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Curso de Prótese Dentária

Noções
de
Ortodontia

UNIFAES – Unidade de Formação Aperfeiçoamento e Especialização em Saúde e Estética LTDA


CNPJ.: 07.719.374/0001-00
Rua Felipe Gadelha, 91/97 - Santana – 02012-120 – São Paulo/SP
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,

0
Este apostilado não se reveste de caráter meramente
copiativo, não tem a intenção de tocar ou ferir direitos autorais, nem tão
pouco editoriais. É um trabalho sério,uma resenha, onde procuramos
abordar aspectos importantes para os estudantes de Prótese. Foram vários
autores enfocados, visando, é claro, o aprendizado dos alunos. Tão
importantes, quanto indicáveis, são tais obras, que ao transcorrer deste
curso, lembrará o professor de recomendá-las aos alunos.
Nossos agradecimentos especiais ao Professor Dr.
Francisco de Assis Inaimo, mestre em Ortodontia pela UNICASTELO–
SP, consultor científico do Grupo Educacional UNIFAES e ao TPD. Ami
Francisco Paiva de Assis.

Dra Lucia Ardalio Cesena

1
PARTE 01

CONSIDERAÇÕES
GERAIS

2
Ortodontia
Conceito

É a somatória de conhecimentos, atitudes e atividades Ortodônticas à


preservação do desenvolvimento normal da oclusão, impedindo ou limitando os desvios da
normalidade em época oportuna. A Ortodontia desenvolve um alto nível tecnológico,
produzindo aparelhos ortodônticos fixos de extrema precisão e sofisticação para a correção
das desarmonias oclusais. Através da informática, criou um suporte cientifico ao diagnóstico
e planejamento dos tratamentos ortodônticos que potencializou uma melhor visualização do
alcance e das limitações clinicas da Cefalometria. Novos conceitos sobre o tratamento
ortodôntico em idades mais precoces tornaram a Ortodontia preventiva e interceptadora mais
vastamente aplicada, a partir da década 70, derrubando aquela filosofia de só iniciar o
tratamento ortodôntico quando todos os dentes permanentes estivessem completamente
erupcionados, exceto os terceiros molares, por volta dos 12 anos de idade, que até pouco
tempo prevalecia na Ortodontia Brasileira.

A ortodontia pode ser dividida da seguinte forma:

Corretiva- terapia ortodôntica fixa


Preventiva-são mantenedores de espaço, molas, alças e placas,
Interceptiva- são procedimentos que entrevêem contra hábitos deletérios, e
outras anomalias.

No decorrer deste curso vamos ter conhecimentos mais dirigidos às áreas de


prevenção e de intercepção, pois são as de maior interesse para o setor laboratorial.

3
Classificação das Maloclusões
Oclusão Normal
A maxila tem uma posição estável com a base do crânio, por isso os 1º molares
superiores são chaves de oclusão.

Classificação de ANGLE -1887

Edward Hartley Angle classificou as maloclusões em três tipos . O corpo


mandibular com seu arco dentário deve ocupar uma posição ânteroposterior normal em
relação a base do crânio. A maxila ocupa uma posição estável com relação a base do crânio,
por isso os primeiros molares superiores são usados como chave de oclusão.

CLASSE I CLASSE II CLASSE III

4
Relação Molar em Classe I de Angle: é quando a cúspide mésio/vestibular do primeiro
molar superior ocluir como sulco vestibular do primeiro molar inferior.

Síndrome da Classe I
Relações esqueléticas normais
Perfil Reto
Problemas de ordem dental (forma e tamanho)
Funcionamento Muscular normal

Relação molar em Classe II de Angle: quando a cúspide mésio/vestibular do primeiro molar


superior ocluir à frente da cúspide mésio/vestibular do primeiro molar inferior. Na ClasseII
de Angle, poderão apresentar uma subdivisão, que são os casos onde a distoclusão é
unilateral, isto é, ocorre apenas em um dos lados do arco dentário, então este lado é aquele
que denominará a maloclusão.

5
Segunda divisão: quando há retrusão dos Incisivos Centrais Superiores, inclinação vestibular
dos Incisivos Laterais Superiores e sobremordida acentuada.

