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Ortodontia

Kamila Giovanna S. Neves


8ºP
Padrão Facial

Na ortodontia mais atual, classificamos a face da seguinte forma: Padrão I, Padrão II,
Padrão III, Face Curta ou Face Longa, de acordo com os critérios descritos por
Capelozza Filho.

O diagnóstico embasado na morfologia facial é o princípio da classificação do Padrão


Facial. A partir do diagnóstico correto identificam-se, nas diferentes faixas etárias,
protocolos de tratamentos por evidências científicas, e, por isso mesmo, com
prognósticos já estabelecidos para o curto e longo prazo.

Os pacientes classificados como Padrão I têm a face bem equilibrada, têm harmonia
esquelética, logo não necessitam de cirurgia para atingir uma estética satisfatória.

A grande maioria dos pacientes padrão II apresenta geralmente deficiência


mandibular que é caracterizada principalmente pela linha queixo-pescoço curta,
deficiência na protrusão do mento e eversão do lábio inferior. A principal
manifestação do Padrão II na visão frontal é a diminuição da altura do lábio inferior e
mento e a eversão do lábio inferior.

O Padrão III tem o terço médio facial pobre. A linha queixo-pescoço é longa. Na visão
frontal, o paciente Padrão III é caracterizado, principalmente, pelo excesso de altura do
lábio inferior e mento e deficiência no terço médio da face. As discrepâncias pequenas
também não são percebidas na avaliação frontal, melhorando o prognóstico de
tratamento não cirúrgico.

Os pacientes Padrão Face Longa é caracterizado pelo excesso na altura facial,


resultando em ausencia de selamento labial, excesso de exposição de dentes no
repouso e de gengiva no sorriso.

Esses pacientes são, normalmente, esteticamente desarmônicos e necessitam de


cirurgia ortognática associada ao tratamento ortodôntico para restaurar o equilíbrio
facial e permitir selamento adequado da musculatura bucal.

Nos pacientes Padrão Face Curta tem pequeno crescimento vertical, lábios
comprimidos. Há pequena exposição dentária superior no sorriso, mesmo em
pacientes jovens.

Os pacientes Padrão II, III, Face Longa e Curta apresentam discrepâncias esqueléticas,
as quais necessitam de tratamentos que incluem, muitas vezes, cirurgias ortognáticas
para corrigir o erro ósseo, normalmente nos casos mais severos. Sendo assim, a
cirurgia ortognática é um recurso importante para resgatar a estética e função facial
do paciente e, consequentemente, melhorar sua autoestima.

Nos pacientes com alterações esqueléticas menos severas, somente a movimentação


ortodôntica pode alcançar um benefício estético e funcional

Padrões Esqueléticos

Uma informação primordial para a construção de um diagnóstico ortodôntico é o


padrão esquelético vertical da face de um paciente. O incorreto diagnóstico deste
pode influenciar o plano de tratamento, causando alterações nas características
faciais, interferindo na estética e na estabilidade dos resultados. Os métodos para
definição do padrão normalmente utilizam radiografias ou fotografias, das quais
são obtidas medidas angulares, lineares ou, ainda, proporcionais.

Ricketts em 1983, classificaram o padrão em: dolicofacial (face longa e estreita),


braquifacial (face curta e larga) e um tipo intermediário, o mesofacial. Ao longo dos
anos, surgiram vários autores que desenvolveram análises com o objetivo de
determinar o padrão esquelético vertical dos pacientes para desenvolverem um
diagnóstico preciso.

