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Plano de Cuidados Gerais para o Paciente Adulto

Hospitalizado

Este plano de cuidados (Nível I) apresenta os diagnósticos de enfermagem e os problemas colaborativos


que se aplicam comumente aos pacientes (e pessoas próximas) submetidos à hospitalização por qualquer
distúrbio médico. Os diagnósticos de enfermagem e os problemas colaborativos específicos a um
distúrbio são apresentados no plano de cuidados (Nível II) para esse distúrbio.

GRUPO DE DIAGNÓSTICOS
Problemas colaborativos
CP: Disfunção cardiovascular
CP: Insuficiência respiratória

Diagnósticos de enfermagem

Ansiedade relacionada ao ambiente não familiar, rotinas, exames diagnósticos, tratamentos e perda
de controle

Risco de Lesão relacionado a ambiente não familiar e limitações físicas a mentais secundárias a
condição, medicamentos, terapias e exames diagnósticos

Risco de Infecção relacionado a aumento dos microrganismos no ambiente, risco de transmissão


pessoa a pessoa, exames e terapias invasivas

(Especificar) Déficit no Autocuidado relacionado a problemas sensoriais, cognitivos, de mobilidade,


de resistência ou de motivação

Risco de Nutrição Desequilibrada: Menos do que as Necessidades Corporais relacionado à


diminuição do apetite secundária a tratamentos, fadiga, ambiente e mudanças na dieta habitual e ao
aumento das exigências de proteínas e vitaminas para a cicatrização

Risco de Constipação relacionado à mudança na ingesta de líquidos e alimentos, na rotina ou no


nível de atividade; efeitos da medicação e estresse emocional

Risco de Integridade da Pele Prejudicada relacionado a pressão prolongada sobre os tecidos


associada com diminuição da mobilidade, maior fragilidade da pele associada com edema pendente,
diminuição da perfusão tissular, desnutrição e incontinências urinária/fecal

Padrão de Sono Prejudicado relacionado a ambiente não familiar, ruidoso, mudança no ritual da
hora de dormir, estresse emocional e alteração no ritmo circadiano

Risco de Sofrimento Espiritual relacionado a separação do sistema de apoio religioso, falta de


privacidade ou incapacidade de praticar os rituais espirituais

CARPENITO, L. J. Planos de cuidados de enfermagem e documentação: diagnósticos de enfermagem e problemas


colaborativos. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
Processos Familiares Interrompidos relacionados a rompimento das rotinas, mudanças nas
responsabilidades do papel e fadiga associada com sobrecarga de trabalho aumentada e exigências das
horas de visita

Risco de Dignidade Humana Comprometida relacionado com múltiplos fatores (intrusões,


procedimentos e pessoal desconhecidos, perda de privacidade) associados com a hospitalização

Risco de Controle Ineficaz do Regime Terapêutico relacionado a complexidade e custo do regime


terapêutico, complexidade do sistema de cuidados de saúde, conhecimento insuficiente do tratamento
e barreiras à compreensão secundárias a barreiras de linguagem, déficits cognitivos, deficiências de
audição e/ou visão, ansiedade e falta de motivação

Critérios para a alta


Os critérios específicos para a alta variam dependendo das condições do paciente. Geralmente, todos os
diagnósticos no grupo acima citado devem ser resolvidos antes da alta.

Problemas colaborativos

Complicação potencial: Disfunção cardiovascular


Complicação potencial: Insuficiência respiratória

Meta de enfermagem
O enfermeiro detectará sinais e sintomas precoces de (a) disfunção cardiovascular e (b) insuficiência
respiratória e intervirá colaborativamente para estabilizar o paciente.

Indicadores
 Calmo, alerta e orientado (a, b)
 Respirações de 16 a 20 movimentos por minuto relaxadas e rítmicas (b)
 Ruídos respiratórios presentes em todos os lobos, ausência de estertor ou sibilo (b)
 Pulso de 60 a 100 batimentos por minuto (a, b)
 Pressão arterial >90/60, <140/90 mmHg (a, b)
 Enchimento capilar <3 segundos; pele quente e seca (a, b)
 Pulsos periféricos cheios, iguais (a)
 Temperatura entre 36,5 e 37,4 °C (a, b)

Intervenções Justificativas

1. Monitorar o estado cardiovascular: 1. Mecanismos fisiológicos que determinam a


função cardiovascular são muito sensíveis a qualquer
alteração na função do corpo, tornando as alterações
cardiovasculares importantes indicadores clínicos.
a. Pulso radial (frequência e ritmo) a. Monitoramento do pulso fornece dados para

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detectar arritmias cardíacas, alterações no volume de
sangue e deficiência circulatória.
b. Pulso apical (frequência e ritmo) b. Monitoramento do pulso apical está indicado
se os pulsos periféricos do paciente forem
irregulares, fracos ou extremamente rápidos.
c. Pressão arterial c. Pressão arterial representa a força que o
sangue exerce contra as paredes arteriais.
Hipertensão (pressão sistólica > 140 mmHg, pressão
diastólica > 85 mmHg) pode indicar aumento da
resistência periférica, do débito cardíaco, do volume
ou da viscosidade do sangue. A hipotensão pode
resultar de perda significativa de sangue ou líquido,
débito cardíaco diminuído e uso de determinados
medicamentos.
d. Pele (cor, temperatura, umidade) e d. Investigação da pele pode proporcionar
temperatura informações relativas a circulação, temperatura do
corpo e estado de hidratação.
e. Oximetria de pulso e. A oximetria de pulso é um método não
invasivo (sensor na ponta do dedo) para o
monitoramento contínuo da saturação de oxigênio da
hemoglobina.

2. Monitorar o estado respiratório: 2. Investigação respiratória proporciona dados


a. Frequência essenciais para avaliação da eficácia da respiração e
b. Ritmo detecção de sons adventícios e anormais, que podem
c. Sons respiratórios indicar umidade nas vias aéreas, estreitamento ou
obstrução.

Intervenções relacionadas com a prescrição médica


Dependentes da patologia subjacente.

Documentação
Anotações de controle
Frequência e ritmo de pulso
Pressão arterial
Investigação respiratória
Anotações de evolução
Achados anormais
Intervenções

Diagnósticos de enfermagem

CARPENITO, L. J. Planos de cuidados de enfermagem e documentação: diagnósticos de enfermagem e problemas


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Ansiedade relacionada ao ambiente não familiar, rotinas, exames diagnósticos,
tratamentos e perda de controle

NOC Autocontrole da ansiedade, Enfrentamento, Autocontrole de comportamento


impulsivo

Meta
O paciente comunicará sentimentos relacionados com a condição e a hospitalização.
Indicadores
 Verbaliza, se perguntado, o que espera em relação às rotinas e aos procedimentos.
 Explica as restrições.

NIC Redução da ansiedade, Treinamento para controle de impulsos, Orientação


antecipada

Intervenções Justificativas

1. Apresentar-se e introduzir os outros 1. Um processo de admissão profissional


membros da equipe de saúde e orientar o paciente no tranquilo e equipe calorosa pode deixar o paciente à
quarto (p. ex., controles da cama, luz de chamada e vontade e estabelecer um tom positivo para sua
banheiro). estadia no hospital.

2. Explicar as políticas e as rotinas hospitalares: 2,3 Providenciar informações exatas pode ajudar
a. Horas de visita a diminuir a ansiedade do paciente associada com o
b. Horário de refeição e disponibilidade de desconhecido e o não familiar.
lanches
c. Monitoramento dos sinais vitais
d. Disponibilidade de jornais
e. Aluguel e operação da televisão
f. Guarda de valores
g. Uso do telefone
h. Política sobre o tabagismo
i. Política das saídas da unidade
3. Determinar o conhecimento do paciente
sobre sua condição, seu prognóstico e as medidas de
tratamento. Reforçar e suplementar as explicações do
médico conforme necessário.

