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Capítulo 2
Aplicações Interdisciplinares de
Mini-Implantes Ortodônticos
INTRODUÇÃO
A Ortodontia é baseada no diagnóstico para a elaboração do plano de tratamento, assim determinar a melhor mecânica para cada
caso e chegar ao resultado esperado. Durante o planejamento de um tratamento ortodôntico, o ortodontista se depara com
dificuldades e metas a serem alcançadas, sendo a ancoragem ortodôntica a mais importante delas1-4. A ancoragem ortodôntica foi
definida por Vigorito5 como “a resistência que um ou mais elementos dentários oferecem à movimentação, quando submetidos à
aplicação de uma força de pressão ou tração”. A deficiência de ancoragem ocorre quando os dentes de suporte não a fornecem em
quantidade suficiente ou o paciente não é cooperador, o que dificulta a movimentação dentária1,6.
Em casos que requerem mecânicas ortodônticas complexas, com movimentos dentários difíceis de realizar com técnicas
convencionais, o ortodontista deve utilizar procedimentos eficientes que facilitem a terapêutica ortodôntica, diminuam o tempo de
tratamento, reduzam os efeitos colaterais advindos da mecânica e não dependam da colaboração do paciente durante o
tratamento1,3,7-12. Assim, os mini-implantes surgiram da necessidade de resolver a falta de ancoragem adequada.
permaneciam estáveis quando submetidos aos esforços necessários para a movimentação ortodôntica. Portanto, o implante poderia
ser considerado uma ancoragem absoluta, pois terá efeito somente no local onde está sendo aplicada a força, isto nos movimentos de
retração, distalização, intrusão e outros.
Onze anos depois, em estudos em macacos e cães, Block e Hoffman24, apresentaram um novo dispositivo de ancoragem
denominado “onplant,” que consistia de um disco fino de titânio texturizado coberto por hidroxiapatita de um lado e por uma rosca
interna no lado oposto (2 mm de espessura por 10 mm de diâmetro) inserido subperiostalmente. Concluíram que após
osseointegrado, ele resistia a forças de aproximadamente 350 gramas e poderia ser facilmente removido após o tratamento.
Em 1996, Glatzmaier et al.25 relataram que os implantes reabsorvíveis (polylactide) ancorados no palato, criados exclusivamente
para ancoragem ortodôntica, eram resistentes às forças horizontais (50 g) e de tracionamento (155 g), sendo um método de
ancoragem vantajoso por não requerer uma segunda intervenção para a sua remoção. Porém, os resultados afetavam a eficiência do
sistema in vitro, necessitando de estudos clínicos para avaliar a sua biocompatibilidade.
Kanomi26 em um caso clínico com curva de Spee e trespasse vertical acentuados, após 4 meses utilizando mini-implantes de 1,2 mm
de diâmetro por 6 mm de comprimento entre raízes de incisivo central inferior, intruiu os incisivos inferiores em 6 mm por meio de
ligaduras entre o fio ligado ao braquete e ao mini-implante, não encontrando nenhuma patologia periodontal, nenhuma reabsorção
apical, demonstrando que o mini-implante é pequeno suficiente para áreas entre raízes no osso alveolar. Alem disso, os mini-
implantes do sistema K1 poderiam ser utilizados na intrusão e distalização de dentes anteriores superiores e inferiores, na correção
de sorriso gengival e na fixação intermaxilar pós-cirurgia ortognática. Este sistema possui parafusos de titânio comercialmente
puro, de 4, 6 ou 8 mm de comprimento, com a necessidade de reabertura para a sua remoção, requerendo de 3 a 6 meses para
aplicação de carga. Estes mini-implantes têm vantagens sobre o uso dos convencionais pelo fato de requererem menor espaço para
sua inserção, podendo ser colocados entre as raízes dentárias com procedimentos cirúrgicos simples de colocação e remoção7,26-28.
Em 1998, Wehrbein e Merz17 indicaram o uso de implante palatino para substituir a ancoragem extrabucal na retração ântero-
superior e para a distalização de molares superiores. Este dispositivo tem parafusos com diâmetro de 3,3 mm e comprimento de 4 ou
6 mm, necessitando de um período de osseointegração e remoção com morbidade relativa.
