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Revisando ortodontia

Ortodontia preventiva: Tratar e evitar problemas futuros. Remoção de


hábitos deletérios.
Ortodontia interceptativa: Quando há um problema instalado, mas é suave,
o tratamento é precoce.
Ortodontia corretiva: Quando o problema já está instalado de forma mais
grave. O problema mais comum é o apinhamento.
Classe I: Cúspide MV do 1°MI oclui na área de ameia entre o 2° PMS e o
1°MS.
A cúspide MV do 1°MS é alinhada diretamente sobre o sulco vestibular do
1°MI.
O contato entre molares ocorre tanto em ponta de cúspides e fossas quanto
em ponta de cúspides e cristas marginais.
A cúspide do canino superior oclui entre a cúspide do canino e do 1° pré-
molar inferior.

Classe II: É quando a maxila está para frente ou a mandíbula está para trás
ou um pouquinho de cada. A mandíbula pode ficar um dente inteiro para trás.
O canino inferior passa a ficar entre o canino superior e o 1° pré molar
superior.
A cúspide MV do 1°MI oclui na área de fossa central do 1° MS.
A cúspide MV do 1°MI é alinhada com o sulco vestibular do 1°MS.
Quando é comparada com a classe I, os contatos estão distalizados.
Divisão 1 tem overjet (inclinação vestibular dos incisivos).
Divisão 2 os incisivos estão inclinados lingualmente.
Comum estar associada a mordida profunda.

Classe III: Ou é uma maxila que cresceu pouco ou uma mandíbula que
cresceu muito. Pode ter mordida topo a topo ou mordida cruzada anterior.
A cúspide DV do 1° MI oclui na ameia entre o 2°PM e o 1°MS.
A cúspide MV do 1° MS é alinhada com ameia entre o 1° e o 2°MS.

Overjet é a distância entre a maxila e a mandíbula. Se não houver overjet,


não é possível corrigir classe II.
Overjet em 0 é a mordida topo a topo.
Overjet positivo: Maxila mais para frente. O overjet deve ser positivo em
uma oclusão ideal, mas de forma pequena.
Overjet negativo: Maxila de forma posterior a mandíbula.
Overbite em 0 a mordida é topo a topo.
Overbite diz se o paciente possui mordida aberta ou profunda.

Após a 7ª semana de gestação o esqueleto cartilaginoso começa a ser


substituído por osso.
Pode ocorrer de 2 formas:
-Intramembranosa: Origem em tecido conjuntivo membranoso. Responsável
pelo desenvolvimento dos ossos chatos (finos).
-Endocondral: Origem em tecido cartilaginoso, formam ossos longos como
o fêmur.

Mecanismo de crescimento ósseo


-Deslizamento: Deposição óssea em uma região e reabsorção na área oposta.
-Deslocamento: Enquanto o osso cresce e bate no outro osso, o osso se
desloca para outro lugar.
Tipo facial
-Braquifacial: Crescimento + horizontal, face curta.
-Mesofacial: Crescimento equilibrado.
-Dolicofacial: Crescimento + vertical, face alongada.

Processos de crescimento ósseo


-Disjunção maxilar ou expansão rápida: o Disjuntor de hyrax separa as 2
maxilas buscando corrigir a mordida cruzada.
-Movimento dentário ortodôntico: Força suave e constante por cerca de 28
dias. Onde há tensão há formação óssea e onde há pressão há reabsorção
óssea.
-Tração reversa de maxila: Aparelho que tensiona a região das suturas
posteriores estimulando o crescimento. A tração gera deslocamento ósseo.
-Amamentação e crescimento mandibular: A amamentação estimula o
crescimento mandibular do bebê.

Sequência favorável de erupção de dentes decíduos: ICI – ICS – ILS – ILI –


1° molares – Caninos – 2° molares
A 2° fase de erupção dos dentes decíduos ocorre com o nascimento dos 1°
molares, que é a partir de 12 meses.

Características normais/ideais
• Pouco overbite e overjet
• Presença de diastemas (arco tipo I de Baume), quanto mais melhor. Se
não há espaços, não caberá os dentes permanentes.
• Arco ovóide
• Plano terminal 2° molares retos
• A classificação das classes oclusais (I, II e III) se inicia quando há o
1° contato entre os molares erupcionados.
• Degrau distal, se os dentes inferiores estiverem mais para distal do que
os superiores podem-se desenvolver uma classe II.
• Degrau mesial, se os dentes inferiores estiverem mesializados, pode-
se desenvolver uma classe III.
• As raízes são retas, verticais e paralelas sem inclinação, isso facilita a
avulsão do dente.
• Face oclusal e incisal no mesmo plano. Ausência de curva de Spee e
Curva de Wilson.