4. Explicar qualquer exame diagnóstico 4-6. O ensino do paciente sobre os exames e as


programado, incluindo o seguinte: medidas de tratamento pode ajudar a diminuir seu
a. Descrição medo e ansiedade associados ao desconhecido e
b. Finalidade aumentar seu senso de controle sobre a situação.
c. Rotinas pré-exame

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d. Quem irá realizar o procedimento e onde
e. Sensações esperadas
f. Rotinas pós-exame
g. Disponibilidade de resultados

5. Discutir todos os medicamentos prescritos:


a. Nome e tipo
b. Finalidade
c. Dosagem
d. Precauções especiais
e. Efeitos colaterais

6. Explicar qualquer dieta prescrita:


a. Finalidade
b. Duração
c. Alimentos permitidos e proibidos

7. Proporcionar ao paciente oportunidades para 7. Participar na tomada de decisão pode ajudar


tomar decisões sobre seu cuidado sempre que a dar ao paciente a sensação de controle, que
possível. favorece sua capacidade de enfrentamento. A
percepção de perda de controle pode resultar em
sentimento de impotência e, depois, desesperança.

8. Proporcionar apoio e conforto. Passar tempo 8. Proporcionar apoio emocional e incentivar o


com o paciente, encorajá-lo a compartilhar os compartilhamento pode ajudar o paciente a esclarecer
sentimentos e as preocupações, ouvir atentamente e e verbalizar seus medos, permitindo que o enfermeiro
transmitir empatia e compreensão. obtenha feedback realista e tranquilidade.

9. Corrigir qualquer concepção errônea e 9. Um fator contribuinte comum para o medo e


informação incorreta que o paciente possa expressar. a ansiedade é a informação incompleta e incorreta;
fornecer informação adequada e exata pode ajudar a
dissipar os medos do paciente.

10. Permitir que as pessoas de apoio do paciente 10. Apoiar as pessoas que apoiam o paciente
compartilhem seus medos e preocupações e pode favorecer sua capacidade de ajudá-lo.
encorajá-las na promoção de apoio significativo e
produtivo.

Documentação
Anotações de evolução
Respostas ou situações incomuns
Registro de orientação multidisciplinar
Conhecimento/informação proporcionados ao paciente relacionados ao diagnóstico, ao tratamento
e à rotina hospitalar

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Risco de Lesão relacionado a ambiente não familiar e limitações físicas ou mentais
secundárias a condição, medicamentos, terapias e exames diagnósticos

NOC Controle de riscos, Ocorrência de quedas

Meta
O paciente não sofrerá lesão durante a hospitalização.
Indicadores
 Identifica os fatores que aumentam o risco de lesão.
 Descreve as medidas de segurança apropriadas.

NIC Prevenção contra quedas, Controle do ambiente: segurança, Educação em saúde,


Supervisão: segurança, Identificação de risco

Intervenções Justificativas

1. Orientar o paciente quanto ao ambiente (p. 1. A orientação ajuda a promover a


ex., localização do banheiro, controles do leito, familiaridade; uma luz acesa à noite ajuda o paciente
campainha). Deixar uma luz acesa no banheiro à a encontrar o caminho com segurança.
noite.

2. Instruir o paciente a usar chinelos com solas 2. Essas precauções podem ajudar a prevenir as
antiderrapantes e evitar pisos recentemente lavados. lesões nos pés e as quedas por escorregões.

3. Ensinar o paciente a manter o leito na 3. A posição baixa facilita a entrada e a saída da


posição baixa com as grades levantadas à noite. cama.

4. Garantir que o telefone, os óculos e os 4. Manter os objetos à mão ajuda a prevenir as


objetos pessoais usados frequentemente estejam ao quedas devidas à extensão excessiva.
alcance.

5. Instruir o paciente a solicitar assistência 5. Obter o auxílio necessário na deambulação e


sempre que necessitar. em outras atividades reduz o risco de lesão do
paciente.

6. Explicar a política de tabagismo do hospital. 6. O hospital é uma instituição que proíbe o


tabagismo.

7. Para o paciente não cooperativo, de alto 7. Em alguns casos, as medidas extremas são
risco, consultar o médico quanto aos cuidados 24 necessárias para garantir a segurança do paciente e
horas ou quanto às contenções se indicados. prevenir lesão a si mesmo e aos outros.

Documentação
Anotações de evolução
Registro de orientação multidisciplinar do paciente
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Orientação ao paciente
Resposta às orientações

Risco de Infecção relacionado a aumento dos microrganismos no ambiente,


risco de transmissão pessoa a pessoa, exames e terapias invasivas

NOC Gravidade da infecção, Cicatrização de feridas: primeira intenção, Estado


imunológico

Meta
O paciente irá descrever ou demonstrar as precauções apropriadas para prevenir a infecção.

NIC Controle de infecção, Cuidado com lesões, Cuidados com o local de incisão,
Educação em saúde

Intervenções Justificativas

1. Ensinar o paciente a lavar as mãos 1. A higiene apropriada das mãos detém a


regularmente, em especial antes das refeições e disseminação dos microrganismos.
depois de usar o banheiro.

2. Orientar o paciente a evitar tossir, espirrar ou 2. Essas técnicas ajudam a prevenir a


respirar sobre os outros e a usar lenços descartáveis. transmissão da infecção pelas gotículas transportadas
pelo ar.

3. Observar os protocolos institucionais para a 3. A inserção e o cuidado apropriados reduzem


inserção e os cuidados com EV e com a sonda vesical o risco de inflamação e de infecção.
de demora.

4. Ensinar o paciente submetido à terapia EV a 4. O movimento do dispositivo pode causar


não bater ou causar danos no local da punção. trauma ao tecido e possível inflamação.

5. Ensinar o paciente com sonda vesical de 5. O movimento da sonda pode causar trauma
demora a fazer o seguinte: ao tecido, predispondo-o à inflamação. As fezes
a. Evitar a pressão sobre a sonda. podem contaminar rapidamente a sonda vesical de
b. Realizar a higiene da frente para trás após a demora.
evacuação.

6. Instruir o paciente a observar e comunicar 6. As infecções hospitalares ocorrem em 5 a 6%


imediatamente qualquer sinal e sintoma de de todos os pacientes hospitalizados. A detecção
inflamação: precoce permite a intervenção imediata para prevenir
a. Vermelhidão ou dor no local de punção complicações graves e tempo prolongado de
venosa. hospitalização.
b. Espasmos da bexiga e urina turva, para o

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paciente com sonda vesical de demora.
c. Sensação de calor e de mal-estar.

Documentação
Anotações de controle
Cuidado do local de punção venosa e da sonda
Anotações de evolução
Achados anormais
Registro de orientação multidisciplinar do paciente

(Especificar) Déficit no Autocuidado relacionado a problemas sensoriais, cognitivos,


de mobilidade, de resistência ou de motivação

NOC Ver Autocuidado: banho, Autocuidado: higiene, Autocuidado: alimentação,


Autocuidado: vestir-se, Autocuidado: uso do banheiro, Autocuidado: atividades
instrumentais da vida diária para NOC

Meta
O paciente realizará as atividades de autocuidado (alimentação, higiene íntima, vestir-se, banhar-se) com
a assistência necessária.
Indicadores
 Demonstra a higiene ideal após o cuidado ser proporcionado.
 Descreve as restrições ou precauções necessárias.