Em 1957, foi afirmado que, dentro do complexo temporomandibular, o


diagnóstico pode ser confundido devido à grande variedade de padrões
esqueléticos verticais. O crescimento e o desenvolvimento da cabeça da
mandíbula em quantidade e direção são fundamentais para se entender a
constituição morfológica da face, pois quando o crescimento da cabeça da
mandíbula se faz para cima e para frente com o aumento da profundidade facial,
observa-se uma tendência braquicefálica. Por outro lado, quando o crescimento
condilar ocorre para cima e para trás, observa-se um aumento consistente do
comprimento facial, caracterizando uma tendência dolicocefálica.
Apinhamento dentário

O apinhamento é um mau posicionamento dentário que se deve a uma falta de


espaço, no qual os dentes não se encontram alinhados.

É comum em crianças a partir dos 6 anos de idade, quando os dentes de leite


começam a cair para dar lugar aos dentes definitivos. No entanto, é também
comum ver adultos com os dentes apinhados.

É importante lembrar que a superlotação dentária não é apenas um problema


estético, é também considerado um problema de saúde, uma vez que os dentes
apinhados são mais difíceis de limpar.

Causas do apinhamento dentário

Os dentes apinhados são frequentemente causados pela falta de espaço na


dentição, mas não só, pois os dentes podem estar apinhados por outras razões,
como por exemplo:

1. Mandíbula demasiado pequena


2. Dentes maiores do que a mandíbula
3. Palato ogival ou estreito
4. Dentes supranumerários
5. Hábitos de língua
6. Perda ou ausência de dentes - os dentes não ficam alinhados e mudam de
posição

Tipos de apinhamento dentário segundo a sua causa

Podemos classificar o apinhamento de acordo com a sua origem. De acordo com a


sua causa, distinguimos três tipos principais de apinhamento dentário:
• Primário

Este tipo de desalinhamento é de origem hereditária. Se o teu maxilar for


demasiado pequeno, é provável que os teus filhos sofram do mesmo problema.
Recomendamos que leves os teus filhos para uma primeira visita a um
especialista, a partir dos 6 anos, para que os seus dentes possam ser avaliados e
possam ser tomadas medidas precoces para facilitar o tratamento.

• Secundário

O apinhamento dentário secundário é causado por maus hábitos orais. Este é, por
exemplo, o caso de crianças que chupam os polegares ou que têm uma utilização
prolongada de chupeta.

Também pode ocorrer como resultado da perda prematura de dentes de leite. Os


dentes definitivos ainda não estão prontos para surgir, o que dá aos dentes
adjacentes tempo para se moverem.

• Terciário

Finalmente, quando os dentes do siso surgem sem espaço suficiente, deslocam


toda a dentição e provocam um apinhamento dos dentes generalizado.

Graus de apinhamento

Antes de encontrar uma solução para dentes apinhados, o grau de complexidade


do caso a ser tratado deve ser primeiro avaliado de modo a oferecer uma solução
eficaz e apropriada.
Durante a primeira consulta com o teu ortodontista, ele dir-te-á se sofres de
apinhamento ligeiro, moderado ou grave, após a realização de um raio-X intra-
oral, um estudo dentário detalhado e um scan 3D.

1. Ligeiro: menos de 3 mm em falta


2. Moderado: entre 3 e 5 mm em falta
3. Grave: quando faltam mais de 6 mm de espaço

Quais são os riscos de não tratar os dentes apinhados?

Poder-se-ia pensar erradamente que o apinhamento dentário é apenas uma


questão estética. No entanto, dentes mal alinhados podem causar muitos
problemas de saúde:

1. Má higiene dentária: é mais difícil aceder a todas as áreas da dentição e


utilizar o fio dentário corretamente, o que leva à criação de placa
bacteriana, favorecendo, por sua vez, o aparecimento de cáries e tártaro.
Também deve ser lembrado que o tártaro é responsável pelo mau hálito.
2. Nos casos mais graves em que a higiene dentária se torna difícil, o paciente
pode acabar por sofrer de inflamação da gengiva e outras doenças
periodontais.
3. O esmalte e os dentes desgastam-se e deterioram-se mais rapidamente.
4. A superlotação também pode levar a problemas mais graves de oclusão.