Síndrome da Classe II
O arco inferior esta posteriorizado em relação ao arco superior.
Desarmonia pode ser esqueletal ou dentária
Perfil retrognático e convexo
Sobremordida

Relação molar em Classe III de Angle: quando a cúspide mésio/vestibular do primeiro


molar superior oclui atrás da cúspide disto/vestibular do primeiro molar inferior.

Síndrome da Classe III


Perfil côncavo
Mordida cruzada anterior
Desarmonia de origem esqueletal hereditária ou funcional

6
Exemplo Classe III Severa

7
Classificação de LISHER -1887

Lisher classificou as maloclusões tendo como referência o posicionamento individual dos


dentes nas arcadas, de acordo com a face dentária desviada acrescentando a palavra
versão.

 1- VESTIBULOVERSÃO-inclinação do dente para o lado vestibular.

 2- MESIOVERSÃO-inclinação do dente para a mesial.

2
 3-PALATOVERSÃO –inclinação do dente para o lado palatino (palato).

4- LINGUOVERSÃO - inclinação do dente para o lado lingual

1 3

8
 5 - DISTOVERSÃO – inclinação do dente para a distal

 6 - INFRAVERSÃO- dente está abaixo da curva de Spee

 7 - SUPRSVERSÃO-dente está acima da curva de Spee

6 7

9
 8- GIROVERSÃO-dentes deslocados da sua posição normal

8
 9 – TRANSPOSIÇÃO - trocam de posição no arco

 10- PERVERSÃO (impactado)

10
Etiologia das Maloclusões

Fatores Predisponentes

A-Fatores Hereditários
Tamanho e forma da maxila ,da mandíbula e dos dentes

Micrognatia–redução no tamanho dos maxilares

Prognatismo–aumento no tamanho dos maxilares

Ausências congênitas– falta de formação óssea ou dental

Dentes supranumerários–erupção de dentes além do normal

Biprotrusão – protrusão da maxila e da mandíbula

Apinhamento dentário– dentes sobrepostos

11
Diastemas–espaços entre os dentes

Mordida profunda -sobremordida– trespasse além do normal


Mordida aberta – não há contato incisal

Influências pré-natais sobre a maloclusão

Causas maternas

Alimentação deficiente

Enfermidade durante a gestação

Traumatismo

Causas Embrionárias

Posição do feto no útero compressão localizada, ou deslocamento da placenta

Lesões no desenvolvimento embrionário

Fissuras lábio palatais

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Traumatismo no parto

B-Fatores Locais
Perda precoce dos decíduos

Perda de dentes permanentes

Retenção prolongada dos decíduos

Dentes ausentes e supranumerários

Restaurações dentárias

Anomalias de forma e tamanho dentários.

Traumatismos dentários 13
C-Fatores Ambientais

Desvios de funções normais

Hábitos de sucção

Respiração bucal

Deglutição anormal

Fonação inadequada

Correção da Sucção

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Anormalidadesdostecidosmuscularesperibucais

Hipertonia–tonicidade muscular além do normal

Hipotonia–tonicidade muscular abaixo do normal

Hipertrofia–aumento do volume de fibras musculares

Atrofia–redução do volume muscular por desuso

Pressão por defeitos de postura

Amídalase Adenóides Hipertróficas

Atitudes mentais (stress emocional)

D-Fatores Sistêmicos
Hipometabolismo- dieta carente de vitaminas e minerais na alimentação da criança.

Enfermidade e distúrbios sistêmicos, alergia, anemia e outros.

Hipoatividade das Glândulas de secreção- glândulas endócrinas suprarrenais internas,

hipófise, paratireóide, timo, gônadas

e tireóides.

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Movimentação Dentária
Os dentes sofrem movimentações quando submetidos às pressões externas contínuas.
Quando essas forças incidem sobre o dente, ocorrem alterações nos tecidos
Periodontais (cemento, fibras periodontais, gengiva e osso alveolar), como reabsorção óssea
ou a produção de um novo tecido.
Em uma explicação superficial, podemos dizer que de um lado ocorre a reabsorção
óssea do lado em que ocorreu a pressão por forças contínuas, e a deposição de um novo osso
do lado da tensão por tração. Esse processo de reabsorção e regeneração dos tecidos é que
permite a movimentação ortodôntica.

