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ANA BEATRIZ DO PRADO

ANA MARIA MORAES


EMANOELLI DE AVILA
GABRIELLA SVIDERSKI LAY
GIOVANA CHIOQUETTA
HANDERLLY BRUNA WINTER
HIAGON JOEL LAWISCH
ISABELE AZEVEDO DANGUI
JOELMA PEREIRA
JULIA QUADRI
KAMILA VITORIA BUSATTO
MARCELLA CHIAMULERA GUARNERI
MILENA SOFIA SALING

EXAME EPIDEMIOLÓGICO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE BUCAL PARA


ADOLESCENTES DO COLÉGIO ESTADUAL CÍVICO MILITAR RUI BARBOSA

PATO BRANCO, 2023.


ANA BEATRIZ DO PRADO
ANA MARIA MORAES
EMANOELLI DE AVILA
GABRIELLA SVIDERSKI LAY
GIOVANA CHIOQUETTA
HIAGON JOEL LAWISCH
HANDERLLY BRUNA WINTER
ISABELE AZEVEDO DANGUI
JOELMA PEREIRA
JULIA QUADRI
KAMILA VITORIA BUSATTO
MARCELLA CHIAMULERA GUARNERI
MILENA SOFIA SALING

EXAME EPIDEMIOLÓGICO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE BUCAL PARA


ADOLESCENTES DO COLÉGIO ESTADUAL CÍVICO MILITAR RUI BARBOSA

Trabalho para obtenção de nota parcial na


Disciplina de Saúde Coletiva III sob
orientação da Prof.ª Dr.ª Gisele
Reisdoerfer Galina e da Prof.ª Dr.ª Hevelyn
Xavier Luciano

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Resumo:

O Exame Epidemiológico bem como a Educação em Saúde Bucal foram instrumentos


de aplicação, realização e mensuração de informações transmitidas e coletadas no
Colégio Estadual Cívico Militar Rui Barbosa localizado na cidade de Pato Branco – PR,
onde foi possível abranger estudantes do 6° ao 9° ano do ensino fundamental.
Pautadas nas orientações de higiene bucal, infeções sexualmente transmissíveis
como a sífilis e o HPV (Human Papiloma Virus), efeitos do uso de álcool, cigarro
eletrônico e narguilé. Já as informações do exame epidemiológico foram obtidas e
catalogadas em planilhas em modelo Excel, com obtenção de gráficos e tabelas
informados nos resultados. Com base nestes dados, é possível fazer uma análise,
planejar e realizar medidas de melhorias direcionadas especificamente, de acordo
com a necessidade de cada esfera do governo, fazendo com que cada um cumpra o
papel de equidade que se é necessário.
Palavras-Chave: Exame Epidemiológico. Saúde bucal.

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1. INTRODUÇÃO
A doença cárie é considerada um dos principais desafios de saúde pública,
sendo a condição patológica mais prevalente na cavidade oral causando prejuízos
consideráveis como perdas dentárias (MOURA, CAVALCANTI, BEZERRA, 2008).
Uma das fases em que ocorrem mais alterações no comportamento
relacionado à saúde bucal é a adolescência, podendo apresentar riscos e o agravo da
doença, envolvendo hábitos e higiene oral, nos adolescentes, uma dieta rica em
carboidratos e açúcares aumentam a probabilidade do surgimento de lesões cariosas,
visto que a doença é desenvolvida a partir do tempo em que o dente está exposto a
estes fatores etiológicos, onde o consumo dos mesmos está diretamente relacionado
a fatores socioculturais e econômicos (AFONSO et al., 2015).
Para promover a educação é necessário um amplo conhecimento em saúde,
através da implementação de práticas comportamentais saudáveis, com objetivo de
mudanças na atitude da população. Uma ferramenta importante na promoção e
manutenção da saúde é a educação em saúde bucal direcionada a um público
específico, podendo assim, contribuir para uma menor prevalência de cárie
(BONOTTO et al,. 2015).
Outros fatores que auxiliam na queda e no controle da doença é a incorporação
de flúor nas águas de abastecimento – obrigatória no Brasil de acordo com a Lei
Federal n° 6050, de 27 de maio de 1974 -, e nos dentifrícios; o acesso a serviços de
saúde pública e melhoria das condições de vida da população (FERREIRA et al,.
2015).
A existência de metodologias como ICDAS e CPO-D utilizadas como
contribuição para levantamentos epidemiológicos permitem a análise e expectativa de
cárie na população e estimam a necessidade de tratamento, avaliam a eficácia e
efetividade de serviços e políticas de saúde, possibilitando possíveis mudanças nos
planejamentos de atividades (ALMEIDA et al., 2012).
Através destes levantamentos epidemiológicos podem ser coletadas
informações sobre renda familiar, número de pessoas na residência, escolaridade, cor
da pele, sexo e situação conjugal do responsável. Estes fatores são indicadores
determinantes de cárie dentária, visto que, quanto pior a condição socioeconômica,
maior a prevalência da doença (MENEGHIM et al., 2007).