NIC Ver Alimentação, Banho, Vestir e/ou Assistência no autocuidado: atividades


essenciais da vida diária para NIC

1. Promover o máximo envolvimento do 1-4. Favorecer a capacidade de autocuidado do


paciente na auto-alimentação: paciente pode aumentar sua sensação de controle e de
a. Determinar os alimentos favoritos do independência, promovendo o bem-estar geral.
paciente e fornecê-los quando possível.
b. Se viável, organizar para que as refeições
sejam servidas em um ambiente agradável, relaxado,
conhecido e sem muitas distrações.
c. Assegurar a boa higiene oral antes e depois
das refeições.
d. Encorajar o paciente a usar a dentadura e os
óculos ao comer, quando apropriado.
e. Fazer com que o paciente sente em uma

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cadeira à mesa se possível. Se não, posicioná-lo tão
próximo à vertical quanto puder.

f. Providenciar algum contato social durante as


refeições.
g. Encorajar o paciente com problemas para
manusear os utensílios a comer com as mãos (pão,
sanduíche, frutas, nozes).
h. Proporcionar os dispositivos adaptativos
necessários para comer, como o suporte para o prato,
o dispositivo de sucção sob o prato ou a tigela,
talheres com os cabos forrados, talas com pinça para
o braço ou a mão, xícara especial para bebidas.
i. Auxiliar nas refeições conforme necessário –
abrir os recipientes, pacotes de guardanapos e
temperos, cortar a carne e passar manteiga no pão.
j. Organizar os alimentos de forma que o
paciente possa comê-los com facilidade.

2. Promover o máximo envolvimento do


paciente no banho:
a. Encorajar e ajudar a organizar um horário
regular para o banho.
b. Manter o banheiro e a água do banho
quentes.
c. Garantir a privacidade.
d. Proporcionar o equipamento adaptativo
necessário, como a prancha para o banho, cadeira ou
banco, luvas para lavar-se e ducha manual.
e. Garantir que a campainha esteja ao alcance
do paciente que se banha sozinho.

3. Promover ou proporcionar assistência para


arrumar-se e vestir-se:
a. Aplicação do desodorante
b. Aplicação do cosmético
c. Cuidados com o cabelo: xampu e penteado
d. Barbear-se e cuidado com a barba
e. Cuidado das unhas e dos pés

4. Promover o envolvimento máximo do


paciente nas atividades de uso do vaso sanitário:
a. Avaliar sua capacidade para mover-se e usar
o vaso sanitário sem assistência.
b. Proporcionar assistência e supervisão apenas

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quando necessário.
c. Providenciar os dispositivos adaptativos
necessários, por exemplo, troninho, urinol à prova de
respingos, comadre, assento elevado do vaso
sanitário, corrimão de apoio.
d. Sempre que possível, encorajar uma rotina
de eliminação regular usando o vaso sanitário e
evitando comadre ou urinol.

Documentação
Anotações de controle
Assistência necessária para o autocuidado

Risco de Nutrição Desequilibrada: Menos do que as Necessidades Corporais


relacionado à diminuição do apetite secundária a tratamentos, fadiga, ambiente e
mudanças na dieta habitual e ao aumento das exigências de proteínas e vitaminas
para a cicatrização

NOC Estado nutricional

Meta
O paciente irá ingerir as exigências nutricionais diárias de acordo com o nível de atividade, as
necessidades metabólicas e as restrições.
Indicadores
 Relata a importância da boa nutrição.
 Cita as restrições, se existem.

NIC Controle da nutrição, Monitoração nutricional

Intervenções Justificativas

1. Explicar a necessidade do consumo 1. Durante a doença, a boa nutrição pode


adequado de carboidratos, gorduras, proteínas, reduzir o risco de complicações e acelerar a
vitaminas, minerais e líquidos. recuperação.

2. Consultar o nutricionista para estabelecer as 2. A consulta pode ajudar a garantir uma dieta
exigências diárias apropriadas e os tipos de alimentos que proporcione ingesta calórica e nutricional ideal.
para o paciente.

3. Discutir com o paciente as possíveis causas 3. Fatores como dor, fadiga, uso de analgésicos
da diminuição do apetite. e imobilidade podem contribuir para a anorexia. A
identificação da possível causa permite a intervenção

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para eliminá-la ou minimizá-la.

4. Encorajar o paciente a repousar antes das 4. A fadiga reduz ainda mais o desejo e a
refeições. capacidade de comer do paciente anoréxico.

5. Oferecer pequenas e frequentes refeições em 5. A distribuição regular da ingestão calórica


lugar de muito alimento e poucas vezes. total diária ao longo do dia ajuda a prevenir a
distensão gástrica, aumentando possivelmente o
apetite.

6. Restringir os líquidos com as refeições e 6. Essas restrições de líquidos ajudam a


evitá-los uma hora antes e depois das refeições. prevenir a distensão gástrica.

7. Encorajar e ajudar o paciente a manter uma 7. A má higiene oral leva ao mau cheiro e ao
boa higiene oral. gosto ruim, que podem diminuir o apetite.

8. Providenciar alimentos altamente calóricos e 8. Essa medida aumenta a probabilidade de o


ricos em proteína nas ocasiões em que o paciente paciente consumir calorias e proteínas adequadas.
geralmente tem mais vontade de comer.

9. Dar passos na promoção do apetite: 9. Essas medidas podem melhorar o apetite e


a. Determinar as preferências alimentares do levar ao aumento da ingestão.
paciente e providenciar esses alimentos conforme
apropriado.
b. Eliminar qualquer odor ou visão
desagradável da área de alimentação.
c. Controlar qualquer dor ou náusea antes das
refeições.
d. Encorajar as pessoas de apoio do paciente a
trazerem os alimentos permitidos de casa, se
possível.
e. Proporcionar uma atmosfera relaxada e
alguma socialização durante as refeições.

10. Dar ao paciente material impresso resumindo 10. Atualmente, o planejamento da dieta focaliza
uma dieta nutritiva que inclua o seguinte: a prevenção dos excessos nutricionais. A redução das
a. Alta ingesta de carboidratos complexos e gorduras, do sal e do açúcar pode diminuir o risco de
fibras. doença cardíaca, diabete, determinados cânceres e
b. Diminuição da ingesta de açúcar, hipertensão.
carboidratos simples, sal, colesterol, gordura total e
gorduras saturadas.
c. Uso do álcool com moderação.
d. Ingesta calórica apropriada para manter o
peso ideal.
e. Aproximadamente 10 copos de água
diariamente, se não houver contraindicação.

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Documentação
Anotações de controle
Ingesta dietética
Peso diário
Registro da orientação multidisciplinar do paciente
Instrução da dieta
Uso de equipamentos auxiliares

Risco de Constipação relacionado a mudança na ingesta de líquidos e alimentos, na


rotina ou no nível de atividade; efeitos da medicação e estresse emocional

NOC Eliminação intestinal, Hidratação, Controle de sintomas

Meta
O paciente manterá os padrões intestinais pré-hospitalização.
Indicadores
 Cita a importância dos líquidos, das fibras e das atividades.
 Comunica imediatamente a dificuldade.

NIC Controle intestinal, Controle hídrico

Intervenções Justificativas

1. Auscultar os ruídos intestinais. 1. Os ruídos intestinais indicam a natureza da


atividade peristáltica.