Em virtude das limitações relacionadas com o local de inserção/instalação, o custo elevado e o período de espera para a
osseointegração dos implantes24, surgiram os dispositivos de ancoragem temporária8,29-31, os mini-implantes29-32, considerados como
ancoragem absoluta nos tratamentos ortodônticos1,7,8,23,26,28,31,33-36. Devido ao pequeno tamanho quando comparados aos implantes
convencionais, passaram a ser empregados de forma rotineira na clínica ortodôntica27,37 com desconforto mínimo para o paciente1,6-
8,26,28,31,34-37
. Como uma modalidade de ancoragem adicional, eles praticamente aboliram a cooperação do paciente com o uso de
aparelhos extrabucais ou aparelhos labiais visíveis, que devido à estética e preocupações sociais, nem sempre eram usados
corretamente e geralmente resultava em perda de ancoragem27.
ser utilizados em qualquer área de tecido ósseo, seja ela alveolar ou apical27,36, porém estes só devem ser implantados em áreas de
osso com qualidade adequada e em locais sem perda de dentes há longo tempo, pois nesses casos não haverá osso alveolar
suficiente para a implantação de ancoragem.
Segundo Melsen e Verna44, os locais que oferecem melhores condições para instalar o mini-implante na maxila são: a espinha nasal
anterior, a crista infra-zigomática e o palato. A sutura palatina mediana, qual é formada por osso cortical mais denso, pode ser
considerada o melhor local para instalação desse dispositivo de ancoragem temporária na maxila45. Na mandíbula, os melhores
locais são: na região retromolar, no processo alveolar vestibular e na sínfise44.
A localização do mini-implante em relação ao tecido gengival é um fator importante a ser considerado, podendo ser inserido na
gengiva livre ou na gengiva ceratinizada. Se a inserção do mini-implante é na gengiva ceratinizada, a cabeça do mesmo deve ficar
exposta e o paciente deve ser instruído para uma perfeita higienização1,38,44,46. Por outro lado, a inserção do mini-implante na gengiva
livre, o mini-implante deverá ficar sob a gengiva e um amarrilho deixado para receber a mola, como nos tracionamentos de caninos.
Os maiores índices de insucesso com mini-implantes estão relacionados à inserção dos mesmos em mucosa não-ceratinizada1,2,38.
Resistência às fraturas
Em 2011, Elias, Ruellas e Marins33 realizaram ensaios mecânicos de torção para quantificar a resistência à fratura da ponta e do
perfil transmucoso de mini-implantes (MI) com três diâmetros (1,5, 1,8 e 2,0 mm), diferentes formatos de cabeça (convencional e
tipo bracket), com e sem microrrosca próximo ao perfil transmucoso, Tabela I. Os resultados mostraram que quanto maior o
diâmetro, mais resistente é o mini-implante, pois quanto maior a secção útil da peça, maior será o torque necessário para ruptura do
mini-implante, maior é a sua estabilidade primária47. Quanto à resistência do perfil transmucoso dos MI autoperfurantes, a presença
de microrrosca não influenciou significativamente na resistência mecânica do pescoço dos MI autoperfurantes. Assim, o formato
do mini-implante está diretamente relacionado com sua resistência, concordando com outros achados de Pithon et al.48.
Aplicação de carga
De acordo com vários estudos6-8,26,28,31,34-36, o mini-implante é a forma mais simples e eficaz de se conseguir ancoragem absoluta no
tratamento ortodôntico. As limitações do uso de mini-implantes como auxiliares na ancoragem para a movimentação ortodôntica,
estão relacionadas somente a fatores biomecânicos como excesso de força, como por exemplo, as forças utilizadas em tratamentos
ortopédicos mecânicos1,42.
Segundo Bae et al.49, Kanomi26e Gray et al.50, os mini-implantes submetidos a uma força de 200 a 300g não requerem
osseointegração e podem ser removidos a qualquer momento. Outros autores8,44,49,51-53 recomendam a aplicação de carga imediata
sobre o mini-implante, devido ao sucesso mecânico da interdigitação entre este e o osso alveolar, desde que esta força não exceda
200 gramas. Cheng et al2, Ohmae et al.54, Park, Lee e Kwon37 indicam aplicação de força variando entre 100 e 200 gramas. Para
12
Melsen e Verna44, o correto seria a utilização de forças leves de 50 gramas para intrusão; e a linha de ação de força sempre passando
pelo mini-implante, em diferentes direções. De acordo com esses autores, um estudo exato das forças que serão utilizadas deve ser
feito antes de decidir pelo mini-implante. Segundo Favero, Brollo e Bressan55, quando a força é aplicada prematuramente, um
tecido fibroso é formado entre o mini-implante e o osso, sendo este fenômeno considerado favorável, uma vez que facilita a
remoção dos mesmos após a finalização da movimentação ortodôntica e não compromete a estabilidade do mini-implante durante o
tratamento.
Miyawaki et al.46, em 2003, examinando a taxa de sucesso de três tipos de mini-implantes de titânio e mini-placas, e também os
fatores associados à estabilidade dos mini-implantes usados na região posterior da mandíbula como ancoragem ortodôntica,
concluíram que os mini-implantes com diâmetro maior que 1 mm são mais seguros para esse tipo de ancoragem e podem receber
carga imediata, desde que a força aplicada seja menor do que 200 gramas. Para Soares e Tortamano42, os principais fatores para a
estabilidade do mini-implante são a espessura e a densidade do osso cortical, que variam de acordo com as regiões anatômicas.
