciam a escolha da via de administração:


Vias Oral, Bucal, Sublingual

Estas vias sio evitadas quando o paciente


tem alterações na função gastrointestinal
(por exemplo, náuseas, vómitos), diminuição
Vias convenientes e confortáveis para o paciente. da motilidade (após anestesia geral ou
Vias económicas. inflamação intestinal) e ressecção cirúrgica
Vias de fácil administração. de uma porção do trato gastrointestinal.
Os medicamentos podem causar efeitos locais ou Alguns (amuos são destruídos pelo suco
sistémicos. Vias que raramente causam ansiedade gástrico. A administração
para o paciente oral é contra-indicada em pacientes com
dificuldades de deglutição (por exemplo,
pacientes com distúrbios
neuromusculares, estenose de esófago. lesões
na boca).

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Os medicamentos por via oral podem irritar o
revestimento do trato gastrointestinal,
descolorir os dentes ou produzir gosto
desagradável.
Pacientes inconscientes ou confusos são
incapazes ou não querem
deglutir ou mantém o medicamento embaixo
da língua.
Os medicamentos por via oral não podem ser
administrados quando os pacientes encontram-se
com bomba de sucção gástrica e são contra-
indicados em pacientes antes de alguns exames ou
cirurgias.
Via Subcutânea (SC), Intramuscular (IM), Intravenosa (IV), Intradérmica (ID)
Vias que se constituem em uma opção de Existe um risco de introdução de infecção, e alguns
administração quando a administração de medicamentos são caros. Os pacientes devem
medicamentos por via oral é contra-indicada. ser picados repetidamente pelas agulhas. As vias
Ocorre absorção mais rápida do que com as vias SC. !hl e ID são evitadas em pacientes com
tópica ou oral. tendei-leias a sangramento.
A infusão IV permite a liberação do fármaco quando Existe risco de causar lesões nos tecido com as
o paciente encontra-se gravemente doente ou injeções SC. As vias !hl e IV sio perigosas por
quando é necessário tratamento a longo prazo. causa da rápida absorção. Estas vias causam
Se a perfusão periférica é baixa, preferível a via ansiedade considerável em muitos pacientes.
IV a injeções. especialmente em crianças.

Pele Tópica
As aplicações tópicas na pele
proporcionam efeito principalmente
local. Pacientes com escoriações apresentam risco de
Esta via não causa dor. rápida absorção do fármaco e efeitos sistémicos
Ocorrem efeitos colaterais limitados.

Transdérmica

As aplicações transdérmicas proporcionam efeitos


sistémicos prolongados, com efeitos colaterais
limitados. A aplicação deixa substancias oleosas ou pastosas
na pele que podem manchar as roupas.

Membranas das Mucosas

Os efeitos terapéuticos são proporcionados pela As membranas das mucosas sio muito sensíveis
aplicação local nas regiões envolvidas. a algumas concentrações de medicamentos.
As soluções aquosas são rapidamente absorvidas e A inserção de medicamentos pelas vias retal
capazes de causar efeitos sistémicos. e vaginal freqüentemente causa
As membranas das mucosas tornam-se uma constrangimento.
alternativa de via de administração quando os Pacientes com ruptura de tímpano não podem
medicamentos orais sio contra• indicados. receber irrigações. Os supositórios retais são
contra-indicados se o paciente sofreu cirurgia retal
ou está sofrendo de sangramento retal ativo.

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Inalação
A inalação proporciona alivio rápido na caso de
problemas
respiratórios locais.
Esta via proporciona fácil acesso para a introdução
de gases para Alguns agentes locais podem causar sérios
anestesia geral. efeitos sistémicos

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QUESTÕES:

1. A figura abaixo mostra o modelo da medicamentação segura, com cada quadrado identificado por um número e
um critério.

De acordo com Peterlini (2003), que propõe a utilização da prática de verificação dos “9 certos”, é
responsabilidade da equipe de enfermagem respeitar os “certos” descritos nos quadrados

A) IIIa IX, apenas.


B) I, II, V, VI, VII, VIIIe IX, apenas.
C) III, V, VI, VII, VIIIe IX, apenas.
D) I, VI, VII, VIIIe IX, apenas.
E) Ia IX.