2. Implementar as medidas para promover uma 2. Uma dieta bem equilibrada e rica em
dieta equilibrada que promova a eliminação regular: conteúdo de fibras estimula o peristaltismo e a
a. Encorajar a ingestão aumentada de alimentos eliminação regular.
ricos em fibras, como frutas frescas com casca,
farelo, nozes e sementes, pães e cereais integrais,
frutas e vegetais cozidos e sucos de frutas. (Nota: Se
a dieta do paciente é pobre em fibras, introduzir a
fibra lentamente para reduzir a irritação do intestino.)
b. Discutir as preferências dietéticas do
paciente e planejar as modificações na dieta para
acomodálas sempre que possível.
c. Encorajar o paciente a comer
aproximadamente 800 gramas de frutas e vegetais – o
equivalente a aproximadamente quatro pedaços de
fruta fresca e uma salada grande – diários para
promover movimentos intestinais regulares.

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3. Promover a ingestão diária adequada de 3. A ingesta adequada de líquidos ajuda a
líquidos: manter a consistência apropriada das fezes no
a. Encorajar a ingestão de ao menos dois litros intestino e auxilia a eliminação regular.
(8 a 10 copos) por dia se não houver contraindicação.
b. Identificar e acomodar as preferências de
líquido sempre que possível.
c. Estabelecer um horário para a ingestão
regular de líquidos.

4. Estabelecer uma rotina regular para a 4. Determinar uma rotina para a eliminação
eliminação: com base no ritmo circadiano natural do corpo pode
a. Identificar o padrão de eliminação habitual ajudar a estimular a defecação regular.
do paciente antes do surgimento da constipação.
b. Revisar a rotina diária do paciente para
encontrar o horário ideal para a eliminação e
estabelecer a ocasião adequada.
c. Sugerir que ele tente a defecação
aproximadamente uma hora após as refeições;
instruí-lo a permanecer no vaso sanitário por um
período suficiente.

5. Tentar simular o ambiente doméstico do 5. A sensação de normalidade e de


paciente para a eliminação: familiaridade pode ajudar a reduzir o embaraço e a
a. Fazer com que ele use o vaso sanitário em promover o relaxamento, que podem auxiliar na
vez da comadre ou do troninho, se possível. defecação.
Oferecê-los apenas se necessário.
b. Auxiliá-lo na posição apropriada no vaso
sanitário, na comadre ou no troninho conforme
necessário.
c. Proporcionar privacidade durante as
tentativas de eliminação – fechar a porta do banheiro
ou puxar as cortinas em torno do leito, ligar a
televisão ou o rádio para disfarçar os sons, usar um
desodorante de ambiente.
d. Proporcionar conforto adequado, material de
leitura como distração e uma campainha por razões
de segurança.

6. Ensinar o paciente a assumir uma posição 6. O posicionamento apropriado tem grandes


ideal no vaso sanitário ou no troninho (sentado com a vantagens na ação da musculatura abdominal e na
postura ereta, ligeiramente inclinado para a frente) ou força da gravidade para promover a defecação.
na comadre (cabeceira da cama elevada para
colocá-lo na posição Fowler elevada ou na elevação
permitida); assisti-lo ao assumir essa posição
conforme necessário.
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7. Explicar como a atividade física afeta a 7. A atividade física regular ajuda a eliminação
eliminação. Encorajar e, se necessário, auxiliar a melhorando o tono da musculatura abdominal e
deambulação regular, se não houver contraindicação estimulando o apetite e o peristaltismo.

Documentação
Anotações de controle
Evacuações
Ruídos intestinais
Registro das orientações multidisciplinares ao paciente
Instruções para obtenção do padrão de eliminação regular

Risco de Integridade da Pele Prejudicada relacionado à pressão prolongada


sobre os tecidos associada com diminuição da mobilidade, maior fragilidade
da pele associada com edema pendente, diminuição da perfusão tissular,
desnutrição e incontinências urinária/fecal

NOC Integridade tissular: pele e mucosas

Meta
O paciente manterá pele/tecido atual íntegro.
Indicadores
 Sem hiperemia (eritema).
 Cita fatores de risco para trauma à pele e ao tecido.

NIC Controle de pressão, Cuidados com úlceras de pressão, Supervisão da pele,


Posicionamento

Intervenções Justificativas

1. Investigação da pele: 1. Para prevenir as úlceras por pressão, os


a. Investigação. Todos os pacientes serão indivíduos em risco devem ser identificados para que
investigados na admissão quanto aos fatores de risco os fatores de risco possam ser reduzidos por meio de
que predispõem ao rompimento da pele. Esses fatores intervenções
de risco incluem, mas não se limitam:
 Nível de consciência alterado
 Má nutrição/Hidratação
 Mobilidade prejudicada
 Sensação prejudicada (paralisia)
 Incontinência
 Falência de múltiplos orgãos
 Terapia esteroide ou imunodepressiva

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 Idade acima de 65 anos
b. Inspeção. Na admissão, as proeminências
ósseas e as dobras de pele serão inspecionadas
quanto à evidência de vermelhidão ou rompimento
da pele.
c. Documentação. Nas oito horas posteriores à
admissão, documentar a seguinte informação no
Histórico de Admissão de Enfermagem:
 Indicar se o paciente está em risco de
rompimento/fatores de risco presentes
checando os quadros apropriados.
 Descrever as áreas existentes de rompimento
e indicar a localização no corpo.

2. Protocolo de prevenção: 2.
a. Alívio da pressão  O período crítico para as alterações no tecido
 Mudar o decúbito do paciente quando no devidas à pressão é entre uma e duas horas,
leito ao menos a cada duas horas durante as depois das quais podem ocorrer mudanças
24 horas. Alterar áreas de grande e de irreversíveis.
pequena pressão.  O relógio de trocas alerta o cuidador a
 Manter um horário para a mudança de recomendar mudanças de decúbito e
decúbito (relógio de trocas) à cabeceira. intervalos de tempo apropriados para
 Utilizar formas de prevenção nos leitos virar-se.
especializados.  O risco de desenvolver uma úlcera por
 Usar espuma com amortecedor na cadeira, pressão pode ser diminuído reduzindo-se a
sem rolos. carga mecânica sobre o tecido. Isso pode ser
b. Limitar as forças deslizantes/fricção obtido usando-se os dispositivos redutores de
 Manter a cabeceira da cama em 30 graus ou pressão. Os rolos são conhecidos por
menos sempre que possível. causarem congestão venosa e edema. Um
 Evitar arrastar o paciente na cama. Usar um estudo dos pacientes em risco descobriu que
lençol para levantar ou um trapézio sobre a as almofadas em aro têm mais probabilidade
cabeceira. de causar úlceras por pressão do que
 Usar protetores de cotovelos. Remover para preveni-las. O rolo alivia a pressão em uma
inspeção em todas as mudanças de decúbito. área, mas aumenta a pressão nas áreas
 Aplicar filme transparente (próprio para a circundantes.
pele) sobre as proeminências ósseas se  Clinicamente, o deslizamento é exercido
apropriado. sobre o corpo quando a cabeceira da cama
está elevada. Nessa posição, a pele e a fáscia
superficial permanecem fixadas contra as
roupas de cama, enquanto a fáscia profunda e
o esqueleto deslizam em direção aos pés da
cama. Em consequência do deslizamento, os
vasos sanguíneos na área sacra

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provavelmente tornam-se torcidos e
distorcidos, e o tecido pode ficar isquêmico
ou necrótico (Porth, 2005).