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Algumas variáveis como: o uso do fio dental, a escovação diária, a percepção
de saúde bucal pelo responsável, o acesso e utilização de serviços odontológicos,
dentre outros fatores, podem influenciar a incidência da doença (BARROS et al.,
2015).
O Ministério da Saúde realizou levantamentos epidemiológicos nacionais em
saúde bucal nos anos de 1986, 1996, 2003 e 2010, em crianças de 12 anos. Em 2003,
aproximadamente 69% da população, era atingida pela doença que acomete os
dentes, cárie dentária, em 2010 essa porcentagem diminuiu para aproximadamente
56%. Nas crianças, o número de dentes cariados decaiu em 2,8 no ano de 2003, para
2,1 no ano de 2010, uma redução de 26% considerada estatisticamente de grande
avanço para uma visão geral de saúde (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015).

A idade de 12 anos possui grande importância para a realização de pesquisas


epidemiológicas, devido ao fato desta faixa etária geralmente apresentar todos os
dentes permanentes erupcionados, dessa forma é considerada como idade de
monitoramento global de cárie por meio do índice de CPO-D (ALMEIDA et al., 2012).

De acordo com o projeto SB Brasil 2010, aproximadamente 56% dos brasileiros


adolescentes de 12 anos, apresentavam pelo menos um dente permanente cariado,
enquanto o levantamento nacional do ano de 2003, apresentava 70%. Através dessas
informações é possível notar que houve significativa melhora na condição desta faixa
etária, diminuindo as dificuldades de acesso ao serviço de saúde bucal e aumenta a
garantia do tratamento odontológico a população acometida (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2011).

Em resumo, este estudo tem como objetivo descrever a condição bucal


relacionada à cárie, o perfil socioeconômico e os hábitos de saúde bucal de crianças
de 12 anos no Colégio Estadual Rui Barbosa do município de Pato Branco-PR.

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2. OBJETIVO
2.1. OBJETIVO GERAL

• Realizar exames epidemiológicos e palestras educativas para adolescentes do


sexto, sétimo e oitavo ano do Colégio Estadual Cívico-Militar Rui Barbosa, a
fim de promover a conscientização, compreensão sobre os temas que
envolvem a saúde bucal, patologias decorrentes de ações do indivíduo que se
apresentam logo na adolescência, bem como obter a prevalência de cárie em
primeiros molares permanentes dos adolescentes de 12 anos.

2.2. OBJETIVO ESPECÍFICO

• Desenvolver a consciência sobre o impacto das ações individuais na saúde bucal


bem como a importância de uma higiene adequada.
• Proporcionar aprendizado, por meio de uma abordagem interativa, sobre como
escovar os dentes e a distinção de uma boca saudável de inflamada.
• Obter dados relacionados à condição bucal, hábitos de saúde bucal e
prevalência de cárie dos adolescentes de 12 anos.

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3. METODOLOGIA
As atividades foram desenvolvidas a partir de palestras sobre Educação em
Saúde Bucal, essas desenvolvidas pelos acadêmicos do curso de contologgia do
centro Universitário de Pato Branco (UNIDEP) na disciplina de saúde coletiva, através
de pesquisas em inúmeras fontes, foram ministradas para alunos de 6°, 7°, 8° e 9°
ano do Colégio Estadual Cívico-Militar Rui Barbosa, localizado na Rua da República,
580, Bairro São Cristóvão, Pato Branco, Paraná.
As palestras realizadas abrangeram temas específicos de saúde bucal, os
quais foram:
Tema 1: Aspectos de dentes e gengivas saudáveis e doentes e Técnicas de
escovação e uso do fio dental, higiene da língua e halitose;
Tema 2: Cuidados quando se usa aparelho ortodôntico e piercings na mucosa

oral;
Tema 3: Efeitos do uso do cigarro eletrônico e Efeitos do uso do narguilé; Tema
4: Efeitos do álcool na mucosa oral;
Tema 5: Manifestações bucais da sífilis e do HPV;