2. A farmacologia é a ciência que se preocupa em estudar os fármacos, abordando suas possíveis indicações terapêuticas,
e os efeitos destes no organismo, subsidiando o Enfermeiro para suas ações e cuidados na administração de
medicamentos, a ações esperada, os efeitos e vias de administração, sendo CORRETO afirmar que:
A) Dose terapêutica está relacionada ao efeito benéfico ao organismo esperado quando da administração do fármaco.
B) Antagonismo fisiológico ocorre quando uma quantidade mínima de um fármaco é administrado no corpo, é capaz de
desenvolver o seu estado terapêutico.
C) Agonista é um fármaco ou hormônio que, ocupando receptores celulares específicos, produz um efeito biológico,
sendo o Antagonista toda substância, incluindo fármacos, que se opõe a estimulação de um sistema biológico
efetuador.
D) Efeito idiossincrásico quando outro sistema efetor e outros receptores são ativados.

3. (IF-GO - 2018 - IF-GO - Técnico em Enfermagem) Responda à questão que se segue. Sobre a administração
segura de medicação, marque a alternativa CORRETA.:
A) O profissional de enfermagem deve levar ao local e horário de administração de medicamentos, apenas o que
está prescrito a um único paciente, não fazendo uso de bandeja contendo diversos medicamentos para
diferentes pacientes

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B) Caso o paciente esteja com pulseira de identificação, é dispensável perguntar ou conferir por outro meio o seu
nome antes de administrar a medicação.
C) Quando o profissional de enfermagem puder, deve comunicar ao paciente qual o medicamento está sendo
administrado e qual a sua ação no momento da administração.
D) Entre os itens de verificação para administração segura de medicamentos, podem-se citar os nove certos,
sendo eles profissional certo, medicamento certo, via certa, hora certa, dose certa, registro certo e ação certa.

4. (CESPE - 2018 - Instituto Hospital Base do Distrito Federal - Técnico de Enfermagem) No que concerne a
farmacologia, julgue o item que se segue. Ocorre agonismo entre fármacos quando o efeito de um desses
fármacos é diminuído ou anulado na presença de outro.
A) Certo
B) Errado

5. (Quadrix - 2017 - HCFMUSP - Técnico de Enfermagem) Assinale a alternativa que apresenta exclusivamente
locais recomendados para aplicação de injeção intramuscular.
A) músculo vasto lateral no terço médio da coxa, quadrante inferior externo do glúteo e deltoide
B) músculo vasto lateral no terço médio da coxa, quadrante superior externo do glúteo e região ventroglútea
C) face interna do antebraço, quadrante superior interno do glúteo e face interna da coxa
D) face externa da coxa, quadrante inferior externo do glúteo e parede abdominal
E) deltoide, face externa do braço e músculo vasto lateral da coxa

6. (2017 - UFES - Técnico em Enfermagem) Sobre a administração de medicamentos, analise as afirmativas


abaixo, empregando V para as VERDADEIRAS e F para as FALSAS.

( ) O músculo da região do vasto lateral da coxa é pouco desenvolvido, por isso não é recomendado que seja
aplicada injeção intramuscular nesse músculo. A região deltoideana, por sua vez, é indicada para receber
grandes volumes de medicamentos, pois possui pouco potencial para lesões.
( ) Os seis certos da administração de medicamentos incluem: o medicamento certo, a dose certa, o paciente
certo, a via de administração certa, o horário certo e o registro certo.
( ) A via intramuscular fornece uma absorção mais rápida do medicamento que a via subcutânea, já que os
músculos têm maior vascularidade.
( ) Doses superiores a 1 ml de medicamentos hidrossolúveis devem ser administradas subcutaneamente, pois
o tecido não é sensível a soluções irritantes e a grandes volumes.
A sequência CORRETA de respostas, de cima para baixo, é:
A) F-V-V-F.
B) V-F-F-V.
C) F-V-V-V.
D) F-F-V-F.
E) V-V-F-F.

7. (COMPERVE - 2018 - UFRN - Técnico em Enfermagem) A administração de medicamentos é uma parte


essencial da prática da enfermagem, que requer uma base de conhecimentos para permitir uma administração

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segura. Em relação aos cuidados para administração de medicamento por via intramuscular, utilizando a
técnica em Z, analise as afirmativas abaixo.

I Após o preparo do medicamento, deve-se acoplar uma nova agulha à seringa, de modo que nenhuma solução
permaneça na parte externa da haste da agulha.