TIPOS DE MOVIMENTAÇÃO

1-Inclinação–
Aplicação de uma força horizontal ao nível da coroa do dente
deslocando o ápice e a coroa em posições diferentes. Nos ligamentos
periodontais são produzidas áreas de pressão e tensão diagonalmente
opostas

2-Translação–
Deslocamento da coroa e da raiz ao mesmo tempo e na mesma
direção. O dente é comprimido contra o ligamento periodontal de um lado,
criando tensão no lado oposto, resultando em áreas de absorção e deposição
equivalentes.

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3-Rotação
É o movimento do dente em torno do seu próprio
eixo.

4-Extrusão –
Éo movimento do dente para fora do alvéolo .
A força exercida no periodonto gera tensão nas fibras
do ligamento, ocorrerem o delocamento do periapice.

5-Intrusão –
É o movimento do dente para dentro do
alvéolo.

6-Torque –
É o movimento do ápice radicular sem o
movimento da coroa dentária.

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PARTE 02

CONSIDERAÇÕES
TÉCNICAS
E
LABORATORIAIS

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Material de Molgdagem

ALGINATO

Definição:

Material de moldagem (no paciente é feito única e exclusivamente pelo


Cirurgião Dentista). É o material de moldagem mais popular em Odontologia, por
ser de baixo custo e de fácil manipulação.

Classificação:

 Elástico
 Irreversível

Propriedades:
O alginato, enquanto material de moldagem possui as seguintes
propriedades:

 Fidelidade -> para a estabilidade dimensional


 Compatibilidade biológica -> local (boca)
 Confortabilidade -> deve ser confortável tanto ao paciente quanto ao profissional (
odor, temperatura, tempo de manipulação )

Indicação:

 Prótese ParcialRemovível
 Confecção de Modelos de Estudo
 Prótese Total
 Duplicação de Modelos
 Antagonista

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Manipulação do alginato

 Deve ser executada em pó e líquido na proporção de 1/1.


 O tempo de espatulação deve ser de 30” a 40”
 Tempo de presa: 1’ a 2’30” contados a partir da espatulação.

PROCESSO DE SEPARAÇÃO MOLDE/MODELO

Deve ser feito em água corrente, fazendo a separação em movimentos


leves.
Para evitar alteração no molde, o mesmo deverá ser vazado rapidamente
ou ser acondicionado em câmara de umidade.

Sinérese – é o processo de volatilização da água, provocando desidratação


causando alteração do molde.
Embebição – denominamos embebição o excesso de água sobre o molde,
após a presa, causando alteração no mesmo.

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Material de Reprodução
GESSO
A gipsita é um mineral encontrado na natureza, em várias partes do mundo obtida
a partir da desidratação por calcinação da gipsita mineral. , usado para fins
odontológicos, é basicamente um sulfato de cálcio dihidratado (CaSO4 – 2H2O).
São comercializados em forma de pó branco ou pigmentados e utilizado para
reprodução de modelos e outros tipos trabalhos laboratoriais.
Estão classificados de acordo com o tamanho e forma dos cristais de
gipsita o que lhes confere maior ou menor resistência e fidelidade.

TIPOS E CARACTERÍSTICAS:

GESSO COMUM -PARIS

Apresentação: É encontrado no mercado sob a forma de pó, acondicionado em


envelopes.

Nome Comercial: Várias marcas.

Indicação: É indicado para:


 inclusão em mufla
 montagem em articulador.

Caracteristicas: Baixa resistência e pouca fidelidade.

Manipulação: Pó e líquido (água) na proporção 2/1. Ex 100gr(pó) 50ml(água)

Separação molde/modelo: Em água corrente com movimentos leves.

Exemplo de marca comercial

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GESSO PEDRA - HIDROCAL

Apresentação: Encontramos no mercado o gesso pedra em pó, nas cores branca,


cinza e amarelo. Vem acondicionado em envelopes.

Nome Comercial: Vários.

Indicação: é indicado para confecção de:

 Modelo Funcional em P.T.,


 Modelo Antagonista,
 Modelo de Estudo.

Caracteristicas: Boa resistência e boa fidelidade.

Manipulação: Pó e líquido (água) na proporção de 3/1. Ex 100gr(pó) 30ml(água)

Tempo de espatulação: 40”.

