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Aula 02

PC-PA - Conhecimentos sobre o Estado


do Pará - 2023 (Pré-Edital)

Autor:
Sergio Henrique

31 de Dezembro de 2022

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SUMÁRIO

00. Bate Papo Inicial ....................................................................................................... 2


1. Exploração Mineral no Pará: A bauxita e Hematita. ..................................................... 3
2. O Projeto Grande Carajás ........................................................................................... 6
2.1. O Ouro de Serra Pelada .......................................................................................................... 8
3. A Questão Agrária .....................................................................................................13
3.1. Plantation ............................................................................................................................ 13
4. A Estrutura da Distribuição da Terra...........................................................................15
5. A Extração Legal e Ilegal da Madeira ..........................................................................19
6. Movimentos Sociais: MST e Pastorais da Terra ...........................................................21
6.1. Famílias Assentadas pela Reforma Agrária .......................................................................... 23
6.2. Reservas e Movimentos Indígenas ........................................................................................ 24
6.3. Terras Quilombolas .............................................................................................................. 24
6.4. O Trabalho Escravo .............................................................................................................. 26
7. A Nova Fronteira Agrícola na Amazônia .....................................................................27
7.1. A Abertura da Fronteira Agrícola.......................................................................................... 27
8. Agronegócio ..............................................................................................................29
8.1. A Biotecnologia .................................................................................................................... 30
8.2. A Polêmica dos Transgênicos e a Lei de Biossegurança ........................................................ 31
8.3. PEA na Agricultura e Desenvolvimento ................................................................................. 32
9. Orientações de Estudos (Checklist) e Pontos a Destacar ..............................................33
10. Questionário de Revisão ..........................................................................................36
Questionário - Somente Perguntas.............................................................................................. 36
Questionário - Perguntas e Respostas ......................................................................................... 36
11. Exercícios ................................................................................................................39
12. Considerações Finais ............................................................................................. 110

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00. BATE PAPO INICIAL


Olá amigo concurseiro. É com muita alegria que o recebo para falarmos de geografia. Estudar
as aulas anteriores é fundamental para que você possa compreender muitas das coisas que vamos
tratar aqui. Leia com atenção seu texto de apoio e assista as vídeo-aulas. Leia e releia e pratique
exercícios. Aos poucos o conteúdo básico vai ficar retido na sua memória. Claro que para isso é muito
importante você fazer suas próprias anotações, ou em forma de resumo ou anotações nos
exercícios, não importa, você escolhe. O importante é estudarmos bastante e nos concentrarmos
nos estudos. Estimule sua disciplina e procure motivação pensando em seus sonhos. Bons estudos.

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1. EXPLORAÇÃO MINERAL NO PARÁ: A BAUXITA E HEMATITA.


O estado do Pará está sobre uma estrutura rochosa predominantemente cristalina. É
importante conhecermos as estruturas geológicas, pois através do conhecimento delas, é o possível
identificarmos qual é a riqueza mineral mais provável de ser encontrada. Quando a estrutura
rochosa é sedimentar encontramos combustíveis fósseis, calcário e sal. Nos escudos cristalinos,
encontraremos minerais metálicos.

A exploração mineral é o maior destaque econômico do estado. Mesmo com a expansão da


fronteira agrícola e exploração da madeira. A exploração mineral ocorre a partir da década de 1970,
quando os objetivos geopolíticos de ocupação amazônica estavam na dianteira de discussão. O
objetivo do estado brasileiro era realizar a ocupação do território e viabilizar a exploração
econômica.

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Os principais projetos de exploração mineral estão em Óbidos e Oriximiná, no vale do rio


trombetas, projeto ALBRÁS e Alunorte para a exploração de bauxita, e o projeto grande Carajás, na
serra do mesmo nome.
A descoberta da província mineral de Carajás, foi um verdadeiro divisor de águas na
exploração mineral do país. Os levantamentos geológicos eram principalmente mapeamentos, que
abriram o caminho para a descoberta das jazidas minerais de Carajás. Até a década de 1960 os
levantamentos permitiram a exploração mineral de vários recursos amazônicos:
✓ Petróleo (Amazonas).
✓ Manganês na serra do navio (Amapá).
✓ Estanho (Rondônia)
✓ Bauxita (Rio Trombetas).
As jazidas foram encontradas por acaso. Multinacionais norte americanas (Union Carbide e
Us Steel) haviam invadido o território amazônico em busca de manganês. O geólogo Gene Tolbert
realizou a descoberta: a maior jazida de ferro de alto teor do planeta.

Exploração mineral da Hematita em Carajás.

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A SUDAM (Superintendência para o Desenvolvimento da Amazônia) foi o órgão do governo


responsável pelas grandes obras como a rodovia transamazônica.

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2. O PROJETO GRANDE CARAJÁS


O minério de Ferro e a Bauxita são os destaques da exploração mineral. O projeto Grande
Carajás foi uma obra faraônica. É um grande complexo que ocupa uma área imensa. Quando estava
em construção foi alvo de profundas discussões, sobretudo quanto à forma dos contratos de
participação do capital internacional, e quanto ao valor dos investimentos, substancialmente alto
para a época, com cifras em torno de 60 bilhões de dólares. Um volume tão grande de dinheiro
contou com investimentos internacionais, principalmente do Japão, o maior investidor. O
lançamento oficial do projeto foi em 1982 durante o governo de José Figueiredo. O projeto ocupa
uma área de 900 mil Km2, mais de 10% do território brasileiro.
O Projeto além de procurar explorar as maiores jazidas polimetálicas (é um dos complexos
rochosos mais importantes e abundantes do mundo, com expectativa de suas reservas durarão
séculos) é um projeto que procurava também realizar a ocupação e o desenvolvimento regional, por
isso é muito mais amplo que a mineração:

✓ Projeto de exploração florestal.


✓ Projeto de preservação ambiental.
✓ Projeto de desenvolvimento agropecuário.
✓ A Usina Hidrelétrica de Tucuruí.
✓ A Estrada de Ferro Carajás (que liga o projeto até o porto da ponta da madeira/Itaqui em
São Luiz do Maranhão.)
✓ A construção do porto da ponta da madeira (especializado em mineração).

Ferro, Cobre, Manganês e Bauxita são os principais minerais, mas ainda são encontrados,
ouro e muitos outros metais, menos explorados devido ao custo alto e baixa demanda.

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2.1. O OURO DE SERRA PELADA

Em 1979, um vaqueiro encontrou uma pepita na colina de Serra Pelada, uma extensão da
Serra dos Carajás. A notícia se espalhou tão rapidamente que em um ano, a paisagem já se
transformou numa enorme faiscação (retirada do ouro em pepitas dos rios, e da superfície). O
município de Curionópolis foi o centro maior de recepção do enorme fluxo migratório que em 5 anos
retirou em torno de 50 toneladas de ouro. Foi a maior mineração a céu aberto do mundo. O ouro
esgotou-se rapidamente e em uma década a mineração foi fechada. A qualidade de vida das famílias
foi deteriorada e a violência foi explosiva. Hoje ainda existem jazidas profundas e a área pertence à
exploração da Vale.
Em 2002, o Congresso Nacional aprovou um decreto que permitiu aos garimpeiros a execução
de suas atividades em uma área próxima a Serra Pelada. Em poucos meses, aproximadamente,
10.000 garimpeiros foram atraídos para essa região. Vários problemas ocorrem nessa nova área. A
disputa de interesses políticos, líderes sindicais, mineradoras e antigos garimpeiros geraram vários
conflitos. O clima na região continua tenso, vários assassinatos ocorrem pela busca do ouro.

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Há 10 anos, a exploração mineral no estado do Pará, tem produzido e exportado muito


minério. A principal razão é o desenvolvimento Chinês, que possui uma enorme demanda do
mineral. Em 2015 e 2016 a China tem passado por uma retração econômica, o que impactou a
exportação mineral paraense. As oscilações nas exportações tem sido maiores, mas não foi
comprometida a produção. Quanto ao níquel, a extração não tem sido tão viável, pois a China
compete no mercado internacional com o Brasil e possui preços mais competitivos deste minério.

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De acordo com dados do Ministério da Economia, analisados e divulgados pelo Centro


Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Pará (CIN/FIEPA), em 2019 o
Pará exportou um total de US$ 17.486.997 bilhões, garantindo o primeiro lugar em saldo positivo
da balança comercial (US$ 16.266.781 bilhões). Em valor exportado, se comparado com 2018, o
Estado subiu duas posições no ranking nacional, ficando na quinta colocação, à frente de estados
como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Os resultados demonstram a importância do Pará no cenário econômico nacional porque,
além de ter sido o primeiro lugar em saldo na balança comercial brasileira, corresponde também
como quinto maior exportador, o que reforça que o Pará está muito bem posicionado no comércio
exterior e que a indústria está cada vez mais fortalecida e com grande potencial de crescimento.
Assim como em anos anteriores, os minerais foram o destaque da balança comercial de 2019,
sendo responsáveis por 90% das exportações paraenses. Ao todo, foram US$ 15.789.839 bilhões em
produtos exportados, com destaque para o minério de ferro bruto que teve um crescimento de
23,94% no período, chegando a exportar mais de US$ 11 bilhões, principalmente para o mercado
chinês.

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Notícias interessantes

https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2020/11/10/mpf-vale-e-indigenas-firmam-acordo-sobres-impactos-ambientais-da-mineradora-onca-puma-
no-para.ghtml

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https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2020/11/05/operacao-de-combate-ao-trabalho-escravo-resgata-39-pessoas-
em-area-de-mineracao-ilegal-no-para.ghtml

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3. A QUESTÃO AGRÁRIA
Ao nos referirmos a “questão agrária” estamos nos remetendo a vários temas ligados a
distribuição da terra, seus usos e conflitos relacionados a sua posse. O Brasil possui uma estrutura
de distribuição da terra bastante irregular. Há historicamente uma concentração de latifúndios
(grandes propriedades), e uma grande quantidade de pessoas sem acesso a terra. A posse da terra
está diretamente ligada ao domínio político local, pois distantes das instituições de controle do
estado, o poder é exercido localmente pelos grandes proprietários. A maior concentração de terras
que há no país, é na região norte. O estado do Pará é um dos estados em que o desmatamento, o
gado e a soja avançaram com maior velocidade. A expansão da agricultura apesar da modernização
produtiva (uso de maquinários cada vez mais modernos), ainda persiste uma estrutura produtiva
baseada no plantation e muitas propriedades funcionam com trabalho humano.

3.1. PLANTATION

✓ Grandes propriedades rurais (latifúndios).

✓ Monocultura (predominância de um produto agrícola).

✓ Produção para exportação (atender o mercado externo).

✓ Predominam formas arcaicas de produção com formas modernas de trabalho (há


propriedades muito modernas com uso de grande maquinário agrícola, e fazendas que
são denunciadas e reincidentes em processos contra trabalho escravo).

O estado do Pará durante a colônia era a capitania do Grão Pará. Por ser distante dos centros
mais populosos, como o litoral nordestino e no século XVIII o Sudeste, sempre predominou um
isolamento político, em que a presença do Estado se faz através das instituições, mas em razão da
grande dimensão territorial e colonização esparsa é muito difícil a fiscalização do território. Este
quadro estimula o localismo político. Na colônia o povoamento da região norte era estratégico tanto
pela Amazônia, quanto pelo controle da foz do amazonas. O contato administrativo sempre ocorreu
diretamente com Portugal, e raramente com os poderes políticos da capital da colônia. A extração
de drogas do sertão e destacadamente a madeira foram sempre intensas. Após a independência do
Brasil os grandes proprietários realizavam comércio de madeira diretamente com os portugueses,
também devido à distância dos centros mais povoados.
Durante todo o período colonial, até meados do século XIX, a única forma de ter acesso à posse
da terra era o benefício do ganho. Os capitães donatários tinham a obrigação de gerar povoamento
e para isso eram distribuídas sesmarias.

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Sesmarias eram grandes lotes de terra distribuídos pelo capitão donatário com o objetivo
de gerar povoamento. Está na origem da organização das terras em grandes propriedades.
1% no número de propriedades no país, ocupam hoje, 50% das terras agrícolas. Em 1850 o
estado Brasileiro promulgou a Lei de terras. A partir dela a terra se transformava em
propriedade comercializável, mas para compra-las só em leilão público e se fossem pagas à
vista.

No século XX, desde a década de 1940, a região amazônica é uma preocupação central do
estado Brasileiro. Tanto aumentar a ocupação através de políticas de estímulo ao povoamento,
quanto a discussão sobre os povos indígenas e sua integração no território nacional. Surgem as
primeiras reservas indígenas. São projetos conservacionistas. Pretendem conservar as culturas
indígenas em seus locais de origem. Mas a expansão da fronteira agrícola, muitas terras que são
desejadas por grandes proprietários para algum fim comercial são alvos de disputas na justiça e
disputas violentas entre indígenas e proprietários de terra.

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4. A ESTRUTURA DA DISTRIBUIÇÃO DA TERRA


A concentração de terras é um objeto de discussões políticas profundas e antiga.

As maiores dimensões territoriais de latifúndios no Estado do Pará, estão no centro sul do


estado. São latifúndios imensos. No arco do desflorestamento, fronteira agrícola em expansão, as
propriedades são de grandes dimensões.

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Perceba que a estrutura de ocupação da terra no estado do Pará é concentrada. Há


propriedades rurais de dimensões incríveis, com dimensões próximas à de pequenos países
europeus. De acordo com os dados da LAGEA/DATA LUTA 90% das propriedades rurais do Pará são
griladas, ou seja, apossadas de forma ilegal.

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O mapa nos demonstra que as terras do estado do Pará são em sua maioria ocupadas por
posseiros e grileiros. As terras são a principal razão dos conflitos no campo. O estado do Pará é um
dos mais violentos do Brasil, com um alto índice de criminalidade, em boa parte das vezes, ligadas a
atividades como a pistolagem (pistoleiros particulares) contra líderes comunitários como a
missionária Dorothy Stang. Missionários, sindicalistas e, nas cidades mais violentas, até mesmo
desempregados são mortos. Em todo o território amazônico os conflitos são grandes e violentos e

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não podemos esquecer de citar o assassinato do líder comunitário seringueiro Chico Mendes, em
Xapuri, no Acre.

Ainda há uma grande área de terras potencialmente exploradas, mas que são latifúndios
improdutivos. Com o avanço da fronteira agrícolas as áreas não aproveitadas são cada vez menores.
O agronegócio expandiu e com novas técnicas agrícolas, e alta demanda, são cada vez menores os
números dos latifúndios não aproveitados.

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5. A EXTRAÇÃO LEGAL E ILEGAL DA MADEIRA


Leia atentamente o mapa e as tabelas. Observe os detalhes no estado do Pará.

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A produção de madeira é a atividade mais tradicional do estado, sendo grande fornecedor do


recurso para Portugal. Como já salientamos a presença do Estado é pequena, principalmente devido
ao isolamento geográfico e a falta de infraestrutura de comunicação. A madeira tem um alto valor
comercial, principalmente algumas madeiras classificadas como nobres. O avanço da fronteira
agropecuária é constituído de elementos conjugados. O desmatamento da floresta para a venda da
valiosa madeira e depois formação de pastagens e lavouras de soja.
O Pará possui um terço dos polos madeireiros da região norte, que produzem quase metade
da madeira. A exploração é bastante desordenada e rústica, no sentido de sem manejo. Muitas vezes
para derrubar uma árvore de grande porte, várias outras são derrubadas no processo. Ocorre de
forma legal, em propriedades de produção madeireira certificada e de reflorestamento, mas em
maior parte nas terras griladas, que são desmatadas e depois inserida uma atividade agropecuária.

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6. MOVIMENTOS SOCIAIS: MST E PASTORAIS DA TERRA

De acordo com o mapa acima podemos observar que o número de assassinatos em razão das
disputas e conflitos pela posse da terra são frequentes no estado do Pará e ainda tendem a
aumentar. O avanço da fronteira agrícola tornou a terra mais cara e mais disputada. De acordo com
o novo código florestal, nas áreas de bioma amazônicos as APPs (áreas de proteção permanente)
são de 80% do território da fazenda. Na discussão nacional que antecedeu a aprovação do novo
código em 2012, havia o argumento de que o novo código impediria o desenvolvimento da produção
agrícola. Esta visão não dá ouvidos aos pareceres técnicos de especialistas de várias instituições, de
que é possível aumentar a produtividade agrícola em até 4 vezes sem aumentar a área cultivada.
Com métodos simples, é possível aumentar a produtividade sem aumentar o desmatamento da
floresta. Mas não é somente a floresta que está em jogo. Existe uma tensão no campo entre grandes
proprietários grileiros e pequenos proprietários, quilombolas e reservas indígenas.

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Na expansão do agronegócio, os grandes proprietários forçam a compra das propriedades


menores. A mecanização elimina empregos, e tudo isso colabora para o aumento da camada social
ligada à terra que está marginalizada. Neste quadro de aumento do contingente de pessoas sem
acesso à terra para subsistência e o grande latifúndio os conflitos são quase inevitáveis. Em meio a
este quadro em que milhares de trabalhadores rurais tem sido marginalizados o agronegócio amplia.
A produção de alimentos fica menor e passam a ser comercializados por um maior valor. A população
mais pobre é facilmente cooptada pelos movimentos sociais que defendem e luta pela reforma
agrária. O maior exemplo é o MST (movimento dos trabalhadores rurais sem-terra), que surgiu na
década de 80 no Paraná, região sul do país, e proliferou por todo o território brasileiro, onde há
conflitos violentos. Há muitos casos de enfrentamentos armados entre jagunços e pistoleiros a
serviço dos grandes proprietários e também entre os movimentos e as forças de segurança pública
contra o MST. Não raro a polícia militar é acionada para reintegrações de posse ou para conter
problemas em núcleos de assentamentos. Há também movimentos sociais importantes como o MAB
(movimento dos atingidos por barragens) e a aliança dos povos da floresta, que congrega indígenas,
seringueiros e população ribeirinha. Contra as populações atingidas pelo agronegócio e barragens
está a UDR (união democrática ruralista), que representa os interesses da grande propriedade.

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6.1. FAMÍLIAS ASSENTADAS PELA REFORMA AGRÁRIA

O estado do Pará foi um dos que mais assentaram pessoas no campo. Há uma grande
quantidade de terras devolutas (terras sem registro pertencentes à União). É o estado mais
populoso e povoado da região norte, o agronegócio avança a passos largos, bem como os conflitos.
É um estado que possui milhares de famílias para assentar pela reforma agrária, mas o processo de
assentamento de famílias que se inscreveram em programas de distribuição de lotes no estado, foi
cercado de denúncias de casos de corrupção. Os gráficos refletem a realidade nos anos anteriores,
mas os padrões se mantêm. São dados atualizados pelo IBGE. É que para ter resultados de pesquisas
sobre a distribuição da terra é um levantamento demorado.

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6.2. RESERVAS E MOVIMENTOS INDÍGENAS

Os conflitos entre grileiros, madeireiros e mineradores contra as comunidades indígenas são


muito grandes. Várias reservas são localizadas em regiões com jazidas minerais valiosas, madeira e
áreas que são fronteiras com as áreas de expansão das grandes propriedades.

6.3. TERRAS QUILOMBOLAS

Quilombolas são comunidades que se originaram de antigos quilombos. Para provar a origem
quilombola é necessário uma série de documentações, como o estudo antropológico do local. Isso
pois de acordo com a legislação sobre as comunidades quilombolas elas têm direito à terra em que
historicamente se estabeleceram. Observe no mapa que a maior parte das comunidades
quilombolas, estão no Norte do estado do Pará, nas regiões mais próxima ao litoral e ao curso do
Amazonas. A lei que garante a posse da terra às comunidades, aumentou ainda mais os conflitos
contra os grileiros.

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Analise o mapa abaixo (o Brasil agrário) cuidadosamente. Preste atenção nos detalhes.

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Observe que o estado do Pará:


✓ Tem o maior número de famílias assentadas pelos governos através de políticas de
assentamento rurais.
✓ Várias áreas de concentração da violência contra trabalhadores rurais e camponeses.
✓ A região da Amazônia com maior grau de antropização (ação antrópica = ação humana).

6.4. O TRABALHO ESCRAVO

No Pará são registrados vários casos de exploração do trabalho escravo. São fazendas
monocultoras ou carvoarias que submetem o trabalhador à situação de escravidão em razão da
superexploração do trabalho, dívidas impagáveis e cerceamento da liberdade, impedindo-o de
abandonar a fazenda.

Grileiro: é o que comete a ação de grilagem. É a apropriação das terras devolutas através de
documentos que atestam a posse da área. Falsificam, inclusive, certidões de posse da época
das Capitanias hereditárias. Para falsificar os documentos, alguns os coloca em caixas com
grilos, e suas fezes envelhecem o documento. É uma técnica de falsificação de documentos
antigos. Em geral são grandes proprietários. A maior parte das terras agrícolas do Pará são
griladas.
Posseiro: normalmente pequeno proprietário que ocupa uma terra sem ter sua
documentação. Em 5 anos, se ninguém requere a posse da terra o posseiro a adquire pela
lei do usucapião. Boa parte dos assentados pela reforma agrária são ex-posseiros.

