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ARIANE SAMARA NASCIMENTO CONDE

ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO E INTERVENÇÃO EM


HÁBITOS DELETÉRIOS PARA REDUZIR MALOCLUSÕES
EM CRIANÇA

Betim
2023
Ariane Samara Nascimento Conde

ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO E INTERVENÇÃO EM


HÁBITOS DELETÉRIOS PARA REDUZIR MALOCLUSÕES
EM CRIANÇA
Projeto apresentado ao Curso de Odontologia da
Instituição Faculdade Anhanguera.

Orientadora: Alaina Fioravante


Betim
2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... 4
1.1 O PROBLEMA.......................................................................................................4
2 OBJETIVOS............................................................................................................. 5
2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO.......................................................................5
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS................................................5
3 JUSTIFICATIVA.......................................................................................................6
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...............................................................................7
4.1 MALOCLUSÃO: DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO...............................................7
4.2 HÁBITOS DELETÉRIOS E SEU IMPACTO NO DESENVOLVIMENTO DA
MALOCLUSÃO............................................................................................................8
4.3 ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO E INTERVENÇÕES PARA A MALOCLUSÃO9
5 METODOLOGIA.....................................................................................................10
6 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO..........................................................11
REFERÊNCIAS.........................................................................................................12
1 INTRODUÇÃO

Os hábitos orais deletérios são comportamentos que podem ter um impacto


negativo na condição dos dentes e gengivas, o que influência a saúde oral como um
todo. Entre esses hábitos, destacam-se o uso excessivo de chupetas e mamadeiras
em crianças pequenas. O uso prolongado e frequente desses dispositivos pode
causar problemas no alinhamento dos dentes, levando ao desenvolvimento de
maloclusões.
Da mesma forma, segundo Marcantonio et al. (2021), a sucção do polegar ou
dedo após uma certa idade pode exercer pressão sobre os dentes, levando a
alterações na posição e no alinhamento dentário. Portanto, a identificação precoce e
a abordagem adequada desses hábitos deletérios são essenciais para promover a
saúde bucal e prevenir maloclusões.
Os hábitos orais somente se tornam deletérios quando em repetição
constante. É a partir dessa repetição que se torna agradável e prazerosa, causando
satisfação na criança, o que com o tempo fica mais difícil de ser abandonado e
acaba prejudicando a estrutura orofacial e as funções que necessitam dessa
estrutura (WEBER; PRESTES; SANTANA, 2022).
Nesse sentido, a odontologia pediátrica encontra desafios significativos para
os profissionais quanto a prevenção e intervenção em hábitos deletérios que podem
levar ao desenvolvimento de maloclusões. As más oclusões dentárias, quando não
tratadas precocemente, podem ter um impacto substancial na qualidade de vida das
crianças, afetando não apenas a estética, mas também a função mastigatória e a
saúde geral.

1.1 O PROBLEMA

Como as estratégias de prevenção e intervenção em hábitos deletérios


podem ser otimizadas para reduzir a incidência de maloclusões em crianças na
prática odontológica pediátrica?
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2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO

Abordar os hábitos orais deletérios e seu impacto no desenvolvimento de


maloclusões em crianças e adultos, a fim de fornecer insights para estratégias de
prevenção e intervenção eficazes.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS

 Apresentar a definição de maloclusão, sua classificação e a importância do


seu tratamento;
 Conceituar hábitos deletérios para a saúde bucal e seu impacto no
desenvolvimento da maloclusão;
 Apresentar a partir de literaturas recentes, as estratégias de prevenção e
intervenções para a maloclusão.
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3 JUSTIFICATIVA