II Ao fazer-se a antissepsia, deve-se puxar o músculo subjacente aproximadamente 5,0 cm para cima e mantê-
lo nessa posição com a mão dominante.

III Ao inserir-se a agulha, deve-se segurar o cilindro da seringa com os dedos da mão não-dominante e injetar
lentamente o medicamento, se não houver retorno de sangue. Em seguida, deve-se manter a agulha inserida
no músculo por um período de 10 segundos.

IV Após a injeção do medicamento, mas, ainda com a agulha inserida, deve-se soltar o músculo para que ele
retorne ao local de origem, a fim de que, após a retirada da agulha, ocorra a vedação do trajeto da agulha pela
pele.

Em relação ao exposto, estão corretas as afirmativas


A) I e II.
B) I e III.
C) II e IV.
D) III e IV

8. (CONSULPLAN - 2017 - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário – Enfermagem) A via intramuscular é muito
utilizada para a administração de medicamentos por ter rápida velocidade de absorção da solução
administrada, perdendo apenas para a via endovenosa. Sobre a região ventroglútea utilizada para a
administração de medicamentos pela via intramuscular, assinale a afirmativa INCORRETA.
A) O músculo ventroglúteo corresponde ao glúteo médio.
B) O nervo mais importante nesta região corresponde ao nervo femoral.
C) É um músculo recomendado para a injeção de volumes maiores que 2 ml.
D) O músculo ventroglúteo situa-se em local profundo e afastado de nervos importantes.

9. (COPERVE - UFSC - 2018 - UFSC - Técnico em Enfermagem) Antes de administrar o medicamento, o profissional
de Enfermagem deve observar algumas regras básicas, como o medicamento certo, a dose certa, a via certa,
a hora certa, o paciente certo, a forma certa, a orientação certa, o monitoramento certo e o registro certo. A
esse respeito, associe os locais listados na coluna 1 aos locais relacionados à aplicação de medicamento por
via intramuscular da coluna 2 e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

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1 - Quadrante superior lateral do glúteo ( ) Deltoide

2 - Anterolateral da coxa, terço médio ( ) Dorsoglúteo

3 - Hochstetter ( ) Ventroglúteo

4 -Aproximadamente 4 cm abaixo do acrômio ( ) Vasto lateral

A) 4–1–2–3
B) 1–4–3–2
C) 3–2–1–4
D) 4–1–3–2
E) 3–1–4–2

10. (UPENET/IAUPE - 2017 - UPE – Enfermeiro) Os medicamentos são normalmente utilizados para controlar as
doenças. Sobre administração de medicamentos, analise as afirmativas abaixo:

I. O tecido subcutâneo é tão ricamente suprido por sangue quanto os músculos e, por esse motivo, a
absorção por essa via é mais rápida.
II. O músculo ventro-glúteo corresponde ao glúteo médio; é um músculo profundo, afastado de nervos
e vasos sanguíneos importantes e, por esse motivo, torna-se um local seguro para a administração de
medicamentos.
III. A técnica em Z é utilizada para minimizar a irritação local da pele, vedando o medicamento no tecido
muscular (assim o medicamento não consegue escapar do tecido muscular).
IV. A via intravenosa é utilizada, quando é necessário se estabelecer nível terapêutico sanguíneo
constante.

Está CORRETO, apenas, o que se afirma em:

A) I e II.
B) II e IV.
C) II e III.
D) II, III e IV.
E) IV.

11. (FEPESE - 2017 - SES-SC - Técnico em Enfermagem) Relacione as colunas 1 e 2 abaixo, sobre a administração
de medicamentos por via intramuscular:

1. Região ventroglútea ou local de ( ) Possui grande massa muscular, tem como


Hochstetter vantagem o fácil acesso, pode ser indicada
para lactentes e crianças e é representada
pelo músculo vasto lateral.

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2. Região lateral da coxa ou face anterolateral ( ) Deve ser o local de preferência para
administração intramuscular e é
representada pelo músculo glúteo médio.

3. Região glútea ( ) Apesar de ser de fácil acesso, é um músculo


pequeno, não sendo possível a administração
de grandes volumes (máximo de 3 ml).