As lesões de fricção sobre a pele ocorrem quando ela


se movimenta por uma superfície áspera como as
roupas de cama. A maioria das lesões por fricção
pode ser evitada usando-se as técnicas apropriadas ao
movimentar os indivíduos de forma que sua pele
nunca seja puxada pelos lençóis.
Os movimentos voluntários e involuntários do
próprio indivíduo podem levar a lesões por fricção,
especialmente nos cotovelos e calcanhares. Qualquer
agente que elimine esse contato ou diminua a fricção
entre a pele e a roupa de cama reduzirá o potencial
para lesão.

3. Investigação nutricional 3. O déficit nutricional é um fator de risco


 Monitorar a ingestão e considerar a consulta conhecido para o desenvolvimento das úlceras por
com o médico/nutricionista se o paciente: pressão. A má nutrição está frequentemente associada
o Comer menos de 50% das refeições com perda de peso e atrofia muscular. A redução no
durante três dias ou mais. tecido subcutâneo e no músculo diminui o
o Estiver NPO ou em uma dieta de amortecedor mecânico entre a pele e as
líquidos claros durante cinco dias. proeminências ósseas subjacentes e aumenta a
o Tiver albumina sérica < 3,5. suscetibilidade às úlceras por pressão. A má nutrição
 Colocar no controle hídrico. Caso a ingesta também leva à diminuição da resistência à infecção e
seja menor do que 2.000 mL/24h, forçar os interfere na cicatrização de feridas.
líquidos se não houver contraindicação.
 Registrar o peso real na admissão e
semanalmente a partir de então.
 Solicitar suplemento multivitamínico ou
mineral e/ou suplementos dietéticos
(Burnshakes, Ensure) se indicados.
 Investigar os valores laboratoriais:
o Hemograma completo
o Albumina
o Hemoglobina/hematócrito

4. Cuidados com a pele 4. A inspeção da pele é fundamental para


 Inspecionar a pele diariamente durante o qualuer plano de prevenção de úlceras por pressão.
banho quanto a áreas avermelhadas ou Ela proporciona a informação essencial para
rompimento. Verificar as proeminências determinar as intervenções de redução do risco e
ósseas quanto à vermelhidão em cada troca avaliar os resultados delas.
de posição.  Para a máxima vitalidade da pele, os resíduos

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 Manter a pele limpa e seca. Aplicar metabólicos e os contaminantes ambientais
delicadamente hidratantes à base de ácidos que se acumulam na pele devem ser
graxos essenciais como Dersane® conforme removidos frequentemente. É prudente tratar
necessário. sinais e sintomas clínicos de pele seca com
 Evitar massagem sobre as proeminências um hidratante tópico.
ósseas.  Existe evidência de pesquisa para sugerir que
a massagem sobre as proeminências ósseas
pode ser prejudicial.

5. Cuidados com a incontinência 5.


 Investigar a causa da incontinência:  A pele úmida devido à incontinência leva à
História de incontinência maceração, que pode torná-la mais suscetível
Mudança nos medicamentos à lesão. A umidade da incontinência de urina
Terapia de antibióticos ou de fezes também reduz a resistência da
Cliente desorientado à noite pele às bactérias. As bactérias e as toxinas
 Verificar o cliente quanto à incontinência a nas fezes aumentam o risco de rompimento
cada 1 a 2 horas. da pele.
 Levar o cliente ao banheiro ou oferecer a  Os forros mantêm a umidade próxima à pele.
comadre a cada duas horas enquanto Não são absorventes e servem apenas como
acordado e na hora de dormir. “protetores da cama”. Nunca use forros,
 Se forem usadas fraldas, verificar a cada exceto se forem cobertos com lençóis macios
duas horas e sempre que necessário quanto à para absorver a umidade.
umidade.  Uma barreira umectante é um unguento à
 Se forem usados forros, colocá-los sob o base de petróleo que repele a urina e a
lençol, nunca em contato direto com a pele matéria fecal e umedece a pele para auxiliar
do paciente. na cicatrização das áreas avermelhadas,
 Limpar a área do períneo depois de cada irritadas, resultantes da incontinência.
episódio de incontinência e, a seguir, aplicar
um unguento de barreira umectante
(vaselina).

Documentação
Anotações de controle
Virar e reposicionar
Investigação da pele

Padrão de Sono Prejudicado relacionado a ambiente não familiar, ruidoso, mudança


no ritual da hora de dormir, estresse emocional e alteração no ritmo circadiano

NOC Repouso, Sono, Bem-estar pessoal

Meta
O paciente comunicará um equilíbrio satisfatório entre o repouso e a atividade.
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Indicadores
Completa ao menos quatro ciclos de sono (100 minutos) sem perturbação.
Cita fatores que aumentam ou diminuem a qualidade do sono.

NIC Controle da energia, Melhora do sono, Controle do Ambiente

Intervenções Justificativas

1. Discutir as razões para as diferentes 1. Embora muitos acreditem que uma pessoa
exigências individuais de sono, incluindo a idade, o necessita de oito horas de sono a cada noite,
estilo de vida, o nível de atividade e outros possíveis nenhuma evidência científica sustenta isso. As
fatores. exigências individuais de sono variam bastante. Em
geral, a pessoa que pode relaxar e repousar
facilmente exige menos sono para sentir-se
descansada. Com a idade, o tempo total de sono no
geral diminui – em especial o sono do Estágio IV –, e
aumenta o sono do Estágio I.

2. Instituir medidas que promovam o 2. O sono é difícil sem o relaxamento. O


relaxamento: ambiente hospitalar não familiar pode impedir o
a. Manter um ambiente escuro e silencioso. relaxamento.
b. Permitir que o paciente escolha travesseiros,
lençóis e cobertas conforme apropriado.

3. Programar os procedimentos para minimizar 3. Para sentir-se repousada, uma pessoa


as vezes que necessita acordar o paciente à noite. Se geralmente deve completar um ciclo inteiro de sono
possível, planejar no mínimo períodos de duas horas (70 a 100 minutos) quatro ou cinco vezes por noite.
de sono sem interrupções.

4. Explicar a necessidade de evitar fármacos 4. Esses medicamentos começam a perder sua


sedativos e hipnóticos. eficácia após uma semana de uso, exigindo maiores
dosagens e levando ao risco de dependência.

5. Auxiliar em rotinas habituais da hora de 5. Um ritual conhecido na hora de dormir pode


dormir, conforme necessário, como higiene pessoal, promover o relaxamento e o sono.
lanche ou música para relaxamento.

6. Ensinar ao paciente as medidas promotoras 6. Essas práticas podem ajudar a promover o


do sono: sono.
a. Comer um lanche rico em proteínas (como a. A proteína digerida produz triptofano, que
queijo ou leite) antes de deitar. tem um efeito sedativo.
b. Evitar a cafeína. b. A cafeína estimula o metabolismo e perturba
c. Tentar dormir apenas quando se sentir o relaxamento.
sonolento. c. A frustração pode ocorrer se o paciente tentar
d. Procurar manter hábitos de sono noturno dormir quando não estiver sonolento ou relaxado.

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consistentes. d. Padrões irregulares de sono podem perturbar
o ritmo circadiano normal, levando possivelmente a
dificuldades no sono.

7. Explicar a importância do exercício regular 7. O exercício regular não apenas aumenta a


na promoção do bom sono. resistência e favorece a capacidade de tolerar o
estresse psicológico, mas também promove o
relaxamento.

Documentação
Anotações de evolução
Relatos de sono insatisfatório

Risco de Sofrimento Espiritual relacionado a separação do sistema de apoio


religioso, falta de privacidade ou incapacidade de praticar os rituais espirituais

NOC Esperança, Saúde espiritual

Meta
O paciente manterá as práticas espirituais habituais não prejudiciais à saúde.
Indicadores
 Solicita assistência conforme necessário.
 Relata o apoio da equipe conforme necessário.