Tempo de presa final: 40’.

Decorrido aproximadamente 20’ da espatulação ocorre uma liberação de calor que


denomina-se exotermia.
Durante este fenômeno não deve ser tocado.

Processo de separação molde/modelo: Em água corrente, com movimentos leves.

Exemplos de marca comerciais:

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GESSO ORTODÔNTICO

 Composição: Sulfato de Cálcio (Alfa Hemidratado)

Apresentação: Pó, acondicionado em envelopes na cor branca

Nome comercial: Gesso Ortodôntico

Indicação:

 Modelos de Ortodontia

Caracteristicas: Alta resistência e Alta fidelidade.

Manipulação: pó e líquido (água) na proporção de 3/1 ou de acordo com as


especificações do fabricante. Ex 100 g (pó) 30 a 40 ml (água) ou de acordo com a
indicação do fabricante

Tempo de Presa: 30’ a 40’

Processo de separação molde/modelo: em água corrente e movimentos leves.

Exemplos de marca comerciais:

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Fio Ortodôntico

Os fios ortodônticos geralmente são confeccionados de aço inoxidável (liga de


cromo-níquel) resistentes a oxidação e a corrosão provocadas pelo meio bucal, possuem
vários diâmetros e a presentam uma propriedade que os torna duros ou moles de acordo com
o tratamento térmico recebidos na sua fabricação. São fornecidos em rolos.
O desenho e a construção de retentores, grampos, arcos, molas, alças necessitam
do conhecimento prévio das propriedades dos fios ortodônticos, para se obter o máximo de
Eficiência do aparelho planejado na correção do problema dentário.

Propriedades Físicas

Elasticidade-é a tendência que o material tem de voltar à sua forma


anterior, depois de submetido a um esforço.
Deflexão- é o limite até onde se pode dobrar o fio, sem que ocorra uma
deformação permanente.
Diâmetro- pequenas variações que passam estar incorporadas na
Espessura regular do fio influenciarão negativamente sobre a rigidez e resistência do
mesmo.
Comprimento-quanto maior o comprimento do fio melhor o resultado na
movimentação dentária, e podemos aumentar este comprimento com alças e helicóides.

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Vantagens do Aço Inoxidável

Resistência–o que permite a redução da espessura do fio


Baixo Custo
Inocuidade- (ausência de contaminantes biológico) não ferem os tecidos
da cavidade bucal
Duração–considerável pois é de difícil rupturas
Inalterabilidade-resistentes à maioria dosa gentes químicos e aos
fluídos bucais
Incípidos (não tem sabor) suportável pelo paciente
Higiênicos –por terem superfície lisa são de fácil higienização

Retificação do Fio

Existem várias marcas e de diferente espessuras.


O primeiro passo antes de começar qualquer dobra é a retificação do fio para que
fique bem distendido, como uma vareta. A técnica de retificação é simples: segura-se uma
extremidade do fio como alicate e com o dedo polegar e o indicador faz-se pressão sobre a
curvatura do fio deixando-o reto.
Os fios mais indicados são 0,7ou 0,8 mm.

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Manuseio
Quando trabalhamos mecanicamente o fio de aço, devemos tomar cuidados
com dobras e curvas que são feitas, evitando trabalhar repetidas vezes em uma mesma
região do fio e também evitando formar ângulos retos ou “cantos vivos”, pois isto fará
com que se tenha excesso de tensão em certas regiões do fio ,e amassaduras , reduzindo
drasticamente sua vida útil.
Ciente dessas características podemos usar de alguns artifícios para minimizar
Estes efeitos e termos uma “longevidade” maior da parte dos aparelhos:
1- evitar-se, o máximo possível, dobrar o fio sobre o lado reto ou chato do
alicate (usar sempre que possível o bico arredondado)
2- uma vez feita à dobra fora da posição ideal, com algumas exceções, deve-se
inutilizar a peça a ser confeccionada e fazer outra.
3- não aplicar força demasiada no alicate pois o fio sofre uma deformação
(achatamento) que reduzirá sua resistência .A força deve ser suficiente para dar
estabilidade ao fio para que possamos trabalhá-lo.

