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AYSLLA EUGÊNIA LIMA SILVA

SAÚDE BUCAL DE PACIENTES COM DEFICIÊNCIA


VISUAL:
UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

ITABUNA
2022
AYSLLA EUGÊNIA LIMA SILVA

SAÚDE BUCAL DE PACIENTES COM DEFICIÊNCIA


VISUAL:
UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Projeto apresentado ao Curso de Odontologia da


Instituição Anhanguera.

Orientador (a): (Nome do Tutor)

ITABUNA
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................4
1.1 O PROBLEMA.........................................................................................................6
2 OBJETIVOS...............................................................................................................6
2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO........................................................................6
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS.................................................7
3 JUSTIFICATIVA.........................................................................................................8
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................9
5 METODOLOGIA......................................................................................................16
6 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO...........................................................17
REFERÊNCIAS...........................................................................................................19
1 INTRODUÇÃO

1.1 O PROBLEMA

Quais são os métodos mais eficientes no tratamento de cárie dentária em


pacientes com deficiência visual?

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO

Ressaltar a importância da avaliação na saúde bucal em pacientes com


deficiência visual.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS


- Descrever as dificuldades da escovação e hábitos que podem contribuir para
o desenvolvimento de cárie e doenças periodontais;
- Explanar técnicas e métodos de orientação e prevenção apropriadas para o
tratamento odontológico;
- Descrever a diminuição dos índices de doenças periodontais através dos
métodos eficientes para o tratamento de cárie dentária;
3 JUSTIFICATIVA

A deficiência visual é uma limitação sensorial que altera a capacidade


funcional da visão e que abrange desde a cegueira total a baixa visão podendo ser
congênita ou adquirida. É de mera importância que o cuidado odontológico a esse
público seja praticado o mais rápido possível, visando prevenir complicações e
problemas além de criar hábitos que serão ruins ao paciente por toda a vida.
Acredita-se que danos na saúde bucal desse público estão correlacionados
a fatores inerentes à deficiência visual, como a dificuldade em detectar alterações
bucais precoces e acúmulo de tártaro em virtude da realização inadequada da
higiene bucal e assim dificultando o tratamento odontológico.
É preciso ter em mente suas necessidades básicas atendidas para se
sentirem induzidas a cuidar da saúde bucal, ficando assim evidente nos mesmos
que a contribuição do atendimento odontológico para esses pacientes como forma
de prevenir; e que a assistência clínica requer a boa formação técnica do dentista,
como a utilização de bons materiais, instrumentais e equipamentos, aliadas ao
respeito dos preceitos éticos e da satisfação com o trabalho desenvolvido, que a
solução de problemas dentários é a forma de promover a autoestima das pessoas,
fazendo sua inclusão social;
O atendimento odontológico para os deficientes visuais, além de ser
gratificante é um serviço à comunidade que os profissionais da saúde são obrigados
a cumprir.
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4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1 A CÁRIE E AS DOENÇAS PERIODONTAIS

A cárie dentária é uma das doenças bucais mais comuns. Segundo Jorge
(2012), a cárie é uma doença infecciosa e multifatorial, ou seja, para que ocorra é
preciso ter todos os fatores ocorrendo simultaneamente, sendo eles: hospedeiro
susceptível, microbiota cariogênica, dieta e o tempo.

É conceituada como uma doença crônica multifatorial, lentamente


progressiva, desencadeada por alterações no biofilme dental. Essas alterações
levam a flutuações de pH, quando o pH da interface cai abaixo de 5,5, ocorre a
desmineralização dos cristais de hidroxiapatita, e no processo inverso, quando o pH
da interface aumenta, ocorre a aquisição de minerais pelo dente (KEYEs, 1960).

Para Armitage, a doença periodontal é um processo inflamatório resultante


do desequilíbrio da interação entre microrganismos específicos do biofilme dental e
os componentes da resposta imunológica em indivíduos susceptíveis, causando
danos irreversíveis ao tecido periodontal de suporte.

Sabendo-se que o principal fator etiológico tanto da doença


cárie como da doença periodontal é a placa bacteriana, a qualidade de
higiene bucal realizada pelo paciente assume um papel extremamente
importante. FONTE?

Como os sinais clínicos iniciais das doenças bucais são detectadas através
da visão, segundo Camim;Zara;Faria:

(...) a higiene pessoal pelo controle do biofilme dentário evita a


instalação de doenças bucais, exigindo priorizar a educação familiar, os
métodos preventivos, bem como as medidas educativas para integridade da
saúde bucal. (CAMIM; ZARA; FARIA, 2014)
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4.2 DIFICULDADES ENFRENTADAS PELOS DEFICIENTES VISUAIS EM


RELAÇÃO A SAÚDE BUCAL

A saúde bucal é uma questão muito importante, pois afeta a qualidade de


vida das pessoas emocionalmente, bem como socialmente inclusiva.

Manter uma boa higiene pode ser um obstáculo para esse público, pois eles
costumam apresentar pouca habilidade motora para fazer uma higiene satisfatória
(RATH et al, 2001; BATISTA et al, 2003), necessitando assim de ajuda para utilizar de
forma correta a escova e o fio dental (BROWN, 2008), por isso podem apresentar
muitas cáries e doenças periodontais.

