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PROBLEMAS VERTICAIS: MORDIDA ABERTA

A mordida profunda e a mordida aberta, quando tratada em fase de


crescimento é fácil de corrigir. Quando passa da fase de crescimento que
atinge uma fase adulta, já é mais complicada a correção, as vezes será
necessário fazer extrações de dentes ou cirurgia ortognática para a correção
desses problemas, principalmente em mordida aberta.

A mordida aberta é uma vilã para pacientes adultos. Quando é pouquinha, com
alguns milímetros é até fácil a correção, com extrusão de dentes, uso de
elásticos nos maxilares, uso de mini implantes. Porém quando a mordida é
muito aberta em fase adulto, ai sim complica pra gente a correção. Talvez
apenas com cirurgia ortognática para corrigir o problema.

Introdução:

 Aumento ou diminuição do trespasse entre os dentes da arcada oposta;


 Comprometimento estético;

 Afetam as arcadas no sentido vertical;


 Ausência de contato entre os dentes;
 Localizada na região anterior ou posterior ou combinada;
Quando é combinada é mais difícil a correção. A mordida aberta quando
tratada em fase de crescimento é mais fácil a correção, ela esta
bastante associada a hábitos deletérios, como sucção de dedo, chupeta,
mamadeira, uso de objetos entre os dentes ... E também o problema
hereditário.

Classificação:

QUANTO A LOCALIZAÇÃO QUANTO AS ESTRUTURAS


ENVOLVIDAS
ANTERIOR DENTÁRIA
LATERAL ESQUELÉTICA
COMBINADA
Quanto às estruturas envolvidas:

 Dentária (somente quando tem estruturas dentária envolvidas)

 somente dente e processo alveolar envolvido


 bases ósseas sem comprometimento
 angulação dos planos horizontais da face estão normais

 Esquelética (palato atrésico).

 Comprometimento das bases ósseas

 Divergência dos planos horizontais.

 Para diagnosticarmos se é um problema esquelético ou dentário,


com a vivência clínica sabemos diagnosticar, porém utilizamos
exames de cefalometria, que são traçados. Onde podemos
perceber quais são os problemas do paciente.
 A maior diferença entre esquelética e dentária, são as inclinações
das bases ósseas.
A e B mordida aberta esquelética C e D mordida aberta dento-alveolar

O que vai nos dizer se é dentária ou esquelética, é a forma dos arcos.


Pois se tiver problema ósseo envolvido, é esquelético, se não tiver é
problema dentário.

Características faciais

1. Aumento anterior e diminuição posterior da altura facial;


2. Desproporção terços faciais, com aumento porção inferior - o terço
inferior estará mais alongada por causa da mordida aberta
3. Falta selamento labial;
4. Largura da face com tendência a ser mais estreita – dólico facial

Etiologia

1. Hábitos viciosos;
 Sucção de dedo ou chupeta = frequência/duração/intensidade;
 Interposição de língua.
2. Hiperplasia dos tecidos linfáticos com respiração bucal;
 Desenvolvera: respiração bucal
3. Alterações de crescimento;
 Padrão de desenvolvimento desfavorável, devido a um padrão
genético = M. Aberta.
4. Forças oclusais eruptivas e anquilose.
 Trauma dentário;

Tratamento

Época correta de intervir:

Índice de correção natural:

 Desenvolvimento oclusal;
 Eliminação de hábitos nocivos;
 Diminuição das adenoides;
 Estabelecimento de deglutição madura.
Diagnóstico correto: Exame clínico

 FACE: face curta ou alongada


 Extrusão e intrusão de dentes
 Capacidade de selamento labial
 Quantidade de exposição dos incisivos em repouso.
Importante no tratamento para escolha de intrusão ou
extrusão de dentes.

 SORRISO:
Um sorriso harmônico é aquele que expõe a coroa do incisivo ate
1 a 2mm de exposição gengival. Mais do que isso será um sorriso
gengival.
 Paciente com mordida aberta anterior e pouca exposição
do incisivo: extrusão dentaria.
 O contrario: intrusão dos posteriores.

 Hábitos / avaliar :
 Dedos, língua
 Lábios

 Respiração / avaliar:
 Nasal (se respira pela boca, nariz ou ambos)

 Deglutição / avaliar: se deglute de forma correta ou não


 Produz mordida aberta;
 Dificulta a correção;
 Relaciona a recidiva pós-tratamento.

 Exame fotográfico:
 Fortalece os dados obtidos no exame clinico;
 Avaliar diversos itens observados no exame clínico.
Desvio de linha média, se o paciente é cimétrico ou não,
terços faciais (dólico, mesio ou braqueo), alterações de
terços.

 Exame dos modelos de gesso das arcadas:


 Observar inclinação dos planos oclusais sup/inf;
 Tamanho da coroa clinica;
 OBS.: coroa clinica pequena com M.A.A mais fácil
extrusão.
 Radiografia cefalométrica lateral: Qual a maior finalidade da
radiografia cefalometrica pra gente? Diagnosticar se o problema é
esquelético ou dentário).
 Avaliar as inclinações dos planos horizontais da face;
 Posição dos molares e incisivos em relação ao osso de
suporte.

 Interrupção do hábito:
 Conversa franca com a criança, explicando a ela os
problemas que o hábito esta causando.
 Interposição de língua utilizando aparelhos removíveis.

 Controle de crescimento:
As terapias vão ser divididas em:
 Controle de crescimento vertical da maxila = THUROW
(AEB tração alta). Ele serve para conseguir o fechamento
da mordida e repocionamento da estrutura óssea da
maxila. Ele é exclusivo de maxila.
 Controle de crescimento vertical dos dentes posteriores =
BIT BLOCKS (para forças extrusivas dos dentes
posteriores). Quando quero corrigir por exemplo, intruir
dentes posteriores para extruir dentes anteriores.

Prova – quando eu tenho pouca exposição dos incisivos


superiores, mordida aberta instalada eu vou colocar BIT
BLOCK. Onde vai intruir os posteriores e extruir os
anteriores. Vai ser uma plaquinha de acrílico.

(Geralmente quando o paciente tem mordida aberta,


trespasse vertical acentuado overjet, geralmente temos
que colocar um aparelho para corrigir a parte óssea da
maxila, e um dos aparelhos utilizados é o AEB. Temos
várias tipos de trações no AEB, como tração alta
(THUROW), média e baixa.
 Mecânica extrusiva:
 Quando crescimento cessado e mordida aberta de pequena magnitude
presente = extrusão com elásticos (quando pouca exposição de
incisivos);

 Terapias ortodôntica e cirúrgica combinadas:


 Tratamento orto-cirúrgico, indicado para casos com comprometimento
esquelético depois de cessado o crescimento.

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