SOLDAGEM

A Soldagem é o processo de união de materiais (particularmente os metais)


em ortodontia usamos três tipos de soldagem:

1-Solda a Ponto (elétrica)


A solda ponto é um processo bastante simples: sobrepõe-se as partes a serem
unidas, prendendo-as nos terminais da máquina de solda e acionando-a.
Este tipo de soldagem é conseguido através de um “curto-circuito” que eleva a
temperatura das partes a serem soldadas ao ponto de fusão unindo-as através da
pressão exercida pelas pontas- terminais da soldadora
Existem dois tipos de solda ponto no mercado que exercem a mesma função
porém com sistemas eletro-eletrônicos diferentes:

a- Solda Indutiva:
Na solda indutiva os terminais de soldagem são alimentados
Diretamente por um transformador que fornece a corrente (amper)
e tensão(volt).A corrente pode ser regulada através de um seletor
,sendo atenção fixa. O tempo de acionamento da máquina é manual.

b-Solda Capacitiva
A solda capacitiva usa um transformador para carregar um
Capacitor que dispara um “flash” elétrico nas partes a serem
soldadas. A corrente pode ser controlada através de um seletor
,porém a tensão e o tempo de disparo são fixos.

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2- Solda po rBrasagem ( Chama)
A brasagem é o processo de soldagem mais usado no laboratório.
Este processo consiste na união das partes a serem soldadas através
de uma liga de adição com zona de fusão situada entre 590ºc e 650ºc.
com teor de prata igual ou superior a55%.

3- Solda Laser
Soldagem conseguida através da fusão das partes através de feixes
de luz (laser) produzidos pôr equipamentos de alta tecnologia.
Soldagens a laser são de qualidades técnicas incomparáveis, pois
produzem altas temperaturas em frações de segundo impossibilitando
a propagação do calor além das áreas pré-determinadas.

Fluxode Solda FiodeSolda

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Alicates
Existem vários tipos e modelos e são utilizados de acordo com a dobra que
queremos fazer.

139
74

53

CORTE
325

FUNÇÃO DOS ALICATES

CORTE–para corte de fio metálico ortodôntico.

53 OU MEIACANA- qualquer tipo de fio inclusive calibroso,


acabamento em alças com formato de U ou ômega,
pequenos movimentos com fio curto.

74–TORRE- contornamento de fios, alças e helicoides

139–BIRD-BEAK–UNIVERSAL permite trabalhar com todos os tipos de fio,


indispensável para dobras, alças e ângulos
arredondado.

325 - - utilizado para dobras de fio 0,7 ou 0,9.

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Constituição do AparelhoRemovível
São Aparelhos dento-mucoso-suportados e possuem duas funções distintas
Função Ativa–para corrigir problemas de maloclusão.
Função Passiva- para conter dentes movimentados ortodonticamente
como mantenedor de espaço

Placa Acrílica
Para sua confecção é usada resina autopolimerizável transparente. A espessura
da resina deverá se assemelhar a de uma lâmina de cera nº7, se for menos espessa se romperá
com certa facilidade, mais grossa dificultará a adaptação no paciente.
As placas cumprem duas funções específicas:
Passiva- ade reter os componentes destes aparelhos.
Ativa- quando incorpora planos oclusais, pistas, expansores e planos inclinados
nesta placa acrílica.

Placas de Mordidas

São utilizadas para desocluir totalmente os dentes, ou facilitar a correção da


mordida cruzada anterior ou posterior. Estas placas podem ser realizadas para o arco superior
ou inferior, podendo ser lisas, polidas ou intercuspidadas em sua superfície.

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Grampos- Retentores

São grampos auxiliares que permitirão ao aparelho ortodôntico, estabilidade e


adaptação necessária para sua maior eficiência quanto à correção desejada, não interferindo
na fonética e na deglutição. Para isso, podemos socavar o modelo de gesso por onde apoiarão
os grampos nas faces proximais e vestibulares, melhorando sua adaptação na boca e aos
dentes pilares de retenção.

Grampo Interproximal- GOTA

Este grampo fica encaixado na no espaço interdental ,é muito usado pode ser de
fácil confecção.