Maloclusões dentárias se referem ao posicionamento inadequado dos dentes


quando em oclusão, podem não apenas afetar a estética, mas também a função
mastigatória e a fala das crianças. Caso não sejam identificadas e tratadas
precocemente, as maloclusões podem persistir na idade adulta, causando
desconforto e problemas de saúde bucal.
A compreensão abrangente desses aspectos é fundamental para orientar a
prática clínica dos profissionais de odontologia que lidam com crianças e pode
contribuir para a promoção da saúde bucal infantil em âmbito mais amplo. Ao
entender melhor os hábitos deletérios que podem levar a maloclusões e as melhores
estratégias para preveni-los ou intervir, é possível oferecer às crianças uma
oportunidade de crescimento saudável e um sorriso radiante ao longo de suas vidas.
Este trabalho visa, portanto, lançar luz sobre essa importante área da
odontologia pediátrica e contribuir para uma abordagem mais eficaz na promoção da
saúde bucal infantil. Portanto, é fundamental a elaboração de estudos sobre
estratégias de prevenção e intervenção, a fim de conscientizar a população e os
profissionais de saúde sobre a importância de identificar, prevenir e tratar esses
hábitos desde a infância.
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4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1 MALOCLUSÃO: DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO

A maloclusão é um termo que abrange uma variedade de condições que se


referem ao posicionamento inadequado dos dentes quando em oclusão, ou seja,
quando a arcada superior se encaixa na inferior de forma inadequada. É uma
condição que pode se desenvolver durante a infância e adolescência, sendo que
muitas vezes persiste na idade adulta se não receber o tratamento específico
(CARVALHO et al., 2021).
A maloclusão pode ser definida como uma má posição dos dentes nas
arcadas dentárias, que resulta em um encaixe imperfeito quando a boca está
fechada. Essa condição pode afetar tanto a estética quanto a função mastigatória e
a fala de um indivíduo (WEBER; PRESTES; SANTANA, 2022). A maloclusão pode
ser causada por diversos fatores, incluindo o crescimento e desenvolvimento dos
maxilares, hábitos deletérios comuns na infância, como por exemplo, sucção de
dedo ou uso prolongado de chupetas, além de fatores que envolvem a genética
(ANDRADE et al., 2020).
A maloclusão é classificada de acordo com a natureza e a gravidade do
problema. O sistema de classificação mais amplamente utilizado é o Sistema de
Classificação de Angle, que divide as más oclusões em três classes: Classe I,
Classe II e Classe III (MESSIAS et al., 2019).
Na Classe I, a relação entre os maxilares é normal, mas há uma má posição
dos dentes nas arcadas superiores e inferiores. Os dentes sobressaem mais ou
estão mais para trás do que o normal. Na Classe II, é caracterizada por uma
protrusão acentuada dos dentes superiores ou uma recessão dos dentes inferiores,
criando uma má oclusão anterior, conhecida como mordida aberta anterior. Já a
Classe III é o oposto da Classe II, com os dentes inferiores protrusos em relação aos
dentes superiores, criando uma má oclusão anterior inversa ou mordida cruzada
MESSIAS et al., 2019).
A correção do mal posicionamento dos dentes pode melhorar
significativamente a qualidade de vida do paciente, pois incluem melhorias na função
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mastigatória, na fala e na estética, o que pode aumentar a autoestima e a confiança.


Também é preciso considerar que as maloclusões quando não tratadas podem
evoluir para complicações secundárias, como por exemplo, aumento do risco de
cáries e doenças periodontias devido à dificuldade de manter uma boa higienização
bucal. Outro exemplo, está na ocorrência de desgaste anormal dos dentes e
problemas articulares, como é o caso da disfunção da articulação
temporomandibular (FONSECA et al., 2023).
O tratamento da maloclusão ainda na infância é muito importante,
principalmente porque antecede o desenvolvimento completo dos maxilares. Desta
forma, prevenir e controlar a incidência de hábitos deletérios, é fundamental para
evitar o surgimento de maloclusões (ANDRADE et al., 2020).