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7. A NOVA FRONTEIRA AGRÍCOLA NA AMAZÔNIA

FRONTEIRA AGRÍCOLA: é simplesmente a área que limita a zona de expansão da agricultura,


em terras que não são exploradas ou não são exploradas em toda a sua potencialidade. A
fronteira agrícola brasileira atualmente se expande na região norte, às bordas da floresta
amazônica, destacadamente no estado do Pará. As atividades econômicas se expandem em
atividades conjugadas: Desmatamento florestal, introdução da pecuária bovina ou bubalina
e cultivos de cerais como arroz, mas acima de todos os produtos temos a soja transgênica.

7.1. A ABERTURA DA FRONTEIRA AGRÍCOLA

O território amazônico, até meados da década de 1950, era muito pouco povoado e não havia
uma presença representativa do Estado. A partir do governo JK e durante o governo militar, a
integração do território nacional e a integração dos territórios do Norte se tornaram um importante
elemento estratégico. Além do mais, a presença do estado se faz necessária pois a Amazônia é um
bioma internacional. Para garantir a posse do território e sua integração nacional é importantes
destacarmos:
✓ Criação de Brasília.

✓ Construção da rodovia Belém-Brasília.

✓ Construção da zona franca de Manaus.

✓ Projetos de exploração mineral (Albrás - capital nacional, Alunorte - capital totalmente


estrangeiro e Projeto Grande Carajás.)

Estes projetos foram essenciais para o povoamento da região, seu desenvolvimento


econômico e social e para a maior integração do estado do Pará no plano nacional. Os projetos de
desenvolvimento regional foram feitos pela SUDAM (superintendência para o desenvolvimento da
Amazônia). Devido a várias denúncias de corrupção, no governo FHC ela foi extinta e substituída pela
ADA (agência para o desenvolvimento da Amazônia). O organismo foi reaberto no governo Lula. A
sede da SUDAM é na cidade de Belém e é submetido ao ministério do desenvolvimento.

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Observe a coluna correspondente ao desmatamento no estado do Pará. Verá que a partir de


2008 ocorreu uma queda do desmatamento da Amazônia. Uma razão é a crise econômica que
começou nos EUA e abalou o mundo, provocando uma queda na produção industrial e
consequentemente uma diminuição na demanda de commodities, entre elas a madeira. Atribui-se
também a uma maior fiscalização das políticas de preservação. Com pequenas oscilações, há uma
diminuição no ritmo de desmatamento.
Esta região desmatada corresponde ao arco do desmatamento, em que o MT e o PA são os mais
antropizados (modificados pela ação humana). Desde 2005 ocorreu uma grande expansão do
agronegócio da soja no país, e o estado do Pará é um dos maiores produtores desse produto. É o
principal responsável pela ampliação da fronteira agrícola.

Perceba que a produção entre as culturas temporárias (que dão em ramos e há uma ou mais
colheitas ao ano) é a soja. Este grão passou por uma grande expansão produtiva desde que foi
liberado o cultivo dos transgênicos. Então para compreendermos o que motivou a expansão da
fronteira agrícola temos que conhecer um pouco sobre o agronegócio.

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8. AGRONEGÓCIO
São todos os setores produtivos da cadeia agrícola. Estão incluídos no agronegócio, por
exemplo, a lavoura mecanizada, mas também a indústria de maquinários agrícolas, adubos e
fertilizantes. Inclusive o processamento final do alimento também é agronegócio, por exemplo, uma
fábrica de sucos.

A modernização tecnológica ao chegar ao campo promoveu mudanças incríveis. A


agropecuária desenvolveu-se tanto em pesquisa, seleção e desenvolvimento de espécies cultiváveis

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como em métodos cada vez mais automatizados. O desenvolvimento de insumos agrícolas como
plantadeiras, aradeiras, colhedeiras e tratores, fertilizantes e agrotóxicos foi muito grande. Esta
modernização no campo promoveu uma transformação estrutural da agricultura e aumentou muito
a produtividade. Hoje a agropecuária se articula em modelos cada vez mais complexos, que
chamamos agroindústria ou simplesmente agronegócio. Como agronegócios podemos considerar
toda a cadeia produtiva da agricultura, desde as áreas cultivadas altamente mecanizadas, como a
indústria que produz os insumos (maquinários) e componentes químicos (fertilizantes e
agrotóxicos). Também a indústria que processa o produto como um grande frigorífico ou fábrica de
sucos.
A modernização do campo e o aumento de produtividade que ocorreu na década de 1960 e
1970 chamaram de revolução verde. Esta modernização no campo começou a partir do
desenvolvimento de novas técnicas e seleção de espécies para viabilizar a agricultura em regiões em
que ela não era praticada, por alguma limitação natural ou socioeconômica. A revolução verde
contou com apoio da ONU, pois viu nela uma oportunidade para o aumento da produção de
alimentos e a erradicação da fome no mundo. Infelizmente este objetivo não foi alcançado. A
produtividade aumentou, mas principalmente a da agricultura comercial de exportação (plantation
mecanizado).
Na África, por exemplo, na região conhecida como SAHEL (região na transição do deserto para
a savana e com os piores índices socioeconômicos do continente) ocorreu a expansão da agricultura,
mas ela produz para exportação, não para suprir as necessidades da região. Os países pioneiros na
revolução agrícola foram o México, Brasil, Índia e Tailândia. Todos estes países hoje são grandes
produtores e exportadores agrícolas. Foi um amplo programa idealizado para aumentar a produção
agrícola por meio de melhorias genéticas em sementes, desenvolvimento de sementes híbridas,
mecanização e redução do custo de manejo agrícola. As grandes propriedades no Brasil e no mundo,
são essencialmente mono produtoras para exportação. O plantation normalmente produz poucos
alimentos, ou nenhum. As lavouras de milho e soja, por exemplo, são destinadas à produção de
ração. Os alimentos são produzidos principalmente pela agricultura familiar realizada nas pequenas
propriedades.

8.1. A BIOTECNOLOGIA

São realizadas várias pesquisas em busca do melhoramento genético das plantas para
selecionarmos as características mais desejáveis. Existem as sementes híbridas e as sementes
transgênicas. Os híbridos são vegetais selecionados e cruzados em laboratório, para conseguirmos
assim plantas mais resistentes às pragas, ou maiores e mais suculentas. As plantas são cruzadas e
selecionadas, mas não sofrem modificação genética. Já os transgênicos são OGMs (Organismos

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Geneticamente Modificados). Selecionam e introduzem características desejáveis (mesmo que não


sejam naturais da espécie). Podem tornar as plantas resistentes à ação de pragas e a utilização de
agrotóxicos, além de adaptá-las a condições climáticas e de solo específicas. Vamos ao exemplo dos
transgênicos no Brasil. Somos atualmente o terceiro maior produtor mundial de Soja. Até 2005 a
soja, que é um cultivo tipicamente de climas temperados e era cultivada somente na região sul. Foi
desenvolvida uma variedade de sementes transgênicas adaptadas ao clima tropical e ao solo do
cerrado. Isso possibilitou a expansão da agricultura brasileira com base na produção da soja, que
hoje ocupa uma grande área cultivada e suas lavouras possuem grande produtividade.

8.2. A POLÊMICA DOS TRANSGÊNICOS E A LEI DE BIOSSEGURANÇA

A nova tecnologia das plantas transgênicas, antes de serem liberadas pela lei, provocou um
grande debate entre os cidadãos e cientistas sobre os possíveis impactos nocivos do uso destas
sementes. São muitas as consequências e muito variadas, pois são tanto ambientais, econômicas e
na saúde humana. As pesquisas realizadas sobre os impactos dos alimentos transgênicos na saúde
humana não foram conclusivas, ou seja, foram liberados antes de sabermos se podem provocar
efeitos nocivos. Os principais riscos dos transgênicos apontados são: Risco de cruzamento
espontâneo, desaparecimento das espécies originais, dependência do produtor das grandes
corporações, o problema bioético sobre patentes sobre organismos vivos.

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Para tentar minimizar os riscos na alimentação, devido a possíveis mutações e adaptações dos
transgênicos, foi criado na Noruega um banco de sementes chamado de “banco do fim do mundo”,
que reúne coleções de sementes de todos os principais alimentos conhecidos pelo homem em sua
variedade natural. Caso ocorra um problema imprevisto que possa comprometer a alimentação
mundial, teremos armazenadas as matrizes genéticas originais. No Brasil enquanto o debate sobre
os transgênicos ocorria, foi aprovada no congresso a chamada Lei de Biossegurança, de 2005. Numa
mesma lei foram aprovados dois temas polêmicos na época. O plantio de transgênicos e a pesquisa
com células tronco (que contava com a resistência de grupos religiosos).

8.3. PEA NA AGRICULTURA E DESENVOLVIMENTO

Os países em que a população economicamente ativa trabalha principalmente no setor


primário, demonstram que são menos industrializados e urbanizados, portanto, está diretamente
ligado ao seu desenvolvimento. Quanto maior a PEA no setor primário, menos desenvolvido ele é.
Países que concentram suas atividades econômicas no setor primário são mais frágeis
economicamente a crises, possuem pior infraestrutura, sua população tem um pior IDH. Não
conseguem, por exemplo, se preparar para enfrentar acidentes naturais.

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9. ORIENTAÇÕES DE ESTUDOS (CHECKLIST) E PONTOS A DESTACAR

✓ O estado do Pará está sobre uma estrutura rochosa predominantemente cristalina. Nos
escudos cristalinos, encontraremos minerais metálicos.
✓ A exploração mineral é o maior destaque econômico do estado. Mesmo com a expansão da
fronteira agrícola e exploração da madeira.
✓ Os principais projetos de exploração mineral estão em Óbidos e Oriximiná, no vale do rio
trombetas, projeto ALBRÁS e Alunorte para a exploração de bauxita, e o projeto grande
Carajás.
✓ Carajás é a maior mina de minério de ferro a céu aberto do mundo. É um dos complexos
rochosos mais importantes e abundantes do mundo, com expectativa de suas reservas
durarão séculos
✓ A descoberta da província mineral de Carajás, foi um verdadeiro divisor de águas na
exploração mineral do país.
✓ Quando estava em construção foi alvo de profundas discussões, sobretudo quanto à forma
dos contratos de participação do capital internacional, e quanto ao valor dos investimentos,
substancialmente alto para a época.
✓ Ferro, Cobre, Manganês e Bauxita são os principais minerais, mas ainda são encontrados,
ouro e muitos outros metais, menos explorados devido ao custo alto e baixa demanda.
✓ O Projeto também procurava realizar a ocupação e o desenvolvimento regional, por isso é
muito mais amplo que a mineração: Projeto de exploração florestal; Projeto de preservação
ambiental; Projeto de desenvolvimento agropecuário; a Usina Hidrelétrica de Tucuruí; a
Estrada de Ferro Carajás (que liga o projeto até o porto da ponta da madeira/Itaqui em São
Luiz do Maranhão) e a construção do porto da ponta da madeira (especializado em
mineração.
✓ Serra Pelada: em 1979, um vaqueiro encontrou uma pepita na colina de Serra Pelada, uma
extensão da Serra dos Carajás. A notícia se espalhou tão rapidamente que em um ano, a
paisagem já se transformou numa enorme faiscação. O município de Curionópolis foi o centro
maior de recepção do enorme fluxo migratório que em 5 anos retirou em torno de 50
toneladas de ouro.

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✓ Em 2019 o Pará exportou um total de US$ 17.486.997 bilhões, garantindo o primeiro lugar
em saldo positivo da balança comercial (US$ 16.266.781 bilhões).
✓ Os minerais foram o destaque da balança comercial de 2019, sendo responsáveis por 90% das
exportações paraenses.
✓ Destaque para o minério de ferro bruto que teve um crescimento de 23,94% no período,
chegando a exportar mais de US$ 11 bilhões, principalmente para o mercado chinês.
✓ Ao nos referirmos a “questão agrária” estamos nos remetendo a vários temas ligados a
distribuição da terra, seus usos e conflitos relacionados a sua posse.
✓ A posse da terra está diretamente ligada ao domínio político local, pois distantes das
instituições de controle do estado, o poder é exercido localmente pelos grandes
proprietários. A maior concentração de terras que há no país, é na região norte.
✓ Plantation: Grandes propriedades rurais (latifúndios), monocultura (predominância de um
produto agrícola), produção para exportação (atender o mercado externo), predominam
formas arcaicas de produção com formas modernas de trabalho (há propriedades muito
modernas com uso de grande maquinário agrícola, e fazendas que são denunciadas e
reincidentes em processos contra trabalho escravo).
✓ O estado do Pará durante a colônia era a capitania do Grão Pará. Por ser distante dos centros
mais populosos, como o litoral nordestino e no século XVIII o Sudeste, sempre predominou
um isolamento político, em que a presença do Estado se faz através das instituições, mas em
razão da grande dimensão territorial e colonização esparsa é muito difícil a fiscalização do
território. Este quadro estimula o localismo político.
✓ De acordo com os dados da LAGEA/DATA LUTA 90% das propriedades rurais do Pará são
griladas, ou seja, apossadas de forma ilegal.
✓ O estado do Pará é um dos estados em que o desmatamento, o gado e a soja avançaram com
maior velocidade.
✓ A expansão da agricultura apesar da modernização produtiva (uso de maquinários cada vez
mais modernos), ainda persiste uma estrutura produtiva baseada no plantation e muitas
propriedades funcionam com trabalho humano.
✓ As maiores dimensões territoriais de latifúndios no Estado do Pará, estão no centro sul do
estado. São latifúndios imensos. No arco do desflorestamento, fronteira agrícola em
expansão, as propriedades são de grandes dimensões
✓ O estado do Pará é um dos mais violentos do Brasil, com um alto índice de criminalidade, em
boa parte das vezes, ligadas a atividades como a pistolagem (pistoleiros particulares).

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✓ As comunidades quilombolas são grupos étnicos – predominantemente constituídos pela


população negra rural ou urbana –, que se autodefinem a partir das relações específicas com
a terra, o parentesco, o território, a ancestralidade, as tradições e práticas culturais próprias.
✓ Algumas características gerais da questão agrária no estado do Pará: Tem o maior número de
famílias assentadas pelos governos através de políticas de assentamento rurais. Várias áreas
de concentração da violência contra trabalhadores rurais e camponeses. estrutura de
ocupação da terra no estado do Pará é concentrada. A região da Amazônia com maior grau
de antropização (ação antrópica = ação humana). O estado do Pará foi um dos que mais
assentaram pessoas no campo. Há uma grande quantidade de terras devolutas (terras sem
registro pertencentes à União). As terras do estado do Pará são em sua maioria ocupadas por
posseiros e grileiros. As terras são a principal razão dos conflitos no campo.

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10. QUESTIONÁRIO DE REVISÃO

QUESTIONÁRIO - SOMENTE PERGUNTAS

1) Qual o papel que a exploração mineral ocupa no estado do Pará? Explique-o.


2) O projeto Grande Carajás é um dos principais fatos de desenvolvimento econômico e de
importância histórica no estado do Pará. Explique a importância do projeto para o estado.
3) O Projeto Carajás, além de procurar explorar as maiores jazidas polimetálicas, teve outras
finalidades. Quais são elas?
4) Dentre os empreendimentos que ocorreram no Pará, a ocupação do garimpo na Serra
Pelada marcou o processo de mineração no estado. Em que consiste a ocupação na Serra
Pelada na década de 1980 e quais foram seus principais impactos?
5) O minério possui destaque no cenário econômico do estado do Pará. Em 2019 fechou em
primeiro lugar na balança comercial entre as federações. Contextualize o cenário
econômico do Pará levando em consideração a produção mineral.
6) Quais são as principais características do Plantation, base de grande parte das
propriedades do estado do Pará?
7) Ao nos referirmos a “questão agrária” estamos nos remetendo a vários temas ligados a
distribuição da terra, seus usos e conflitos relacionados a sua posse. Quais são as
principais características da questão agrária no estado do Pará?
8) O que são terras quilombolas? Explique-as.

QUESTIONÁRIO - PERGUNTAS E RESPOSTAS

1) Qual o papel que a exploração mineral ocupa no estado do Pará? Explique-o.


A exploração mineral é o maior destaque econômico do estado. Mesmo com a expansão da
fronteira agrícola e exploração da madeira. A exploração mineral ocorre a partir da década de
1970, quando os objetivos geopolíticos de ocupação amazônica estavam na dianteira de
discussão. O objetivo do estado brasileiro era realizar a ocupação do território e viabilizar a
exploração econômica.

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2) O projeto Grande Carajás é um dos principais fatos de desenvolvimento econômico e de


importância histórica no estado do Pará. Explique a importância do projeto para o estado.
Carajás é a maior mina de minério de ferro a céu aberto do mundo. A descoberta da província
mineral de Carajás, foi um verdadeiro divisor de águas na exploração mineral do país. Os
levantamentos geológicos eram principalmente mapeamentos, que abriram o caminho para a
descoberta das jazidas minerais de Carajás. Até a década de 1960 os levantamentos permitiram
a exploração mineral de vários recursos amazônicos: Petróleo (Amazonas); Manganês na serra
do navio (Amapá); Estanho (Rondônia); Bauxita (Rio Trombetas).
3) O Projeto Carajás, além de procurar explorar as maiores jazidas polimetálicas, teve outras
finalidades. Quais são elas?
Além do empreendimento citado, o Projeto também procurava realizar a ocupação e o
desenvolvimento regional, por isso é muito mais amplo que a mineração: Projeto de
exploração florestal; Projeto de preservação ambiental; Projeto de desenvolvimento
agropecuário; a Usina Hidrelétrica de Tucuruí; a Estrada de Ferro Carajás (que liga o projeto até
o porto da ponta da madeira/Itaqui em São Luiz do Maranhão) e a construção do porto da
ponta da madeira (especializado em mineração).
4) Dentre os empreendimentos que ocorreram no Pará, a ocupação do garimpo na Serra
Pelada marcou o processo de mineração no estado. Em que consiste a ocupação na Serra
Pelada na década de 1980 e quais foram seus principais impactos?
Em 1979, um vaqueiro encontrou uma pepita na colina de Serra Pelada, uma extensão da Serra
dos Carajás. A notícia se espalhou tão rapidamente que em um ano, a paisagem já se
transformou numa enorme faiscação (retirada do ouro em pepitas dos rios, e da superfície). O
município de Curionópolis foi o centro maior de recepção do enorme fluxo migratório que em
5 anos retirou em torno de 50 toneladas de ouro. Foi a maior mineração a céu aberto do
mundo. O ouro esgotou-se rapidamente e em uma década a mineração foi fechada. A
qualidade de vida das famílias foi deteriorada e a violência foi explosiva. Hoje ainda existem
jazidas profundas e a área pertence à exploração da Vale. Em 2002, o Congresso Nacional
aprovou um decreto que permitiu aos garimpeiros a execução de suas atividades em uma área
próxima a Serra Pelada. Em poucos meses, aproximadamente, 10.000 garimpeiros foram
atraídos para essa região. Vários problemas ocorrem nessa nova área. A disputa de interesses
políticos, líderes sindicais, mineradoras e antigos garimpeiros geraram vários conflitos. O clima
na região continua tenso, vários assassinatos ocorrem pela busca do ouro.
5) O minério possui destaque no cenário econômico do estado do Pará. Em 2019 fechou em
primeiro lugar na balança comercial entre as federações. Contextualize o cenário econômico
do Pará levando em consideração a produção mineral.
Assim como em anos anteriores, os minerais foram o destaque da balança comercial de 2019,
sendo responsáveis por 90% das exportações paraenses. Ao todo, foram US$ 15.789.839
bilhões em produtos exportados, com destaque para o minério de ferro bruto que teve um
crescimento de 23,94% no período, chegando a exportar mais de US$ 11 bilhões,
principalmente para o mercado chinês. Em 2019 o Pará exportou um total de US$ 17.486.997
bilhões, garantindo o primeiro lugar em saldo positivo da balança comercial (US$ 16.266.781
bilhões). Em valor exportado, se comparado com 2018, o Estado subiu duas posições no

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ranking nacional, ficando na quinta colocação, à frente de estados como São Paulo, Rio de
Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
6) Quais são as principais características do Plantation, base de grande parte das
propriedades do estado do Pará?
Grandes propriedades rurais (latifúndios), monocultura (predominância de um produto
agrícola), produção para exportação (atender o mercado externo), predominam formas
arcaicas de produção com formas modernas de trabalho (há propriedades muito modernas
com uso de grande maquinário agrícola, e fazendas que são denunciadas e reincidentes em
processos contra trabalho escravo).
7) Ao nos referirmos a “questão agrária” estamos nos remetendo a vários temas ligados a
distribuição da terra, seus usos e conflitos relacionados a sua posse. Quais são as principais
características da questão agrária no estado do Pará?
O estado do Pará é um dos estados em que o desmatamento, o gado e a soja avançaram com
maior velocidade. A expansão da agricultura apesar da modernização produtiva (uso de
maquinários cada vez mais modernos), ainda persiste uma estrutura produtiva baseada no
plantation e muitas propriedades funcionam com trabalho humano. As maiores dimensões
territoriais de latifúndios no Estado do Pará, estão no centro sul do estado. São latifúndios
imensos. No arco do desflorestamento, fronteira agrícola em expansão, as propriedades são
de grandes dimensões. A estrutura de ocupação da terra no estado do Pará é concentrada. Há
propriedades rurais de dimensões incríveis, com dimensões próximas à de pequenos países
europeus. De acordo com os dados da LAGEA/DATA LUTA 90% das propriedades rurais do
estado são griladas, ou seja, apossadas de forma ilegal. As terras são a principal razão dos
conflitos no campo.
8) O que são terras quilombolas? Explique-as.
As comunidades quilombolas são grupos étnicos – predominantemente constituídos pela
população negra rural ou urbana –, que se autodefinem a partir das relações específicas com a
terra, o parentesco, o território, a ancestralidade, as tradições e práticas culturais próprias. De
acordo com o INCRA, as terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos
são aquelas utilizadas para a garantia de sua reprodução física, social, econômica e cultural.
Como parte de uma reparação histórica, a política de regularização fundiária de Territórios
Quilombolas é de suma importância para a dignidade e garantia da continuidade desses grupos
étnicos.