4. Região deltoidea ( ) É contraindicada em idosos ou pessoas


imobilizadas no leito, cujo músculo glúteo
esteja deteriorado, além de pessoas
excessivamente magras e crianças menores
de 1 ano.

Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

A) 1•2•3•4
B) 1•4•2•3
C) 2•1•3•4
D) 2•1•4•3
E) 3•2•4•1

12. (FUNDATEC - 2019 - Prefeitura de Chuí - RS - Técnico em Enfermagem) Os medicamentos podem ser
administrados de várias formas, dependendo da indicação e tempo de ação pretendido. Cada via tem sua
importância e particularidade, exigindo do profissional conhecimento sobre todas as vias de administração
dos medicamentos. Referente às vias de administração de medicamentos, analise as assertivas abaixo e
assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) Os medicamentos administrados por via mucosa não sofrem o fenômeno de absorção e metabolização pelo
fígado e, por essa razão, seu efeito ocorre quase que imediatamente.
( ) A via subcutânea normalmente é utilizada para testes de hipersensibilidade. O local utilizado para esses
casos é a face ventral do antebraço.
( ) O volume máximo que deve ser administrado pela via subcutânea não deve exceder a 3 ml, mas
normalmente é administrado até 1 ml.
( ) Para injeções intramusculares na região dorsoglútea, o músculo glúteo máximo é o utilizado, sendo que sua
localização para aplicação é o ângulo externo do quadrante superior externo.
( ) A região ventroglútea ou de Hochstetter, formada pelos músculos glúteos médio e mínimo, é uma via
indicada para injeções intramusculares, não apresenta contraindicações e é bastante segura, uma vez que a
irrigação e a inervação dessa região localizam-se a uma certa profundidade. A ordem correta de
preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
A) V – F – F – V – V.
B) V – F – V – V – F.

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C) F – V – F – F – F.
D) V – F – F – F – V.
E) F – V – V – V – V.

13. (COPEVE-UFAL - 2018 - UFAL - Técnico em Enfermagem) um aspecto que deve ser verificado pelo técnico de
enfermagem na administração de medicamentos via intramuscular é o local ou sitio de aplicação. Qual região
é considerada a mais segura, de fácil acesso e com menor risco de complicações para administração via
intramuscular?
A) Deltoide.
B) Dorsoglútea.
C) Ventroglútea.
D) Reto femoral.
E) Vasto lateral da coxa.

14. (CESPE - 2018 - HUB – Enfermagem) A hipodermóclise pode ser implementada como via alternativa em
pacientes que necessitam de suporte clínico para a reposição de fluidos, eletrólitos e medicamentos, tanto no
ambiente hospitalar quanto no domiciliar. Acerca dessa terapia subcutânea, julgue o item que se segue. O
risco de complicações sistêmicas, como hiper-hidratação e sobrecarga cardíaca, é mínimo com a utilização da
hipodermóclise: essas complicações podem ser monitoradas no período da infusão.
A) Certo
B) Errado

15. (CONSULPLAN - 2017 - TRE-RJ - Técnico Judiciário – Enfermagem) Os medicamentos são substâncias estranhas
ao organismo e, por essa razão, todo e qualquer medicamento pode causar reação alérgica. São sinais ou
sintomas de reação alérgica causados pelo uso de medicamentos, EXCETO:

A) Febre.
B) Edema de glote.
C) Broncoespasmo.
D) Bradicardia sinusal.

16. (IADES - 2019 - SEASTER - PA - Técnico de Enfermagem) Quando dois medicamentos são administrados ao
mesmo tempo a um paciente, eles podem agir de forma independente ou interagir entre si, com aumento ou
diminuição de efeito terapêutico ou tóxico de um ou de outro. Esse evento é denominado

A) reações adversas.
B) biotransformação.
C) reações farmacocinéticas.
D) reações farmacodinâmicas.
E) interações medicamentosas.

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17. (2019 - FMS - Técnico em Enfermagem) A administração parenteral consiste em injetar medicamentos nos
tecidos corporais. Constituem vias parenterais:
A) oral e subcutânea.
B) subcutânea e intradérmica.
C) oral e intramuscular.
D) anal e intravenosa.
E) oral e intradémica.

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GABARITO:

1- E 13-C
2- C 14-A
3- A 15-D
4- B 16-E
5- B 17-B
6- A
7- B
8- B
9- D
10- D
11- D
12- A

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