4.2 HÁBITOS DELETÉRIOS E SEU IMPACTO NO DESENVOLVIMENTO DA


MALOCLUSÃO

Diversos estudos e pesquisas realizados na área da Odontologia destacaram


que os hábitos deletérios exercem uma influência significativa no desenvolvimento
da maloclusão. Esses hábitos, são mais frequentes em crianças e podem ter um
impacto substancial no alinhamento e no posicionamento dos dentes, causando
problemas de maloclusão que devem ser tratados precocemente, para evitar
problemas ainda maiores no futuro (BEZERRA et al., 2018).
A sucção digital ou de chupetas é um dos hábitos mais conhecidos que pode
se iniciar na primeira infância e persistir por muitos anos. Muitas crianças recorrem a
esses hábitos para se acalmarem, mas o uso prolongado pode afetar o alinhamento
dos dentes e a estrutura óssea da mandíbula. Essa pressão constante do polegar ou
da chupeta acaba empurrando os dentes para fora, levando a problemas de má
oclusão (FERNANDES; LIMA, 2019).
O bruxismo é outro hábito deletério, que envolve o ranger ou apertar dos
dentes durante o sono. A pressão excessiva exercida por essa condição pode
causar o desgaste deslocamento dos dentes, resultando em maloclusão e
desalinhamento. A abordagem do bruxismo requer uma ação conjunta entre vários
profissionais, pois pode envolver outras áreas além da Odontologia, como por
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exemplo, a Psicologia (CARVALHO et al., 2020).


A alimentação a partir do uso excessivo de mamadeiras também pode ter
impactos negativos no desenvolvimento da oclusão dentária. Quando as crianças
são alimentadas por muito tempo através de mamadeiras, a sucção contínua pode
afetar o desenvolvimento dos maxilares, levando à formação de maloclusão
(MARCANTONIO et al., 2021).
Hábitos como roer unhas, morder objetos ou morder os lábios pode exercer
pressão adicional nos dentes, o que também afeta sua posição e alinhamento. O
impacto dos hábitos deletérios em geral é significativo e podem originar problemas
de maloclusão, que causa dores de cabeça, desgaste anormal dos dentes,
dificuldades na limpeza bucal e aumento do risco de doenças periodontais
(MESSIAS et al., 2019).

4.3 ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO E INTERVENÇÕES PARA A MALOCLUSÃO

A prevenção de maloclusão deve se iniciar ainda na infância, por isso é


importante que a criança passe por avaliações odontológicas regulares desde tenra
idade. Assim, o cirurgião-dentista pode identificar hábitos deletérios, como sucção
de dedo, uso prolongado de chupetas e outros fatores que podem levar ao
desenvolvimento de maloclusões (WEBER; PRESTES; SANTANA, 2022).
O cirurgião-dentista pode orientar os pais e cuidadores sobre a importância de
evitar hábitos prejudiciais, como o uso prolongado de chupetas, que acabam
influenciar o alinhamento dos dentes. Ele também podem oferecer informações
sobre as técnicas adequadas de higiene bucal desde cedo, o que ajuda a evitar
problemas dentários (BISTAFFA et al., 2021).
Quando as maloclusões já estão presentes, a intervenção é necessária
através de tratamentos ortodônticos que incluem o uso de aparelhos fixos ou
removíveis que irão mover os dentes para uma posição correta. O momento ideal
para esse tipo de intervenção depende da gravidade da maloclusão (SILVA et al.,
2018).
Nos casos de maloclusão de maior gravidade, pode ser necessário recorrer à
cirurgia ortognática que irá reposicionar a mandíbula e o maxilar. Essa intervenção é
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realizada em conjunto com o tratamento ortodôntico, quando este não consegue


fazer a correção dos dentes e da mordida (FONSECA et al., 2023).