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11. EXERCÍCIOS

1. (CETAP - 2019 - Prefeitura de Ananindeua - PA - Assistente Social)


“Madeireiros invadem Terra Indígena Arara, no sudoeste do PA, diz Funai. Moradores da região
temem que ocorra conflito, já que há tensões entre os indígenas para realizar um protesto na
rodovia Transamazônica.”. (Fonte: G1.com. Acesso em 03.01.2019). Em atenção à notícia
apresentada analise os itens a seguir e marque a alternativa correta.
I- Uma equipe da Coordenadoria Regional da Fundação do índio informou nesta quinta-feira
(3) que acompanha uma situação de invasão de madeireiros na Terra indígena (TI) Arara, entre
Uruará e Medicilândia, no sudoeste do Pará;
II- De acordo com a Funai, um grupo de madeireiros invadiu a área desde o último dia 30 de
dezembro para extrair madeira ilegalmente e ocupar a terra com demarcação de lotes;
III- Moradores da região temem que ocorra conflito, já que há tensões entre os indígenas para
realizar um protesto na rodovia BR-230, a Transamazônica, devido a invasão;
IV- A TI Arara abrange os municípios de Altamira, Tailândia, Medicilândia e Santarém. A área
compreende mais de 200.000 hectares e abriga quase 300 indígenas. De acordo com a Funai,
o local teve os limites homologados na década de 90.
A) Apenas os itens I, II e III estão corretos.
B) Apenas os itens I, II e IV estão corretos.
C) Apenas os itens II e IV estão errados.
D) Apenas os itens II e III estão errados.
Comentários
Questão baseada em uma notícia.
I, II e III – Corretas. Nos últimos anos, a região tem sido alvo constante de invasões por madeireiros
e grileiros, por conta do grande volume de madeiras nobres que a área ainda possui. As terras
indígenas são, atualmente, os principais alvos dos invasores por serem aquelas que detêm as
florestas mais preservadas. De acordo com a reportagem, um grupo de madeireiros invadiu a
terra indígena Arara, localizada nos municípios de Uruará e Medicilândia, no Pará. A situação foi
tensa com riscos de conflitos entre os invasores e os indígenas que vivem na região próxima à
rodovia Transamazônica, a BR-230.
IV – Incorreto. A Terra Indígena Arara abrange os municípios de Altamira, Brasil Novo,
Medicilândia e Uruará. A área compreende 274.010 hectares e abriga 298 indígenas. De acordo
com a Funai, o local teve os limites homologados pelo Decreto nº399, de 24 de dezembro de 1991.

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Gabarito: A

2. (AOCP - 2017 - CODEM - PA - Analista Fundiário – Advogado)


“Multinacional francesa vai investir mais de R$1 bilhão no estado do Pará. Mais uma
multinacional se instala em território paraense de olho nas oportunidades logísticas do Pará.”
Em relação à vinda de multinacionais para o estado do Pará, vários fatores podem contribuir
para atrair empresas. Referente à instalação dessas empresas e ao desenvolvimento
econômico, assinale a alternativa correta.
A) A empresa Louis Dreyfus Company (LDC) busca implementar projetos no setor de logística e
pretende montar uma estrutura hidroviária com saída da região sul do Pará, passando pela
Zona Franca de Manaus, o que facilitará um intercâmbio comercial benéfico aos estados do
Pará e Amazonas.
B) A Louis Dreyfus Company (LDC), empresa do setor de commodities, vem investimento em
experimentos no Pará, como em lavouras de trigo voltadas para exportação. Com isso, a região
sul do estado se torna um polo de destaque do setor.
C) A empresa Louis Dreyfus Company (LDC) atua em quase todas as frentes da cadeia de
alimentação. Recentemente instalada no Brasil, vem recebendo investimentos
governamentais, em especial do estado do Pará, por meio de subsídios para realizar suas
atividades.
D) As empresas multinacionais, e mesmo as grandes empresas brasileiras, buscam se localizar
em áreas atrativas, onde os custos de produção não sejam onerosos. O Pará apresenta uma
logística atrativa no setor fluvial, com saída para o oceano, tendo os rios tapajós e madeira
como algumas de suas principais vias.
E) O Pará possui uma localização geográfica estratégica para investimentos em setores de
logística. A multinacional Louis Dreyfus Company (LDC), de origem francesa, está investindo na
aquisição de terrenos para a construção de transbordos e portos em Vila do Conde, em
Barcarena, e localidades circunvizinhas, além de fazer estudos para a construção de um porto
às margens do Rio Tapajós.
Comentários
O Pará tem localização geográfica privilegiada por conta de sua proximidade com os mercados do
Caribe, Estados Unidos, Europa e Ásia, que podem ser facilmente acessados via marítima,
apresentando um transit time bastante competitivo, especialmente pela proximidade com o
Canal do Panamá (acesso direto ao mercado dinâmico do leste asiático) e pelo projeto do Posto
de Inspeção Fronteiriço – PIF, a ser instalado no porto Dégrad des Cannes, na Guiana Francesa,
sendo que, com o Serviço de Cabotagem Interregional no Planalto das Guianas, o Pará terá acesso
a produtos do mercado europeu e poderá alfandegar seus produtos em tempo recorde e a menos
da metade dos custos.
A – Incorreto. Está investindo na aquisição de terrenos para a construção de transbordos e portos
em Vila do Conde, em Barcarena, e localidades circunvizinhas, além de fazer estudos para a
construção de um porto às margens do Rio Tapajós.

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B – Incorreto. O trigo no Brasil concentra-se nos estados do Paraná (PR) e do Rio Grande do Sul
(RS), que juntos totalizam mais de 90% da produção. Contudo, os estados de Goiás (GO), Minas
Gerais (MG), São Paulo (SP) e Santa Catarina (SC) também são responsáveis pelo fornecimento de
trigo.
C – Incorreto. A empresa multinacional de origem francesa, Louis Dreyfus Company (LDC) vai se
instalar no estado do Pará e está de olho nas logísticas que o estado oferece.
D – Incorreto. O rio Madeira é um rio da bacia do rio Amazonas que banha os estados de Rondônia
e do Amazonas.
Gabarito: E

3.
No dia 28 de fevereiro de 1985, era inaugurada a Estrada de Ferro Carajás, pertencente e
diretamente operada pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), na região Norte do país,
ligando o interior ao principal porto da região, em São Luís. Por seus, aproximadamente, 900
quilômetros de linha, passam, hoje, 5353 vagões e 100 locomotivas.
Dísponivel em: http://www.transportes.gov.br. Acesso em 27 jul. 2010 (adaptado).

A ferrovia em questão é de extrema importância para a logística do setor primário da economia


brasileira, em especial para porções dos estados do Pará e Maranhão.
Um argumento que destaca a importância estratégica dessa porção do território é a:
A) produção de energia para as principais áreas industriais do país.
B) produção sustentável de recursos minerais não metálicos.
C) capacidade de produção de minerais metálicos.
D) logística de importação de matérias-primas industriais.
E) produção de recursos minerais energéticos.
Comentários
A importância de projetos de levantamento e pesquisa como o Radam-Brasil, revelaram o enorme
potencial mineral da região Norte do país. O Estado nacional como agente indutor do processo de
desenvolvimento promoveu a criação dos projetos regionais e atraiu investimentos de capital para
sua realização. É o caso da construção da Ferrovia dos Carajás. Muito embora tenha sido implantada
justamente com a finalidade apenas de escoar a produção mineral, com o tempo acabou se tornando
uma ferrovia multimodal, melhor articulada.
A alternativa [A] é falsa, apesar do grande potencial a produção energética ainda é pequena e
destinada, até o momento, ao consumo local.
A alternativa [B] é falsa, a produção se dá em escala industrial.
A alternativa [D] é falsa, a logística envolvida está na exportação de matérias primas.

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A alternativa [E] é falsa, a produção é de recursos minerais metálicos.


Gabarito: C

4.
Na Serra do Navio (AP), uma empresa construiu uma usina de beneficiamento, um porto, uma
estrada de ferro e vilas. Entretanto, depois que as reservas foram exauridas, a companhia
fechou a mina e as vilas se esvaziaram. Sobrou uma pequena comunidade de pescadores. São
1,8 mil moradores que sofrem com graves problemas nos rins, dores no corpo, diarreia, e
vômitos decorrentes da contaminação do solo e da água por arsênio.
MILANEZ, B. “Impactos da mineração”. Le monde diplomatique. São Paulo, ano 3, n. 36.
Adaptado.
A existência de práticas de exploração mineral predatórias no Brasil tem provocado o(a):
A) criação de estruturas e práticas geradoras de impactos socioambientais pouco favoráveis à
vida das comunidades.
B) adequação da infraestrutura local dos municípios e regiões exploráveis à recepção dos
grandes empreendimentos de exploração.
C) ampliação do número de empresas mineradoras de grande porte que têm sua atuação
prejudicada pelo atendimento às normas ambientais brasileiras.
D) distanciamento geográfico das áreas exploráveis em reação às demarcações de terras
indígenas que são pouco apropriadas à extração dos recursos.
E) estabelecimento de projetos e ações por parte das empresas mineradoras em áreas de
atuação nas quais as reservas mineralógicas foram exauridas.
Comentários
A mineração pode acarretar vários impactos socioambientais se não for realizada de forma
sustentável. Entre os impactos, a contaminação da água, a poluição do ar, a contaminação do solo,
o desmatamento e a possibilidade do surgimento de problemas de saúde na população.
Gabarito: A

5.
Em certas regiões litorâneas, o sal é obtido da água do mar pelo processo de cristalização por
evaporação. Para o desenvolvimento dessa atividade, é mais adequado um local:
A) plano, com alta pluviosidade e pouco vento.
B) plano, com baixa pluviosidade e muito vento.
C) plano, com baixa pluviosidade e pouco vento.
D) montanhoso, com alta pluviosidade e muito vento.
E) montanhoso, com baixa pluviosidade e pouco vento.

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Comentários
Áreas litorâneas com litoral baixo, ventos constantes, alta insolação e evaporação e baixa
pluviosidade são condições ideais para a extração de sal marinho.
Gabarito: B

6. (Vunesp 2011)
O mapa representa a “Amazônia Azul”, uma área de aproximadamente 4,5 milhões de km 2,
traçada ao longo do litoral brasileiro.

Sobre a “Amazônia Azul”, pode-se afirmar que:


A) é uma área que o Brasil delimitou para opor-se à salvaguarda e à exploração dos recursos
naturais.
B) é uma região onde a exploração pesqueira está embargada para permitir a exploração do
pré-sal.
C) foi criada para que os recursos vivos na Zona Econômica Exclusiva –ZEE sejam
exclusivamente pescados por navios fábricas.
D) essa demarcação objetivou delimitar áreas de pequeno interesse comercial e assegurar os
impostos para todos os estados da União.
E) nessa área, o Brasil pretende exercer seus direitos de soberania ou jurisdição para melhor
salvaguardar e explorar os recursos naturais nela existentes.

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Comentários
A Amazônia Azul se estende até 200 milhas náuticas de largura e é o limite marinho do território
brasileiro. Nessas áreas, além da riqueza de fauna e flora marinha, o Brasil pretende explorar
riquezas minerais existentes (como petróleo, gás e sal) além de proteger suas fronteiras terrestres.
Gabarito: E

7. (Vunesp 2013)
Leia o texto e analise os mapas.
As terras-raras formam um grupo de 17 elementos químicos, com propriedades muito
semelhantes entre si, em termos de maleabilidade e resistência, que permitem aplicações
diversas. Indispensáveis à indústria de alta tecnologia, elas estão no centro de uma disputa
global. As maiores reservas em potencial estão situadas no Brasil. A extração e principalmente
o refino das terras-raras são, porém, altamente poluentes; por esta razão, cientistas estudam
novos meios de exploração e novas aplicações que poluam menos.

De acordo com a leitura do texto e a observação dos mapas, é correto afirmar que as duas
maiores concentrações de reservas de terras-raras estão localizadas nas regiões de integração
e desenvolvimento do:
A) Oeste e Araguaia-Tocantins.
B) Sudoeste e Sul.
C) Arco Norte e Madeira-Amazonas.
D) São Francisco e Transnordestino.
E) Sudeste e Transnordestino.

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Comentários
A maioria das terras-raras, recursos minerais estratégicos para a indústria de alta tecnologia e com
reservas limitadas na crosta terrestre, localizam-se nas regiões de integração e desenvolvimento do
Sudeste e Transnordestino. São exemplos as reservas de lítio em MG e no CE.
Gabarito: E

8. (G1 - cps 2016)


No Brasil, as principais áreas de extração do minério de ferro são a Serra dos Carajás e o
Quadrilátero Ferrífero, que se localizam, respectivamente, nos estados:
A) de Goiás e do Maranhão.
B) de São Paulo e do Amapá.
C) de Roraima e do Tocantins.
D) do Pará e de Minas Gerais.
E) do Amazonas e de Sergipe.
Comentários
As principais áreas de exploração de minério de ferro no Brasil são Carajás (PA), Quadrilátero
Ferrífero (MG) e Maciço do Urucum (MS). A estrutura geológica corresponde aos Escudos Cristalinos
(rochas magmáticas e metamórficas) formados no Pré-Cambriano, Era Proterozoica.
Gabarito: D

9.
A atividade de mineração no Brasil acabou por contribuir para a instalação de um sistema de
infraestrutura na área de transporte e geração de energia. Nesse sentido, para a instalação de
um grande projeto de extração de minério de ferro pela Vale do Rio Doce no estado do Pará
no início da década de 1980, foi necessária a construção da:
A) Ferrovia do Aço e Porto de Santos.
B) Rodovia Belém-Brasília e Hidrelétrica de Belo Monte.
C) Estrada de Ferro Carajás e Usina Hidrelétrica de Tucurui.
D) Rodovia Transamazônica e Usina Hidrelétrica de Balbina.
Comentários
O Programa Grande Carajás foi instalado no sul do Pará na década de 1980 com o objetivo de
viabilizar as exportações de recursos minerais explorados para Vale do Rio Doce como ferro e
manganês para exportação. Para viabilizar o projeto foi necessário investir na logística de
transportes e na geração de energia para o empreendimento. São exemplos: Estrada de Ferro
Carajás (PA/MA), o porto de Itaqui (MA) e a hidrelétrica de Tucuruí no rio Tocantins (PA).
Gabarito: C

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10. (G1 - cftmg 2014)


Considere o cartograma abaixo.

Na região circulada, conhecida como “bico do papagaio”, predomina:


A) conflitos fundiários violentos.
B) atividade econômica secundária.
C) sistema agropecuário do tipo intensivo.
D) rede de transporte intermodal consolidada.
Comentários
Como mencionado corretamente na alternativa [A], o Bico do Papagaio registra um dos maiores
números de vítimas em conflitos fundiários. Estão incorretas as alternativas seguintes porque não
correspondem às características da região indicada no mapa.
Gabarito: A

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11.

Os pontos numerados no mapa indicam importantes áreas de exploração mineral na região


Norte do país, com extração de manganês, bauxita, ferro, cobre, ouro e níquel. Os grandes
projetos relacionados aos pontos 1, 2 e 3 são, respectivamente,
A) Trombetas, Carajás e Quadrilátero Ferrífero.
B) Serra do Navio, Trombetas e Carajás.
C) Serra do Navio, Carajás e Maciço do Urucum.
D) Trombetas, Serra do Navio e Paragominas.
E) Maciço do Urucum, Alumar e Carajás.
Comentários
A área 1 corresponde a Serra do Navio (AP), região com mineração de ferro, manganês (em declínio)
e ouro. A área 2 é o Vale do Rio Trombetas ou Oriximiná (PA), com predomínio da exploração de
bauxita (minério de alumínio). A área 3 é a Serra dos Carajás (PA), o maior empreendimento de
mineração da VALE (Companhia Vale do Rio Doce) da Amazônia, com exploração de ferro e
manganês, transportados por ferrovia até o porto de Itaqui (MA) para exportação.
Gabarito: B

12.
Com relação ao texto a seguir, assinale o que for correto.
"João, descendo pelo alto Rio Paraguai com o seu barco, acabou de chegar à cidade de Cáceres.
Nesse mesmo instante, Pedro, conduzindo um trem carregado de minério de ferro de Carajás,
chegou ao porto de Itaqui. José, pilotando sua moto, no mesmo momento, dirigia pela BR 104
e se aproximava de Caruaru vindo de Campina Grande, enquanto Paulo, com seu caminhão
carregado de soja, chegava ao porto de Santos, e André, em férias, chegava com a família à
Chapada dos Veadeiros."
01) Pedro está na Região Sudeste do Brasil, no estado do Espírito Santo.

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02) Pedro e José estão na Região Nordeste do Brasil, o primeiro no Maranhão e o segundo em
Pernambuco.
04) José está na Região Norte do Brasil, no estado do Pará.
08) Paulo e João estão na Região Sul do Brasil, no estado do Paraná, sendo que o primeiro em
Paranaguá e o segundo na fronteira com o Paraguai.
16) João e André estão na Região Centro-Oeste do Brasil, o primeiro em Mato Grosso e o
segundo em Goiás.
Comentários
01) INCORRETO. Pedro está em Itaqui e, portanto, no Maranhão.
02) CORRETO. Pedro está em Itaqui e José em Caruaru; portanto, encontram-se, respectivamente,
no Maranhão e em Pernambuco, ambos na região nordeste.
04) INCORRETO. José está próximo à Caruaru e, portanto, na região nordeste no estado de
Pernambuco.
08) INCORRETO. Paulo está em Santos e José em trânsito de Campina Grande para Caruaru;
portanto, encontram-se, respectivamente, no Sudeste (São Paulo) e no Nordeste (Paraíba para
Pernambuco).
16) CORRETO. João está em Cáceres e André na Chapada dos Veadeiros; portanto, encontram-se,
respectivamente, no Mato Grosso e em Goiás.
Gabarito: 02 + 16 = 18.

13. (G1 - cftrj 2012)


De acordo com dados do Departamento Nacional de Produção Mineral, o Brasil é hoje o
segundo maior produtor mundial de ferro, atrás apenas da China. A região do(a)
___________________ é considerada uma das maiores jazidas de ferro do mundo e uma
grande área produtora deste recurso no Brasil.
Marque a opção que preenche corretamente o espaço acima.
A) Quadrilátero Ferrífero no Espírito Santo.
B) Serra de Carajás no Pará.
C) Maciço do Urucum em Santa Catarina.
D) Serra do Navio em Goiás.
Comentários
No Brasil, as principais áreas de exploração de ferro e manganês pela VALE são a Serra de Carajás
(sudoeste do PA), Quadrilátero Ferrífero (centro de MG) e Maciço do Urucum (oeste de MS). São
regiões de Escudos Cristalinos do Eon Pré-Cambriano, Era Proterozoica, que concentram jazidas de
minerais metálicos.
Gabarito: B

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14. (Espm 2012)


Observe os dados sobre as instalações portuárias no Brasil:
Portos Principais Especializações
I Exportação de minério de ferro de Minas Gerais.
II Exportação de minério de ferro de Carajás.
III Exportação de grãos do centro-oeste, importação de produtos industriais.
IV Exportação e importação de petróleo.
V Exportação de soja do centro-oeste, sudeste e sul.
VI Complexo petroquímico.

Fonte: adaptado de Ministério dos Transportes, 2011; Hervé Théry e Neli Aparecida de Mello.
Atlas do Brasil. Disparidades e Dinâmicas do Território. 2a ed. P, 201. São Paulo: Edusp, 2009.