NIC Facilitação do crescimento espiritual, Promoção de esperança, Escutar ativamente,


Presença emocional, Apoio espiritual

Intervenções Justificativas

1. Verificar se o paciente deseja engajar-se em 1. Para o paciente que deposita alto valor na
ritual ou prática religiosa ou espiritual permitida. Em oração ou em outras práticas espirituais, elas podem
caso positivo, proporcionar oportunidades para que fornecer significado e finalidade, além de ser uma
ele o faça. fonte de conforto e força.

2. Expressar sua compreensão e aceitação da 2. Transmitir uma atitude não crítica pode
importância das crenças e práticas religiosas e ajudar a reduzir o incômodo do paciente sobre a
espirituais do paciente. expressão de suas crenças e práticas religiosas.

3. Proporcionar privacidade e silêncio para os 3. A privacidade e o silêncio proporcionam um


rituais espirituais conforme o paciente desejar e de ambiente que permite a reflexão e a contemplação.
acordo com a prática.

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4. Se desejar, oferecer-se para orar com o 4. O enfermeiro – mesmo aquele que não
paciente ou ler um texto religioso. pertence à crença ou ao valor religioso do paciente –
ainda pode ajudá-lo a preencher suas necessidades
espirituais.

5. Oferecer-se para contatar um líder religioso 5. Essas medidas podem ajudar o paciente a
ou clérigo hospitalar para fazer uma visita. Explicar manter os vínculos espirituais e a praticar rituais
os serviços disponíveis, por exemplo, capela do importantes.
hospital, Bíblia.

6. Explorar se alguma prática hospitalar entra 6. Muitas religiões proíbem determinados


em conflito com as crenças do paciente, por exemplo, comportamentos; o cumprimento dessas restrições
dieta, higiene e tratamentos. Em caso positivo, tentar pode ser uma parte importante da devoção do
acomodar as crenças do paciente na extensão em que paciente.
os protocolos e a segurança permitirem.

Documentação
Anotações de evolução
Preocupações espirituais

Processos Familiares Interrompidos relacionados a rompimento das rotinas,


mudanças nas responsabilidades do papel e fadiga associada com sobrecarga de
trabalho aumentada e exigências das horas de visita

NOC Enfrentamento familiar, Normalização da família

Meta
O paciente e os membros da família verbalizarão os sentimentos relativos ao diagnóstico e à
hospitalização.
Indicadores
 Identifica os sinais de disfunção familiar.
 Identifica os recursos apropriados para buscar quando necessários.

NIC Promoção do envolvimento familiar, Melhora do enfrentamento, Promoção da


integridade familiar, Terapia familiar, Aconselhamento, Encaminhamento

Intervenções Justificativas

1. Abordar a família e tentar criar um ambiente 1. A abordagem da família transmite uma


privativo e de apoio. sensação de carinho e preocupação.

2. Proporcionar informações corretas, usando 2. A ansiedade alta ou moderada prejudica a

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termos simples. capacidade de processar a informação. As
explicações simples transmitem informações úteis de
forma mais eficaz.

3. Explorar as percepções dos membros da 3. A avaliação da compreensão dos membros da


família sobre a situação. família pode ajudar a identificar qualquer
necessidade de aprendizado que eles possam ter.

4. Investigar sua resposta emocional atual – 4. A resposta de um membro da família à


culpa, raiva, remorso, pesar – aos estresses da doença de outro membro é influenciada pela extensão
hospitalização. em que a doença interfere na atividade orientada para
metas, pelo significado da meta que foi interferida e
pela qualidade do relacionamento.

5. Observar a dinâmica das interações 5. Essas observações proporcionam


paciente-família durante as visitas. Avaliar o informações relativas aos papéis da família e aos
seguinte: inter-relacionamentos, além da qualidade do apoio
a. Desejo aparente da visita que os membros da família proporcionam uns aos
b. Efeitos da visita outros.
c. Interações
d. Contato físico

6. Determinar se o mecanismo de 6. A doença de um membro da família pode


enfrentamento atual da família é eficaz. exigir mudanças de papel significativas, colocando a
família em alto risco para inadaptação.

7. Promover os pontos fortes da família: 7. Essas medidas podem ajudar a manter a


a. Envolver os membros da família no cuidado estrutura familiar uma unidade de apoio.
ao familiar.
b. Reconhecer sua assistência.
c. Encorajar o senso de humor e a perspectiva.

8. Conforme apropriado, auxiliar a família na 8. O reordenamento das prioridades pode ajudar


reorganização dos papéis em casa, no a reduzir o estresse e a manter a integridade familiar.
restabelecimento de prioridades e na realocação de
responsabilidades.

9. Avisar os membros da família para estarem 9. A orientação antecipada pode alertar os


preparados para sinais de depressão, ansiedade, raiva membros da família para os problemas iminentes,
e dependência no cliente e nos outros membros da permitindo a intervenção para prevenir a ocorrência
família. de problemas.

10. Encorajar e auxiliar a família a contar com o 10. O apoio adequado pode eliminar ou
apoio da sua rede social (amigos, parentes e minimizar os sentimentos dos membros da família de
membros da igreja). que “devem continuar sozinhos”.

11. Enfatizar a necessidade de que os membros 11. O membro da família que ignora suas

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da família abordem suas próprias necessidades físicas próprias necessidades de sono, relaxamento ou
e psicológicas. Para proporcionar tempo para isso, nutrição e muda suas práticas habituais de saúde para
sugerir medidas como as seguintes: pior prejudica sua própria eficácia como pessoa de
a. Tirar uma folga e ter alguém para visitar o apoio.
paciente no lugar.
b. Procurar a unidade para um relatório sobre o
estado em vez de ir ao hospital todos os dias.

12. Se a família tornar-se indefesa, ajudá-los a 12. A priorização pode ajudar a família sob
priorizar seus deveres e problemas e a agir de acordo estresse a se concentrar e solucionar as situações que
com isso. exigem a atenção imediata.

13. No momento apropriado, fazer com que os 13. Abordar cada problema separadamente
familiares listem os problemas e as preocupações permite que a família identifique os recursos e reduza
percebidas. Desenvolver, então, um plano de ação os sentimentos de devastação.
para abordar cada item.

14. Encorajar a família a continuar seu método 14. A tomada de decisão conjunta reduz os
habitual de tomada de decisão, incluindo o paciente sentimentos de dependência do paciente e reforça que
quando apropriado. o apoio constante está disponível.

15. Se possível, ajustar o horário de visita às 15. Essa medida pode ajudar a promover uma
rotinas da família. visitação regular, auxiliando a manter a integridade
familiar.