Tratamentos para o apinhamento dentário

Como acabámos de ver, tudo depende do grau de dificuldade de cada caso, pelo
que é importante fazer uma primeira consulta presencial de forma a obter uma
resposta adequada.

• Casos ligeiros

Se a sobreposição for ligeira, ou seja, se faltarem menos de 3 mm na arcada


dentária, uma das opções a considerar é a utilização de facetas dentárias.
Feitas de cerâmica ou compósito, adaptam-se perfeitamente à cor dos dentes para
um resultado muito estético e natural. Deve também notar-se que as facetas são
aplicadas numa única sessão no dentista, o que permite que a sobreposição seja
corrigida em tempo recorde. As facetas também podem ser aplicadas a um único
dente.

• Casos moderados ou severos

Nos casos mais complexos, só a ortodontia pode fornecer uma solução para
dentes apinhados. Isto pode ser acompanhado por várias técnicas, como veremos
a seguir, para obter resultados satisfatórios de acordo com o caso de cada
paciente.

Existem hoje muitos tratamentos ortodônticos disponíveis para o apinhamento


dentário: brackets metálicos, brackets estéticos, brackets linguais ou alinhadores
invisíveis.

Tratamentos para o apinhamento dentário de acordo com a idade do


paciente

Tratar o apinhamento dentário em crianças

Recomenda-se uma primeira visita ao ortodontista a partir dos 6 anos de idade,


para verificar o desenvolvimento dos dentes e dos ossos da mandíbula. Se o teu
ortodontista detetar um problema antes de todos os dentes definitivos terem
irrompido, tal como um maxilar demasiado estreito, ele recomendará iniciar um
tratamento ortodôntico interceptivo para o teu filho.

Ortodontia interceptiva

Este é um tipo de ortodontia reservado às crianças que ainda não têm todos os
seus dentes definitivos. Intervém no desenvolvimento dos ossos maxilares e, neste
caso, trata a falta de espaço desde tenra idade, com a utilização de aparelhos
específicos.

A ortodontia interceptiva para tratar o apinhamento dos dentes é especialmente


necessária no caso de apinhamento devido a um maxilar demasiado estreito, ou
um problema com o palato.

Como corrigir o apinhamento dentário em adolescentes e adultos

Uma vez que os dentes definitivos tenham irrompido, por volta dos 12 anos de
idade, a ortodontia corretiva pode ser utilizada. Existem muitos dispositivos
diferentes, dependendo das necessidades e orçamento de cada paciente.

1. Brackets metálicos: Provavelmente o dispositivo mais conhecido e mais


utilizado até à data, os brackets metálicos são colocados em cada dente e
ligados por um arco metálico.
2. Brackets estéticos: Como os anteriores, podem ser feitos de safira ou
cerâmica para um tratamento mais estético.
3. Aparelhos fixos autoligados: Feitos de metal ou transparentes, a sua caixa
é o que os diferencia dos suportes tradicionais, uma vez que envolvem o
arco, sem necessidade de utilizar elásticos.
4. Aparelho lingual: A ortodontia lingual é semelhante ao aparelho
ortodôntico tradicional, exceto o facto de este ser colocado no interior dos
dentes.
5. Alinhadores invisíveis: Os alinhadores invisíveis revolucionaram o mercado
ortodôntico há alguns anos com um sistema inovador que permite alinhar
e tratar os problemas de mordedura de forma confortável e estética.
Podem ser removidos durante as refeições e ao escovar os dentes para
maior conforto e melhor higiene.

Contenção no final do tratamento

O tratamento ortodôntico não termina quando os aparelhos são removidos. É


necessário utilizar um aparelho de contenção para manter os resultados e manter
os dentes devidamente alinhados. Os dentes têm uma certa "memória" e tendem
a regressar à sua posição original após o tratamento ortodôntico. Também se
movem constantemente ao longo da vida, pelo que é importante utilizar um
aparelho de contenção após o tratamento.
Técnicas associadas

Alguns casos de dentes apinhados necessitam de ajuda adicional para se


conseguir um alinhamento correto. O ortodontista pode prescrever as seguintes
técnicas.