Segundo Trejo, os deficientes visuais possuem uma saúde bucal


prejudicada:

(...) pois as patologias orais aumentam no período em que os


pacientes não estão aptos a reconhecer e detectar, de forma precoce, as
doenças que atingem a sua boca. (TREJO et al., 2006).

Apesar da falta de boas habilidades motoras para uma higiene bucal


satisfatória, é provável, com repetidas instruções de escovação e instruções
preventivas, realizarem técnicas de higiene adequada e manter a saúde bucal sem
sinal de gengivite, periodontite e lesões cariosas.

É muito importante utilizar materiais didáticos interessantes para orientar os


deficientes visuais. Sem acesso a materiais gráficos (desenhos e figuras em relevo,
por exemplo) em situações de aprendizagem, estamos restringindo uma ampla
possibilidade de conhecimento do mundo para o deficiente visual. (NUNES;
LOMÔNACO, 2010)

Segundo Queiroz et al., (2014), um dos maiores obstáculos encontradas


pelos pacientes com deficiência física é a falta de acompanhantes para o
atendimento odontológico e, somente 33,3% dos cirurgiões dentistas atendem ou
estão aptos a atender esta população (QUEIROZ et al., 2014).
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4.3 AUTOCUIDADO

O autocuidado é caracterizado pela capacidade de uma pessoa exercer


atividades para cuidar de si mesmo e estar atento às próprias necessidades,
desenvolvendo hábitos que visem a manutenção da sua vida, saúde e bem-estar
(CAMIM; ZARA; FARIA, 2014).

Assim, quando a pessoa tem habilidades para desenvolver funções que


atendam às suas necessidades de vida diária, ela é capaz de se auto cuidar.
(SOUZA et al., 2012). Em contrapartida, a abordagem de auto percebida facilita a
compreensão de contextos de saúde bucal no qual as pessoas
estão inseridas, promovendo meios de aprimorar a educação em saúde (SYRJALA;
KNUUTTILA; SYRJALA, 2001; SILVA;SOUSA; WADA, 2005).

Quando o indivíduo desenvolve a autoconsciência, ele não mais age apenas


como paciente, mas passa a analisar sua condição de paciente participação
saudável, colaborativa e ativa na manutenção de sua própria saúde bucal
(DITTERICH et al., 2007).

Goulart & Vargas (1998) buscaram entender a percepção do deficiente


visual sobre a saúde bucal e constataram que para ele, os dentes apenas serviam
para comer e falar. Ainda, o único objetivo para manter os dentes saudáveis era
para evitar a dor.

4.4 ORIENTAÇÕES E MANEJOS APROPRIADOS DURANTE O ATENDIMENTO


AOS DEFICIENTES VISUAIS

Os pacientes deficientes visuais utilizam outros sentidos para verificar os


estímulos sensoriais e acumular informações. Com isso, a equipe de saúde bucal
deve utilizar o tato e a audição para orientar os pacientes (RATH et al, 2001;
NUNES; LOMÔNACO, 2010) assim como fazer com que o indivíduo se torne
independente para realizar sua higiene pessoal (NANDINI, 2003).
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Segundo Goulart Vargas, a comunicação verbal deve ser amplamente


utilizada durante a fase de instrução sobre higiene bucal. Outro fato de grande
importância é orientar o paciente para reconhecer a presença da placa bacteriana
com a língua e conhecer as outras estruturas da boca. (GOULART; VARGAS, 1998).

De acordo com Manson, o paciente é instruído a passar a língua nas


estruturas dentais antes e após a escovação e identificar regiões ásperas, em que a
placa não foi completamente removidas, e regiões lisas como vidro, limpas
(MANSON et al., 1989).

Nunes e Lomônaco afirmam que o uso de materiais lúdico-pedagógicos para


orientação do deficiente visual é muito importante. Sem acesso a materiais gráficos
(desenhos e figuras em relevo, por exemplo) em situações de aprendizagem,
estamos restringindo uma ampla possibilidade de conhecimento do mundo para o
deficiente visual (NUNES; LOMÔNACO, 2010). Portanto, é sempre bom desenvolver
materiais que façam o entender o processo da cárie, do desenvolvimento da doença
periodontal e as práticas de higiene bucal. A confecção de materiais didáticos tem o
intuito de estabelecer a educação para a saúde bucal, buscando utilizar materiais
texturizados, figuras em alto-relevo e macromodelos para que elas possa conhecer a
anatomia da cavidade bucal e dos dentes e, a partir disso tudo, ter uma melhor
noção de como realizar a higiene bucal.

Segundo Agerholm , adotar a escova tipo tufo também é uma forma de


prevenção, pois completa a ação da escova convencional, atingindo áreas de difícil
acesso, principalmente nas faces linguais ou palatinas (AGERHOLM et al., 1991).

Com relação à prevenção da cárie dentária, a utilização do flúor é


reconhecidamente o método mais recomendado e utilizado pelos profissionais da
área odontológica (UNFER e SALIBA, 2000).