No dia 02/10/2023, segunda-feira, as palestras foram ministradas para uma

turma de 6° ano, uma turma de 7° ano e uma turma de 9° ano, realizadas em sala de
aula pela turma B. Já no dia 09/10/2023, segunda-feira, as palestras foram realizadas
para as turmas faltantes, uma turma de 6° ano e uma turma de 8° ano.
As palestras ocorreram em uma sala de aula, onde foram projetados slides
contendo todas as informações necessárias sobre os temas que foram escolhidos. O
método de escolha foi eficiente, visto que, se caso fosse utilizado apenas a fala como
método de realização das palestras, os alunos não poderiam ter a mesma percepção
quanto a imagens e técnicas específicas que foram mostradas e demonstradas nos
slides. Foram utilizados macro modelos para demonstração de técnicas de higiene
oral (figura 9).
Alguns grupos utilizaram de dinâmicas, como por exemplo, o tema sobre
transmissão de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) tiveram 25 participantes,
distribuído 1 copo com conteúdo líquido para cada participante, sendo 22 copos
descartáveis contendo apenas água simulando pessoas saudáveis e 3 copos
contendo
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contendo água com bicarbonato de sódio simulando pessoas contaminadas, após a
distribuição, foi solicitado para os participantes compartilhassem o conteúdo líquido
de seu copo com o colega de confiança, que consequentemente aumentou o número
de copos com bicarbonato de sódio. Por fim, foi utilizado o chá de repolho roxo como
solução reveladora pois é uma substância que altera sua cor de acordo com o ph,
complementando todos os copos, assim quando adicionado aos copos com água, a
cor era alterada para roxo por se tratar de uma substância neutra, simulando pessoas
saudáveis, já quando adicionado aos copos com água e bicarbonato de sódio, a cor
era alterada para verde, por se tratar de uma substância básica simulando pessoas
contaminadas. Com esse experimento foi possível demonstrar, por meio dessa
simulação, o poder de transmissão das ISTs. (figuras 12,13 e 14).

Também foi realizada a dinâmica do eu já/ eu nunca, onde foram distribuídos


panfletos aos alunos com perguntas e eles teriam de assinalar se já haviam realizado
ou nunca haviam realizado aquele tipo de ação. (figura 8).
O exame epidemiológico ocorreu em uma sala de aula, onde apenas crianças
as quais haviam trazido o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
(anexo 1) devidamente assinado pelos pais/responsáveis foram examinadas. Ao
total foram 19 crianças participantes, com idades de 11 a 12 anos completos. O
levantamento ocorreu através da entrevista, que era realizada juntamente com o
exame, onde perguntas eram feitas sobre itens básicos de saúde oral, além da
inspeção bucal dos primeiros molares permanentes dos mesmos.
Para o exame epidemiológico foram utilizados: babador, espelho clínico estéril,
gaze estéril, caneta, lanterna e jaleco, além de luvas e máscaras descartáveis, as
informações foram anotadas no questionário epidemiológico individualizado, com as
seguintes informações: idade, sexo, grupo étnico, bairro, escola, classificação dos
primeiros molares em: coroa hígida, coroa cariada, coroa restaurada, coroa
restaurada com cárie, selante, selante com cárie e dente perdido, com perguntas
sobre acesso a serviços odontológicos: Você já foi ao dentista alguma vez na vida?;
Há quanto tempo; Já recebeu orientações de como escovar os dentes e passar o fio
dental?.

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Figuras 1 e 2: Tema 1: Características saudáveis e não saudáveis e técnicas de escovação.

Fonte: Autoria própria, 2023.

Figura 3: Tema 2: Cuidados quando se usa aparelho ortodôntico e piercings na mucosa oral.

Fonte: Autoria própria, 2023.

Figura 4: Tema 3: Efeitos do uso de cigarro eletrónico e narguilé.

Fonte: Autoria própria, 2023.