• Stripping dentário

O stripping dentário, ou redução interproximal do esmalte, é um procedimento


que visa ganhar espaço entre dentes na fase anterior ao tratamento ortodôntico,
apenas em pacientes com um apinhamento ligeiro.

O dentista lima alguns dentes de uma forma controlada para reduzir a sua largura
em 0,2 a 0,5 milímetros. Este é um procedimento indolor que é realizado sem
anestesia.

• Extrações dentárias

Quando o apinhamento é mais severo, o ortodontista pode ter de remover um ou


mais dentes para ganhar espaço e assegurar um alinhamento perfeito. A extração
dentária é realizada por um cirurgião dentista e pode ser feita sob anestesia local
com ou sem sedação.

Espaçamento dentário

Diastema é qualquer espaço localizado entre dois dentes, independente da causa


ou do local em que ele aparece. Além dos danos estéticos, este problema tão
comum frequentemente está por trás das cáries dentárias e doenças gengivais
que aparecem nestes espaços – áreas difíceis para remover a placa bacteriana.

O diastema não aparece apenas em adultos. Em crianças, o qual mostra-se


fundamental para equalizar as trocas dentárias e o crescimento das arcadas
ósseas, ele é encontrado em quase metade das que situam-se entre os 10 e 11
anos de idade. O problema é que, quando estes espaços continuam quando chega
a vida adulta, podem exigir uma série de tratamentos para recuperar a função e
estética do sorriso afetado.

Quais as causas do diastema?

Uma das características mais impressionantes do diastema é que ele possui inúmeras
causas e que, à excessão dos tumores, estas parecem ter uma distribuição uniforme. A
ideia, portanto, de que os espaços entre dentes são decorrentes apenas da
discrepância entre o tamanho dos dentes e arcadas dentárias pode mascarar o
verdadeiro motivo e atrapalhar os resultados do tratamento. Conheça as principais
causas dos diastemas dentários:

• Trocas dentárias na infância

O diastema em crianças é normal. Desde a formação dos dentes de leite até a fase
com trocas dentárias mais intensas, os espaços entre dentes não exigem
preocupações maiores desde que o posicionamento dos dentes (inclinações) estejam
dentro de um padrão de normalidade para a idade do pequeno paciente.

• Dente que não nasceu (erupcionado)

Você já deve ter conhecido alguém que possua ao menos um dente que, por algum
motivo, não nasceu (erupcionou). O problema é que, quando isto acontece e o dente
em questão não é o siso, ele pode levar à formação de espaços entre dentes quando
localiza-se entre as raízes dentárias.

• Desproporção entre tamanho de dentes e arcadas dentárias

Principal causa para diastemas em adultos, a desproporção entre o tamanho dos


dentes (pequenos) e o osso das arcadas dentárias frequentemente forma múltiplos
espaços entre os dentes. Quando ocorre o contrário, o mais provável é que os dentes
distribuam-se apinhados, inclinados e girados.

• Sucção do polegar

A sucção do polegar, um hábito deletério comum na infância, pode trazer alterações


ósseas faciais além das que podem na arcada dentária. Dificuldade para fonação e
respiração e até mesmo problemas oculares podem fazer parte das complicações em
que o aparecimento de espaços entre dentes é o menos importante.

• Freio labial

O freio labial é uma inserção muscular que pode estar localizada entre os dentes. Mais
comum entre os incisivos centrais superiores, pode exigir a sua remoção por cirurgia,
em um procedimento conhecido como frenectomia, o que permite o fechamento
completo por tratamento com aparelho ortodôntico ou ainda melhorar os resultados
estéticos de procedimentos com restauração dentária em resina ou porcelana ou
laminados cerâmicos.