16. Identificar qualquer mecanismo de 16. As famílias com história de enfrentamento


enfrentamento disfuncional: malsucedido podem necessitar de recursos
a. Abuso de substância adicionais. As famílias com conflitos não resolvidos
b. Negação constante anteriores à hospitalização de um membro estão em
c. Exploração de um ou mais membros da alto risco.
família
d. Separação ou evitação
e. Investigação sobre abuso/violência
doméstica
 Qualquer pessoa que é abusada física,
emocional ou sexualmente por um parceiro
íntimo ou ex-parceiro íntimo
 Envolve a inflição ou a ameaça de qualquer
lesão física; contato físico prejudicial;
destruição de propriedade ou ameaça como
método de coerção, controle, vingança ou
punição
 Subcategorias de abuso/violência doméstica
Físico
Sexual

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Assédio
Intimidação de um dependente
Interferência na liberdade pessoal ou
privação intencional
 Indicadores de alto risco para suspeita de
abuso: Caso seja notado algum dos seguintes
indicadores em combinação com outros,
pode ser recomendado um encaminhamento
para o Departamento de Assistência Social
(pacientes admitidos em unidades médicas)
ou para órgão competente.
Indicadores físicos:
 O exame médico revela que o paciente tem
lesões que o cônjuge/parceiro íntimo não
tinha divulgado
 Demasiadas lesões “inexplicadas” ou
explicações inconsistentes com as lesões
 Com o tempo, as explicações para as lesões
tornam-se inconsistentes
 Intervalo prolongado entre o trauma ou a
doença e a procura de cuidado médico
 Relatos conflitantes ou implausíveis
relacionados com lesões ou incidentes
 História de idas frequentes ao médico ou ao
pronto-socorro
Indicadores sociais:
 Idade
Jovem (cronologicamente ou no
desenvolvimento mental)
Idoso
 Cônjuge/parceiro íntimo é forçado pelas
circunstâncias a cuidar do paciente, que é
indesejado
 Cônjuge/parceiro íntimo inapropriadamente
não permite que você entreviste o paciente a
sós, apesar das explicações
 Paciente/cônjuge/parceiro íntimo
socialmente isolado ou alienado
Paciente/cônjuge/parceiro íntimo demonstra
uma pobre autoimagem
 Dificuldades financeiras
 Paciente alega ter sofrido abuso
Indicadores comportamentais:
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 Paciente/cônjuge/parceiro íntimo apresenta
uma explicação vaga relacionada às lesões
com histórias implausíveis
 Paciente/cônjuge/parceiro íntimo é muito
evasivo ao proporcionar explicações
 Paciente tem dificuldade em manter o
contato visual e parece envergonhado com as
lesões
 Paciente parece muito amedrontado,
possivelmente trêmulo
 Paciente expressa ambivalência relativa ao
relacionamento com o cônjuge/parceiro
íntimo
 Paciente culpa-se rapidamente pelas lesões
 Paciente é muito passivo e retraído
 Cônjuge/parceiro íntimo parece
“superprotetor”
 Paciente parece amedrontado com o
cônjuge/parceiro íntimo
Encaminhar para aconselhamento, se necessário.

17. Dirigir a família para instituições 17. Os recursos adicionais podem ser necessários
comunitárias e outras fontes de assistência emocional para ajudar com o controle em casa.
e financeira, conforme necessário.

18. Se apropriado, investigar se o paciente e a 18. Estresse intenso é apresentado quando as


família discutiram as decisões de final de vida; se famílias e os prestadores de cuidados de saúde
não, encorajá-los a fazer isso. enfrentam decisões relativas ao início ou à
interrupção dos sistemas de apoio à vida ou de outras
intervenções médicas que prolongam a vida, por
exemplo, alimentação por sonda nasogástrica. Se o
desejo do paciente for desconhecido, surgem
conflitos adicionais – especialmente se a família
discordar das decisões tomadas pelos prestadores de
cuidados ou vice-versa.

19. Quando apropriado, instruir o paciente ou os 19. Durante um episódio de doença aguda, essas
membros da família a proporcionarem as seguintes discussões podem não ser apropriadas. Os pacientes e
informações: as famílias devem ser encorajados a discutir as
a. Pessoa a ser contatada em caso de instruções a serem usadas para orientar as futuras
emergência decisões clínicas, e elas devem ser documentadas.
b. Pessoa em quem o paciente confia nas Uma cópia deve ser dada à pessoa designada a tomar
decisões pessoais as decisões no caso de o paciente tornar-se
c. Decisão de manter ou não o apoio à vida se o incompetente ou incapacitado, outra retida em um

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cliente se tornar mentalmente incompetente cofre e uma no prontuário.
d. Preferência por morrer em casa ou no
hospital
e. Desejo de assinar um testamento
f. Decisão sobre a doação de órgãos
g. Organização do funeral; enterro ou cremação

Documentação
Anotações de evolução
Interações com a família
Investigação do funcionamento familiar
Decisões de final de vida, se conhecidas
Instruções antecipadas no prontuário

Risco de Dignidade Humana Comprometida relacionado com múltiplos fatores


(intrusões, ambiente e pessoal desconhecidos, perda de privacidade) associados
com a hospitalização

NOC Proteção contra abuso, Estado de conforto, Conhecimento: cuidado na doença,


Autoestima, Morte confortável, Saúde espiritual, Processamento de informações

Meta
O indivíduo relatará cuidado respeitoso e considerado.
Indicadores
 Respeito pela privacidade
 Consideração das emoções
 Solicitação de permissão
 Opções oferecidas
 Minimização da exposição de partes do corpo

NIC Proteção dos direitos do paciente, Orientação antecipada, Aconselhamento, Apoio


emocional, Informações sensoriais preparatórias, Apoio familiar, Humor,
Estabelecimento de metas mútuas, Ensino: procedimento/tratamento, Toque

Intervenções Justificativas

1. Determinar se o serviço ou hospital tem uma 1. Os protocolos do serviço podem auxiliar o


política de prevenção de comprometimento da enfermeiro quando ocorrem situações problemáticas.
dignidade humana (Nota: Esse tipo de protocolo ou No entanto, a obrigação moral de proteger e defender
formulário pode ser titulado diferentemente [p. ex., a dignidade dos clientes e suas famílias não depende
Declaração de Missão]). da existência (ou da falta) de um protocolo.

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2. Revisar a política. Ela inclui (Walsh & 2. Esse tipo de política pode projetar a filosofia
Kowanko, 2002): e a cultura do cuidado moral e respeitoso da
 Proteção da privacidade e do espaço instituição entre seu pessoal.
privativo
 Aquisição de permissão do paciente e da
família para o cuidado, o tratamento e os
procedimentos planejados
 Providência de tempo adequado para que o
paciente e a família tomem decisões
relacionadas ao cuidado, aos tratamentos e
aos procedimentos planejados
 Defesa do cliente
 Diretrizes claras relativas ao número de
pessoas (p. ex., estudantes, enfermeiras,
médicos [residentes e internos]) que podem
estar presentes quando for discutida
informação sigilosa e/ou estressante, ou
quando precisam ser realizados
procedimentos que deixam o paciente
exposto.

3. Minimizar a exposição do corpo do paciente 3. Os indivíduos relatam a exposição física


com o uso de biombos. Garantir que o paciente não como a principal fonte de humilhação e de
seja exposto ao olhar de outros cuja presença não indignidade (Walsh e Kowanko, 2002).
seja necessária para o procedimento.

4. Prestar cuidados a cada cliente e família 4. O estabelecimento desse padrão pessoal pode
como esperaria ou exigiria para sua família, parceiro, ser um estímulo para defender a dignidade do cliente
filho, amigo ou colega. e da família, especialmente quando eles não
pertencem ao mesmo grupo socioeconômico que o
seu.

5. Ao realizar um procedimento, incluir o 5. Os pacientes relatam que em situações


paciente na conversa. Agir como se a situação fosse embaraçosas inevitáveis (p. ex., acidentes intestinais
casual para você, para reduzir o embaraço. Nas ou urinários), o enfermeiro que foi casual fez com
situações estranhas, fale com o paciente mesmo que que eles se sentissem à vontade com a conversa sem
ele não responda. Utilize o humor se apropriado. compromisso ou que o humor tornou a situação
melhor (Walsh e Kowanko, 2002).

6. Explicar o procedimento para o paciente. 6. Os clientes relataram que não gostavam de


Durante os procedimentos dolorosos ou ser apressados e necessitavam de tempo para
embaraçosos, mostre que você entende e aceita o que entender o procedimento.
ele sente.