A alternativa que encerra a associação correta é:


A) I, Tubarão; II, Itaqui; III, Santos e V, Paranaguá.
B) I, Tubarão; II, Vitória; IV, Santos e VI e Rio Grande.
C) II, Vitória; III, Santos; IV, São Sebastião e V, Paranaguá
D) I, Vitória; II, Itaqui; IV, Santos e V, Rio Grande.
E) I, Paranaguá; II, Vitória; III, Santos e V Itaqui.
Comentários
O escoamento dos produtos apresentados na tabela está associado aos portos: I. Tubarão (ES); II.
Itaqui (MA); III. Santos (SP); IV. São Sebastião (SP); V. Paranaguá (PR); VI. Atualmente (2012) em fase
de implantação em Suape (PE), Pecém (CE) e Aqui (RJ).
Gabarito: A

15.
Sobre os recursos minerais do Brasil, assinale o que for correto.
01) Pela Lei do Petróleo e pelos procedimentos de "contratos de risco" de 1997, a Agência
Nacional do Petróleo – ANP estabeleceu o monopólio da exploração do petróleo pela Petrobras
em território brasileiro.
02) O Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais, e a província mineral da Serra de Carajás, no
Pará, representam os principais complexos mineralógicos na área continental brasileira.
04) A maior parte das reservas de petróleo brasileiro situa-se sobre a plataforma continental e
com as novas descobertas de petróleo na camada de pré-sal, a Agência Nacional do Petróleo –
ANP já estabeleceu como regra que um aumento da produção significará um aumento de

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royalties exclusivos para os estados produtores dessas novas reservas e, para os consumidores,
uma melhora na qualidade e dos preços dos produtos derivados, com reflexos diretos no
mercado internacional.
08) As principais reservas de minérios estão concentradas em regiões associadas aos terrenos
arqueozoicos e proterozoicos do escudo brasileiro ou do escudo das Guianas.
Comentários
Os itens corretos são [02] e [08], perfazendo 10 pontos.
Os itens incorretos são:
[01] A partir do final da década de 1990, terminou o monopólio da Petrobras e empresas privadas
nacionais e transnacionais podem operar no setor petrolífero brasileiro.
[04] O Congresso Nacional decidiu que a divisão dos royalties será mais equitativa entre os estados
produtores e não produtores de petróleo.
Gabarito: 02 + 08 = 10

16.
A respeito de transportes no Brasil, suas condições geográficas e seus problemas, assinale o
que for correto.
01) As ferrovias brasileiras perderam importância, uma vez que uma reorganização séria do
transporte ferroviário exigia altos investimentos devido a várias larguras de bitola e ser uma
rede antiga e mal conservada; mas linhas privadas construídas para exportar minérios
ganharam importância, a exemplo das que transportavam o manganês do Amapá, o ferro de
Minas Gerais e de Carajás, em direção ao mar.
02) Apesar das vantagens de outros meios de transporte, é a rodovia que domina o tráfego de
mercadorias e passageiros.
04) A maioria das estradas de rodagem brasileira é de construção federal, asfaltadas e não
asfaltadas, seguidas pelas estaduais, asfaltadas e não asfaltadas e, em menor extensão, pelas
estradas municipais, asfaltadas e não asfaltadas.
08) O modelo brasileiro de transporte rodoviário, com a crise do petróleo nos anos 1970,
obrigou a busca da autossuficiência em combustíveis, quer pela pesquisa de novas jazidas de
petróleo, quer pelo investimento no álcool combustível.
16) Os rios navegáveis formam uma verdadeira rede na Amazônia, mas no restante do país,
apenas os afluentes do Rio Paraná e do Rio Paraguai formam outra rede, desembocando no
Rio da Prata, sendo um percurso útil às trocas internas do Mercosul, além da importante
navegabilidade do Rio São Francisco que, porém, é um trecho desconectado das redes
importantes.
Comentários
Os itens corretos são [01], [02], [08] e [16], perfazendo 27 pontos.
O item [04] está incorreto, pois a maioria das estradas brasileiras é estadual e municipal, embora
muitas das principais rodovias tenham tido construção federal.

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Gabarito: 01 + 02 + 08 + 16 = 27

17.
Estima-se que a floresta Amazônica ocupa aproximadamente três milhões de km2 de terras no
território brasileiro e 1/3 dos nove milhões de km2 de florestas tropicais remanescentes no
mundo. Além da rica biodiversidade que comporta (em espécies vegetais e animais), a floresta
abriga comunidades indígenas e de caboclos em uma forma de ocupação rarefeita, sem um
modelo de desenvolvimento sustentado que abarque toda a diversidade cultural e a
biodiversidade. No início da primeira década do século XXI, o governo do Brasil definiu uma
política que visava à ocupação da floresta de modo a assegurar o desenvolvimento da região e
sua integração ao território nacional. Essa política foi proposta
A) pelo Projeto Radam, tendo em vista mapear a região e fornecer conhecimentos sobre os
recursos minerais a serem explorados.
B) pelo Plano Avança Brasil, programa estratégico de promoção do desenvolvimento mediante
a ampliação de eixos nacionais de integração com investimentos em infraestrutura.
C) pela formação da Zona Franca de Manaus, visando criar área de livre comércio de produtos
industrializados e integração da região Norte.
D) pelo Projeto Grande Carajás, com o objetivo de explorar em larga escala os recursos minerais
e agroflorestais e ampliar a ocupação da região.
E) pelo Projeto Jari, visando produzir celulose e papel e, simultaneamente, desenvolver
atividades agrícolas e pecuaristas na floresta.
Comentários
O Plano Avança Brasil faz parte do Plano Plurianual, que é o principal instrumento de planejamento
de médio prazo das ações do governo brasileiro, segundo a Constituição e, como mencionado
corretamente na alternativa [B], foi um projeto adotado entre 2000-2003, que na Amazônia resultou
em investimos para logística e infraestrutura, como gasodutos, hidrelétricas, linhas de transmissão,
rodovias, hidrovias e ferrovias.
Estão incorretas as alternativas:
[A], porque o Projeto Radam foi criado na década de 1970, com o objetivo de mapear os recursos
minerais e o solo da Amazônia;
[C], porque a Zona Franca de Manaus foi criada em 1967 para impulsionar o desenvolvimento da
região;
[D], porque foi um projeto de exploração mineral criado na década de 1980;
[E], porque foi criado em 1967 para a produção de celulose.
Gabarito: B

18. (Fuvest 2010)


Em se tratando de commodities, o Brasil tem papel relevante no mercado mundial, graças à
exportação de minérios. Destacam-se os minérios de ferro e de manganês, bases para a
produção de aço, e a bauxita, da qual deriva o alumínio.

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A relação entre minério e sua localização no território brasileiro está corretamente expressa
em:

Minério Localização geográfica

A) ferro Quadrilátero Ferrífero (Planalto da Borborema)

B) ferro Serra dos Carajás (Planalto das Guianas)

C) bauxita Vale do Trombetas (Serra do Espinhaço)

D) manganês Maciço do Urucum (Pantanal Mato-Grossense)

E) manganês Vale do Aço (Chapada dos Parecis)

Comentários
O Maciço do Urucum, localizado no Pantanal Mato-grossense, é um complexo rochoso metamórfico
arqueo-proterozoico rico em minério de ferro e manganês.
A alternativa [A] é falsa. O Quadrilátero Ferrífero fica em Minas Gerais.
Na alternativa [B] a Serra dos Carajás fica no sudeste do Pará.
Em [C] o Vale do rio Trombetas fica entre os estados do Pará e do Amazonas.
Em [E] o Vale do Aço fica em Minas Gerais.
Gabarito: D

19.
Esta cova em que estás
com palmos medida
é a conta menor que tiraste em vida
É de bom tamanho
nem largo nem fundo
é a parte que te cabe
deste latifúndio
Não é cova grande
é cova medida
é a terra que querias ver dividida

Fonte: Geografia Geral e do Brasil - Vasentini

Os fragmentos do poema de João Cabral de Meio Neto retratam a questão da terra no Brasil.
Logo:
I. A estrutura econômica e social, assentada na desigual repartição da terra e da renda é
geradora de privilégios para alguns, da miséria de muitos e da violência desenfreada no campo.
II. Os conflitos no campo brasileiro não têm relação com a concentração fundiária.

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III. A questão fundiária é um problema estrutural. Para os sem-terra só existem duas saídas:
RESISTIR e envolver-se em constantes conflitos pela posse da terra ou MIGRAR para os grandes
centros urbanos à procura de novas oportunidades de sobrevivência.
IV. No campo o trabalhador sem terra vai de encontro à CERCA, que simboliza a crescente
concentração fundiária. Na cidade encontra o MURO, símbolo da especulação imobiliária.

Estão corretas:
A) Apenas as proposições II e IV.
B) Apenas as proposições I e II.
C) Apenas as proposições I, III e IV.
D) Apenas as proposições II, III e IV.
E) Todas as proposições.
Comentários
O poema denuncia a concentração fundiária do Brasil e, portanto, como mencionado corretamente
nas afirmativas [I], [III] e [IV], o predomínio de latifúndios resulta na exclusão de parte dos
trabalhadores que, sem acesso à terra, compõe os movimentos de resistência e/ou constroem as
rotas de migração para as cidades. Está incorreto o que se afirma em [II], porque os conflitos no
campo têm como uma das causas a estrutura fundiária concentrada.
Gabarito: C

20. (G1 - ifpe 2014)


Analise os textos a seguir.

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“A estrutura fundiária do Brasil continua a mesma do período colonial”. A afirmação de Gilmar


Mauro, dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, não é
mera retórica. Está calcada em estudos que comprovam que pouco se avançou em termos de
distribuição da terra desde os tempos da Coroa Portuguesa. O coeficiente de Gini, índice
utilizado em pesquisas científicas para medir o grau de desigualdade social, revela que a
concentração de terra no país até aumentou, se os dados analisados forem os do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Disponível em:<http://guebala.blogspot.com.br/2011/11/estrutura-fundiaria-do-brasil-
continua.html> Acesso em: 04set.2013.

Com base nas informações acima e nos seus conhecimentos sobre a estrutura fundiária
brasileira, assinale a alternativa correta.
A) Constitui uma questão primordial para a sociedade brasileira que, no entanto, não avança
no que diz respeito à aplicação efetiva de uma ampla reforma agrária.
B) Tal como vem ocorrendo nas últimas décadas, tem promovido a inclusão social dos
trabalhadores rurais e sua absorção pelo mercado de trabalho.
C) Tem contribuído para aumentar a capacidade produtiva das pequenas propriedades rurais,
garantindo, assim, as condições de subsistência para a agricultura familiar.
D) Contribui para acentuar a degradação ambiental, provocada pelas monoculturas de
exportação, realizadas, em geral, nas pequenas e médias propriedades.
E) A legislação agrária proibiu a compra de terras por empresas estrangeiras, de modo que as
áreas agrícolas ociosas passaram a ser ocupadas pelos trabalhadores rurais, democratizando o
acesso à terra.
Comentários
Como mencionado corretamente na alternativa [A], a questão fundiária envolve aspectos sociais e
produtivos, entretanto, ao longo da história tem permanecido inalterada em sua tendência de
concentração.
Estão incorretas as alternativas:
[B], [C] e [D], porque em razão da concentração fundiária, ou seja, do predomínio das grandes
propriedades comerciais, posterga-se a exclusão social do trabalhador rural, reduz-se investimento
e capacidade da agricultura familiar, e potencializa-se a degradação ambiental;
[E], porque a terra é uma mercadoria e tal qual, tem valor de mercado, o que impossibilita o acesso
democrático a ela.
Gabarito: A

21.
A modernização da agricultura brasileira iniciou-se na década de 1950 e intensificou-se na
década seguinte com a implantação do setor industrial voltado para a produção de
equipamentos e insumos para a agricultura.

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Disponível em: <http://www.cptl.ufms.br/revista-geo/jodenir.pdf>. Acesso em: junho de


2012. (adaptado).
Vários fatores contribuíram para a modernização agrícola brasileira, que também provocou
uma série de consequências, como:
A) a substituição dos trabalhadores rurais pelo uso intensivo de equipamentos e técnicas
revolucionárias na produção, que tornaram o produtor independente dos fatores ambientais
e dependente da indústria agrícola.
B) a ampliação dos impactos ambientais, sobretudo causados pelo uso de produtos tóxicos sem
os cuidados necessários, embora a utilização de agrotóxicos tenha possibilitado o aumento da
produção de alimentos, destinados, principalmente, ao abastecimento interno.
C) a necessidade de contratação da mão de obra cada vez mais qualificada, que reduziu
drasticamente o lucro dos produtores rurais, pois os salários pagos a estes novos trabalhadores
eram bem superiores aos salários pagos aos trabalhadores não qualificados que foram
dispensados.
D) a grande concentração de terras nas mãos de poucos produtores, o que tem gerado imensos
conflitos no campo, buscando a Reforma Agrária como uma forma de democratizar o acesso à
terra.
Comentários
No Brasil, o avanço de alguns setores do agronegócio nas últimas décadas favoreceu a concentração
fundiária, a exemplo da produção de soja e de cana-de-açúcar. O país tornou-se grande exportador
de alimentos, porém não resolveu problemas históricos com a insuficiência de reforma agrária e os
frequentes conflitos pela posse da terra que resultam em violência.
Gabarito: D

22.
A agricultura familiar, apesar das críticas quanto à sua viabilidade econômica, mantém-se como
um segmento produtivo importante do setor primário brasileiro. Observe nos gráficos as
proporções percentuais do número de estabelecimentos da agricultura familiar e da área
ocupada por eles por macrorregião em relação ao total do país.

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O tamanho médio das propriedades familiares é maior nas seguintes regiões brasileiras:
A) Sul e Nordeste.
B) Nordeste e Norte.
C) Centro-Oeste e Sul.
D) Norte e Centro-Oeste.
E) Sul e Norte.
Comentários
Como observado no gráfico, 10% dos estabelecimentos correspondem a 21% da área ocupada na
região norte e, 5% dos estabelecimentos correspondem a 12% da área ocupada na região centro-
oeste e, portanto, como mencionado corretamente na alternativa [D], são as duas regiões cujo
tamanho médio das propriedades familiares é maior.
Gabarito: D

23.
Texto I
A nossa luta é pela democratização da propriedade da terra, cada vez mais concentrada em
nosso país. Cerca de 1% de todos os proprietários controla 46% das terras. Fazemos pressão
por meio da ocupação de latifúndios improdutivos e grandes propriedades, que não cumprem
a função social, como determina a Constituição de 1988. Também ocupamos as fazendas que
têm origem na grilagem de terras públicas.
Disponível em: www.mst.org.br. Acesso em: 25 ago. 2011 (adaptado).
Texto II
O pequeno proprietário rural é igual a um pequeno proprietário de loja: quanto menor o
negócio mais difícil de manter, pois tem de ser produtivo e os encargos são difíceis de arcar.
Sou a favor de propriedades produtivas e sustentáveis e que gerem empregos. Apoiar uma
empresa produtiva que gere emprego é muito mais barato e gera muito mais do que apoiar a
reforma agrária.
LESSA, C. Disponível em: www.observadorpolítico.org.br. Acesso em: 25 ago. 2011
(adaptado).

Nos fragmentos dos textos, os posicionamentos em relação à reforma agrária se opõem. Isso
acontece porque os autores associam a reforma agrária, respectivamente, à:
A) redução do inchaço urbano e à crítica ao minifúndio camponês.
B) ampliação da renda nacional e à prioridade ao mercado externo.
C) contenção da mecanização agrícola e ao combate ao êxodo rural.
D) privatização de empresas estatais e ao estímulo ao crescimento econômico.

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E) correção de distorções históricas e ao prejuízo ao agronegócio.


Comentários
[A] INCORRETO – O texto I não faz menção ao êxodo rural embora o II estabeleça uma crítica ao
minifúndio.
[B] INCORRETO – A ampliação da renda poderia ser consequência e não causa da posição adotada
pelo texto I, e o texto II não menciona o mercado externo.
[C] INCORRETO – A modernização agrícola não é abordada como causa da concentração fundiária
no texto I, ao passo que o texto II não faz menção ao êxodo rural.
[D] INCORRETO – A privatização das estatais não é indicada como causa no texto I, e o texto II afirma
que o crescimento econômico só ocorreria caso não houvesse a reforma agrária.
[E] CORRETO – O enfoque do texto I remete à questão da redistribuição da terra cuja concentração
tem origens históricas, ao passo que o texto II faz uma crítica velada ao processo da redistribuição
da terra, sugerindo como alternativa a absorção da mão de obra direcionando-a para o setor
produtivo.
Gabarito: E

24. (G1 - ifba 2012)


Com relação ao papel desempenhado pela agricultura e pela indústria na organização do
espaço geográfico brasileiro, é correto afirmar:
A) A estrutura fundiária brasileira sofreu uma modificação estrutural importante na passagem
do século XIX para o século XX, pois deixou de ser do tipo arquipelago para se constituir como
centro – periferia.
B) Devido ao processo histórico da formação do espaço geográfico brasileiro, a agricultura
praticada desde o período colonial tem se caracterizado como sistema intensivo de exploração
da terra.
C) A agricultura de subsistência implantada com a colonização moderna no século XIX
contribuiu para diversificar a produção agrícola no mercado interno, pois tinha um caráter
policultor.
D) A modernização da agricultura brasileira tem relação com o papel desempenhado pela
EMBRAPA, ao desenvolver pesquisas com a finalidade de aperfeiçoar a produção de sementes
no Brasil, mas também com a reestruturação da estrutura fundiária, como foi acordado com o
MST.
E) O oeste baiano, a partir de meados da década de 70, começou a se inserir como polo
produtor de commodities importantes devido à migração da população gaúcha, que aí
desenvolveu a cultura da soja.

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Comentários
[A] INCORRETO – A economia do país, e não a estrutura fundiária, no final do século XIX, era do tipo
arquipelago, haja vista a desarticulação territorial e estrutural de sua produção.
[B] INCORRETO – A produção agrária do país, desde sua colonização, se caracterizou como extensiva.
[C] INCORRETO – A agricultura de subsistência se desenvolveu em paralelo às plantations, desde o
século XVI.
[D] INCORRETO – A modernização da agricultura ocorreu privilegiando a produção comercial,
estando, dessa forma, desvinculada do processo de reforma agrária.
[E] CORRETO – A mesorregião do oeste baiano, banhada pelo rio São Francisco, desenvolveu, a partir
da implantação dos projetos de irrigação, uma notável produção de grãos para exportação, dentre
os quais, a soja.
Gabarito: E

25.
Na região Amazônia travam-se conflitos pela apropriação e uso dos recursos naturais. Eles se
tornam intensos a partir da década de 1970 e 1980, quando os grandes projetos de exploração
e beneficiamento mineral, metalúrgico, energético e agropecuário se estabelecem nesta parte
do território nacional. Desde então, o capital nacional e internacional, o Estado, grupos e
movimentos sociais organizados disputam a apropriação e o uso do subsolo, do solo, da água,
dos bens da floresta, entre outros recursos.
Sobre a atuação das organizações e dos movimentos sociais nessa região é correto afirmar:
A) Desde a década de 1970, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) representa os interesses de
trabalhadores rurais, posseiros e peões, visto que, naquele período, as lideranças populares no
campo e na cidade eram alvo da repressão política. A regularização fundiária é a sua principal
reivindicação e foi somente conquistada a partir do programa Amazônia Terra Legal do
Governo Federal.
B) O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) é um dos movimentos sociais críticos à
matriz energética implantada na Amazônia, que constrói complexos hidrelétricos para atender
as demandas dos grandes projetos de exploração e beneficiamento mineral, tais como
Albrás/Alunorte. Sua principal reivindicação é a utilização de recursos renováveis como a
biomassa da floresta.
C) O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desde 1990 atua no Sudeste do
Para, quando dirige as primeiras ocupações. Dentre suas reivindicações está a reforma agrária
de mercado, pela qual o Movimento pressiona o Estado para que haja desapropriação e
indenização das terras improdutivas e para que sejam vendidas a preços de mercado para os
trabalhadores rurais.
D) A Aliança dos Povos da Floresta é um movimento social que congrega povos indígenas,
seringueiros, ribeirinhos, camponeses, em suma, todos os que têm nos recursos da floresta seu
principal sustento. Esse movimento nasce como resposta à implantação de grandes projetos

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de exploração mineral e madereira, e de beneficiamento energético, agropecuário e


rodoviário, que ameaçam a reprodução da floresta, de seus recursos e povos.
E) As organizações e os movimentos sociais que atuam na Amazônia agrupam-se em torno de
duas grandes matrizes: a desenvolvimentista e a ambientalista. A primeira propõe o nacional
desenvolvimentismo, impulsionado por grandes obras de infraestrutura que está representado
no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A segunda defende o desenvolvimento
economicamente viável, ambientalmente sustentável e socialmente justo.
Comentários
A Amazônia possui uma riqueza natural de grande importância e é cobiçada pelo capital
internacional. O tipo de exploração de vocação racional é um enorme potencial para ações
sustentáveis. Nesse sentido, os chamados povos da floresta, a partir de ações próprias e de
convênios com empresas e instituições que acreditam no desenvolvimento com baixo impacto sobre
o meio ambiente credenciam-se como as formas mais equilibradas de exploração alinhadas à
sustentabilidade, porém contrariando interesses de grupos transnacionais.
A alternativa [A] é falsa, a regularização fundiária na região ainda é indefinida.
A alternativa [B] é falsa, não há reivindicação por uso de biomassa da floresta devido aos impactos
sobre a vegetação e a economia da silvicultura.
A alternativa [C] é falsa, a pressão é por terras doadas por desapropriação para fins sociais.
A alternativa [E] é falsa, o PAC, que não é um programa apenas desenvolvimentista, não se destina
apenas à região e suas propostas para a Amazônia contemplam níveis de sustentabilidade.
Gabarito: D

26.
Eu sou roceiro
Eu sou roceiro, vivo de cavar o chão.
Tenho as mãos calejadas, meu senhor.
Me falta terra, falta casa e falta pão.
Não sei onde é o Brasil do lavrador.

