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Cronologia
Períodos pré e pós-operatório
GRUPO DE DIAGNÓSTICOS
Pré-operatório
Diagnóstico de enfermagem
Pós-operatório
Problemas colaborativos
CP: Hemorragia
CP: Hipovolemia/Choque
CP: Evisceração/Deiscência
CP: Íleo paralítico
CP: Infecção (peritonite, incisão)
CP: Retenção urinária
CP: Tromboflebite
Diagnósticos de enfermagem
Dor Aguda relacionada a ruptura cirúrgica das estruturas do organismo, flatos e imobilidade
Meta
O cliente comunicará sentimentos a respeito da experiência cirúrgica, incluindo as limitações e
as restrições, e discutirá qualquer dispositivo médico terapêutico (p. ex., aparelhos, muletas,
gesso, etc.) que se aplicarão após a cirurgia.
Indicadores
Verbaliza, se solicitado, o que esperar quanto a rotinas, ambiente e sensações.
Demonstra exercícios, uso da tala e terapia respiratória no pós-operatório.
Documentação
Anotações de controle
Anotações de evolução
Interações incomuns
Registro de educação multidisciplinar do cliente
Orientação pré-operatória, pós-operatória e ensino do tratamento geral, plano de
cuidados/caminho crítico
Meta de enfermagem
O enfermeiro monitorará quanto a sinais e sintomas iniciais de (a) hemorragia; (b)
hipovolemia/choque; (c) evisceração/deiscência; (d) íleo paralítico; (e) infecção; (f) retenção
urinária e (g) tromboflebite e intervirá, como colaborador, para estabilizar o cliente.
Indicadores
Calmo, alerta, orientado (a, b)
Respirações 16 a 20 movimentos por minuto (a, b)
Respirações relaxadas e rítmicas (a, b)
Som respiratório presente em todos os lobos (a, b)
Ausência de estertores ou sibilos (a, b)
Pulso 60 a 100 batimentos por minuto (a, b)
Pressão arterial >90/60, <140/90 mmHg (a, b)
Enchimento capilar <3 segundos (a, b)
Pulsos periféricos totais, iguais (a, b)
Pele quente e seca (a, b)
Temperatura de 36,5 a 37,4 oC (a, b, e)
Eliminação urinária >30 mL/hora (a, b)
Cor da pele normal (a, b)
Ferida cirúrgica intacta (c, e)
Mínima secreção serossanguinolenta (c)
Ruídos intestinais presentes (b, d)
Ausência de vômito ou náusea (b, d)
Sem distensão abdominal (b, d)
Sensibilidade abdominal reduzida (c, e)
Sensibilidade da ferida diminuída (c, e)
Ausência de distensão da bexiga (f)
Sem dificuldades para urinar (f)
Sinal de Homans negativo (ausência de dor na dorsiflexão do pé) (g)
Ausência de sensibilidade, calor, edema na panturrilha (g)
Leucograma 4.000 a 10.000 mm3 (e)
Hemoglobina (a)
o Homens: 14 a 18 g/dL
o Mulheres: 12 a 16 g/dL
Hematócrito (a)
o Homens: 42 a 52%
o Mulheres: 37 a 47%
Saturação de oxigênio (SaO2) >94% (a, b)
6. Não iniciar líquidos até que estejam 6,7. A manipulação intraoperatória de órgãos
presentes os ruídos intestinais; então, começar abdominais e os efeitos depressivos dos
com quantidades pequenas. Monitorar a reação narcóticos e anestésicos sobre o peristaltismo
do cliente na reintrodução de líquidos e podem ocasionar íleo paralítico, normalmente
alimentos e observar a natureza e a quantidade entre o terceiro e o quinto dia pós-operatório. A
de qualquer vômito. dor costuma ser localizada, aguda e intermitente.
11. Se o cliente não urinar em 8 a 10 horas 11. Essas medidas podem ajudar a promover
após a cirurgia ou queixar-se de desconforto da o relaxamento do esfincter urinário, facilitando a
bexiga, fazer o seguinte: eliminação de urina.
a. Aquecer uma comadre.
b. Encorajá-lo a sair da cama para usar o
banheiro, se possível.
c. Orientar o cliente do sexo masculino a, se
possível, ficar em pé ao urinar.
d. Abrir a torneira da pia enquanto ele
tentar urinar.
e. Derramar água morna sobre o períneo do
cliente.