7. Determinar se há pessoas desnecessárias 7. Proteger a dignidade e a privacidade sempre

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presentes antes de um evento vulnerável ou inclui os pacientes inconscientes ou mortos (Mairis,
estressante ser iniciado (p. ex., classificado como 1994).
procedimento doloroso, embaraçoso) e avisá-las que
não são necessárias nesse momento.

8. Permitir ao paciente uma oportunidade para 8. Permitir que o paciente compartilhe


compartilhar seus sentimentos após uma situação seus sentimentos pode ajudá-lo a manter ou recuperar
difícil. Manter a privacidade das informações e das a dignidade. O reconhecimento do paciente como um
respostas emocionais do indivíduo. ser humano vivo, pensante favorece a dignidade
(Walsh e Kowanko, 2002).

9. Ser um modelo e um defensor da 9. Um modelo de cuidado considerado e


preservação da dignidade do paciente após a morte. respeitoso pode levar os outros à maior
conscientização e encorajá-los a repetir eles mesmos
esse cuidado.

10. Discutir com as pessoas envolvidas qualquer 10, 11. Os profissionais têm a responsabilidade de
incidente que tenha sido desrespeitoso com o praticar o cuidado moral e ético e de abordar as
paciente ou sua família e relatar ao pessoal situações e o pessoal que comprometem a dignidade
apropriado os incidentes repetitivos ou qualquer um humana.
que seja uma violação da dignidade do paciente.
11. Dialogar com o paciente e a família sobre
seus pensamentos sobre o plano de cuidados atual e
as decisões que podem necessitar de explanação.

12. Quando forem planejadas ou estiverem 12, 13. “As medidas extremas, quando fúteis, são
sendo providenciadas medidas extremas fúteis para o uma infração ao respeito básico pela dignidade inata
paciente, consultar Sofrimento Moral. em ser uma pessoa” (Walsh e Kowanko, 2002,
13. “Praticar esperando que honrar e proteger a p.146).
dignidade do indivíduo ou do grupo não é um valor,
mas uma maneira de ser” (Sodenberg et al., 1998).

Documentação
Plano de cuidados
Especificar as preferências

Risco de Controle Ineficaz do Regime Terapêutico relacionado a complexidade e


custo do regime terapêutico, complexidade do sistema de cuidados de saúde,
conhecimento insuficiente do tratamento e barreiras à compreensão secundárias a
barreiras de linguagem, déficits cognitivos, deficiências de audição e/ou visão,
ansiedade e falta de motivação

NOC Comportamento de adesão, Conhecimento: regime de tratamento, Participação nas


decisões sobre cuidados de saúde, Comportamento de tratamento: doença ou lesão
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Meta
O paciente ou cuidador primário descreverá o processo da doença, causas e fatores que contribuem para
os sintomas e o regime para o controle da doença ou dos sintomas.
Indicadores
Relata a intenção de praticar os comportamentos de saúde necessários ou desejados para a recuperação da
doença ou o controle dos sintomas e a prevenção da recorrência ou das complicações.
Descreve os sinais e os sintomas que necessitam ser comunicados.

NIC Orientação antecipada, Facilitação da aprendizagem, Identificação de risco,


Educação em saúde, Ensino: procedimento/tratamento, Orientação quanto ao sistema de
saúde

Intervenções Justificativas

1. Determinar o conhecimento do paciente 1. Investigar o nível de conhecimento do


sobre sua condição, seu prognóstico e as medidas de paciente auxiliará no desenvolvimento de um
tratamento. Reforçar e suplementar as explicações do processo de aprendizagem individualizado.
médico, confome necessário. Proporcionar informações corretas pode diminuir sua
ansiedade associada com o desconhecido e o não
familiar.

2. Identificar fatores que influenciam o 2. A capacidade do paciente para aprender será


aprendizado. afetada por inúmeras variáveis que necessitam ser
consideradas. A negação da doença, a falta de
recursos financeiros e a depressão podem afetar sua
capacidade e motivação para aprender. As mudanças
cognitivas associadas com isso podem influenciar sua
capacidade de aprender novas informações.

3. Proporcionar ao paciente e à família 3. A informação sobre como o sistema funciona


informações sobre como utilizar o sistema de ajudará o paciente e a família a sentirem-se mais
cuidados de saúde (cobrança e pagamentos, confortáveis e com maior controle do cuidado de sua
marcação de consultas, cuidados de saúde. Isto influenciará positivamente o cumprimento
acompanhamento, recursos disponíveis, etc.). do regime de cuidados de saúde.

4. Explicar e discutir com o paciente e a 4. Dependendo das limitações físicas e


família/cuidador (quando possível): cognitivas do paciente, pode ser preciso proporcionar
a. Processo da doença à família e ao cuidador as informações necessárias
b. Regime de tratamento (medicamentos, dieta, para o controle do regime de tratamento. Para
procedimentos, exercícios, uso de equipamento) auxiliar o paciente no cuidado pós-alta, eles
c. Justificativa para o regime necessitam de informações sobre o processo da
d. Efeitos colaterais do regime doença, o regime de tratamento, os sintomas de
e. Mudanças necessárias no estilo de vida complicações, etc., assim como de recursos

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colaborativos. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
f. Acompanhamento necessário disponíveis para a assistência.
g. Sinais e sintomas de complicações
h. Recursos, apoio disponível
i. Alterações necessárias no ambiente
doméstico

5. Promover atitude positiva e participação 5. A participação ativa no regime de tratamento


ativa do paciente e da família. ajuda o paciente e a família a sentirem maior controle
a. Solicitar expressões de sentimentos, sobre a doença, o que favorece o controle eficaz do
preocupações e questões do paciente e da família. regime terapêutico.
b. Encorajar o paciente e a família a buscarem
informações e tomarem decisões conscientes.
c. Explicar as responsabilidades do paciente e
da família e como elas podem ser assumidas.

6. Assegurar que o paciente com deficiência 6. Os auxiliares visuais e auditivos, a


visual e/ou auditiva tenha os óculos e o aparelho iluminação adequada, o material impresso no idioma
auditivo disponíveis e use-os durante as sessões de materno do paciente, etc., ajudarão a compensar as
ensino. Providenciar a iluminação adequada e um barreiras para o aprendizado. A diminuição dos
local silencioso para a sessão. Fornecer material de estímulos externos auxiliará o paciente a perceber
ensino impresso no idioma materno do cliente, corretamente o que está sendo dito.
quando possível.

7. Explicar que as mudanças no estilo de vida e 7. Explicar que é esperado que as mudanças
o aprendizado necessário levarão tempo para levem tempo para integrar-se proporcionará ao
integrar-se. paciente a tranquilidade de que elas não precisam ser
a. Proporcionar material impresso (no idioma feitas todas de uma vez. O apoio e a tranquilidade o
do paciente quando possível). auxiliarão no seu cumprimento. Fornecer
b. Explicar quem contatar para perguntas. informações sobre os recursos disponíveis também o
c. Identificar os encaminhamentos ou os ajuda a sentir-se apoiado em seus esforços.
serviços comunitários necessários para o
acompanhamento.

Documentação
Anotações de evolução
Necessidades e planos específicos para a alta
Orientações para a alta
Encaminhamentos feitos
Registro das orientações multidisciplinares ao paciente
Ensino do paciente e da família sobre a doença, o plano de tratamento, os encaminhamentos, etc.

CARPENITO, L. J. Planos de cuidados de enfermagem e documentação: diagnósticos de enfermagem e problemas


colaborativos. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.

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