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Figura 5: Tema 4: Efeitos do álcool na mucosa oral.

Fonte: Autoria própria, 2023.


Figura 6: Tema 5: Manifestações bucais da sífilis e HPV.

Fonte: Autoria própria, 2023.


Figura 7: Materiais utilizados para o exame epidemiológico; 1. jaleco; 2. Máscara descartável; 3.
Espelho clínico e gaze estéril; 4. Luca descartável; 5. Lanterna; 6. Caneta; 7. Babador;

Fonte: Autoria própria, 2023.

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Figura 8: dinâmica eu já eu nunca.

Fonte: autoria própria, 2023.

Figura 9: Kit macro modelo utilizado para demonstração de técnicas de escovação.

Fonte: https://www.lojaciviam.com.br/, 202

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4. RESULTADOS
Na realização do exame epidemiológico, junto com o questionário (anexo), foi
possível coletar dados de 22 crianças, com 88 dentes examinados, porém houve a
necessidade de exclusão de 3 crianças por excederem a idade máxima de 12 anos,
formando um total de 19 crianças e 76 dentes contabilizados que estavam dentro da
faixa etária estabelecida para o levantamento epidemiológico. As informações obtidas
foram idade (12 anos completos e 12 anos incompletos), sexo (masculino, feminino e
não informado), grupo étnico (amarelo, branco, negro, pardo e não identificados) e
bairro.

Tabela 1: Dados sociodemográficos da população do estudo. Pato Branco-PR, 2023.

Amostragem: N %

Faixa etária de 12 anos completos: 11 57,8

Faixa etária de 12 anos incompletos: 8 42,1

Sexo feminino: 13 68,4

Sexo masculino: 6 31,5

Sexo não informado: 1 5,2

Grupo étnico

Amarelo - -

Branco 3 15,7

Negro - -

12
Pardo 10 52,6

Não identificados 6 31,5

TOTAL: 19 100

Fonte: Autoria própria, 2023.

Tabela 2: Dados conforme local de residência da população do estudo. Pato Branco-


PR, 2023.

Bairros que residem: N %

São Cristóvão 13 68,4

Alvorada 3 15,7

BR - 280 1 5,2

Não identificados 6 31,5

TOTAL: 19 100

Fonte: Autoria própria, 2023.

Foram também obtidos dados sobre a classificação dos primeiros molares


permanentes, com as seguintes categorias: coroa hígida, coroa cariada, coroa
restaurada, coroa restaurada com cárie, selante, selante com cárie e dente perdido.
Quanto ao acesso a serviços odontológicos foram evidenciadas as seguintes
questões: Você já foi ao dentista alguma vez na vida?; Há quanto tempo; Já recebeu
orientações de como escovar os dentes e passar o fio dental?.

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Gráfico 1 – Resultado do exame epidemiológico das coroas dos primeiros molares
permanentes, (n) 76 coroas examinadas.

Fonte: Autoria própria, 2023.

Tabela 3: Questões apresentadas durante o exame epidemiológico, sobre acesso a


serviços odontológicos, (n) 19 participantes responderam.

Perguntas Sim Não

N (%) N (%)

Já foi ao dentista alguma vez na vida? 15 (78,9) 4 (21,0)

Já recebeu orientações de como escovar os 16 (84,2) 3 (15,7)


dentes e passar o fio dental?

Fonte: Autoria própria, 2023.

Tabela 4: Questões apresentadas durante o exame epidemiológico, sobre acesso a


serviços odontológicos, (n) 19 participantes responderam.
Perguntas Nunca fui ao Este ano Ano Não sabe Total
dentista passado
N (%) N (%) N (%) N (%) N (%)
Há quanto tempo 1 (5,2%) 7(36,8%) 7(36,8%) 4 (21,0%) 19
foi ao dentista: (100%)

Fonte: Autoria própria, 2023.

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Na dinâmica “Eu já, Eu nunca” participaram 62 crianças que estavam presentes no
momento das palestras, foram abordadas seguintes questões: eu dormi sem escovar
os dentes?; eu fiquei sem passar o fio dental por três dias?; eu comi doces após
escovar os dentes?; eu fiquei mais de um ano sem ir ao dentista?; eu deixei de escovar
a língua durante a higiene bucal?; eu me sinto confortável durante o atendimento
odontológico. Os participantes deveriam assinalar as opções que se encaixavam com
a sua realidade, sendo essas, eu já e eu nunca.