12. Se o cliente ainda não conseguir urinar, 12. A sondagem de alívio é preferível à
seguir os protocolos de sondagem de alívio, sondagem de demora porque acarreta menos
conforme prescritos. risco de infecção do trato urinário por patógenos
ascendentes.
13. Monitorar quanto a sinais e sintomas de 13. Vasoconstrição por hipotermia reduz a
tromboflebite: circulação periférica. A anestesia e a imobilidade
a. Sinal de Homans positivo (dor na diminuem o tono vasomotor, resultando em
dorsiflexão do pé devido à circulação retorno venoso menor com acúmulo de sangue
insuficiente) periférico. Combinados, esses fatores aumentam
b. Sensibilidade, calor incomum ou o risco de tromboembolia venosa (TEV)
hiperemia na panturrilha (Ahonen, 2007). A cirurgia laparoscópica leva ao
c. Sinal de Lowenberg (dor na panturrilha pneumoperitônio e a posição de Trendelenburg
em resposta à pressão mais baixa do que a reversa causa acúmulo de sangue venoso nas
esperada inflando-se um dispositivo pernas. A distensão venosa resultante pode
compressivo) (Begelman, 2002) causar dano endotelial, promovendo também a
TEV (Ahonen, 2007).
14. Aplicar meias elásticas, conforme 14. Elas aplicam compressão igual,
prescrição. aumentam o retorno venoso e reduzem o
acúmulo de sangue.
16. Incentivar o cliente a fazer exercícios 16. Essas medidas ajudam a aumentar o
com as pernas. Desestimular colocação de retorno venoso e a prevenir estase venosa.
Documentação
Anotações de controle
Sinais vitais (pulsos, respirações, pressão arterial, temperatura)
Circulação (cor, pulsos periféricos)
Ingestão (oral, parenteral)
Eliminação (urinária, sondas, densidade específica)
Função intestinal (ruídos intestinais, evacuação, distensão)
Ferida (cor, drenagem)
Anotações de evolução
Queixas ou achados investigativos pouco comuns
Intervenções
Registro da orientação multidisciplinar do cliente
Orientação pós-operatória
Meta
CARPENITO, L. J. Planos de cuidados de enfermagem e documentação: diagnósticos de enfermagem e problemas
colaborativos. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
O cliente evidenciará campos pulmonares limpos.
Indicadores
Sons respiratórios presentes em todos os lobos
Sons respiratórios claros em todos os lobos (sem sibilos ou congestão)
Respirações rítmicas e relaxadas
Intervenções Justificativas
Documentação
Anotações de controle
Temperatura
Frequência e ritmo respiratórios
Sons respiratórios
Tratamentos respiratórios e resposta do cliente
Anotações de evolução
Resposta insatisfatória aos tratamentos respiratórios
Registro da orientação multidisciplinar do cliente
Meta
O cliente demonstrará cicatrização da ferida.
Indicadores
Ausência de drenagem anormal
Bordas da ferida intactas e aproximadas
NIC Controle de infecção, Cuidados com lesões, Cuidados com o local de incisão,
Educação em saúde
Intervenções Justificativas
4. Adotar medidas para prevenir a infecção: 4. Essas medidas ajudam a evitar a entrada
a. Lavar as mãos antes e depois da troca de de microrganismos na ferida; também reduzem o
curativos. risco de transmissão de infecção a outras
b. Usar luvas até que a ferida esteja pessoas.
fechada.
c. Limpar totalmente a área ao redor das
sondas de drenagem.
d. Manter sondas afastadas da incisão.
e. Descartar soluções irrigadoras não usadas
5. Explicar quando há indicação de curativo 5. Uma ferida que cicatriza por primeira
para feridas que cicatrizam por primeira e intenção requer curativo que proteja de
segunda intenção. contaminação até que os bordos se fechem
(normalmente em 24 horas). A cicatrização de
uma ferida por segunda intenção requer curativo
que mantenha hidratação adequada; não há
necessidade de curativo após o fechamento dos
bordos da ferida.
6. Minimizar irritação da pele por meio de: 6. Evitar a irritação da pele elimina fonte
a. Uso de bolsa coletora, se indicado potencial de entrada de microrganismos.
b. Troca frequente de curativos saturados
Documentação
Anotações de evolução
Sinais e sintomas de infecção
Anotações de controle
Temperatura
CARPENITO, L. J. Planos de cuidados de enfermagem e documentação: diagnósticos de enfermagem e problemas
colaborativos. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
Aspecto da ferida e plano de controle da ferida (Black, 2005)
Meta
O cliente comunicará redução progressiva da dor e aumento na atividade.
