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FACULDADE DE TEOLOGIA, FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS GAMALIEL

CENTRO EDUCACIONAL E CULTURAL DA AMAZÔNIA


CURSO DE ODONTOLOGIA

PAULO HENRIQUE RAMOS DE OLIVEIRA

HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA: PROTOCOLOS DE TRATAMENTO

Tucuruí – PA
2023
FACULDADE DE TEOLOGIA, FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS GAMALIEL
CENTRO EDUCACIONAL E CULTURAL DA AMAZÔNIA
CURSO DE ODONTOLOGIA

PAULO HENRIQUE RAMOS DE OLIVEIRA

HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA: PROTOCOLOS DE TRATAMENTO

Projeto de trabalho á pesquisa


acadêmica, apresentado ao Curso de
Odontologia, da Faculdade de Teologia,
Filosofia e Ciências Humanas Gamaliel-
Fatefig, como requisito parcial para a
aprovação na Disciplina de Periodontia I
do Curso de Odontologia.
Docente Orientadora: Junior Almeida

Tucuruí – PA
2023
Sumário

1. APRESENTAÇÃO......................................................................................................................
2. RESUMO.....................................................................................................................................
3. INTRODUÇÃO............................................................................................................................
4. PLANOS DE TRATAMENTO......................................................................................................
5. CONCLUSÃO.......................................................................................................................8
6. REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................................
1. APRESENTAÇÃO

Este Projeto de pesquisa acadêmica, é voltado à pesquisa em várias formas de


estudos, sobre a classificação das cavidades dentárias, sejam clássicas e atuais. foi
realizado pela internet, através de literaturas e artigos científicos sugeridos pelo
orientador da matéria e pelos acadêmicos envolvidos nesta pesquisa, com finalidade
de apresentar e publicar ou não a revisão dos dados obtidos.

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2. RESUMO

A hipersensibilidade dentinária (HD) é uma condição dolorosa muito frequente,


caracterizada por uma dor curta e aguda decorrente da resposta da dentina exposta
frente a estímulos térmicos, químicos, táteis e osmóticos. Para tratar a HD, há uma
grande variedade de condutas clinicas e com isso, surgem dificuldades na hora da
escolha do melhor tratamento. Esse trabalho tem como objetivo realizar, por meio de
uma revisão de literatura, um estudo sobre a hipersensibilidade dentinária,
identificando quais conhecimentos são evidenciados cientificamente, ressaltando as
peculiaridades inerentes à etiologia, diagnóstico e as possibilidades de tratamento.
O diagnóstico da hipersensibilidade dentinária deve ser feito de maneira minuciosa,
permitindo a realização de um plano de tratamento personalizado, levando em
consideração a individualidade de cada paciente, começando com a remoção do
agente etiológico e opções de tratamento menos invasivas. As evidências cientificas
sustentadas por revisões sistemáticas e/ou metanálises apoiam o uso dos
dentifrícios contendo arginina, carbonato de cálcio, fosfossilicato de sódio e cálcio e
nano-hidroxiapatita. Também há evidência suficiente para apoiar o uso de
dessensibilizante contendo glutaraldeído, restaurações e uso de terapia a laser.

Palavras-chave: Hipersensibilidade da dentina e dentifrícios.

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3. INTRODUÇÃO

A hipersensibilidade dentinária (HD) é uma condição dolorosa muito frequente,


caracterizada por uma dor curta e aguda consequente da resposta da dentina
exposta frente a estímulos térmicos, químicos, táteis e osmóticos (ADDY; WEST,
2013). Scaramucci et al. (2014) encontraram uma prevalência de HD de 46% entre
os indivíduos selecionados no Brasil. Pacientes que apresentam HD tem uma
redução na sua qualidade de vida, fato que deve ser levado em consideração na
elaboração do plano de tratamento (BEKES et al., 2009).

A etiologia da HD é multifatorial (ADDY; WEST, 2013), tendo os seguintes fatores


fortemente associados: abrasividade do dentífrico, escovação quatro vezes ao dia,
escovação com força excessiva, bruxismo, recessão gengival, refluxo
gastroesofágico e a terapia periodontal (MAFLA; LOPEZ-MONCAYO, 2016;
SCARAMUCCI et al., 2014). O diagnóstico é feito por exclusão e as características
do caso devem ser incompatíveis com outras condições clinicas para se chegar ao
diagnóstico de HD. Dessa forma, é de extrema importância que se faça um
diagnóstico cuidadoso, pois há várias condições em que os sintomas se
assemelham aos da HD, podendo ser confundidas (WEIJDEN, 2017).

Antes de começar a intervenção, é necessário realizar uma investigação acerca da


etiologia da HD, além da devida orientação ao paciente, instruindo-o para que ocorra
uma mudança em seus hábitos alimentares e de higiene. Há duas modalidades de
tratamento que podem ser feitas. Uma delas age na modificação ou bloqueio da
resposta do nervo, promovida pelo uso de dessensibilizantes que, quando eficazes,
reduzem a excitabilidade dos nervos da polpa. A outra forma de intervenção é
alterando o fluxo de fluidos nos túbulos dentinários, ocluindo os mesmos (WEST;
SEONG; DAVIES, 2015). Há disponibilidade de várias alternativas terapêuticas,
podendo ser caseiras ou realizadas em consultório (RÖSING et al., 2009).