Só tenho a enxada e o título de eleitor


Para votar em seus fulanos educados
Que não fazem nada pelo pobre agricultor,
Que não tem terra para fazer o seu roçado
[...]
Sou um soldado retirante sem medalha,
Sou estrangeiro quando pego a reclamar.
Sou camponês que usa tanga e sandália,
Sou brasileiro só na hora de votar.
LIMA, Jorge Pereira. Cultura insubmissa. Fortaleza: Nação Cariri Editora, 1982. p. 110-111.

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Com relação ao texto acima, é CORRETO afirmar:


A) as Ligas Camponesas e o MST transformaram as relações de trabalho e garantiram ao
homem do campo o direito à terra.
B) atualmente, a política agrária do Brasil visa assegurar a produção de gêneros alimentícios e
terras destinadas à agricultura familiar.
C) a modernização da agricultura gerou a concentração fundiária e, por consequência, o
desemprego no campo, caracterizado pelo crescimento dos boias-frias e/ou peões.
D) a melhoria dos indicadores socioeconômicos dos trabalhadores rurais brasileiros, bem como
sua qualificação profissional, vem sendo asseguradas através da sua participação nas últimas
eleições.
Comentários
A modernização da agricultura AMPLIOU a concentração fundiária, que tem origens coloniais no
Brasil, gerando dificuldades na empregabilidade e insegurança trabalhista (contratos, jornadas de
trabalho reguladas, política salarial, entre outros aspectos).
A alternativa [A] é falsa, os movimentos sociais no campo não garantem ao homem do campo o
direito à terra.
A alternativa [B] é falsa, a política agrária brasileira dá maio ênfase à produção destinada à
exportação ou ao consumo industrial.
A alternativa [D] é falsa, a zona rural ainda detém números sociais abaixo das médias nacionais em
vários aspectos socioeconômicos.
Gabarito: C

27. (Fgv 2014)


[Na Amazônia] boa parte dos municípios que compõe a “mancha pioneira” apresenta as
maiores taxas de desmatamento do bioma amazônico nos últimos anos... e um expressivo e
perverso processo de especulação fundiária, no qual a grilagem e a venda ilegal de terras
(inclusive pela internet) é o seu principal artífice. [...] A rarefeita presença humana e os meios
rudimentares de sobrevivência de boa parte da população local, desprovida de capital e de
qualificação, levam à configuração de um espaço descontínuo.
(Daniel Monteiro Huertas. Da fachada atlântica à imensidão amazônica. São Paulo:
Annablume, 2009. p. 226. Adaptado)
Na “mancha pioneira”, que forma um arco de desmatamento, são predominantemente
encontrados(as):
A) extração de madeira e agricultura de cana e milho.
B) extração de madeira, pecuária e cultivos de soja.
C) pecuária, cultivos de cana e extração de minérios.
D) extração de minérios, agricultura de milho e cana.
E) agricultura de soja e arroz e extração de minérios.

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Comentários
O arco de desmatamento, área que corresponde à fronteira sul e leste da Amazônia, é a região do
avanço da fronteira agrícola e, portanto, como mencionado na alternativa [B], área de extração de
madeira, pecuária e sojicultura. Estão incorretas as alternativas seguintes por não terem
correspondência às atividades econômicas praticadas na mancha pioneira.
Gabarito: B

28.
Leia a seguir os versos da canção Saga da Amazônia, de autoria do paraibano Vital Farias que
expressam uma das facetas da ocupação do espaço rural amazônico e da questão agrária
brasileira.
Toda mata tem caipora para a mata vigiar
veio caipora de fora para a mata definhar
e trouxe dragão-de-ferro, prá comer muita madeira
e trouxe em estilo gigante, prá acabar com a capoeira
Fizeram logo o projeto sem ninguém testemunhar
prá o dragão cortar madeira e toda mata derrubar:
se a floresta meu amigo, tivesse pé prá andar
eu garanto, meu amigo, com o perigo não tinha ficado lá
O que se corta em segundos gasta tempo prá vingar
e o fruto que dá no cacho prá gente se alimentar?
Mas o dragão continua a floresta devorar
e quem habita essa mata, prá onde vai se mudar?
corre índio, seringueiro, preguiça, tamanduá
tartaruga: pé ligeiro, corre-corre tribo dos Kamaiura
No lugar que havia mata, hoje há perseguição
grileiro mata posseiro só prá lhe roubar seu chão
castanheiro, seringueiro já viraram até peão
afora os que já morreram como ave-de-arribação
Zé de Nata tá de prova, naquele lugar tem cova
gente enterrada no chão.
Disponível em: <http://letras.terra.com.br/vital-farias/380162>. Acesso em: 13 out. 2011.

Com base na leitura desses versos e na literatura sobre o assunto, é correto afirmar:
A) A violência decorrente dos conflitos por terra é uma característica marcante apenas da
Amazônia.
B) A ocupação do espaço agrário pelo agronegócio produz impactos sociais e ambientais
negativos.

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C) A derrubada da mata, seguida do seu reflorestamento, resolveria os conflitos por terra na


Amazônia.
D) As ações públicas de ocupação do espaço rural foram planejadas de acordo com a população
local.
E) As sociedades indígenas foram privilegiadas com a chegada das multinacionais ao campo.
Comentários
O Brasil desde a sua ocupação pelos portugueses sofreu um processo de ocupação de terra onde
poucos foram beneficiados. Começou com as Capitanias Hereditárias, Lei de terras (terras adquiridas
através de leilões), Estatuto das Terras (reforma agrária, entretanto, não atendeu a grande massa
de trabalhadores sem terra). Esses grandes latifúndios priorizaram os produtos para serem
exportados (plantations – cana, algodão, café etc.).
Com o processo de globalização, os espaços agrários de países mais pobres passaram por mudanças,
onde grandes grupos transnacionais formaram complexos agroindustriais priorizando ainda mais o
mercado externo (por exemplo, a soja). A formação desses novos espaços provocou desemprego, e
a monocultura ocasionou impactos ambientais negativos.
Gabarito: B

29. (Fatec 2011)


Leia duas descrições de agentes sociais muito presentes no campo brasileiro.
I. Pessoas que se apropriam ilegalmente de extensas porções de terra, obtendo
frequentemente títulos de propriedade falsificados.
II. Pessoas que cultivam pequenos lotes de terra, em geral há muitos anos, sem possuir título
de propriedade.

As descrições I e II correspondem, respectivamente, a:


A) grileiros e posseiros.
B) jagunços e grileiros.
C) peões e parceiros.
D) empreiteiros e boias-frias.
E) agregados e empresários.
Comentários
Os grileiros [I] são latifundiários ou seus representantes que ampliam suas terras de modo ilegal
através de títulos falsos de propriedades. A grilagem é um processo predominante na Amazônia
Legal e está relacionada aos graves conflitos pela posse da terra e ao desmatamento ilegal. Os
posseiros [II] são agricultores que ocupam pequenas áreas com sua família e produzem para
subsistência. Não apresentam título de posse, mas podem conquistar com a lei de usucapião rural.

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Por vezes, são expulsos em processos de reintegração de posse perpetrados por fazendeiros ou pelo
próprio governo no caso de terras devolutas, gerando casos de violência.
Gabarito: A

30.
Os conflitos relacionados à propriedade fundiária no Brasil possuem raízes históricas profundas
e uma multiplicidade de agentes sociais envolvidos.

Na situação referida nos quadrinhos, um desses agentes sociais, o grileiro, é mais


especificamente definido por:
A) apoderar-se de terras de forma ilegal.
B) promover a segurança pessoal dos latifundiários.
C) pressionar os pequenos fazendeiros para a venda dos imóveis.
D) ocupar uma pequena área desprovida de título de propriedade.
Comentários
O Brasil é talvez o único país do mundo que ainda não encerrou sua reforma agrária. A população
rural migrou em massa para as cidades nos anos 1960-1980 e a década perdida, 1980-1989 dificultou
muito a agricultura familiar. Com a estabilização econômica o produtor rural conseguiu planejar seus
custos e ganhos. Mas mesmo assim o período de estabilidade econômica favoreceu o agronegócio

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que iniciou um novo ciclo de concentração fundiária. As populações rurais de áreas mais afastadas
criam estratégias de sobrevivência como os grileiros que se apossam de terras alheias de modo
ilegal.
A alternativa [B] é falsa, quem protege o latifundiário são os jagunços.
A alternativa [C] é falsa, quem pressiona os pequenos proprietários são os latifundiários.
A alternativa [D] é falsa, quem ocupa pequenas áreas sem proprietário bem definido são os
posseiros.
Gabarito: A

31.
Coube aos Xavante e aos Timbira, povos indígenas do Cerrado, um recente e marcante gesto
simbólico: a realização de sua tradicional corrida de toras (de buriti) em plena Avenida Paulista
(SP), para denunciar o cerco de suas terras e a degradação de seus entornos pelo avanço do
agronegócio.
RICARDO, B.; RICARDO, F. Povos indigenas do Brasil: 2001-2005. São Paulo: Instituto
Socioambiental, 2006 (adaptado).

A questão indígena contemporânea no Brasil evidencia a relação dos usos socioculturais da


terra com os atuais problemas socioambientais, caracterizados pelas tensões entre:
A) a expansão territorial do agronegócio, em especial nas regiões Centro-Oeste e Norte, e as
leis de proteção indígena e ambiental.
B) os grileiros articuladores do agronegócio e os povos indígenas pouco organizados no
Cerrado.
C) as leis mais brandas sobre o uso tradicional do meio ambiente e as severas leis sobre o uso
capitalista do meio ambiente.
D) os povos indígenas do Cerrado e os polos econômicos representados pelas elites industriais
paulistas.
E) o campo e a cidade no Cerrado, que faz com que as terras indígenas dali sejam alvo de
invasões urbanas.
Comentários
O agronegócio resulta, entre outros aspectos, de avanços nos transportes e em suas redes físicas,
nas telecomunicações e na informática, características capazes de internacionalizar a produção
através de redes mundiais, marcadas por commodities transformadas a partir de cadeias produtivas
amplas e complexas, com preços controlados por bolsas em várias partes do mundo. Fatalmente
este tipo de atividade vai acabar gerando tensões com comunidades tradicionais, não apenas no
Brasil como em outras regiões mundo afora. No caso, existe uma forte pressão dos interesses de
latifundiários, agentes produtivos, indústrias, empresas de comércio em busca de aumento de áreas
de plantio frente ao processo de legislação de proteção indígena e ambiental.

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A alternativa [B] é falsa, o agronegócio é articulado por grandes grupos empresariais de capital
nacional e multinacional.
A alternativa [C] é falsa, a legislação ambiental é rigorosa, mas conta com pouca fiscalização e,
eventualmente, com pouca vontade política para tratar da questão.
A alternativa [D] é falsa, os polos de tensão são locais, eventualmente sem ligação direta com
industriais paulistas.
A alternativa [E] é falsa, as terras indígenas são alvo de pressões da expansão das áreas de plantio.
Gabarito: A

32. (Vunesp 2010)


Na Primeira República (1889-1930) houve a reprodução de muitos aspectos da estrutura
econômica e social constituída nos séculos anteriores. Noutros termos, no final do século XIX
e início do XX conviveram, simultaneamente, transformações e permanências históricas.
(Francisco de Oliveira. Herança econômica do Segundo Império, 1985.)

O texto sustenta que a Primeira República brasileira foi caracterizada por permanências e
mudanças históricas. De maneira geral, o período republicano, iniciado em 1889 e que se
estendeu até 1930, foi caracterizado:
A) pela predominância dos interesses dos industriais, com a exportação de bens duráveis e de
capital.
B) por conflitos no campo, com o avanço do movimento de reforma agrária liderado pelos
antigos monarquistas.
C) pelo poder político da oligarquia rural e pela economia de exportação de produtos primários.
D) pela instituição de uma democracia socialista graças à pressão exercida pelos operários
anarquistas.
E) pelo planejamento econômico feito pelo Estado, que protegia os preços dos produtos
manufaturados.
Comentários
Apesar de o enunciado da questão mencionar “mudanças e permanências históricas”, na Velha
República, a alternativa correta menciona apenas permanências (poder político oligárquico rural e
economia de exportação de produtos primários). De fato, foram elementos herdados de períodos
anteriores que permaneceram até o final do referido período, e se consideramos algumas regiões
do país, até os dias atuais. Porém como mudanças, poder-se-ia destacar o fim da escravidão,
aceleração da urbanização (ambos ainda ocorridos no final do período imperial) e o início do
processo de industrialização.
Gabarito: C

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33.
Leia o texto a seguir.
É possível identificar no Brasil vários municípios cuja urbanização se deve diretamente à
expansão da fronteira agrícola moderna, formando cidades funcionais ao campo denominadas
de “cidades do agronegócio”.
(Adaptado de: ELIAS, D.; PEQUENO, R. “Desigualdades socioespaciais nas cidades do
agronegócio”. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais. 2007. v.9. n.1. p.25-29.)

Sobre a expansão da fronteira agrícola moderna e o surgimento das “cidades do agronegócio”,


assinale a alternativa correta.
A) A expansão da fronteira agrícola moderna e a criação das cidades do agronegócio ocorreram
a partir de 1970, com a incorporação das terras do cerrado, impulsionada por políticas públicas
voltadas à ocupação de terras e ao desenvolvimento local.
B) A fronteira agrícola moderna e o aparecimento das cidades do agronegócio estão associados
às políticas do governo Vargas direcionadas à agricultura, com a criação, em 1951, do Sistema
Nacional de Crédito Rural.
C) A fronteira agrícola moderna e o aparecimento das cidades do agronegócio ocorreram após
investimentos dos Estados Unidos, na década de 1950, em território brasileiro para produção
destinada à exportação.
D) As cidades do agronegócio estão localizadas predominantemente no Paraná, Rio Grande do
Sul e Santa Catarina, estados onde ocorreu a expansão da fronteira agrícola moderna a partir
da década de 1960.
E) Por intermédio da expansão da fronteira agrícola moderna e da criação das cidades do
agronegócio, a partir da década de 1950, houve uma difusão do meio técnico-científico-
informacional em todo o território nacional.
Comentários
Como mencionado corretamente na alternativa [A], o processo de modernização agropecuária na
década de 1970 alavancou a expansão da fronteira agrícola sobre as regiões centro-oeste e norte do
país.
Estão incorretas as alternativas:
[B] e [C], porque a expansão da fronteira ocorreu na década de 1970 com o governo militar;
[D], porque grande parte das cidades do agronegócio localiza-se na região centro-oeste;
[E], porque a difusão do meio técnico científico informacional ocorreu a partir da década de 1990 no
Brasil.
Gabarito: A

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34.
Com um longo histórico de desencontros, o desenvolvimento econômico e o meio ambiente
andam às turras no país. O noticiário dá a impressão de que se trata de diferenças
irreconciliáveis, e talvez sejam.
CINTRA, L. A.; MARTINS, R. Revista Carta na Escola, ago. 2009 (fragmento).

Nesse início de século XXI, um exemplo dos desencontros entre natureza e economia é o(a)
A) replantio de espécies da Mata Atlântica em substituição às lavouras de café.
B) derrubada de trechos de floresta para a conclusão de viadutos na Rodovia Transamazônica.
C) expansão da fronteira agrícola na Amazônia, a fim de expandir as áreas de plantio de soja.
D) redução da Mata de Araucárias devido à urbanização descontrolada nas diferentes regiões
do país.
E) diminuição do Pantanal, tendo em vista a expansão dos latifúndios, que cumprem sua função
social.
Comentários
Como mencionado corretamente na alternativa [C], o avanço do sistema produtivo sobre a
Amazônia, última fronteira agrícola do país, e atualmente fronteira energética, evidencia a
problemática da necessidade do progresso econômico em oposição à preservação do meio
ambiente.
Estão incorretas as alternativas:
[A], porque a ocupação das encostas da Serra do Mar e do Vale do Paraíba ocorreu no início do
século XX;
[B], porque a construção da Transamazônica ocorreu na década de 1970;
[D], porque o bioma da Araucária sofreu ocupação no final do século XIX;
[E], porque latifúndios não tem função social.
Gabarito: C

35.
De acordo com o IBGE, a previsão da safra de grãos produzidos pelo Brasil entre 2012/2013
apresentará um aumento de 2% em relação à safra anterior. A produção de milho terá um
acréscimo de 10,5% em relação a 2011. Enquanto isso, os Estados Unidos sofrem com a seca e
apresentará redução de sua safra de milho para 2012/2013.

Produção de grãos nas regiões brasileiras safra 2012/2013.

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Regiões Produção (toneladas)

Centro-Oeste 69,8 milhões

Sul 56,7 milhões

Sudeste 19,1 milhões

Nordeste 13,2 milhões

Norte 4,5 milhões

Fonte: IBGE, 2012

Considerando a produção de grãos brasileira e a demanda do mercado externo, é CORRETO


afirmar que:
A) a estimativa da safra 2012/2013 de grãos no Brasil corresponde a 193 milhões de toneladas.
B) as regiões brasileiras contribuem com a produção de grãos da safra 2012/2013, a qual
abastecerá o mercado interno brasileiro e também o mercado externo.
C) as cinco regiões brasileiras são naturalmente agrícolas e capazes de produzirem os
diferentes tipos de grãos, assim como a região leste dos Estados Unidos.
D) a região norte apresenta a menor produção em relação às demais, devido à falta de
incentivo do governo federal no período de expansão da fronteira agrícola brasileira.
Comentários
[A] INCORRETA – A estimativa da safra corresponde a 163 milhões de toneladas.
[B] CORRETA – A safra de grãos atende tanto o mercado externo quanto o interno.
[C] INCORRETA – O território brasileiro apresenta condições naturais para a produção agropecuária,
contudo, a região leste dos Estados Unidos corresponde às áreas montanhosas (Apalaches), sendo
a região central (Planícies Centrais) a mais produtiva do país.
[D] INCORRETA – A região norte apresenta menor produção em relação a fatores como recente
ocupação da fronteira, deficiência de infraestrutura, distância dos mercados consumidores. A
ocupação e expansão da fronteira agrícola a partir da década de 1970, contou com amplo incentivo
do governo federal.
Gabarito: B

36.
Antes, eram apenas as grandes cidades que se apresentavam como o império da técnica,
objeto de modificações, suspensões, acréscimos, cada vez mais sofisticadas e carregadas de
artifício. Esse mundo artificial inclui, hoje, o mundo rural.
SANTOS, M. A Natureza do Espaco. São Paulo: Hucitec, 1996.

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Considerando a transformação mencionada no texto, uma consequência socioespacial que


caracteriza o atual mundo rural brasileiro é:
A) a redução do processo de concentração de terras.
B) o aumento do aproveitamento de solos menos férteis.
C) a ampliação do isolamento do espaço rural.
D) a estagnação da fronteira agrícola do país.
E) a diminuição do nível de emprego formal.
Comentários
Um dos aspectos mais importantes da agricultura no Brasil a partir da década de 1980 foram os
avanços registrados no agronegócio. Não só do ponto de vista tecnológico com a incorporação de
áreas agrícolas consideradas inférteis, como também em gestão, financiamento e crédito. As
mudanças socioespaciais no campo são notáveis: novas formas e arranjos socioeconômicos além de
novos agenciamentos como turismo, acesso à energia elétrica, ciclos econômicos mais dinâmicos
ajudam a mudar a paisagem e modificam a fama das zonas rurais outrora consideradas lugares
pacatos e bucólicos.
A alternativa [A] é falsa, o agronegócio não se constitui em instrumento de justiça social na forma
de distribuição de terras.
A alternativa [C] é falsa, diminui o isolamento com maior integração das áreas agrícolas facilitada
por meios de comunicação e transportes baratos acessíveis e confiáveis.
A alternativa [D] é falsa, a fronteira agrícola se expande e dinamiza.
A alternativa [E] é falsa, o emprego formal se expande, inclusive com necessidades crescentes de
qualificação.
Gabarito: B

37. (Fgv 2013)


Analise o gráfico.

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A partir da leitura do gráfico e dos conhecimentos sobre a dinâmica territorial da agricultura


brasileira, é correto afirmar que, no período analisado,
A) a produtividade agrícola do país apresentou crescimento significativo.
B) a maior parte da área cultivada no país destinou-se à produção de cereais.
C) o fraco aumento da área cultivada indicou o esgotamento da fronteira agrícola.
D) a instabilidade da produção esteve relacionada aos problemas climáticos.
E) a região Sudeste é a que apresenta maior área e produção agrícola do país.
Comentários
Nas últimas décadas, o Brasil tornou-se potência no agronegócio, sendo grande exportador de
produtos agropecuários como soja, café, suco de laranja, açúcar, carne bovina, entre outros. O
aumento da produtividade está vinculado à aplicação de biotecnologia, mecanização, utilização de
fertilizantes e de agrotóxicos.
Gabarito: A

38. (Fgv 2012)


Sobre as causas e/ou as consequências das mudanças registradas na dinâmica espacial da
cultura de soja no Brasil ocorridas entre o Censo Agropecuário de 1996 e o de 2006, assinale a
alternativa correta:
A) A política de incremento da produção de alimentos para o consumo interno resultou em
intenso crescimento da produção de soja no Centro-Oeste brasileiro.
B) Nos cerrados nordestinos, o aumento da área plantada resultou no parcelamento das
grandes propriedades e na democratização do acesso à terra.
C) A diminuição da área plantada nos Estados do sul ocorreu em virtude da implementação do
novo Código Florestal brasileiro.
D) O aumento da área plantada nas franjas meridionais da Amazônia pode ser relacionado ao
fim da obrigatoriedade da manutenção de uma reserva legal nas propriedades rurais.
E) O cerrado foi o bioma brasileiro mais afetado pelo avanço da fronteira agrícola e pelo
aumento da área plantada.
Comentários
Entre 1996 e 2006, houve uma grande expansão do agronegócio na área do bioma de Cerrado
(Centro-Oeste e trechos do Sudeste, Norte e Nordeste). Destacam-se na produção de soja estados
como Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Piauí, Maranhão e Bahia. O
avanço da agricultura na região decorre da superação de antigos obstáculos naturais, o uso de
fertilizantes em solos pobres, a biotecnologia e a calagem para a correção da acidez. Grande parte
da produção de soja destina-se ao mercado externo. Na atualidade, o bioma de Cerrado encontra-
se devastado em 49%, conforme dados do IBGE.