Arco I de Baume: Arco ideal em crianças, presença de diastemas.


Arco II de Baume: Não é ideal para crianças pois não apresenta diastemas.
Espaço primata: O canino inferior encaixa no espaço entre o ILS e o canino
superior e o canino superior encaixa entre o canino inferior e o 1° Molar
inferior.

Função da dentição decídua


• Manutenção do espaço para os dentes permanentes
• Guia de erupção para os dentes permanentes
• Manutenção do processo alveolar
• Mastigação, deglutição, fonação e estética
• Ao surgirem mais tarde possibilitam a amamentação
• Permitem o crescimento das estruturas faciais nos primeiros anos de
vida
• Ajudam a obter uma boa nutrição ao permitir a mastigação
Estimulam o crescimento dos maxilares com a mastigação

Sinais de alerta em dentições decíduas


• Ausência total de espaços interdentais ou apinhamentos
• Perda precoce por trauma ou cárie
• Presença de hábitos parafuncionais
• Ausência de aleitamento materno
• Respiração bucal
• Interposição de língua
• Mordida aberta
• Mordida cruzada anterior e/ou posterior.
Dentição mista: marcada pelo nascimento do 1° molar permanente (entre 5
e 6 anos).

Sequência de erupção dos dentes permanentes


Maxila: 1° M > IC > IL >1° PM > 2° PM > C > 2° M
Mandíbula: 1° M > IC > IL >1° PM > C > 2° PM > 2° M
O canino superior permanente é o último dente que derruba um dente
decíduo.

Classificação da dentição mista


-1° período transitório: Nascimento do 1°M permanente e esfoliação dos
incisivos decíduos.
-Período intertransitório: A criança fica com os incisivos e 1° molares
permanentes superiores e inferiores. Fase do patinho feio.
-2° período transitório: 2ª fase de troca dentária. Sobra de espaço (Leeway
space) para o nascimento dos dentes permanentes.

Maloclusões e aparelhos mais utilizados em dentição mista


-Placa expansora: Corrige apinhamento, mordida cruzada posterior e
mantenedor de espaço.
-Quadrihelix (aparelho permanente) que promove a expansão da maxila e
não necessariamente o rompimento da sua sutura.
-Disjuntor de hyrax (permanente, possui banda): Seu objetivo é romper a
sutura palatina e também corrige mordida cruzada posterior.

Maloclusões e aparelhos mais utilizados em dentição permanente


-Apinhamento: Corrigido com braquetes ou ivisalign
-Classe II: Corrigida com craquetes e elásticos, invisalign, aparelho
ortopédico e propulsor mandibular.
-Mordida aberta anterior: Aparelho fixo com braquetes e uso de elásticos,
invisalign, mini implante para a intrusão posterior.
Tipos de movimentos dentários
• Inclinação: Movimento V-L ou M-D. O dente gira em torno do centro
de resistência.
• Translação: Movimento do dente por inteiro V-L ou M-D. é um
movimento mais difícil pois o dente deve se movimentar por
completo.
• Rotação: é o giro do dente no próprio eixo. Possui grande chance de
recidiva.
• Verticalização: Ocorre quando um dente inclinou de forma errada.
Grande risco de reabsorção pelo excesso de movimentação.
• Torque: Inclinação na raiz, sendo positivo com a raiz para vestibular e
negativo com a raiz para lingual.
• Extrusão: Ocorre de forma fisiológica se houver perda do dente
antagonista, não há zona de pressão, apenas de tração.
• Intrusão: é o movimento mais difícil pois é o oposto do fisiológico, o
risco de reabsorção no ápice é muito grande.

Classificação das maloclusões


Discrepância de modelos
-Nula: Dentes alinhados e pontos de contato estabelecidos
-Positiva: Espaço presente maior que espaço necessário, presença de
diastemas
-Negativa: Espaço presente menor que o necessário, presença de
apinhamento. Quando é maior que 7, são necessárias extrações.

Avaliação inter-arcos (transversal, vertical e sagital)


-Transversal: Diagnostica mordida cruzada, mordida invertida, atresia
maxilo-mandibular ou mordida normal. Pode ser:
-Unilateral: Em MIH a linha média está coincidente com mordida
cruzada unilateral. O paciente só mastiga do lado da mordida cruzada e com
o tempo tende a evoluir para bilateral.
-Unilateral funcional: Em MIH a linha média está desviada / em RC a
mordida cruzada é bilateral ou topo.
-Bilateral: Em MIH a linha média está coincidente com mordida
cruzada bilateral.
A mordida cruzada pode ter origem: dentária, esquelética ou funcional
(contatos prematuros).