Gráfico 2 – Percentual de respostas da dinâmica “Eu já, Eu nunca” com um total de 62


participantes.

Fonte: Autoria própria, 2023.

A aplicação das palestras e dinâmicas foram realizadas em sala de aula,


projetando slides contendo todas as informações sobre os temas abordados. Na
dinâmica sobre transmissão de infecções sexualmente transmissíveis, foram
utilizados: Copos descartáveis, água, água de repolho e bicarbonato.

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Imagens 10 e 11: Acadêmicos aplicando palestra para alunos.

Fonte: Autoria própria, 2023.

Figuras 12, 13 e 14: Aplicação da dinâmica sobre transmissão de infeções sexualmente


transmissíveis¸ foram utilizados: Copos descartáveis, água, água de repolho e bicarbonato. 25
participantes.

Autoria própria, 2023.

Imagem 15: Acadêmicos realizando o exame epidemiológico

.
Fonte: Autoria própria, 2023.

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5. RELATO DE EXPERIÊNCIA
Foram realizadas palestras para os alunos de escolas públicas do município de
Pato Branco e exames de primeiros molares em crianças de 12 anos.
Nas palestras foram abordados diversos temas importantes para o
desenvolvimento dessas crianças, tais como, o uso do álcool, cigarros eletrônicos,
cuidados com a higiene bucal, doenças sexualmente transmissíveis, uso de aparelhos
e piercing, e a relação de todos esses temas com a saúde geral e oral.
Nos exames epidemiológicos, foram avaliados os primeiros molares de
crianças de 12 anos, tendo em vista, que nós acadêmicos, observamos
cuidadosamente a dentição e registramos se o dente em questão era hígido, cariado,
restaurado, restaurado com cárie, selante com cárie, selante ou perdido.
Através dessas atividades, foi possível como acadêmicos, aprendermos ainda
mais sobre temas que ajudem no desenvolvimento das crianças, pois tivemos que
aprofundar nosso conhecimento para poder repassar aos demais, através dos exames
epidemiológicos foi possível entender melhor e diferenciar a dentição decídua da
dentição permanente, além de identificar como o elemento se apresentava e as
características, contribuindo ainda mais para nossa formação acadêmica, e o ensino-
aprendizagem esteve presente durante a realização das atividades.
Tanto os objetivos gerais, como específicos foram alcançados, trazendo melhor
qualidade de vida para as crianças das escolas abordadas. Tivemos empasses quanto
ao silêncio durante as palestras, e a linguagem que deveríamos utilizar com as
crianças, tendo em vista que a forma como utilizamos para nos comunicar é de difícil
entendimento para os leigos.
A atividade teve impacto positivo tanto para nós acadêmicos, como para as
crianças. Foi possível fazer com que as crianças desenvolvessem um olhar mais
atento e entendessem a importância desses temas na vida delas, sabendo diferenciar
o que prejudica ou não o dia a dia e o desenvolvimento. Para nós acadêmicos, foi
importante porque nos ajudou com nossa formação acadêmica, além de ajudar
também a população em questão, por se tratar de um trabalho com grande relevância
social.
O colégio estadual cívico militar Rui Barbosa, segundo a opinião dos colegas

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que estavam nas palestras e nos exames epidemiológicos, foi a escola mais difícil de
lidar. Os alunos não prestavam atenção nas palestras, riram várias vezes dos
acadêmicos que estavam apresentando, e faziam piadas em relação aos temas que
estavam sendo abordados, além dos professores não ajudarem a manter o controle
da sala durante as apresentações. Nos exames epidemiológicos, algumas crianças
respondiam de forma grosseira os acadêmicos, mas outras eram tranquilas de lidar.
Em comparação com as outras escolas, as experiências que vivenciamos no colégio
Rui Barbosa foi a mais difícil, nas outras escolas foi mais tranquilo em relação ao
silêncio da sala e ao respeito.