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Gabarito: E

39 (Unesp 2009)
Segundo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o desmatamento em regiões na
fronteira Brasil-Bolívia formou um grande arco ao longo de dois importantes rios. Observe os
mapas.

Assinale a alternativa que contém o estado da Região Norte onde esse fato está ocorrendo, os
rios mencionados e três causas do desmatamento naquela área.
A) Roraima; Mamoré e Negro; fronteira agrícola, especulação imobiliária e criação de gado
leiteiro.
B) Acre; Tapajós e Xingu; invasões de terra, formação de pastagens e de campos de soja.
C) Rondônia; Madeira e Mamoré; especulação imobiliária, corte de madeiras nobres, formação
de pastagens.
D) Amazonas; Solimões e Madeira; especulação imobiliária, corte de madeiras de lei, criação
de gado estabulado.
E) Pará; Solimões e Negro; assentamentos rurais, corte de madeiras nobres, criação extensiva
de bovinos.
Comentários
O desmatamento no estado de Rondônia é maior nas proximidades dos rios Madeira e Mamoré. As
causas são a expansão do agronegócio, valorização das terras, exploração de madeira e a construção
das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio no rio Madeira. Quando totalmente concluídas as novas
hidrelétricas poderão atrair empreendimentos econômicos, inclusive de mineração, que causariam
mais desflorestamento.
Gabarito: C

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40. (Pucmg 2015)


O mapa representa a região conhecida como Arco do Desmatamento, onde se concentram os
maiores índices de desmatamentos da Amazônia brasileira. Baseado no seu conhecimento
sobre o assunto e nas informações contidas no mapa, é CORRETO afirmar que o desmatamento
amazônico ocorre predominantemente nas áreas:

A) das reservas indígenas e unidades de conservação.


B) de extrativismo mineral e vegetal.
C) de forte expansão urbana e industrial.
D) de expansão da fronteira agrícola e da atividade pecuária.
Comentários
O mapa destaca o arco de desmatamento concentrado na borda sul e leste da floresta amazônica.
As principais causas do desflorestamento são, principalmente, o avanço da pecuária bovina e da
agricultura, a exemplo da produção de soja. Secundariamente, a exploração ilegal de madeira nobre,
mineração e construção de novas hidrelétricas como Belo Monte no Pará.
Gabarito: D

41. (Espcex (Aman) 2013)


“A agricultura é hoje o maior negócio do país. (...) Apenas [em 2005], a cadeia do agronegócio
gerou um Produto Interno Bruto de 534 bilhões de reais.”
(Faria, 2006 in: Terra, Araújo e Guimarães, 2009).

A atual expansão da agricultura e do agronegócio no Brasil deve-se, entre outros fatores ao(à)

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A) forte vinculação da agricultura à indústria, ampliando a participação de produtos com maior


valor agregado no valor das exportações brasileiras, como os dos complexos de soja e do setor
sucroalcooleiro.
B) expansão da fronteira agrícola no Centro-Oeste e na Amazônia e ao emprego intensivo de
mão de obra no campo, nessas áreas, determinando o aumento da produtividade agrícola.
C) difusão de modernas tecnologias e técnicas de plantio na maioria dos estabelecimentos
rurais do País, contribuindo para a expansão das exportações brasileiras.
D) modelo agrícola brasileiro, pautado na policultura de exportação e na concentração da
propriedade rural.
E) Revolução Verde, que, disseminada em larga escala nas pequenas e médias propriedades do
País, incentivou a agricultura voltada para os mercados interno e externo.
Comentários
O sucesso do agronegócio brasileiro deve-se ao aumento de produtividade graças à mecanização,
uso intensivo de insumos e fertilizantes, além da aplicação da biotecnologia. O setor articula a
agropecuária à indústria, a exemplo da produção de açúcar refinado, etanol, suco de laranja, óleo
de soja, café solúvel e produtos alimentícios a base de frango e carne bovina. Assim, a pauta de
exportações apresenta produtos básicos, mas também produtos semimanufaturados e
manufaturados com melhor valor agregado. Os principais produtos de exportação são produzidos
em médias e grandes propriedades rurais.
Gabarito: A

42.
Leia o texto a seguir:
No Brasil e em boa parte da América Latina, o crescimento da produção agrícola foi baseado
na expansão da fronteira, ou seja, o crescimento sempre foi feito a partir da exploração
contínua de terras e recursos naturais, que eram percebidos como infinitos. O problema
continua até hoje. E a questão fundiária está intimamente ligada a esse processo, em que a
terra dá status e poder, com o decorrente avanço da fronteira da produção agrícola, que rumou
para a Amazônia, nos últimos anos.
Berta Becker, IPEA, 2012.
Com base no texto e no conhecimento sobre a expansão da fronteira agrícola no Brasil, é
CORRETO afirmar que:
A) a agropecuária modernizada no Brasil priorizou a produção de alimentos em detrimento dos
gêneros agrícolas de exportação. Esse fato contribuiu para o avanço das fronteiras agrícolas
em parte da Amazônia localizada no Meio-Norte.
B) houve grande destruição tanto das florestas como da biodiversidade genética, ambas
causadas pelas transformações da produção agrícola monocultora, além de complexos
impactos socioeconômicos determinados pelo modelo agroexportador.

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C) a maior parte das terras ocupadas no Brasil concentra-se nas mãos de pequeno número de
proprietários os quais vêm desenvolvendo mecanismos tecnológicos para evitar os impactos
ambientais causados pelo avanço do cinturão verde, sobretudo no Sul do Piauí.
D) as atividades do agrobusiness no Brasil, com destaque para a produção de soja, vêm
provocando uma rápida expansão agrícola do Rio Grande do Sul até o Vale do São Francisco,
sem causarem prejuízo aos seus recursos naturais.
E) com o aumento da concentração fundiária nas últimas décadas, a expansão das terras
cultivadas obteve uma grande retração agropecuária em decorrência das inovações
tecnológicas, desenvolvidas no campo brasileiro, apesar dos impactos ambientais.
Comentários
Nas últimas décadas, a expansão da fronteira agrícola do Brasil avançou sobre os domínios do
Cerrado e Amazônico, causando expressiva devastação dos ecossistemas e perda de biodiversidade.
No caso da Amazônia, a atual fronteira agrícola, 20% da floresta foi destruída devido à expansão da
pecuária bovina de corte e dos cultivos de soja destinados às exportações para países desenvolvidos
e emergentes.
Gabarito: B

43.
Campanha popular “Viva o Rio Madeira Vivo”.

Constitui(em) argumento(s) contrário(s) à construção das usinas hidrelétricas e da hidrovia do


Rio Madeira:

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I. As hidrelétricas colocariam em risco um dos redutos de grande biodiversidade do planeta: o


Corredor Ecológico do Vale do Guaporé.
lI. As usinas hidrelétricas do Rio Madeira, Santo Antônio e Jirau não seriam apenas grandes
projetos de engenharia e arquitetura moderna; constituem parte de um grande projeto para o
desenvolvimento sustentável da região, para a integração nacional e melhoria de vida da
população.
III. Com a ideia de que, além da hidrovia, outros projetos de infraestrutura e de transporte
foram planejados, como a pavimentação da rodovia Cuiabá-Santarém, a consequência seria a
expansão da fronteira agrícola sobre a Floresta Amazônica.

Está(ão) correta(s):
A) apenas I.
B) apenas II.
C) apenas I e III.
D) apenas II e III.
E) I, II e III.
Comentários
O item [II] está incorreto, uma vez que as hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, implantadas no rio
Madeira, estado de Rondônia, são de grande porte e provocaram diversos impactos ambientais e
sociais. Assim, não podem ser consideradas como exemplos de desenvolvimento sustentável. As
novas hidrelétricas construídas na Amazônia a partir da década de 2000 integram o PAC (Programa
de Aceleração do Crescimento) do governo federal e objetivam dar conta do aumento da demanda
por energia elétrica na região Norte e também no Centro-Sul do país.
Gabarito: C

44.
A afirmação abaixo poderia ser concluída pelo segmento presente na alternativa:
“Embora os fatores climáticos e topográficos tenham evidentemente auxiliados a difusão da
cultura da soja no Cerrado brasileiro, as ações políticas estatais e privadas...”.

A) facilitaram essa marcha em todas as direções da região Centro-Oeste e, mais recentemente,


para o Norte e o Nordeste do país.
B) dificultaram a difusão do cultivo da soja, em face da diminuição maciça de investimentos no
agronegócio.
C) propiciaram a substituição do cultivo desse produto pela introdução da mamona para a
produção e a exportação do biodiesel.

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D) facilitaram a expansão da fronteira agrícola nacional, com a substituição do plantio desse


produto pelo cultivo da cana de açúcar.
E) dificultaram consideravelmente a instalação de grandes empresas do agronegócio que lidam
com esse produto no Centro-Oeste do país.
Comentários
A soja é o principal produto agrícola de exportação no Brasil. Sua expansão deve-se a políticas do
Estado com o incentivo à migração de trabalhadores sulistas para zonas de fronteira agrícola
(Centro-Oeste, parte do Nordeste e Amazônia) a partir da década de 1970, o desenvolvimento da
biotecnologia para a agropecuária tropical (criação da EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária) e a concessão de crédito agrícola em bancos estatais. Por sua vez, a iniciativa privada
foi fundamental, a exemplo dos investimentos de médios e pequenos produtores na compra de
terras, mecanização agrícola e utilização de insumos (fertilizantes, agrotóxicos e calagem para a
correção da acidez do solo).
Gabarito: A

45. (G1 - cftmg 2010)


Sobre as inter-relações entre a organização do espaço brasileiro e a modernização agrícola em
curso, NÃO é correto afirmar que a(o):
A) incorporação de novos solos à produção foi associada com a agroindústria.
B) avanço da fronteira agrícola sobre áreas de florestas e cerrados coloca em risco os biomas
naturais e terras indígenas.
C) planejamento agrário do Estado diminuiu as desigualdades entre as regiões, a partir da
utilização dos insumos agrícolas.
D) expansão das culturas de exportação sobre áreas tradicionais de cultivos alimentares
absorvem alguns pequenos agricultores na produção.
Comentários
Embora seja importante o papel do Estado, principalmente no desenvolvimento biotecnológico
(Embrapa) e financiamento da agropecuária através de bancos públicos, o setor privado é
preponderante no desenvolvimento do agronegócio brasileiro.
Gabarito: C

46.
Para responder à questão, relacione os dados do gráfico a diferentes aspectos referentes à
produção agrícola brasileira, preenchendo os parênteses com V (verdadeiro) ou F (falso).

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Quanto à produção agrícola brasileira, afirma-se:


( ) A expansão da fronteira agrícola na Amazônia foi a responsável pelo incremento na
produtividade.
( ) O milho foi o produto que registrou o maior aumento de produtividade graças à utilização
de sementes
transgênicas.
( ) A causa do aumento da produtividade do arroz está associada à sua utilização na produção
de biodiesel.
( ) O aumento da produtividade deve-se às novas tecnologias aplicadas ao plantio, à colheita
e ao transporte.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:


A) F - V - F - V
B) V - F - V - F
C) F - F - F - V
D) V - V - F - F
E) F - F - V - F
Comentários
Um dos aspectos mais importantes relacionados ao aumento da produção agropecuária no Brasil
nos últimos anos está relacionado a expansão do agronegócio, que muito embora não tenha dado
muitas soluções para as graves crises sociais das populações excluídas do interior, oferece souluções
técnicas e disponibilidade de capital para o custeio das safras, que tem possibilitado o aumento da
produtividade (rendimento da produção em relação à área utilizada) e melhorias técnicas e
infraestruturais.
Quanto as demais frases, a primeira tem na expansão da fronteira agrícola no Centro-Oeste o melhor
increment da produção.

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Na segunda frase, a soja e o algodão, foram os produtos com maior aumento de produtividade. A
terceira frase é falsa, pois a produção de biodiesel está associada à plantas oleaginosas como soja e
dendê.
Gabarito: C

47.
As figuras a seguir representam duas concepções geopolíticas de ocupação da Amazônia
brasileira no período militar. Responda às perguntas:

a) Quais as principais diferenças entre "os eixos de desenvolvimento de 1970" e o "Projeto


Calha Norte"?
b) Que razões explicariam o programa Grande Carajás?
Comentários
a) Na década de 1970 o Estado passa a ter forte presença na ocupação da Região Norte a partir do
Programa de Integração Nacional, PIN, com projetos econômicos e migrações dirigidas. O projeto
Calha Norte do Exército, implantado a partir de 1985, visa a fiscalização e integração da fronteira
norte-noroeste do Brasil, coibindo contrabando e garimpos clandestinos.

b) Projeto de suporte a exploração de uma das maiores jazidas minerais do mundo. Fazem parte do
projeto infraestrutura de transporte como a Ferrovia Carajás, a construção da hidroelétrica de
Tucuruí, usina de peletização, projetos agropecuários, com grande participação do capital externo.

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1. (CETAP - 2019 - Prefeitura de Ananindeua - PA - Assistente Social)


“Madeireiros invadem Terra Indígena Arara, no sudoeste do PA, diz Funai. Moradores da região
temem que ocorra conflito, já que há tensões entre os indígenas para realizar um protesto na
rodovia Transamazônica.”. (Fonte: G1.com. Acesso em 03.01.2019). Em atenção à notícia
apresentada analise os itens a seguir e marque a alternativa correta.
I- Uma equipe da Coordenadoria Regional da Fundação do índio informou nesta quinta-feira
(3) que acompanha uma situação de invasão de madeireiros na Terra indígena (TI) Arara, entre
Uruará e Medicilândia, no sudoeste do Pará;
II- De acordo com a Funai, um grupo de madeireiros invadiu a área desde o último dia 30 de
dezembro para extrair madeira ilegalmente e ocupar a terra com demarcação de lotes;
III- Moradores da região temem que ocorra conflito, já que há tensões entre os indígenas para
realizar um protesto na rodovia BR-230, a Transamazônica, devido a invasão;
IV- A TI Arara abrange os municípios de Altamira, Tailândia, Medicilândia e Santarém. A área
compreende mais de 200.000 hectares e abriga quase 300 indígenas. De acordo com a Funai,
o local teve os limites homologados na década de 90.
A) Apenas os itens I, II e III estão corretos.
B) Apenas os itens I, II e IV estão corretos.
C) Apenas os itens II e IV estão errados.
D) Apenas os itens II e III estão errados.

2. (AOCP - 2017 - CODEM - PA - Analista Fundiário – Advogado)


“Multinacional francesa vai investir mais de R$1 bilhão no estado do Pará. Mais uma
multinacional se instala em território paraense de olho nas oportunidades logísticas do Pará.”
Em relação à vinda de multinacionais para o estado do Pará, vários fatores podem contribuir
para atrair empresas. Referente à instalação dessas empresas e ao desenvolvimento
econômico, assinale a alternativa correta.
A) A empresa Louis Dreyfus Company (LDC) busca implementar projetos no setor de logística e
pretende montar uma estrutura hidroviária com saída da região sul do Pará, passando pela
Zona Franca de Manaus, o que facilitará um intercâmbio comercial benéfico aos estados do
Pará e Amazonas.
B) A Louis Dreyfus Company (LDC), empresa do setor de commodities, vem investimento em
experimentos no Pará, como em lavouras de trigo voltadas para exportação. Com isso, a região
sul do estado se torna um polo de destaque do setor.

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C) A empresa Louis Dreyfus Company (LDC) atua em quase todas as frentes da cadeia de
alimentação. Recentemente instalada no Brasil, vem recebendo investimentos
governamentais, em especial do estado do Pará, por meio de subsídios para realizar suas
atividades.
D) As empresas multinacionais, e mesmo as grandes empresas brasileiras, buscam se localizar
em áreas atrativas, onde os custos de produção não sejam onerosos. O Pará apresenta uma
logística atrativa no setor fluvial, com saída para o oceano, tendo os rios tapajós e madeira
como algumas de suas principais vias.
E) O Pará possui uma localização geográfica estratégica para investimentos em setores de
logística. A multinacional Louis Dreyfus Company (LDC), de origem francesa, está investindo na
aquisição de terrenos para a construção de transbordos e portos em Vila do Conde, em
Barcarena, e localidades circunvizinhas, além de fazer estudos para a construção de um porto
às margens do Rio Tapajós.

3.
No dia 28 de fevereiro de 1985, era inaugurada a Estrada de Ferro Carajás, pertencente e
diretamente operada pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), na região Norte do país,
ligando o interior ao principal porto da região, em São Luís. Por seus, aproximadamente, 900
quilômetros de linha, passam, hoje, 5353 vagões e 100 locomotivas.
Dísponivel em: http://www.transportes.gov.br. Acesso em 27 jul. 2010 (adaptado).

A ferrovia em questão é de extrema importância para a logística do setor primário da economia


brasileira, em especial para porções dos estados do Pará e Maranhão.
Um argumento que destaca a importância estratégica dessa porção do território é a:
A) produção de energia para as principais áreas industriais do país.
B) produção sustentável de recursos minerais não metálicos.
C) capacidade de produção de minerais metálicos.
D) logística de importação de matérias-primas industriais.
E) produção de recursos minerais energéticos.

4.
Na Serra do Navio (AP), uma empresa construiu uma usina de beneficiamento, um porto, uma
estrada de ferro e vilas. Entretanto, depois que as reservas foram exauridas, a companhia
fechou a mina e as vilas se esvaziaram. Sobrou uma pequena comunidade de pescadores. São
1,8 mil moradores que sofrem com graves problemas nos rins, dores no corpo, diarreia, e
vômitos decorrentes da contaminação do solo e da água por arsênio.

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MILANEZ, B. “Impactos da mineração”. Le monde diplomatique. São Paulo, ano 3, n. 36.


Adaptado.
A existência de práticas de exploração mineral predatórias no Brasil tem provocado o(a):
A) criação de estruturas e práticas geradoras de impactos socioambientais pouco favoráveis à
vida das comunidades.
B) adequação da infraestrutura local dos municípios e regiões exploráveis à recepção dos
grandes empreendimentos de exploração.
C) ampliação do número de empresas mineradoras de grande porte que têm sua atuação
prejudicada pelo atendimento às normas ambientais brasileiras.
D) distanciamento geográfico das áreas exploráveis em reação às demarcações de terras
indígenas que são pouco apropriadas à extração dos recursos.
E) estabelecimento de projetos e ações por parte das empresas mineradoras em áreas de
atuação nas quais as reservas mineralógicas foram exauridas.

5.
Em certas regiões litorâneas, o sal é obtido da água do mar pelo processo de cristalização por
evaporação. Para o desenvolvimento dessa atividade, é mais adequado um local:
A) plano, com alta pluviosidade e pouco vento.
B) plano, com baixa pluviosidade e muito vento.
C) plano, com baixa pluviosidade e pouco vento.
D) montanhoso, com alta pluviosidade e muito vento.
E) montanhoso, com baixa pluviosidade e pouco vento.

6. (Vunesp 2011)
O mapa representa a “Amazônia Azul”, uma área de aproximadamente 4,5 milhões de km 2,
traçada ao longo do litoral brasileiro.

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Sobre a “Amazônia Azul”, pode-se afirmar que:


A) é uma área que o Brasil delimitou para opor-se à salvaguarda e à exploração dos recursos
naturais.
B) é uma região onde a exploração pesqueira está embargada para permitir a exploração do
pré-sal.
C) foi criada para que os recursos vivos na Zona Econômica Exclusiva –ZEE sejam
exclusivamente pescados por navios fábricas.
D) essa demarcação objetivou delimitar áreas de pequeno interesse comercial e assegurar os
impostos para todos os estados da União.
E) nessa área, o Brasil pretende exercer seus direitos de soberania ou jurisdição para melhor
salvaguardar e explorar os recursos naturais nela existentes.

7. (Vunesp 2013)
Leia o texto e analise os mapas.
As terras-raras formam um grupo de 17 elementos químicos, com propriedades muito
semelhantes entre si, em termos de maleabilidade e resistência, que permitem aplicações
diversas. Indispensáveis à indústria de alta tecnologia, elas estão no centro de uma disputa
global. As maiores reservas em potencial estão situadas no Brasil. A extração e principalmente

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o refino das terras-raras são, porém, altamente poluentes; por esta razão, cientistas estudam
novos meios de exploração e novas aplicações que poluam menos.