Função–retenção de pré-molar e molar


Fio indicado-0,7mm
Alicates usados-53-74-139-325

Grampo Interproximal- PONTA DE FLECHA

Segue o mesmo estilo do anterior, pois também não apresenta maiores


dificuldades para sua confecção e sua forma torna fácil sua adaptação e ajuste retentivo na
região interproximal.

Função–retenção de pré-molar e molar


Fio indicado- 0,7mm
Alicates usados -53-74-139-325

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Grampos Circunferencial

Este grampo contorna a região retentiva do dente , abaixo do equador dental.


É contra indicado para dentes decíduos, pois a área retentiva está a baixo da
margem gengival
Preferencialmente a extremidade livre deste grampo deve estar no sentido disto-
mesial ,pois assim sendo evitaremos que o pacientes e lesione ao colocar o aparelho na boca.

Função –retenção de canino,


pré-molare molar
Fio indicado- 0,7e 0,8mm
Alicates usados-53-74-139-325

Grampo de Adams

São realmente estes os grampos mais utilizados, por sua adaptabilidade e


retenção, sua aplicação é muito boa inclusive para dentes decíduos, na sua ponte podem ser
soldados acessórios como tubos, molas, grampos e outros. Fica encaixado no espaço
interdental. Não são de uso comum em dentes anteriores ou em molares abrasionados , pois os
braços deste grampo poderiam interferir na oclusão.

Função–retenção de pré-molar e
molar
Fio indicado-0,7 mm
Alicates usados-74-139-32

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ApoioOclusal

O apoio oclusal é feito para promover a estabilidade dos aparelhos inferiores


impedindo que estes se desloquem no sentido ocluso gengival.

Função –impedir o movimento


ocluso gengival
Fio indicado- 0,7mm
Alicates usados-53-32

Molas

São elementos que exercem a função ativado aparelho, para movimentar dentes
Isolados ou pequenos grupos. Existe uma gama enorme, e a escolha deve recair sobre aquela
que obtiver melhor eficácia em cada caso. As molas movimentam os dentes por inclinação.

Mola Coffin

É usada para expansão transversal do arco superior, ocasionalmente pode


substituir o expansor, reduzindo o custo laboratorial e final do aparelho.

Função–expansão da maxila
Fio indicado- 1,2mm
Alicates usados-109- Dela Rosa

32
Mola Digital

Movimentar um ou mais dentes para distal ou para vestibular.

Função–Movimentar incisivos
por V
Descruzar incisivos
Fio indicado- 0,6 e0,7mm
Alicates usados- 53,74,139,325

Molas Digitais Duplas

São usadas para a movimentação em grupo dos incisivos para vestibular.

Função–Movimentar grupos de
incisivos por
Fio indicado- 0,6 e 0,7mm
Alicates usados- 53,74,139,325

Mola em“Z”

Resulta num movimento mais adequado e controlado do dente para vestibular,


normalmente são feitas com um helicoide na mesial e outro na região distal do dente.

Função–Movimentar dentes anteriores

Fio indicado- 0,6 e 0,7mm

Alicates usados- 53,74,139,325

33
Mola em“T”
São aplicadas para vestibularização de caninos e pré-molares.

Função vestibularização de caninos


e pré-molares.

Fio indicado- 0,6 e 0,7mm

Alicates usados- 53,74,139, 325

Molas para Incisivos

Quando houver necessidade de retrusão de um determinado incisivo para lingual


ou palatina. Podem ser anexada sao acrílico ou soldas no arco vestibular.

Função-retrusão de dente santeriores

Fio indicado-0,6 e0,7 mm

Alicates usados- 53,74,139, 325

Molas para Molares

Assemelham-se aos grampos circunferênciais, mas requerem um alívio na base


acrílica para haver movimentação.

Função-movimentação de molares

Fio indicado- 0,6 e 0,7mm

Alicates usados-53,74,139, 325

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Molas para Fechamento de Diastemas-Helicoidal

São molas digitais com helicóides, suficiente para o necessário fechamento do


espaço interdental, e será importante a presença do arco vestibular com o guia de
movimentação, evitando desta maneira uma giroversão indesejada.

Função fechamento de diastemas

Fio indicado- 0,6 e 0,7mm

Alicates usados-53,74,139, 325

Arcos

Possuem duas funções, uma passiva quando apenas estabilizará a conclusão do


tratamento ortodôntico, e a segunda função é ativa, pois serve para alinhar e ou retrair
incisivos. Existem vários tipos, porem o mais utilizado é o Arco de Hawley.