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4. PLANOS DE TRATAMENTO

Para se obter uma solução efetiva da hipersensibilidade dentária deve-se primeiro


identificar e remover os fatores causais da mesma. Segundo Addy (2002), se o que
causa a sensibilidade estiver relacionado a dieta do paciente, é necessário oferecer
orientações e aconselhamento dietético a fim de minimizar os processos erosivos,
ou até realizar encaminhamento médico em caso de suspeita de distúrbios
gastroesofágicos. Também é importante analisar os hábitos de higiene bucal do
paciente, que consistem, nesse caso, na frequência de escovação, a técnica
adotada e o tipo de escova e creme dental utilizados. A orientação é que a
escovação seja realizada antes ou 30 minutos após a exposição da dentina a
ácidos, e que o dentifrício utilizado não contenha abrasivos, reduzindo assim a
abrasão e o trauma aos tecidos periodontais (FERREIRA, HILBERT, MONTEIRO
JUNIOR et al., 2006

Após a eliminação dos fatores etiológicos deve ser feito o tratamento da


sintomatologia dolorosa que, de acordo com Ferreira, Hilbert, Monteiro Junior et al.
(2006), pode ser realizado através da interrupção dos túbulos dentinários por meio
de agentes que contenham íons de potássio, que irão penetrar nos túbulos
dentinários abertos e seguir em direção a polpa, fazendo com que as fibras nervosas
sejam despolarizadas, bloqueando assim o estimulo nervoso e impedindo a dor
causada pela sensibilidade. Uma outra opção de tratamento não invasivo e
domiciliar é o uso de dentifrícios com agentes dessensibilizantes em sua formulação,
a recomendação é que sejam utilizados duas vezes ao dia, ao longo de duas
semanas, para uma melhor eficácia.

Caso haja fracasso no uso de dessensibilizantes no meio domiciliar, a


recomendação é que seja realizada aplicação profissional de outros agentes que
atuarão na obliteração tubular. Entre as inúmeras formulações existentes, estão
presentes os oxalatos, compostos contendo glutaraldeído, adesivos dentinários,
lasers e vernizes fluoretados.

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5. CONCLUSÃO

Ao fim desta revisão de literatura pode-se concluir que inúmeros são os fatores
causais da hipersensibilidade dentinária e, dentre eles, podemos citar a recessão
gengival, lesões não cariosas, apertamento dental, dieta erosiva ou clareamento
dental, e diversos são os meios de tratamento, sendo o aconselhamento dietético,
uso de creme dental com agente dessensibilizante, a obliteração dos túbulos
dentinários, uso lasers ou vernizes fluoretados. Desta forma entende-se que é
necessário realizar um diagnóstico preciso e detalhado para que se entenda qual o
fator etiológico da dor do paciente, para então planejar e aplicar o tratamento que
proporcionará alívio da dor ou até mesmo irá cessá-la.

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6. REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. FERREIRA, K.B.; HILGERT, L.A.; MONTEIRO JUNIOR, S. et al.
Hipersensibilidade dentinária: da etiologia ao tratamento. Journal of Brazilian
Dentistry. v.2, n.1, jan./mar., p. 48-53. 2006.
2. JACOBSEN, P. L.; BRUCE, G. J. Clinical dentin hypersensitivity: understanding
the causes and prescribing a treatment. The Journal of Contemporary Dental
Practice, New Delhi, v. 2, no. 1, p. 1-8, 2001.
3. PORTO, Isabel C. C. M.; ANDRADE, Ana K. M.; MONTES, Marcos A. J. R..
Diagnosis and treatment of dentinal hypersensitivity. Journal Of Oral Science,
[S.L.], v. 51, n. 3, p. 323-332, 2009. Nihon University School of Dentistry.
http://dx.doi.org/10.2334/josnusd.51.323.
4. ARANHA, A. C. C.; DE PAULA EDUARDO, C. Effects of Er:YAG and
Er,Cr:YSGG lasers on dentine hypersensitivity. Short-term clinical evaluation.
Lasers in Medical Science, v. 27, n. 4, p. 813–818, 2012.
5. ALENCAR, Cristiane de Melo; PAULA, Brennda Lucy Freitas de; ORTIZ,
Mariangela Ivette Guanipa; MAGNO, Marcela Baraúna; SILVA, Cecy Martins;
MAIA, Lucianne Cople. Clinical efficacy of nano-hydroxyapatite in dentin
hypersensitivity: a systematic review and metaanalysis. Journal Of Dentistry,
[S.L.], v. 82, p. 11-21, mar. 2019. Elsevier BV.
http://dx.doi.org/10.1016/j.jdent.2018.12.014.
6. ADDY, M.; WEST, N.X.. The Role of Toothpaste in the Aetiology and Treatment
of Dentine Hypersensitivity. Monographs In Oral Science, [S.L.], p. 75-87, 2013.
S. KARGER AG. http://dx.doi.org/10.1159/000350477.
7. DOUGLAS-DE-OLIVEIRA, D. W. et al. Effect of dentin hypersensitivity treatment
on oral health related quality of life — A systematic review and meta-analysis
Journal of Dentistry, 2018.
8. FAVARO ZEOLA, L.; SOARES, P. V.; CUNHA-CRUZ, J. Prevalence of dentin
hypersensitivity: Systematic review and meta-analysis. Journal of Dentistry, v. 81,
n. November 2018, p. 1–6, 2019.
9. OLIVEIRA, Dhelfeson Willya Douglas de; MARQUES, Daniel Pedro; AGUIAR-
CANTUÁRIA, Ivan Cândido; FLECHA, Olga Dumont; GONÇALVES, Patricia
Furtado. Effect of Surgical Defect Coverage on Cervical Dentin Hypersensitivity
and Quality of Life. Journal Of Periodontology, [S.L.], v. 84, n. 6, p. 768-775, jun.
2013. Wiley.
10. ORCHARDSON, R.; GILLAM, D. G. Managing dentin hypersensitivity. Journal of
the American Dental Association, v. 137, n. 7, p. 990–998, 2006.

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