De acordo com a leitura do texto e a observação dos mapas, é correto afirmar que as duas
maiores concentrações de reservas de terras-raras estão localizadas nas regiões de integração
e desenvolvimento do:
A) Oeste e Araguaia-Tocantins.
B) Sudoeste e Sul.
C) Arco Norte e Madeira-Amazonas.
D) São Francisco e Transnordestino.
E) Sudeste e Transnordestino.

8. (G1 - cps 2016)


No Brasil, as principais áreas de extração do minério de ferro são a Serra dos Carajás e o
Quadrilátero Ferrífero, que se localizam, respectivamente, nos estados:
A) de Goiás e do Maranhão.
B) de São Paulo e do Amapá.
C) de Roraima e do Tocantins.
D) do Pará e de Minas Gerais.
E) do Amazonas e de Sergipe.

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9.
A atividade de mineração no Brasil acabou por contribuir para a instalação de um sistema de
infraestrutura na área de transporte e geração de energia. Nesse sentido, para a instalação de
um grande projeto de extração de minério de ferro pela Vale do Rio Doce no estado do Pará
no início da década de 1980, foi necessária a construção da:
A) Ferrovia do Aço e Porto de Santos.
B) Rodovia Belém-Brasília e Hidrelétrica de Belo Monte.
C) Estrada de Ferro Carajás e Usina Hidrelétrica de Tucurui.
D) Rodovia Transamazônica e Usina Hidrelétrica de Balbina.

10. (G1 - cftmg 2014)


Considere o cartograma abaixo.

Na região circulada, conhecida como “bico do papagaio”, predomina:


A) conflitos fundiários violentos.
B) atividade econômica secundária.
C) sistema agropecuário do tipo intensivo.
D) rede de transporte intermodal consolidada.

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11.

Os pontos numerados no mapa indicam importantes áreas de exploração mineral na região


Norte do país, com extração de manganês, bauxita, ferro, cobre, ouro e níquel. Os grandes
projetos relacionados aos pontos 1, 2 e 3 são, respectivamente,
A) Trombetas, Carajás e Quadrilátero Ferrífero.
B) Serra do Navio, Trombetas e Carajás.
C) Serra do Navio, Carajás e Maciço do Urucum.
D) Trombetas, Serra do Navio e Paragominas.
E) Maciço do Urucum, Alumar e Carajás.

12.
Com relação ao texto a seguir, assinale o que for correto.
"João, descendo pelo alto Rio Paraguai com o seu barco, acabou de chegar à cidade de Cáceres.
Nesse mesmo instante, Pedro, conduzindo um trem carregado de minério de ferro de Carajás,
chegou ao porto de Itaqui. José, pilotando sua moto, no mesmo momento, dirigia pela BR 104
e se aproximava de Caruaru vindo de Campina Grande, enquanto Paulo, com seu caminhão
carregado de soja, chegava ao porto de Santos, e André, em férias, chegava com a família à
Chapada dos Veadeiros."
01) Pedro está na Região Sudeste do Brasil, no estado do Espírito Santo.
02) Pedro e José estão na Região Nordeste do Brasil, o primeiro no Maranhão e o segundo em
Pernambuco.
04) José está na Região Norte do Brasil, no estado do Pará.
08) Paulo e João estão na Região Sul do Brasil, no estado do Paraná, sendo que o primeiro em
Paranaguá e o segundo na fronteira com o Paraguai.

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16) João e André estão na Região Centro-Oeste do Brasil, o primeiro em Mato Grosso e o
segundo em Goiás.

13. (G1 - cftrj 2012)


De acordo com dados do Departamento Nacional de Produção Mineral, o Brasil é hoje o
segundo maior produtor mundial de ferro, atrás apenas da China. A região do(a)
___________________ é considerada uma das maiores jazidas de ferro do mundo e uma
grande área produtora deste recurso no Brasil.
Marque a opção que preenche corretamente o espaço acima.
A) Quadrilátero Ferrífero no Espírito Santo.
B) Serra de Carajás no Pará.
C) Maciço do Urucum em Santa Catarina.
D) Serra do Navio em Goiás.

14.
Observe os dados sobre as instalações portuárias no Brasil:
Portos Principais Especializações
I Exportação de minério de ferro de Minas Gerais.
II Exportação de minério de ferro de Carajás.
III Exportação de grãos do centro-oeste, importação de produtos industriais.
IV Exportação e importação de petróleo.
V Exportação de soja do centro-oeste, sudeste e sul.
VI Complexo petroquímico.

Fonte: adaptado de Ministério dos Transportes, 2011; Hervé Théry e Neli Aparecida de Mello.
Atlas do Brasil. Disparidades e Dinâmicas do Território. 2a ed. P, 201. São Paulo: Edusp, 2009.

A alternativa que encerra a associação correta é:


A) I, Tubarão; II, Itaqui; III, Santos e V, Paranaguá.
B) I, Tubarão; II, Vitória; IV, Santos e VI e Rio Grande.
C) II, Vitória; III, Santos; IV, São Sebastião e V, Paranaguá
D) I, Vitória; II, Itaqui; IV, Santos e V, Rio Grande.
E) I, Paranaguá; II, Vitória; III, Santos e V Itaqui.

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15.
Sobre os recursos minerais do Brasil, assinale o que for correto.
01) Pela Lei do Petróleo e pelos procedimentos de "contratos de risco" de 1997, a Agência
Nacional do Petróleo – ANP estabeleceu o monopólio da exploração do petróleo pela Petrobras
em território brasileiro.
02) O Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais, e a província mineral da Serra de Carajás, no
Pará, representam os principais complexos mineralógicos na área continental brasileira.
04) A maior parte das reservas de petróleo brasileiro situa-se sobre a plataforma continental e
com as novas descobertas de petróleo na camada de pré-sal, a Agência Nacional do Petróleo –
ANP já estabeleceu como regra que um aumento da produção significará um aumento de
royalties exclusivos para os estados produtores dessas novas reservas e, para os consumidores,
uma melhora na qualidade e dos preços dos produtos derivados, com reflexos diretos no
mercado internacional.
08) As principais reservas de minérios estão concentradas em regiões associadas aos terrenos
arqueozoicos e proterozoicos do escudo brasileiro ou do escudo das Guianas.

16.
A respeito de transportes no Brasil, suas condições geográficas e seus problemas, assinale o
que for correto.
01) As ferrovias brasileiras perderam importância, uma vez que uma reorganização séria do
transporte ferroviário exigia altos investimentos devido a várias larguras de bitola e ser uma
rede antiga e mal conservada; mas linhas privadas construídas para exportar minérios
ganharam importância, a exemplo das que transportavam o manganês do Amapá, o ferro de
Minas Gerais e de Carajás, em direção ao mar.
02) Apesar das vantagens de outros meios de transporte, é a rodovia que domina o tráfego de
mercadorias e passageiros.
04) A maioria das estradas de rodagem brasileira é de construção federal, asfaltadas e não
asfaltadas, seguidas pelas estaduais, asfaltadas e não asfaltadas e, em menor extensão, pelas
estradas municipais, asfaltadas e não asfaltadas.
08) O modelo brasileiro de transporte rodoviário, com a crise do petróleo nos anos 1970,
obrigou a busca da autossuficiência em combustíveis, quer pela pesquisa de novas jazidas de
petróleo, quer pelo investimento no álcool combustível.
16) Os rios navegáveis formam uma verdadeira rede na Amazônia, mas no restante do país,
apenas os afluentes do Rio Paraná e do Rio Paraguai formam outra rede, desembocando no
Rio da Prata, sendo um percurso útil às trocas internas do Mercosul, além da importante
navegabilidade do Rio São Francisco que, porém, é um trecho desconectado das redes
importantes.

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17.
Estima-se que a floresta Amazônica ocupa aproximadamente três milhões de km2 de terras no
território brasileiro e 1/3 dos nove milhões de km2 de florestas tropicais remanescentes no
mundo. Além da rica biodiversidade que comporta (em espécies vegetais e animais), a floresta
abriga comunidades indígenas e de caboclos em uma forma de ocupação rarefeita, sem um
modelo de desenvolvimento sustentado que abarque toda a diversidade cultural e a
biodiversidade. No início da primeira década do século XXI, o governo do Brasil definiu uma
política que visava à ocupação da floresta de modo a assegurar o desenvolvimento da região e
sua integração ao território nacional. Essa política foi proposta
A) pelo Projeto Radam, tendo em vista mapear a região e fornecer conhecimentos sobre os
recursos minerais a serem explorados.
B) pelo Plano Avança Brasil, programa estratégico de promoção do desenvolvimento mediante
a ampliação de eixos nacionais de integração com investimentos em infraestrutura.
C) pela formação da Zona Franca de Manaus, visando criar área de livre comércio de produtos
industrializados e integração da região Norte.
D) pelo Projeto Grande Carajás, com o objetivo de explorar em larga escala os recursos minerais
e agroflorestais e ampliar a ocupação da região.
E) pelo Projeto Jari, visando produzir celulose e papel e, simultaneamente, desenvolver
atividades agrícolas e pecuaristas na floresta.

18. (Fuvest 2010)


Em se tratando de commodities, o Brasil tem papel relevante no mercado mundial, graças à
exportação de minérios. Destacam-se os minérios de ferro e de manganês, bases para a
produção de aço, e a bauxita, da qual deriva o alumínio.
A relação entre minério e sua localização no território brasileiro está corretamente expressa
em:

Minério Localização geográfica

A) ferro Quadrilátero Ferrífero (Planalto da Borborema)

B) ferro Serra dos Carajás (Planalto das Guianas)

C) bauxita Vale do Trombetas (Serra do Espinhaço)

D) manganês Maciço do Urucum (Pantanal Mato-Grossense)

E) manganês Vale do Aço (Chapada dos Parecis)

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19.
Esta cova em que estás
com palmos medida
é a conta menor que tiraste em vida
É de bom tamanho
nem largo nem fundo
é a parte que te cabe
deste latifúndio
Não é cova grande
é cova medida
é a terra que querias ver dividida

Fonte: Geografia Geral e do Brasil - Vasentini

Os fragmentos do poema de João Cabral de Meio Neto retratam a questão da terra no Brasil.
Logo:
I. A estrutura econômica e social, assentada na desigual repartição da terra e da renda é
geradora de privilégios para alguns, da miséria de muitos e da violência desenfreada no campo.
II. Os conflitos no campo brasileiro não têm relação com a concentração fundiária.
III. A questão fundiária é um problema estrutural. Para os sem-terra só existem duas saídas:
RESISTIR e envolver-se em constantes conflitos pela posse da terra ou MIGRAR para os grandes
centros urbanos à procura de novas oportunidades de sobrevivência.
IV. No campo o trabalhador sem terra vai de encontro à CERCA, que simboliza a crescente
concentração fundiária. Na cidade encontra o MURO, símbolo da especulação imobiliária.

Estão corretas:
A) Apenas as proposições II e IV.
B) Apenas as proposições I e II.
C) Apenas as proposições I, III e IV.
D) Apenas as proposições II, III e IV.
E) Todas as proposições.

20. (G1 - ifpe 2014)


Analise os textos a seguir.

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“A estrutura fundiária do Brasil continua a mesma do período colonial”. A afirmação de Gilmar


Mauro, dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, não é
mera retórica. Está calcada em estudos que comprovam que pouco se avançou em termos de
distribuição da terra desde os tempos da Coroa Portuguesa. O coeficiente de Gini, índice
utilizado em pesquisas científicas para medir o grau de desigualdade social, revela que a
concentração de terra no país até aumentou, se os dados analisados forem os do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Disponível em:<http://guebala.blogspot.com.br/2011/11/estrutura-fundiaria-do-brasil-
continua.html> Acesso em: 04set.2013.

Com base nas informações acima e nos seus conhecimentos sobre a estrutura fundiária
brasileira, assinale a alternativa correta.
A) Constitui uma questão primordial para a sociedade brasileira que, no entanto, não avança
no que diz respeito à aplicação efetiva de uma ampla reforma agrária.
B) Tal como vem ocorrendo nas últimas décadas, tem promovido a inclusão social dos
trabalhadores rurais e sua absorção pelo mercado de trabalho.
C) Tem contribuído para aumentar a capacidade produtiva das pequenas propriedades rurais,
garantindo, assim, as condições de subsistência para a agricultura familiar.
D) Contribui para acentuar a degradação ambiental, provocada pelas monoculturas de
exportação, realizadas, em geral, nas pequenas e médias propriedades.
E) A legislação agrária proibiu a compra de terras por empresas estrangeiras, de modo que as
áreas agrícolas ociosas passaram a ser ocupadas pelos trabalhadores rurais, democratizando o
acesso à terra.

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21.
A modernização da agricultura brasileira iniciou-se na década de 1950 e intensificou-se na
década seguinte com a implantação do setor industrial voltado para a produção de
equipamentos e insumos para a agricultura.
Disponível em: <http://www.cptl.ufms.br/revista-geo/jodenir.pdf>. Acesso em: junho de
2012. (adaptado).

Vários fatores contribuíram para a modernização agrícola brasileira, que também provocou
uma série de consequências, como:
A) a substituição dos trabalhadores rurais pelo uso intensivo de equipamentos e técnicas
revolucionárias na produção, que tornaram o produtor independente dos fatores ambientais
e dependente da indústria agrícola.
B) a ampliação dos impactos ambientais, sobretudo causados pelo uso de produtos tóxicos sem
os cuidados necessários, embora a utilização de agrotóxicos tenha possibilitado o aumento da
produção de alimentos, destinados, principalmente, ao abastecimento interno.
C) a necessidade de contratação da mão de obra cada vez mais qualificada, que reduziu
drasticamente o lucro dos produtores rurais, pois os salários pagos a estes novos trabalhadores
eram bem superiores aos salários pagos aos trabalhadores não qualificados que foram
dispensados.
D) a grande concentração de terras nas mãos de poucos produtores, o que tem gerado imensos
conflitos no campo, buscando a Reforma Agrária como uma forma de democratizar o acesso à
terra.

22.
A agricultura familiar, apesar das críticas quanto à sua viabilidade econômica, mantém-se como
um segmento produtivo importante do setor primário brasileiro. Observe nos gráficos as
proporções percentuais do número de estabelecimentos da agricultura familiar e da área
ocupada por eles por macrorregião em relação ao total do país.

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O tamanho médio das propriedades familiares é maior nas seguintes regiões brasileiras:
A) Sul e Nordeste.
B) Nordeste e Norte.
C) Centro-Oeste e Sul.
D) Norte e Centro-Oeste.
E) Sul e Norte.

23.
Texto I
A nossa luta é pela democratização da propriedade da terra, cada vez mais concentrada em
nosso país. Cerca de 1% de todos os proprietários controla 46% das terras. Fazemos pressão
por meio da ocupação de latifúndios improdutivos e grandes propriedades, que não cumprem
a função social, como determina a Constituição de 1988. Também ocupamos as fazendas que
têm origem na grilagem de terras públicas.
Disponível em: www.mst.org.br. Acesso em: 25 ago. 2011 (adaptado).
Texto II
O pequeno proprietário rural é igual a um pequeno proprietário de loja: quanto menor o
negócio mais difícil de manter, pois tem de ser produtivo e os encargos são difíceis de arcar.
Sou a favor de propriedades produtivas e sustentáveis e que gerem empregos. Apoiar uma
empresa produtiva que gere emprego é muito mais barato e gera muito mais do que apoiar a
reforma agrária.
LESSA, C. Disponível em: www.observadorpolítico.org.br. Acesso em: 25 ago. 2011
(adaptado).

Nos fragmentos dos textos, os posicionamentos em relação à reforma agrária se opõem. Isso
acontece porque os autores associam a reforma agrária, respectivamente, à:
A) redução do inchaço urbano e à crítica ao minifúndio camponês.

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B) ampliação da renda nacional e à prioridade ao mercado externo.


C) contenção da mecanização agrícola e ao combate ao êxodo rural.
D) privatização de empresas estatais e ao estímulo ao crescimento econômico.
E) correção de distorções históricas e ao prejuízo ao agronegócio.

24.
Com relação ao papel desempenhado pela agricultura e pela indústria na organização do
espaço geográfico brasileiro, é correto afirmar:
A) A estrutura fundiária brasileira sofreu uma modificação estrutural importante na passagem
do século XIX para o século XX, pois deixou de ser do tipo arquipelago para se constituir como
centro – periferia.
B) Devido ao processo histórico da formação do espaço geográfico brasileiro, a agricultura
praticada desde o período colonial tem se caracterizado como sistema intensivo de exploração
da terra.
C) A agricultura de subsistência implantada com a colonização moderna no século XIX
contribuiu para diversificar a produção agrícola no mercado interno, pois tinha um caráter
policultor.
D) A modernização da agricultura brasileira tem relação com o papel desempenhado pela
EMBRAPA, ao desenvolver pesquisas com a finalidade de aperfeiçoar a produção de sementes
no Brasil, mas também com a reestruturação da estrutura fundiária, como foi acordado com o
MST.
E) O oeste baiano, a partir de meados da década de 70, começou a se inserir como polo
produtor de commodities importantes devido à migração da população gaúcha, que aí
desenvolveu a cultura da soja.

25.
Na região Amazônia travam-se conflitos pela apropriação e uso dos recursos naturais. Eles se
tornam intensos a partir da década de 1970 e 1980, quando os grandes projetos de exploração
e beneficiamento mineral, metalúrgico, energético e agropecuário se estabelecem nesta parte
do território nacional. Desde então, o capital nacional e internacional, o Estado, grupos e
movimentos sociais organizados disputam a apropriação e o uso do subsolo, do solo, da água,
dos bens da floresta, entre outros recursos.

Sobre a atuação das organizações e dos movimentos sociais nessa região é correto afirmar:
A) Desde a década de 1970, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) representa os interesses de
trabalhadores rurais, posseiros e peões, visto que, naquele período, as lideranças populares no

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campo e na cidade eram alvo da repressão política. A regularização fundiária é a sua principal
reivindicação e foi somente conquistada a partir do programa Amazônia Terra Legal do
Governo Federal.
B) O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) é um dos movimentos sociais críticos à
matriz energética implantada na Amazônia, que constrói complexos hidrelétricos para atender
as demandas dos grandes projetos de exploração e beneficiamento mineral, tais como
Albrás/Alunorte. Sua principal reivindicação é a utilização de recursos renováveis como a
biomassa da floresta.
C) O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desde 1990 atua no Sudeste do
Para, quando dirige as primeiras ocupações. Dentre suas reivindicações está a reforma agrária
de mercado, pela qual o Movimento pressiona o Estado para que haja desapropriação e
indenização das terras improdutivas e para que sejam vendidas a preços de mercado para os
trabalhadores rurais.
D) A Aliança dos Povos da Floresta é um movimento social que congrega povos indígenas,
seringueiros, ribeirinhos, camponeses, em suma, todos os que têm nos recursos da floresta seu
principal sustento. Esse movimento nasce como resposta à implantação de grandes projetos
de exploração mineral e madereira, e de beneficiamento energético, agropecuário e
rodoviário, que ameaçam a reprodução da floresta, de seus recursos e povos.
E) As organizações e os movimentos sociais que atuam na Amazônia agrupam-se em torno de
duas grandes matrizes: a desenvolvimentista e a ambientalista. A primeira propõe o nacional
desenvolvimentismo, impulsionado por grandes obras de infraestrutura que está representado
no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A segunda defende o desenvolvimento
economicamente viável, ambientalmente sustentável e socialmente justo.

26.
Eu sou roceiro
Eu sou roceiro, vivo de cavar o chão.
Tenho as mãos calejadas, meu senhor.
Me falta terra, falta casa e falta pão.
Não sei onde é o Brasil do lavrador.

Só tenho a enxada e o título de eleitor


Para votar em seus fulanos educados
Que não fazem nada pelo pobre agricultor,
Que não tem terra para fazer o seu roçado
[...]
Sou um soldado retirante sem medalha,
Sou estrangeiro quando pego a reclamar.
Sou camponês que usa tanga e sandália,
Sou brasileiro só na hora de votar.

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LIMA, Jorge Pereira. Cultura insubmissa. Fortaleza: Nação Cariri Editora, 1982. p. 110-111.

Com relação ao texto acima, é CORRETO afirmar:


A) as Ligas Camponesas e o MST transformaram as relações de trabalho e garantiram ao
homem do campo o direito à terra.
B) atualmente, a política agrária do Brasil visa assegurar a produção de gêneros alimentícios e
terras destinadas à agricultura familiar.
C) a modernização da agricultura gerou a concentração fundiária e, por consequência, o
desemprego no campo, caracterizado pelo crescimento dos boias-frias e/ou peões.
D) a melhoria dos indicadores socioeconômicos dos trabalhadores rurais brasileiros, bem como
sua qualificação profissional, vem sendo asseguradas através da sua participação nas últimas
eleições.

27. (Fgv 2014)


[Na Amazônia] boa parte dos municípios que compõe a “mancha pioneira” apresenta as
maiores taxas de desmatamento do bioma amazônico nos últimos anos... e um expressivo e
perverso processo de especulação fundiária, no qual a grilagem e a venda ilegal de terras
(inclusive pela internet) é o seu principal artífice. [...] A rarefeita presença humana e os meios
rudimentares de sobrevivência de boa parte da população local, desprovida de capital e de
qualificação, levam à configuração de um espaço descontínuo.
(Daniel Monteiro Huertas. Da fachada atlântica à imensidão amazônica. São Paulo:
Annablume, 2009. p. 226. Adaptado)

Na “mancha pioneira”, que forma um arco de desmatamento, são predominantemente


encontrados(as):
A) extração de madeira e agricultura de cana e milho.
B) extração de madeira, pecuária e cultivos de soja.
C) pecuária, cultivos de cana e extração de minérios.
D) extração de minérios, agricultura de milho e cana.
E) agricultura de soja e arroz e extração de minérios.