-Análise Sagital
Classifica o paciente em Classe I, II e III.
O erro sagital pode ser quantificado sendo:
¼ Classe II = erro de até 1,75mm
½ Classe II = erro de até 3,5 mm
¾ Classe II = erro de até 5,25mm
Classe II total = erro de até 7mm

-Análise Vertical
Diagnostica (visão de frente) mordida aberta, mordida profunda ou topo a
topo.
O valor normal da sobremordida é de 2,5 a 3mm.

Aparelhos preventivos
Previnem a perda de espaço pela perda precoce dos dentes decíduos ou
previne problemas causados por hábitos como chupar o dedo.
-Os principais são: Mantenedores de espaço e grade palatina, podendo ser
fixos ou removíveis.

Aparelhos interceptativos
São aparelhos que corrigem problemas já instalados
Disjuntor de hyrax: abre a sutura da maxila e pode corrigir mordida cruzada
posterior.
Arco extra bucal, propulsor mandibular, pendex ou bionator tratam classe II.
Aparelho removível com mola, placa lábio ativa e elástico, aparelho
removível com arco progênico, disjuntor de hyrax e máscara facial de petit
tratam Classe III.

Cefalometria:
Cefalometria é o traçado realizado em cima da telerradiografia lateral.

Ponto S = Sela túrcica


Ponto N = intersecção dos ossos nasais e frontal
Ponto ENA = Espinha nasal anterior
Ponto ENP = Espinha nasal posterior
Ponto A = Ponto mais profundo da concavidade anterior da maxila
Ponto B = Ponto mais profundo da concavidade anterior do mento
Ponto Gn (gnático) = Ponto mais externo da sínfise mentoniana
Ponto Go (gônio) = Localizado bem no meio do ângulo mandibular.
Determinado pela bissetriz (metade de um ângulo) da tangente (reta que
tange, que passa) do corpo e do ramo mandibular.

Linhas e planos cefalométricos:


Linha SN: Situados na base do crânio promovem referência de estabilidade
pois se movimentam muito pouco com o crescimento.
Plano Maxilar / união dos pontos ENA e ENP: Auxilia na definição se o
paciente possui tendência a mordida aberta ou fechada e a rotação da
maxila.
Plano Mandibular / união dos pontos Gn e Go: Auxilia na definição se o
paciente possui tendência a mordida aberta ou fechada e a rotação da
mandíbula.
Linha NA: Mostra a região anterior da face do paciente
Longo eixo do incisivo central superior e inferior: Traçado ums reta no
eixo longitudinal do incisivo.
Grandezas cefalométricas
SNA: ângulo que indica a posição da maxila em relação a base do crânio.
Norma clínica bem posicionada = 82°
Ângulo superior a 82° a maxila está prognata em relação a base do
crânio indicando classe II de Angle.
Ângulo inferior a 82° a axila está retrognata em relação a base do
crânio e indica classe III de Angle.

SNB: ângulo que determina a relação antero-posterior da mandíbula em


relação a base do crânio.
Norma clínica bem posicionada = 80°
Ângulo superior a 80° a mandíbula está prognata em relação a base
do crânio.
Ângulo inferior a 80° a mandíbula está retrognata em relação a base
do crânio.

ANB: Seu valor é obtido pela diferença dos ângulos SNA e SNB (ANB =
SNA – SNB). Determina a relação ântero-posterior entre a maxila e a
mandíbula.
Norma clinica bem posicionada = 2°
Ângulo superior a 2° = Relação esquelética de Classe II de Angle
Ângulo inferior a 2° = Relação esquelética de Classe III de Angle. Se
o ângulo for negativo o paciente é classe III esquelética.

Oclusal.SN: Medida oclusal com a SN. Determina a rotação oclusal e se o


paciente é dólico, braqui.
Norma clínica bem posicionada =14°
Ângulo superior a 14° = tendência a mordida aberta
Ângulo inferior a 14° = tendência a mordida profunda

GoGn.Sn: Determina a posição rotacional da base da mandíbula com a base


do crânio.
Norma clínica = 32°
Ângulo superior a 32° = tendência ao crescimento vertical e ser
dolicofacial com mordida aberta.
Ângulo inferior a 32° = tendência ao crescimento horizontal e ser
braquifacial com a mordida profunda.
1.PIMax: ângulo entre o longo eixo do incisivo superior e o plano maxilar
(ENP e ENA). Determina a inclinação do incisivo central na maxila.
Norma clínica = 110°
Ângulo superior a 110° = ICS vestibularizado
Ângulo inferior a 110° = ICS lingualizado

1.PIMand: ângulo entre o longo eixo do incisivo inferior e o plano


mandibular (Gn e Go). Determina a inclinação do incisivo central na
mandíbula.
Norma clínica = 95°
Ângulo superior a 95° = ICI vestibularizado
Ângulo inferior a 95° = ICI lingualizado

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