• Pressão da língua ao engolir

O ato de engolir também inclui o reflexo de pressão da língua contra o palato. Alguns
indivíduos, entretanto, inadequadamente pressionam a língua contra os dentes
superiores, o que pode causar, entre outros problemas, a formação de espaços entre
os dentes.

• periodontite

A periodontite é pouco lembrada como causa para diastemas – o que é injusto, já que
esta infecção gengival causada pela placa bacteriana é encontrada com muita
frequência. A doença periodontal, quando em estado avançado, é causa para
mobilidade, inclinação e movimentação dentárias que podem resultar no
aparecimento de espaços.

• Perdas dentárias

Após a perda de um ou mais dentes – extraídos por cáries dentárias, fraturas ou


periodontite -, além do próprio espaço vazio resultante da remoção do dente, pode
ocorrer a abertura de espaços até mesmos entre dentes distantes do local da extração
dentária.

• Tumores

Cistos e tumores odontogênicos, malignos ou benignos, podem estar por trás do


afastamento de dentes que aparece principalmente na fase adulta. O tratamento,
cirúrgico, pode também exigir correções com aparelho ortodôntico para alinhar os
dentes e recuperar a oclusão dentária (contato funcional entre dentes de arcadas
dentárias diferentes).

O tratamento do diastema é o fechamento dos espaços entre dentes. Enquanto para


alguns o objetivo é recuperar a estética do sorriso, para outros pode ser a eliminação
dos traumas em gengivas que ocorrem durante a mastigação ou eliminar áreas que
retém alimentos e favorecem o acúmulo de placa bacteriana. Conheças as principais
técnicas para tratar o problema:

• Restauração dentária

Para quem deseja uma solução rápida e estética, a restauração dentária em resina é o
tratamento ideal. Realizada em uma única consulta, ela traz como vantagens o preço
mais em conta e os excelentes resultados estéticos para fechamentos de pequenos
espaços.

• Lente de contato dental


Técnica mais sofisticada entre as disponíveis para laminados cerâmicos, a lente de
contato dental otimiza os resultados estéticos para fechamentos de espaços entre
dentes. Indicada no tratamento estético de impacto, é uma alternativa que aproveita o
fechamento de diastemas com correções marcantes na cor e forma do sorriso.

• Faceta de porcelana

Diferenciada da lente de contato dental por exigir desgastes dentários, a faceta de


porcelana é pouca utilizada no fechamento de diastemas. Indicada para corrigir
problemas severos na cor e forma dos dentes, esta técnica é indicada para corrigir
dentes tortos e desalinhados, escurecidos por falhas no tratamento de canal,
manchados por fluorose dentária ou outros problemas de formação do esmalte e
dentina.

• Faceta de resina

Versão com preço mais em conta comparado à faceta de porcelana, a faceta de


resina é bastante popular pelas transformações de impacto realizadas de forma
instantânea. As indicações desta técnica são as correções mais severas de espaços
entre dentes que também exigem a recuperação da camada mais externa dos dentes,
o esmalte dentário.

• Fragmento cerâmico

Provavelmente a técnica mais sofisticada utilizada no tratamento de diastemas, o


fragmento cerâmico, também conhecido como restauração dentária em porcelana,
traz durabilidade e resultados estéticos na medida para os pacientes mais exigentes
com a harmonia do seu sorriso. Realizado em duas consultas, é ideal para pequenos e
médios espaços entre dentes ou ainda nas correções de cor e forma dos dentes
para odontologia estética de impacto.

• Tratamento ortodôntico
O tratamento com aparelho ortodôntico é, na maioria dos casos, o melhor tratamento
do diastema. Suas desvantagens ficam por conta do tempo elevado do tratamento e
dos custos envolvidos, bastante superiores a procedimentos como a restauração
dentária em resina.