28.
Leia a seguir os versos da canção Saga da Amazônia, de autoria do paraibano Vital Farias que
expressam uma das facetas da ocupação do espaço rural amazônico e da questão agrária
brasileira.

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Toda mata tem caipora para a mata vigiar


veio caipora de fora para a mata definhar
e trouxe dragão-de-ferro, prá comer muita madeira
e trouxe em estilo gigante, prá acabar com a capoeira
Fizeram logo o projeto sem ninguém testemunhar
prá o dragão cortar madeira e toda mata derrubar:
se a floresta meu amigo, tivesse pé prá andar
eu garanto, meu amigo, com o perigo não tinha ficado lá
O que se corta em segundos gasta tempo prá vingar
e o fruto que dá no cacho prá gente se alimentar?
Mas o dragão continua a floresta devorar
e quem habita essa mata, prá onde vai se mudar?
corre índio, seringueiro, preguiça, tamanduá
tartaruga: pé ligeiro, corre-corre tribo dos Kamaiura
No lugar que havia mata, hoje há perseguição
grileiro mata posseiro só prá lhe roubar seu chão
castanheiro, seringueiro já viraram até peão
afora os que já morreram como ave-de-arribação
Zé de Nata tá de prova, naquele lugar tem cova
gente enterrada no chão.
Disponível em: <http://letras.terra.com.br/vital-farias/380162>. Acesso em: 13 out. 2011.

Com base na leitura desses versos e na literatura sobre o assunto, é correto afirmar:
A) A violência decorrente dos conflitos por terra é uma característica marcante apenas da
Amazônia.
B) A ocupação do espaço agrário pelo agronegócio produz impactos sociais e ambientais
negativos.
C) A derrubada da mata, seguida do seu reflorestamento, resolveria os conflitos por terra na
Amazônia.
D) As ações públicas de ocupação do espaço rural foram planejadas de acordo com a população
local.
E) As sociedades indígenas foram privilegiadas com a chegada das multinacionais ao campo.

29. (Fatec 2011)


Leia duas descrições de agentes sociais muito presentes no campo brasileiro.
I. Pessoas que se apropriam ilegalmente de extensas porções de terra, obtendo
frequentemente títulos de propriedade falsificados.

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II. Pessoas que cultivam pequenos lotes de terra, em geral há muitos anos, sem possuir título
de propriedade.

As descrições I e II correspondem, respectivamente, a:


A) grileiros e posseiros.
B) jagunços e grileiros.
C) peões e parceiros.
D) empreiteiros e boias-frias.
E) agregados e empresários.

30.
Os conflitos relacionados à propriedade fundiária no Brasil possuem raízes históricas profundas
e uma multiplicidade de agentes sociais envolvidos.

Na situação referida nos quadrinhos, um desses agentes sociais, o grileiro, é mais


especificamente definido por:
A) apoderar-se de terras de forma ilegal.
B) promover a segurança pessoal dos latifundiários.

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C) pressionar os pequenos fazendeiros para a venda dos imóveis.


D) ocupar uma pequena área desprovida de título de propriedade.

31.
Coube aos Xavante e aos Timbira, povos indígenas do Cerrado, um recente e marcante gesto
simbólico: a realização de sua tradicional corrida de toras (de buriti) em plena Avenida Paulista
(SP), para denunciar o cerco de suas terras e a degradação de seus entornos pelo avanço do
agronegócio.
RICARDO, B.; RICARDO, F. Povos indigenas do Brasil: 2001-2005. São Paulo: Instituto
Socioambiental, 2006 (adaptado).
A questão indígena contemporânea no Brasil evidencia a relação dos usos socioculturais da
terra com os atuais problemas socioambientais, caracterizados pelas tensões entre:
A) a expansão territorial do agronegócio, em especial nas regiões Centro-Oeste e Norte, e as
leis de proteção indígena e ambiental.
B) os grileiros articuladores do agronegócio e os povos indígenas pouco organizados no
Cerrado.
C) as leis mais brandas sobre o uso tradicional do meio ambiente e as severas leis sobre o uso
capitalista do meio ambiente.
D) os povos indígenas do Cerrado e os polos econômicos representados pelas elites industriais
paulistas.
E) o campo e a cidade no Cerrado, que faz com que as terras indígenas dali sejam alvo de
invasões urbanas.

32. (Vunesp 2010)


Na Primeira República (1889-1930) houve a reprodução de muitos aspectos da estrutura
econômica e social constituída nos séculos anteriores. Noutros termos, no final do século XIX
e início do XX conviveram, simultaneamente, transformações e permanências históricas.
(Francisco de Oliveira. Herança econômica do Segundo Império, 1985.)

O texto sustenta que a Primeira República brasileira foi caracterizada por permanências e
mudanças históricas. De maneira geral, o período republicano, iniciado em 1889 e que se
estendeu até 1930, foi caracterizado:
A) pela predominância dos interesses dos industriais, com a exportação de bens duráveis e de
capital.
B) por conflitos no campo, com o avanço do movimento de reforma agrária liderado pelos
antigos monarquistas.

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C) pelo poder político da oligarquia rural e pela economia de exportação de produtos primários.
D) pela instituição de uma democracia socialista graças à pressão exercida pelos operários
anarquistas.
E) pelo planejamento econômico feito pelo Estado, que protegia os preços dos produtos
manufaturados.

33.
Leia o texto a seguir.
É possível identificar no Brasil vários municípios cuja urbanização se deve diretamente à
expansão da fronteira agrícola moderna, formando cidades funcionais ao campo denominadas
de “cidades do agronegócio”.
(Adaptado de: ELIAS, D.; PEQUENO, R. “Desigualdades socioespaciais nas cidades do
agronegócio”. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais. 2007. v.9. n.1. p.25-29.)

Sobre a expansão da fronteira agrícola moderna e o surgimento das “cidades do agronegócio”,


assinale a alternativa correta.
A) A expansão da fronteira agrícola moderna e a criação das cidades do agronegócio ocorreram
a partir de 1970, com a incorporação das terras do cerrado, impulsionada por políticas públicas
voltadas à ocupação de terras e ao desenvolvimento local.
B) A fronteira agrícola moderna e o aparecimento das cidades do agronegócio estão associados
às políticas do governo Vargas direcionadas à agricultura, com a criação, em 1951, do Sistema
Nacional de Crédito Rural.
C) A fronteira agrícola moderna e o aparecimento das cidades do agronegócio ocorreram após
investimentos dos Estados Unidos, na década de 1950, em território brasileiro para produção
destinada à exportação.
D) As cidades do agronegócio estão localizadas predominantemente no Paraná, Rio Grande do
Sul e Santa Catarina, estados onde ocorreu a expansão da fronteira agrícola moderna a partir
da década de 1960.
E) Por intermédio da expansão da fronteira agrícola moderna e da criação das cidades do
agronegócio, a partir da década de 1950, houve uma difusão do meio técnico-científico-
informacional em todo o território nacional.

34.
Com um longo histórico de desencontros, o desenvolvimento econômico e o meio ambiente
andam às turras no país. O noticiário dá a impressão de que se trata de diferenças
irreconciliáveis, e talvez sejam.

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CINTRA, L. A.; MARTINS, R. Revista Carta na Escola, ago. 2009 (fragmento).

Nesse início de século XXI, um exemplo dos desencontros entre natureza e economia é o(a)
A) replantio de espécies da Mata Atlântica em substituição às lavouras de café.
B) derrubada de trechos de floresta para a conclusão de viadutos na Rodovia Transamazônica.
C) expansão da fronteira agrícola na Amazônia, a fim de expandir as áreas de plantio de soja.
D) redução da Mata de Araucárias devido à urbanização descontrolada nas diferentes regiões
do país.
E) diminuição do Pantanal, tendo em vista a expansão dos latifúndios, que cumprem sua função
social.
==1a153c==

35.
De acordo com o IBGE, a previsão da safra de grãos produzidos pelo Brasil entre 2012/2013
apresentará um aumento de 2% em relação à safra anterior. A produção de milho terá um
acréscimo de 10,5% em relação a 2011. Enquanto isso, os Estados Unidos sofrem com a seca e
apresentará redução de sua safra de milho para 2012/2013.

Produção de grãos nas regiões brasileiras safra 2012/2013.

Regiões Produção (toneladas)

Centro-Oeste 69,8 milhões

Sul 56,7 milhões

Sudeste 19,1 milhões

Nordeste 13,2 milhões

Norte 4,5 milhões

Fonte: IBGE, 2012

Considerando a produção de grãos brasileira e a demanda do mercado externo, é CORRETO


afirmar que:
A) a estimativa da safra 2012/2013 de grãos no Brasil corresponde a 193 milhões de toneladas.
B) as regiões brasileiras contribuem com a produção de grãos da safra 2012/2013, a qual
abastecerá o mercado interno brasileiro e também o mercado externo.

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C) as cinco regiões brasileiras são naturalmente agrícolas e capazes de produzirem os


diferentes tipos de grãos, assim como a região leste dos Estados Unidos.
D) a região norte apresenta a menor produção em relação às demais, devido à falta de
incentivo do governo federal no período de expansão da fronteira agrícola brasileira.

36.
Antes, eram apenas as grandes cidades que se apresentavam como o império da técnica,
objeto de modificações, suspensões, acréscimos, cada vez mais sofisticadas e carregadas de
artifício. Esse mundo artificial inclui, hoje, o mundo rural.
SANTOS, M. A Natureza do Espaco. São Paulo: Hucitec, 1996.

Considerando a transformação mencionada no texto, uma consequência socioespacial que


caracteriza o atual mundo rural brasileiro é:
A) a redução do processo de concentração de terras.
B) o aumento do aproveitamento de solos menos férteis.
C) a ampliação do isolamento do espaço rural.
D) a estagnação da fronteira agrícola do país.
E) a diminuição do nível de emprego formal.

37. (Fgv 2013)


Analise o gráfico.

A partir da leitura do gráfico e dos conhecimentos sobre a dinâmica territorial da agricultura


brasileira, é correto afirmar que, no período analisado,
A) a produtividade agrícola do país apresentou crescimento significativo.

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B) a maior parte da área cultivada no país destinou-se à produção de cereais.


C) o fraco aumento da área cultivada indicou o esgotamento da fronteira agrícola.
D) a instabilidade da produção esteve relacionada aos problemas climáticos.
E) a região Sudeste é a que apresenta maior área e produção agrícola do país.

38. (Fgv 2012)


Sobre as causas e/ou as consequências das mudanças registradas na dinâmica espacial da
cultura de soja no Brasil ocorridas entre o Censo Agropecuário de 1996 e o de 2006, assinale a
alternativa correta:
A) A política de incremento da produção de alimentos para o consumo interno resultou em
intenso crescimento da produção de soja no Centro-Oeste brasileiro.
B) Nos cerrados nordestinos, o aumento da área plantada resultou no parcelamento das
grandes propriedades e na democratização do acesso à terra.
C) A diminuição da área plantada nos Estados do sul ocorreu em virtude da implementação do
novo Código Florestal brasileiro.
D) O aumento da área plantada nas franjas meridionais da Amazônia pode ser relacionado ao
fim da obrigatoriedade da manutenção de uma reserva legal nas propriedades rurais.
E) O cerrado foi o bioma brasileiro mais afetado pelo avanço da fronteira agrícola e pelo
aumento da área plantada.

39. (Unesp 2009)


Segundo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o desmatamento em regiões na
fronteira Brasil-Bolívia formou um grande arco ao longo de dois importantes rios. Observe os
mapas.

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Assinale a alternativa que contém o estado da Região Norte onde esse fato está ocorrendo, os
rios mencionados e três causas do desmatamento naquela área.
A) Roraima; Mamoré e Negro; fronteira agrícola, especulação imobiliária e criação de gado
leiteiro.
B) Acre; Tapajós e Xingu; invasões de terra, formação de pastagens e de campos de soja.
C) Rondônia; Madeira e Mamoré; especulação imobiliária, corte de madeiras nobres, formação
de pastagens.
D) Amazonas; Solimões e Madeira; especulação imobiliária, corte de madeiras de lei, criação
de gado estabulado.
E) Pará; Solimões e Negro; assentamentos rurais, corte de madeiras nobres, criação extensiva
de bovinos.

40.
O mapa representa a região conhecida como Arco do Desmatamento, onde se concentram os
maiores índices de desmatamentos da Amazônia brasileira. Baseado no seu conhecimento
sobre o assunto e nas informações contidas no mapa, é CORRETO afirmar que o desmatamento
amazônico ocorre predominantemente nas áreas:

A) das reservas indígenas e unidades de conservação.


B) de extrativismo mineral e vegetal.
C) de forte expansão urbana e industrial.
D) de expansão da fronteira agrícola e da atividade pecuária.

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41. (Espcex (Aman) 2013)


“A agricultura é hoje o maior negócio do país. (...) Apenas [em 2005], a cadeia do agronegócio
gerou um Produto Interno Bruto de 534 bilhões de reais.”
(Faria, 2006 in: Terra, Araújo e Guimarães, 2009).

A atual expansão da agricultura e do agronegócio no Brasil deve-se, entre outros fatores ao(à)
A) forte vinculação da agricultura à indústria, ampliando a participação de produtos com maior
valor agregado no valor das exportações brasileiras, como os dos complexos de soja e do setor
sucroalcooleiro.
B) expansão da fronteira agrícola no Centro-Oeste e na Amazônia e ao emprego intensivo de
mão de obra no campo, nessas áreas, determinando o aumento da produtividade agrícola.
C) difusão de modernas tecnologias e técnicas de plantio na maioria dos estabelecimentos
rurais do País, contribuindo para a expansão das exportações brasileiras.
D) modelo agrícola brasileiro, pautado na policultura de exportação e na concentração da
propriedade rural.
E) Revolução Verde, que, disseminada em larga escala nas pequenas e médias propriedades do
País, incentivou a agricultura voltada para os mercados interno e externo.

42.
Leia o texto a seguir:
No Brasil e em boa parte da América Latina, o crescimento da produção agrícola foi baseado
na expansão da fronteira, ou seja, o crescimento sempre foi feito a partir da exploração
contínua de terras e recursos naturais, que eram percebidos como infinitos. O problema
continua até hoje. E a questão fundiária está intimamente ligada a esse processo, em que a
terra dá status e poder, com o decorrente avanço da fronteira da produção agrícola, que rumou
para a Amazônia, nos últimos anos.
Berta Becker, IPEA, 2012.
Com base no texto e no conhecimento sobre a expansão da fronteira agrícola no Brasil, é
CORRETO afirmar que:
A) a agropecuária modernizada no Brasil priorizou a produção de alimentos em detrimento dos
gêneros agrícolas de exportação. Esse fato contribuiu para o avanço das fronteiras agrícolas
em parte da Amazônia localizada no Meio-Norte.
B) houve grande destruição tanto das florestas como da biodiversidade genética, ambas
causadas pelas transformações da produção agrícola monocultora, além de complexos
impactos socioeconômicos determinados pelo modelo agroexportador.

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C) a maior parte das terras ocupadas no Brasil concentra-se nas mãos de pequeno número de
proprietários os quais vêm desenvolvendo mecanismos tecnológicos para evitar os impactos
ambientais causados pelo avanço do cinturão verde, sobretudo no Sul do Piauí.
D) as atividades do agrobusiness no Brasil, com destaque para a produção de soja, vêm
provocando uma rápida expansão agrícola do Rio Grande do Sul até o Vale do São Francisco,
sem causarem prejuízo aos seus recursos naturais.
E) com o aumento da concentração fundiária nas últimas décadas, a expansão das terras
cultivadas obteve uma grande retração agropecuária em decorrência das inovações
tecnológicas, desenvolvidas no campo brasileiro, apesar dos impactos ambientais.

43.
Campanha popular “Viva o Rio Madeira Vivo”.

Constitui(em) argumento(s) contrário(s) à construção das usinas hidrelétricas e da hidrovia do


Rio Madeira:
I. As hidrelétricas colocariam em risco um dos redutos de grande biodiversidade do planeta: o
Corredor Ecológico do Vale do Guaporé.
lI. As usinas hidrelétricas do Rio Madeira, Santo Antônio e Jirau não seriam apenas grandes
projetos de engenharia e arquitetura moderna; constituem parte de um grande projeto para o
desenvolvimento sustentável da região, para a integração nacional e melhoria de vida da
população.

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III. Com a ideia de que, além da hidrovia, outros projetos de infraestrutura e de transporte
foram planejados, como a pavimentação da rodovia Cuiabá-Santarém, a consequência seria a
expansão da fronteira agrícola sobre a Floresta Amazônica.

Está(ão) correta(s):
A) apenas I.
B) apenas II.
C) apenas I e III.
D) apenas II e III.
E) I, II e III.

44.
A afirmação abaixo poderia ser concluída pelo segmento presente na alternativa:
“Embora os fatores climáticos e topográficos tenham evidentemente auxiliados a difusão da
cultura da soja no Cerrado brasileiro, as ações políticas estatais e privadas...”.
A) facilitaram essa marcha em todas as direções da região Centro-Oeste e, mais recentemente,
para o Norte e o Nordeste do país.
B) dificultaram a difusão do cultivo da soja, em face da diminuição maciça de investimentos no
agronegócio.
C) propiciaram a substituição do cultivo desse produto pela introdução da mamona para a
produção e a exportação do biodiesel.
D) facilitaram a expansão da fronteira agrícola nacional, com a substituição do plantio desse
produto pelo cultivo da cana de açúcar.
E) dificultaram consideravelmente a instalação de grandes empresas do agronegócio que lidam
com esse produto no Centro-Oeste do país.

45. (G1 - cftmg 2010)


Sobre as inter-relações entre a organização do espaço brasileiro e a modernização agrícola em
curso, NÃO é correto afirmar que a(o):
A) incorporação de novos solos à produção foi associada com a agroindústria.
B) avanço da fronteira agrícola sobre áreas de florestas e cerrados coloca em risco os biomas
naturais e terras indígenas.
C) planejamento agrário do Estado diminuiu as desigualdades entre as regiões, a partir da
utilização dos insumos agrícolas.

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D) expansão das culturas de exportação sobre áreas tradicionais de cultivos alimentares


absorvem alguns pequenos agricultores na produção.

46.
Para responder à questão, relacione os dados do gráfico a diferentes aspectos referentes à
produção agrícola brasileira, preenchendo os parênteses com V (verdadeiro) ou F (falso).

Quanto à produção agrícola brasileira, afirma-se:


( ) A expansão da fronteira agrícola na Amazônia foi a responsável pelo incremento na
produtividade.
( ) O milho foi o produto que registrou o maior aumento de produtividade graças à utilização
de sementes
transgênicas.
( ) A causa do aumento da produtividade do arroz está associada à sua utilização na produção
de biodiesel.
( ) O aumento da produtividade deve-se às novas tecnologias aplicadas ao plantio, à colheita
e ao transporte.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:


A) F - V - F - V
B) V - F - V - F
C) F - F - F - V
D) V - V - F - F
E) F - F - V - F

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47.
As figuras a seguir representam duas concepções geopolíticas de ocupação da Amazônia
brasileira no período militar. Responda às perguntas:

a) Quais as principais diferenças entre "os eixos de desenvolvimento de 1970" e o "Projeto


Calha Norte"?
b) Que razões explicariam o programa Grande Carajás?

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1. Alternativa A 16. 01+02+08+16=27 31. Alternativa A


2. Alternativa E 17. Alternativa B 32. Alternativa C
3. Alternativa C 18. Alternativa D 33. Alternativa A
4. Alternativa A 19. Alternativa C 34. Alternativa C
5. Alternativa B 20. Alternativa A 35. Alternativa B
6. Alternativa E 21. Alternativa D 36. Alternativa B
7. Alternativa E 22. Alternativa D 37. Alternativa A
8. Alternativa D 23. Alternativa E 38. Alternativa E
9. Alternativa C 24. Alternativa E 39. Alternativa C
10. Alternativa A 25. Alternativa D 40. Alternativa D
11. Alternativa B 26. Alternativa C 41. Alternativa A
12. 02 + 16 = 18 27. Alternativa B 42. Alternativa B
13. Alternativa B 28. Alternativa B 43. Alternativa C
14. Alternativa A 29. Alternativa A 44. Alternativa A
15. 02 + 08 = 10 30. Alternativa A 45. Alternativa C
46. Alternativa C

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12. CONSIDERAÇÕES FINAIS


Muito bem, querido amigo concurseiro. Se chegou até aqui é um bom sinal: o de que tentou
praticar todos os exercícios. Não se esqueça da importância de ler a teoria completa e sempre
consultá-la. Não esqueça dos seus objetivos e dedique-se com toda a força para alcança-los. Sonhe
alto, pois “quem sente o impulso de voar, nunca mais se contentará em rastejar”. Te encontro na
nossa próxima aula.
Bons estudos, um grande abraço e foco no sucesso.

Até logo...

Prof. Sérgio Henrique Lima Reis.

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