Também, o vetor de crescimento, pois pacientes com tendência de crescimento vertical possuem o osso cortical vestibular mais
fino. Portanto, para pacientes braquicefálicos ou mesocefálicos, a escolha deverá recair em mini-implantes menos calibrosos. Em
contrapartida, em pacientes dolicocefálicos que, frequentemente, apresentam o osso cortical mais fino, deve-se optar por mini-
implantes mais calibrosos42. Em 2005, Marassi38 apresentou uma tabela (Tabela II) com os diâmetros, os comprimentos e as
inclinações de inserções de mini-implantes nos diversos locais da maxila e da mandíbula. Em relação à inserção de mini-implantes,
os colocados em 90º apresentam a mais baixa e homogênea distribuição do stress seguidos pelos inseridos em 30, 70 e 45 graus.
Quanto à aplicação da força, a maior alteração na distribuição do stress ocorre em mini-implantes com inserção em 90 graus,
enquanto com 70 graus tem a menor quantidade de stress em relação aos inseridos com 30 e 45 graus56.
Para Marassi12, existe uma variação de força dependendo do movimento desejado. As forças por ele citadas são apenas uma
referência inicial, tendo que ser ajustadas de acordo com a resposta individual do paciente. Para movimentos de retração da bateria
anterior, o autor recomenda o uso de uma força de aproximadamente 250 gramas; para o movimento de intrusão dos molares
superiores, uma força de aproximadamente 200 gramas; para a distalização de molares superiores, aproximadamente 400 gramas; e
para a intrusão de incisivos, uma força aproximada de 120 gramas.
Instalação de mini-implante
A avaliação do caso para a instalação de mini-implantes deve ser realizada por meio dos modelos de gesso; e dos guias cirúrgico e
radiográfico (GCR) do paciente. O uso dos GCR é utilizado para orientação tanto do raio-X como dos procedimentos cirúrgicos e
garantindo uma direção coincidente para o raio-X e para a inserção da broca, diminuindo o risco de dano às estruturas anatômicas1,57.
Na avaliação das radiografias panorâmica, periapical, ou interproximal, serão obtidos dados importantes como o posicionamento
das raízes dentárias, os acidentes anatômicos e a qualidade do osso, que serão primordiais para definir o comprimento e o diâmetro
do mini-implante a ser utilizado. A localização da inserção do mini-implante é uma das maiores dificuldades de sua instalação, pois
na maioria das vezes é próximo às raízes dentárias. Portanto, para evitar iatrogenias, uma avaliação criteriosa dos modelos, do GCR
e das radiografias do paciente deve ser feita antes do procedimento cirúrgico.
13
No procedimento cirúrgico, o preparo da sala cirúrgica é realizado com a desinfecção do ambiente com digluconato de clorexidina
2%. Depois, é feita a paramentação do operador, a anti-sepsia extra e intrabucal com digluconato de clorexidina 2% e a instalação de
campos estéreis1.
Em seguida, é aplicada uma anestesia local terminal infiltrativa com cloridrato de lidocaína 2% 1:100:000, não sendo necessário o
bloqueio regional (Figura 1).
Caso seja necessário o acesso cirúrgico, esse é realizado com lâmina nº 15 montada em cabo de bisturi nº 3. Com o auxílio de um
instrumento cirúrgico é realizado o descolamento mucoperiostal da área com interesse ao tecido ósseo. Atualmente, no
procedimento cirúrgico, descarta-se a necessidade da realização de um acesso mucoperiostal extenso. Assim, a aosteotomia é
realizada preferencialmente sobre a mucosa ceratinizada diminuindo a morbidade do paciente e simplificando o procedimento
clínico para o profissional. A osteotomia, a qual não deve ser extensa, deverá ser realizada com fresa helicoidal, compatível com o
sistema de mini-implantes, de diâmetro variando entre 1,0 mm a 1,8 mm, montada em contra-ângulo com redução de 1:16, numa
unidade elétrica e micro-motor com velocidade de perfuração de 300rpm, com abundante irrigação com solução salina (Figura 2)
para romper a cortical óssea1.
A inserção do mini-implante é realizada com contra-ângulo com redução de 1:16, em velocidade reduzida de 10 a 20rpm, com
torque de, no máximo, 10Ncm, conforme protocolo do fabricante (Figura 3 A), ou com chave bidigital (Figura 3B), até o limite de
inserção do mini-implante. Em casos onde o mini-implante, no momento cirúrgico, não obtiver retenção mecânica, pode-se lançar
mão de um mini-implante de emergência, que apresenta diâmetro maior, proporcionando uma melhor retenção e estabilidade
primária, necessária para um reparo ósseo que propiciará uma ancoragem estável para a mecânica ortodôntica1.