5 METODOLOGIA

A metodologia para esta revisão bibliográfica consistirá na busca e seleção


criteriosa de informações em livros, dissertações, monografias, relatórios e artigos
científicos pesquisados em bases de dados confiáveis e relevantes para a área da
Odontologia e Ortodontia. As principais bases de dados utilizadas serão: Scielo,
PUBMED, Google Scholar e BVS. As palavras-chave utilizadas serão: Hábitos orais;
Hábitos orais deletérios; maloclusão; odontologia pediátrica.
O processo de busca seguirá os critérios de inclusão e exclusão a fim de
garantir a qualidade e a relevância dos estudos selecionados. Os critérios de
inclusão para os artigos a serem considerados nesta revisão bibliográfica serão os
seguintes: artigos publicados em periódicos científicos revisados; artigos escritos em
língua portuguesa ou inglesa; estudos com uma abordagem multidisciplinar
relacionando Odontologia, Ortodontia, Psicologia, Pediatria ou áreas afins;
publicações recentes, com foco nos últimos cinco anos.
Por outro lado, os critérios de exclusão incluirão: artigos não relacionados ao
tema da pesquisa; estudos que não tragam informações relevantes para a revisão;
publicações em línguas diferentes do português ou inglês; estudos antigos e de
fontes não confiáveis.
6 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO

Quadro 2 – Cronograma de execução das atividades do Projeto e do


Trabalho de Conclusão de Curso.
2023/2 2024/1
ATIVIDADES
JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN

Escolha do tema. Definição do


X X X X
problema de pesquisa
Definição dos objetivos,
X X X X
justificativa.
Pesquisa bibliográfica e elaboração
X X
da fundamentação teórica.

Definição da metodologia. X X

Entrega da primeira versão do


X
projeto. X
Entrega da versão final do projeto. X X

Revisão das referências para


X X
elaboração do TCC.

Elaboração da Introdução X X

Revisão e reestruturação da
Introdução e elaboração do X X X X
Desenvolvimento
Revisão e reestruturação do
X X X X
Desenvolvimento

Elaboração da Conclusão X X X X
Reestruturação e revisão de todo o
texto. Verificação das referências X X
utilizadas.
Elaboração de todos os elementos
X
pré e pós-textuais.

Entrega do TCC-Artigo X X
Fonte: O Autor (2022).
Defesa do TCC-Artigo X
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REFERÊNCIAS

Referencias elaboradas em espaços simples, Fonte arial –tamanho 12,


alinhadas à margem esquerda, e separadas entre si por uma linha em branco,
de espaço simples, link de disponibilidade e acesso!

ANDRADE, Mateus Araújo et al. Relação entre oclusopatias e hábitos


parafuncionais na primeira infância. Research, Society and Development, v. 9, n.
7, p. 1-12, 2020.

BEZERRA, Isadora Cristina de Matos et al. Hábitos deletérios de sucção não


nutritiva em pré-escolares. Revista da OARF, v. 2, n. 1, p. 13-21, 2018.

BISTAFFA, Alisson Gabriel Idelfonso et al. Hábitos bucais deletérios e possíveis


intervenções: uma revisão de literatura. Ensaios e Ciência C Biológicas Agrárias
e da Saúde, v. 25, n. 1, p. 77-84, 2021.

CARVALHO, Fernanda Matias et al. Relação entre amamentação, hábitos bucais


deletérios e maloclusões na infância. Revista Saúde & Ciência, v. 9, n. 3, p. 105-
116, 2020.

FERNANDES, Denise Maria Zaratini; LIMA, Maria Cecília Marconi Pinheiro. A visão
dos pais e professores sobre a ocorrência de hábitos orais deletérios em um grupo
de pré-escolares. Revista CEFAC, v. 21, p. 1-10, 2019.

FONSECA, Ariane da et al. Os hábitos bucais deletérios e o desenvolvimento das


más oclusões em crianças. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 23, n. 7, p.1-8,
2023.

MESSIAS, Agnes Martins et al. Amamentação natural, artificial e maloclusão: há


correlação?. Odonto, v. 27, n. 53, p. 9-18, 2019.

WEBER, Janaina Jeane; PRESTES, Carla Pantaleão; SANTANA, Ana Laura


Valadão. Hábitos bucais deletérios e seus prejuízos na odontopediatria. Revista
Eletrônica Interdisciplinar, v. 14, n. 2, p,188-198, 2022.

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