Arco Vestibular de Hawley


É acessório integrante da Contenção de Hawley, é o mais usado em Aparelhos
Removíveis, foi introduzido na Ortodontia por C.A.Hawley ,em 1919. Este foi o precursor dos
Aparelhos usados atualmente.
Função–Alinhamento dos dentes‘
anteriores;
R etentor de movimentos;
Estabilizador doaparelho
emboca.
Fio indicado- 0,6 a0,9 mm

Alicates usados- 53,74,139, 325


35
Expansores
Há no mercado diversas marcas, modelos, ativações e tamanhos e seu posicionamento
na placa vai acontecer de acordo como o caso se apresenta. Mais comumente utilizamos o
expansor centrado na linha média, para que o movimento sejas simétrico entre as hemi-
arcadas.

Mantenedores de Espaço
São aparelhos que podem ser fixos ou removidos, conforme a necessidade do
paciente.Os mantenedores de espaço são utilizados em eventual perda precoce de algum dente
decíduo ou permanente, onde houver necessidade de preservação deste espaço, para que a
erupção do permanente seja preservada, ou que a prótese possa substituir o denteperdido ou
ausente.
Escolhemos, para tanto os grampos de retenção mais adequados a cada caso.
Pode-se agregar dentes artificiais.

Função–Manter o espaço por perda


p precoce de dentes
Fioindicado- 0,6 a 0,9mm

Alicatesusados-de acord ocomo


Grampo utilizado.

36
37
A contenção ortodôntica tem como finalidade evitar a recidiva no movimento
dentário realizado após o término do tratamento ortodôntico e é composto por:
- placa de resina acrílica;
- grampos de retenção;
- arco de hawley.

Função–manter os dentes na posição


desejada

Fioindicado-0,6 a 0,9mm

Alicatesusados- de acordo como


grampo utilizado.

Causas da Recidiva:

Planejamento e tratamento inadequado


Memória Genética das fibras
periodontais.
Reorganização óssea não concluída
Crescimento desfavorável

38
Acrilização dos Aparelhos Ortodônticos

O acrílico odontológico é um plástico moldável, composto por duas partes de


composição química básica a seguir: monômero metilmetacrilato (líquido) e polímero
metilmetacrilato (pó)
Existem basicamente três tipos de acrílico quanto à polimerização:
1- R.A.A.T. – resina acrílica ativada termicamente
2- R.A.A.Q. – resina acrílica ativada quimicamente
3- R.A.A.L. – resina acrílica ativada por luz
Dentre estas três, a que mais nos interessa é a R.A.A.Q., resina de manuseio
relativamente simples e resultados bastante satisfatórios quando usados na ortodontia e
ortopedia.
A R.A.A.Q. está dividida em dois tipos básicos:
1- R.A.A.Q. convencional: Jet*( sem croslink) usada normalmente para
confecção de aparelhos que poderão ser polidos tanto quimicamente como
mecanicamente e realização de consertos.
2- R.A.A.Q. aditivada específica para ortodontia: OrtoClas*. Esta resina contém
em sua fórmula croslink, substância que altera de aleatória para cruzado o sistema
de polimerização, aumentando a resistência mecânica e a resistência a solventes
químicos do acrílico.

*Jet OrtoClas são marcas registradas de Artigos Odontológicos Clássico Ltda.

Técnica Direta

Posicionar os grampos, arco, expansor e os outros


acessórios no modelo e fixá-los com cera fluída,
pela face Vestibular.
Aplicar isolante para resina, no modelo ainda
seco, diluído em 30% de água destilada para torna-
lo mais fluído, removendo o excesso com jato de ar
fraco. Aguarde a secagem do isolante. Imergir a base
do modelo em água por quinze minutos para
hidratar.

Isolar o modelo

39
Com auxilio de uma espátula
aplicar no palato ou na região lingual
de modo uniforme.

Molhar o dedo indicador no monômero e fazer pressão


sobre a resina para calçar a resina nos espaços e controlar a
espessura da placa (3mm) . Recortar os excessos como
Lecron. Alisar e uniformizar a resina novamente com o dedo
molhado no monômero até conseguir superfície lisa e
brilhante.