Somente nos casos onde há exposição óssea, a “sutura” é realizada. Utiliza-se uma agulha semilunar de ponta triangular com fio de
14
Figura 5 - Vistas
intrabucais iniciais.
Lateral direita (A), frontal
(B) e lateral esquerda (C).
Figura 7.
Telerradiografia em
norma lateral inicial.
Figura 6 - Radiografia panorâmica inicial.
CASO CLÍNICO
Diagnóstico
A paciente D. I. W., de 25 anos e 2 meses de idade, leucoderma, procurou tratamento ortodôntico com a queixa de espaços
remanescentes, decorrentes de extrações realizadas em tratamento anterior. Na avaliação facial, a paciente apresentava selamento
labial passivo e perfil facial suavemente convexo. Em norma frontal, não apresentava assimetria significativa (Figura 4). Na
análise clínica intrabucal, ela possuía uma relação molar e de caninos de ¾ de Classe II direita e esquerda e as linhas médias
dentárias, superior e inferior, coincidentes (Figura 5). Na avaliação radiográfica da radiografia panorâmica foi detectada a
inclinação dos dentes posteriores para o espaço das extrações (Figura 6). Na avaliação da telerradiografia obtida em norma lateral,
havia uma boa relação entre as bases ósseas, com os incisivos superiores e inferiores retruídos e inclinados para palatino e lingual,
respectivamente, (Figura 7).
15
Figura 8 - Vistas
intrabucais final do
alinhamento e nivelamento:
lateral direita (A), frontal
(B), lateral esquerda (C) e
oclusal inferior (D).
Figura 10 - Local de inserção dos Figura 11 - Radiografia panorâmica demonstrando Figura 12 - Vista lateral direita
mini-implantes. a inclinação das coroas dos molares para a aproximada do braço auxiliar para a
mesial durante a mesialização dos mesmos. verticalização dos molares.
Progresso do tratamento
Foi colocado aparelho fixo completo nos arcos superior e inferior e realizado o alinhamento e o nivelamento dos dentes nos arcos
com curva de Spee acentuada no arco superior e curva reversa no inferior nos fios de aço inoxidável; o uso de elástico 1/8”cruzado
do primeiro molar superior direito para o primeiro molar inferior direito. No final da fase de alinhamento e nivelamento, Figura 8.
A, B, C, D, foi adicionado um ômega loop na mesial dos primeiros molares inferiores, Figura 9, para manter o comprimento do arco
durante a mesialização dos dentes 35 e 45. Para a mesialização dos molares, optou-se por um dispositivo de ancoragem transitória
(mini-implantes) em um local que facilitasse a movimentação, fornecesse uma boa retenção mecânica e possibilitasse a aplicação
de carga imediata, Figura 10. Durante a mesialização dos molares inferiores, observou-se a inclinação das coroas destes dentes para
mesial, Figura. 11. Portanto, foi desenvolvido um braço de força construído com fio 0,9 mm de aço inoxidável e soldado ao tubo
auxiliar, Figura 12, para que a força fosse aplicada próxima ao centro de resistência para a verticalização dos molares. A ativação
16
Figura 13 - Vistas intrabucais após mesialização da bateria póstero-inferior: lateral direita (A), frontal (B) e lateral esquerda (C).
Figura 14 - Vistas intrabucais: lateral direita (A), frontal (B) e lateral esquerda (C).
para mesialização da bateria póstero-inferior foi realizada a cada 21 dias, com a utilização de elástico corrente, do mini-implante ao
braço de força, Figura 13. Após o fechamento dos espaços, iniciou-se a coordenação dos arcos superior e inferior, Figura 14, para
finalização do tratamento.
Remoção do mini-implante
A remoção do mini-implante é um procedimento simples, que deve ser realizado com anestesia terminal infiltrativa e com o auxílio
de uma chave bidigital com torque reverso imprimindo manualmente uma pequena força. Assim, o parafuso é removido.
CONCLUSÃO
Os mini-implantes, os quais constituem um sistema de ancoragem transitória ou temporária, devem fazer parte do planejamento, ou
inseridos durante o tratamento ortodôntico, principalmente nos casos onde os efeitos colaterais provenientes dos sistemas
convencionais de ancoragem dificultam a movimentação dentária necessária para a finalização do tratamento ortodôntico, isto
associada à falta de colaboração do paciente. Assim, com os mini-implantes, o ortodontista consegue obter resultados previsíveis e
eficientes, reduzindo o tempo de tratamento.
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