Segundo Nandini (2003) a orientação efetuada para o deficiente visual exige


paciência e tempo, uma vez que os métodos visuais que são empregados na
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educação em saúde bucal não podem ser utilizados, recomendando ainda, que se
aproveite a audição e o tato como formas de compensar a deficiência visual. A
motivação é um processo subjetivo e eficiente, obviamente pessoal, cuja
generalização se torna impossível. Assim, de modo a obter a melhor resposta de
colaboração cada profissional tem a necessidade de descobrir qual o processo
específico de motivação que funciona para cada caso.

AJUSTE A FORMATAÇÃO DE SEU TRABALHO


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5 METODOLOGIA

O estudo foi realizado por meio da pesquisa bibliográfica. Tendo como base
de dados o Google Acadêmico, Scientific Electronic Library Online (Scielo) para a
elaboração MEDLINE, BBO e LILACS, que permitiram acesso a artigos publicados
em periódicos de alta qualidade, do período de 1960 a 2018, em livros e diversos
periódicos científicos nacionais e internacionais, com artigos de estudos clínicos,
pesquisa e de revisão. A seleção do conteúdo foi baseada na conformidade dos
limites dos assuntos aos objetivos do trabalho e foram desconsiderados os artigos
que, apesar de aparecerem na busca, não abordaram o assunto em questão.
QUAIS DESCRITORES UTILIZADOS?
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6 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
PREENCHA O CRONOGRAMA POR COMPLETO

Quadro 2 – Cronograma de execução das atividades do Projeto e do


Trabalho de Conclusão de Curso.
2022.2 2023.1
ATIVIDADES UL GO ET UT OV EZ UL GO UL GO UL GO
Escolha do tema.
Definição do problema de
pesquisa
Definição dos
objetivos, justificativa.
Definição da
metodologia.
Pesquisa
bibliográfica e elaboração da
fundamentação teórica.
Entrega da primeira
versão do projeto.
Entrega da versão
final do projeto.
Revisão das
referências para elaboração do
TCC.
Elaboração do
Capítulo 1.
Revisão e
reestruturação do Capítulo 1 e
elaboração do Capítulo 2.
Revisão e
reestruturação dos Capítulos 1
e 2. Elaboração do Capítulo 3.
Elaboração das
considerações finais. Revisão
da Introdução.
Reestruturação e
revisão de todo o texto.
Verificação das referências
utilizadas.
Elaboração de
todos os elementos pré e pós-
textuais.
Entrega da
monografia.
Defesa da
monografia.
REFERÊNCIAS

ATENÇÃO E CUIDADO DA SAÚDE BUCAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA:


PROTOCOLOS, DIRETRIZES E CONDUTAS PARA CIRURGIÕES-DENTISTAS /
Organização de Arnaldo de França Caldas Jr. e Josiane Lemos Machiavelli. –
Recife: Ed. Universitária, 2013.

ARMITAGE, G. C. PERIODONTAL DISEASES: Diagnosis. Ann Periodontol, v.1,


p.37-215, 1996.

CAMIM, F. S.; ZARA, R. T.; & FARIA, M. D. AVALIAÇÃO DA HIGIENE BUCAL EM


CRIANÇASDAS ESCOLAS MUNICIPAIS E PARTICULARES DE SANTA FÉ DO
SUL-SP. Anais de odontologia do Unifunec, 2014.

CARDOSO, Catia Regina, Passos, Danilo e Raimondi, Juliana Vieira.


COOMPREENDENDO A CÁRIE DENTAL. SALUSVITA, Bauru, v. 36, n. 4, p. 1153-
1168, 2017.

FREITAS, Darla Marrátila Lima Franco de. SENTIR UM SORRISO: MANUAL DE


ORIENTAÇÃO E PREVENÇÃO ODONTOLÓGICA EM PACIENTES COM
DEFICIÊNCIA VISUAL. 2018. 40 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) –
Curso de Odontologia, Centro Universitário Luterano de Palmas, 2018.

KEYES, P. H. THE INFECTIOUS AND TRANSMISSIBLE NATURE OF


EXPERIMENTAL DENTAL CARIES. Arch. Oral Biol., Copenhagen, v. 1, p. 304- 320,
1960.

NUNES, S; LOMÔNACO, J. F. B. O ALUNO CEGO: PRECONCEITOS E


POTENCIALIDADES. REVISTA SEMESTRAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
PSICOLOGIA ESCOLAR E EDUCACIONAL, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 55-64,
jan./jun., 2010.
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QUEIROZ, SDF; RODRIGUES, LMM; CORDEIRO JUNIOR, AG et al. AVALIAÇÃO


DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE BUCAL DE PORTADORES DE NECESSIDADES
ESPECIAIS. Rev. Odontol. UNESP, v.43, n.6, p.396-401, nov/dez, 2014.

TREJO, RCM; MORALES, PL. PROPUESTAS DIDÁCTICAS EM EL MANEJO


ODONTOLÓGICO DE PACIENTES PEDIÁTRICOS CON DISCAPACIDAD VISUAL
[Tese de Doutorado]. Iztapalapa (DF): Facultad de Odontología, Universidad
Nacional Autónoma de México, 2004.

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