Indicadores
Relata os fatores que aumentam a dor.
Comunica intervenções eficazes.
Intervenções Justificativas
1. Colaborar com o cliente para determinar 1. O cliente com dor pode experimentar
intervenções eficazes no alívio da dor. perda de controle sobre o corpo e a vida. A
colaboração pode ajudar a minimizar esse
sentimento.
Documentação
Registro da administração de fármacos
Tipo, via e horário das doses de todos os medicamentos prescritos
Anotações de evolução
Alívio insatisfatório após medidas de diminuição da dor
Registro da orientação multidisciplinar do cliente
Meta
O cliente retomará a ingestão das exigências nutricionais diárias.
Indicadores
Escolhas dentre os quatro grupos básicos de alimentos, levando em conta as preferências
e as alergias (Lewis et al., 2004).
2.000 a 3.000 mL de líquidos
Fibras, vitaminas e minerais adequados
CARPENITO, L. J. Planos de cuidados de enfermagem e documentação: diagnósticos de enfermagem e problemas
colaborativos. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
NIC Controle da nutrição, Monitoração nutricional
Intervenções Justificativas
2. Adotar medidas para reduzir a dor: 2. A dor causa fadiga, que pode reduzir o
a. Planejar o cuidado de modo que apetite.
procedimentos doloridos ou desagradáveis não
sejam agendados para antes dos horários de
refeição.
b. Administrar medicamento para a dor
conforme prescrição.
c. Posicionar o cliente com o máximo de
conforto.
d. Oferecer uma boa higiene oral ao cliente d. Um bom cuidado oral reduz o gosto
após os vômitos. desagradável.
e. Ensinar técnicas de respiração profunda. e. Respirações profundas podem ajudar a
excretar agentes anestésicos.
f. Orientar o cliente para evitar deitar-se f. Pressão sobre o estômago pode
totalmente na horizontal, pelo menos duas horas desencadear a estimulação aferente visceral
após alimentar-se. (O cliente que precisa vagal do centro do vômito no cérebro.
repousar deve sentar-se ou reclinar-se, deixando
a cabeça, no mínimo, 50 cm acima dos pés.)
g. Garantir a desobstrução de qualquer g. Uma sonda nasogástrica funcionando mal
sonda nasogástrica. pode ocasionar distensão gástrica.
h. Ensinar o cliente a praticar exercícios de h. Concentrar-se em atividades de
relaxamento durante os episódios de náusea. relaxamento pode ajudar a bloquear os estímulos
ao centro do vômito.
5. Manter boa higiene oral em todos os 5. Uma boca limpa e refrescada pode
momentos. estimular o apetite.
Documentação
Anotações de controle
Ingestão e eliminação (quantidade, tipo, horário; Wagner, Johnson e Kidd, 2006)
Vômito (quantidade, descrição)
Registro da orientação multidisciplinar do cliente
Meta
O cliente recuperará a função intestinal eficaz do pré-operatório.
Indicadores
Ausência de distensão intestinal
Ruídos intestinais em todos os quadrantes
Intervenções Justificativas
Documentação
Anotações de controle
Movimentos intestinais
Ruídos intestinais
Meta
O cliente aumentará a tolerância às atividades da vida diária.
Indicadores
Deambulação progressiva
Capacidade de realizar as atividades da vida diária
Documentação
Anotações de controle
Sinais vitais
Deambulação (horário, quantidade)
Anotações de evolução
Resposta anormal ou inesperada ao aumento da atividade
Metas
As metas para esse diagnóstico representam as associadas ao planejamento da alta. Consultar os
critérios para a alta.
Intervenções Justificativas
Documentação
Anotações de controle
Orientações de alta documentando o método utilizado para garantir que o cliente e a
família compreenderam as orientações (verbalização, demonstração de retorno)
Orientações para a continuidade dos cuidados com os cirurgiões/clínicos, conforme
prescrito, antes do cliente ter alta hospitalar
Sumário da alta
Situação na alta (dor, atividade, cicatrização da ferida)
Alcance das metas (indivíduo ou família)
Registro da orientação multidisciplinar do cliente