Mergulhar os modelos na panela


polimerizadora, na fase plástica ou
borrachóide, preencher com água até o
limite superior, atarraxar as borboletas ,
em forma de cruz, até alcançar a
pressãod e 25libras, aguardar por15a 25
minutos.
Esperar o tempo de polimerização de
no mínimo de 03 horas para retirar do
modelo.
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Técnicado Pó e Líquido-ou PorAdição

Isolar o modelo;

Posicionar os acessórios no modelo;

Prender com cera fluída;

Gotejar monômero sobre os fios e expansores;

Adicionar alternadamente o polímero e o monômero de modo que o pó seja


totalmente envolvido pelo líquido.

Alisar com o dedo para obter uma superfície lisa e uniforme;

Recortar os excessos com Le Cron


Colocar n polimerizadora;
Aguardar 3 horas para retirar do modelo;
Dar acabamento e polimento.

A acrilização por adição nos permite confeccionar aparelhos com múltiplas


cores e desenhos.
Neste caso delimitamos o espaço das cores que iremos utilizar, e gotejamos
monômero sobre elas tomando cuidado para que elas não se misturem.

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Usinagem e Polimento dos Aparelhos Ortodônticos

Usinagem

Remover os excessos com brocas apropriadas (brocas de aço carbide e de


tungstênio de corte reto) porque geram pouco calor, se possuir expansor separar a
resina com disco de aço.
Para remover as irregularidades causadas pelas brocas, utilize lixa de
granulação nº 150, 180 ou 220.A lixa remove tanto ondulações quanto riscos,
deixando uma superfície lisa, fosca e acetinada.
Utilize um pedaço de lixa de uns 6 a 8cm para que ela fique comum formato
regular evitando trepidação durante o procedimento.

Polimento

Comum a escova de brim e pedra pomes, iniciamos a fase final do polimento,


passando a escova de maneira uniforme, sempre com bastante pedra pomes e
em todos os sentidos. Este procedimento deverá ser executado aplicando-se
pressão moderada, pois a escova de brim, apesar ‘’de proporcionar um
acabamento rápido, “queima”o acrílico com muita facilidade
Riscos remanescentes, em locais de difícil acesso, deverão ser retirados
utilizando escova de cerdas, sempre com bastante pedra pomes.

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Brilho

Existem vários processos para se conseguir o brilho final:

A- Mecânico -O brilho é conseguido com escova de algodão, podendo ser


usado diversos produtos abrilhantadores tais como: branco de Espanha,
massa para brilho de acrílico (em barra), pastas para brilho ( bisnaga) etc
.
B-Verniz de secagem por volatilização - tipo POLIQUIM

C-Verniz foto-ativado –tipo MEGASIL

Caracterização
São apelos que tem por objetivo personalizar o aparelho ao paciente e motivá-lo
a usar com zelo evitando a perda.

Aparelhos coloridos

Existem no mercado uma gama de resinas apropriadas para a confecção de aparelh


de várias tonalidades e também resinas que possuem substâncias fluorescentes adicionadas
ao polímero que dão efeito neon que brilham no escuro.

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Inclusãode Figuras

A inclusão de figuras, fotos e películas no acrílico personaliza o aparelho com os


mais variados temas de acordo com a preferência do paciente.

FIGURA RESINAS DIVERSAS

PELÍCULAS

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Bibliografia

Brandhorst,W.S.- OAparelhoFlexível

Felioo, G.M.–Ortopedia Funcional

Gomes,Stellio–TécnicaFuncionalGomes

Lago,J.C.F. –Ortopedia FuncionaldosMaxilares

Lawson;Blazuchi–BasesLaboratoriaisda Ortodontia

Maia,F.A. –Ortodontia Preventiva e Interceptadora

Maia,M.–AparelhosOrtodônticos

Neumann–AparelhosOrtodônticosRemovíveis.

Ramos,F.J.A. –Manual –Atlasde Laboratóriode Ortodontia

Cattacini, Cecília– Técnicas Laboratoriais em Ortodontia e Ortopedia Funcional dos


Maxilares –Passoapassode Aa Z.

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