• Cirurgia para remoção do freio labial

Indicada para facilitar o fechamento de espaços entre dentes com aparelho


ortodôntico, este procedimento cirúrgico pode ser essencial para resultados mais
estéticos. Com pós-operatório que pode exigir ao paciente alguns dias em repouso, é
utilizada para remover as inserções musculares profundas localizadas entre dentes
que impedem os contatos dentários laterais através de movimentações ortodônticas.

Anomalias dentárias

As anomalias podem ser classificadas como hereditárias, congênitas ou adquiridas.


Anomalias hereditárias ocorrem quando fatores etiológicos atuam causando
alterações na diferenciação das células, gerando modificação na estruturação, tais
modificações podem ser constatadas antes ou após o nascimento.

Nas anomalias congênitas, os fatores causais agiram na fase de formação intrauterina


alterando a composição e/ou função do órgão afetado.

Já nas anomalias adquiridas, os fatores etiológicos atuaram na fase de formação e/ou


desenvolvimento pós-natal.

Principais tipos de anomalias dentárias

Existem diversos tipos de anomalias dentárias, confira a seguir como é feita a


classificação:

Anomalias de forma

• Dilaceração:
• Dente cônico:

• Taurodontia:

• Dens in dente:

• Cúspide em garra:

Anomalias de tamanho

É uma anomalia rara, que se refere aos dentes maiores que o normal (aumento do
volume), pode ocorrer tanto no sentido mésio-distal, quanto no longitudinal, ou seja,
cérvico-incisal ou cérvico-oclusal geralmente ligada a distúrbios sistêmicos ou
síndromes.

Macrodontia

Pode causar dificuldade na erupção do dente e, além disso, para o dente já


erupcionado é mais suscetível ao aparecimento de cárie, devido à sua anatomia.

Possíveis tratamentos:

• tratamento ortodôntico: para alinhamento e reposição na arcada dentária

• gengivoplastia: enxerto de tecido mole para corrigir a retração gengival, ou


para nivelar e harmonizar a gengiva

• contorno cosmético: procedimento que utiliza discos de lixa e acabamento


para desgastar superficialmente os dentes, melhorando seu
contorno/angulação e dando mais harmonia ao sorriso e à face.

Microdontia

Trata-se de uma alteração genética e umas das anomalias mais frequentes. Em casos
de microdontia, os dentes são menores do que o tamanho normal. Isso pode ocorrer
com apenas um dente ou em diversos.

Possíveis tratamentos:

• Anomalias de posição
• Ectopia
• Anomalias de número
• Dente supranumerário
• Raiz supranumerária

Tratamento: depende do tipo de anomalia, sua gravidade e do nível de


comprometimento que causa em boca. A exodontia (extração) é indicada quando o
surgimento de outro dente é alterado pela presença desta anomalia, quando ela
interfere no tratamento ortodôntico ou a estética do sorriso, e caso haja reabsorção
em raízes dos dentes ao lado, geralmente é realizada exodontia de dentes
supranumerários.

O tratamento ortodôntico é indicado se houver espaço para adaptação na arcada


dentária e a exodontia não for indicada.

Principais CIDs para anomalias dentárias

CID 10 – K00 Distúrbios do desenvolvimento e da erupção dos dentes

CID 10 – K00.0 Anodontia

CID 10 – K00.1 Dentes supranumerários

CID 10 – K00.2 Anomalias do tamanho e da forma dos dentes

CID 10 – K00.3 Dentes manchados

CID 10 – K00.4 Distúrbios na formação dos dentes

CID 10 – K00.5 Anomalias hereditárias da estrutura dentária não classificadas em outra parte

CID 10 – K00.6 Distúrbios da erupção dentária

CID 10 – K00.7 Síndrome da erupção dentária

CID 10 – K00.8 Outros distúrbios do desenvolvimento dos dentes

CID 10 – K00.9 Distúrbio não especificado do desenvolvimento dentário

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