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Com esse trabalho foi possível melhorar a qualidade de vida das crianças
atendidas, enriquecendo a formação dos acadêmicos envolvidos.
• O aprofundamento do conhecimento acadêmico, evidenciando nos exames
epidemiológicos reflete não apenas a compreensão da saúde bucal, mas
também a capacidade de transmitir essas informações de maneira acessível
às crianças.
• A experiência proporcionou o enriquecimento acadêmico e aprimorou as
habilidades de comunicação entre os estudantes, adaptando a linguagem para
tornar as informações complexas mais compreensivas para o público alvo. A
diferenciação entre dentição decídua e permanente durante os exames
epidemiológicos demonstram uma compreensão profunda na odontologia.

• Uma sugestão para as próximas palestras, seria colocar mais interação com as
crianças, pois percebemos que elas dispersam bastante e não focam no
conteúdo que estamos passando, sugerimos também incluir as turmas
do ensino médio, para abranger o maior público possível.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AFONSO, Andreia Castro; SILVA, Isabel. Qualidade de vida relacionada com saúde
oral e variáveis associadas: revisão integrativa. Psicologia, saúde e doenças, v. 16,
n. 3, p. 311-330, 2015.

ALMEIDA, Tatiana Frederico de et al. Condições de saúde bucal em crianças,


adolescentes e adultos cadastrados em unidades de Saúde da Família do município de
Salvador, estado da Bahia, Brasil, em 2005. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v.
21, n. 1, p. 109-118, 2012.

BARROS, Wallace Rafael Conde et al. Prevalência de cárie dentária na adolescência


em Belém do Pará: uma perspectiva amazônica. Adolescente. Saúde (Online) , pág.
59-68, 2015.

BONOTTO, Danielle Medeiros Veiga et al. Cárie dentária e gênero em adolescentes.


Revista da Faculdade de Odontologia-UPF, v. 20, n. 2, 2015.

DA SILVA, Cosmo Helder Ferreira et al. Levantamento epidemiológico de CPO-D em


escolares de 12 anos do município de Pedra Branca, Ceará. Revista de Saúde Coletiva
da UEFS, v. 9, p. 16-22, 2019.

FERREIRA, Regina Glaucia Lucena Aguiar; NARVAI, Paulo Capel. Fluoretação da


água: significados e lei da obrigatoriedade na visão de lideranças em saúde. Revista
da Associacao Paulista de Cirurgioes Dentistas, v. 69, n. 3, p. 266-271, 2015.

MENEGHIM, Marcelo de Castro et al. Classificação socioeconômica e sua discussão


em relação à prevalência de cárie e fluorose dentária. Ciência & Saúde Coletiva, v. 12,
p. 523-529, 2007.

Ministério da Saúde. Conheça a política que faz muitos brasileiros voltarem a sorrir.
Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Básica. Brasília (DF), 2015.
Disponível em: http://dab.saude.gov.br/portaldab/ [2017 jun 6]. Acesso em 10 de
novembro de 2023.

20
Ministério da Saúde. Projeto SB Brasil 2010: Pesquisa Nacional de Saúde Bucal –
Resultados Principais. Brasília, 2011. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/pesquisa_nacional_saude_bucal.pdf [2017 jun 4]. Acesso em 10 de
novembro de 2023.

MOURA, Cristiano; CAVALCANTI, Alessandro Leite; BEZERRA, Priscilla Kelly


Medeiros. Prevalência de cárie dentária em escolares de 12 anos de idade, Campina
Grande, Paraíba, Brasil: enfoque socioeconômico. Revista Odonto Ciência, v. 23, n.
3, 2008.

SALES-PERES, S. H. DE C.; BASTOS, J. R. DE M.. Perfil epidemiológico de cárie


dentária em crianças de 12 anos de idade, residentes em cidades fluoretadas e não
fluoretadas, na Região Centro-Oeste do Estado de São Paulo, Brasil. Cadernos de
Saúde Pública, v. 18, n. 5, p. 1281–1288, set. 2002.

SILVA, C. H. F. da; LIMA, H. T.; BENEDITO, F. C. S.; RODRIGUES, J. C.; JOAQUIM,


D. C.; LEITE, A. C. R. de M. Levantamento epidemiológico de CPO-D em escolares de
12 anos do município de Pedra Branca, Ceará. Revista de Saúde Coletiva da UEFS, [S.
l.], v. 9, p. 16–22, 2019.

21
8. ANEXOS
ANEXO 1. Termo de consentimento livre e esclarecido -TCLE:

22
ANEXO 2. Questionário do exame epidemiológico.

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