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Autor:
Sergio Henrique
04 de Janeiro de 2023
SUMÁRIO
.
Exploração mineral da Hematita em Carajás.
Ferro, Cobre, Manganês e Bauxita são os principais minerais, mas ainda são encontrados,
ouro e muitos outros metais, menos explorados devido ao custo alto e baixa demanda.
Em 1979, um vaqueiro encontrou uma pepita. A notícia se espalhou tão rapidamente que
em um ano, a paisagem já se transformou numa enorme faiscação (retirada do ouro em pepitas
dos rios, e da superfície). O município de Curionópolis foi o centro maior de recepção do enorme
fluxo migratório que em 5 anos retirou em torno de 50 toneladas de ouro. Foi a maior mineração a
céu aberto do mundo. O ouro esgotou-se rapidamente e em uma década a mineração foi fechada.
A qualidade de vida das famílias foi deteriorada e a violência foi explosiva. Hoje ainda existem
jazidas profundas e a área pertence à exploração da Vale.
Há 10 anos, a exploração mineral no estado do Pará, tem produzido e exportado muito
minério. A principal razão é o desenvolvimento Chinês, que possui uma enorme demanda do
mineral. Em 2015 e 2016 a China tem passado por uma retração econômica, o que impactou a
exportação mineral paraense. As oscilações nas exportações tem sido maiores, mas não foi
comprometida a produção. Quanto ao níquel, a extração não tem sido tão viável, pois a China
compete no mercado internacional com o Brasil e possui preços mais competitivos deste minério.
A indústria paraense avançou 6,4% em janeiro de 2015, na comparação com igual mês do
ano anterior, sustentada principalmente pela expansão do setor extrativo (10,3%), influenciado,
sobretudo pelo aumento na extração de minérios de ferro em bruto ou beneficiado. Por sua vez,
a indústria de transformação (-5,1%) mostrou queda em cinco dos seis ramos investigados. As
influências negativas mais importantes sobre o total deste segmento, foram observadas nos
setores de produtos alimentícios (-8,7%), de produtos de madeira (-7,5%) e de metalurgia (-1,9%).
Notícias interessantes
Além de ter as atividades paralisadas, a Vale foi condenada a pagar r$1 milhão em juízo,
para cada aldeia indígena atingida pelo projeto de níquel onça-puma no Pará. Somente
após o pagamento dessas compensações é que a Vale será autorizada pelo TRF da
primeira região a operar a mina. Onça-puma é um projeto de níquel laterítico de us$2,4
bilhões de dólares que a vale adquiriu da Canico Resource Corp. O projeto está inserido
em terras dos índios Kaiapó e desde 2012, o ministério público está litigando contra a
Vale, alegando que a mineradora não mitigou o impacto das suas atividades sobre os
povos indígenas. A Vale diz que muitas dessas demandas são de responsabilidade do
governo federal...
A Junior inglesa Serabi informou no seu balancete trimestral que a sua mina palito, no
Pará, produziu 7.759 onças de ouro. A mina atingiu o seu recorde mensal de produção,
de 3.005 onças de ouro, em março. A serabi espera manter a produção de março nos
próximos meses e atingir a meta de 35.000 onças em 2015. O teor médio do minério
processado foi de 10,9 g/t de ouro no seu press release a serabi não informou o seu all-
in sustaining cost por onça. Acredita-se que esteja ao redor de us$950/onça.
3. A QUESTÃO AGRÁRIA.
Ao nos referirmos a “questão agrária” estamos nos remetendo a vários temas ligados a
distribuição da terra, seus usos e conflitos relacionados a sua posse. O Brasil possui uma estrutura
de distribuição da terra bastante irregular. Há historicamente uma concentração de latifúndios
(grandes propriedades), e uma grande quantidade de pessoas sem acesso a terra. A posse da terra
está diretamente ligada ao domínio político local, pois distantes das instituições de controle do
estado, o poder é exercido localmente pelo grandes proprietários. A maior concentração de terras
que há no país, é na região norte. O estado do Pará é um dos estados em que o desmatamento, o
gado e a soja avançaram com maior velocidade. A expansão da agricultura apesar da modernização
produtiva (uso de maquinários cada vez mais modernos), ainda persiste uma estrutura produtiva
baseada no plantation e muitas propriedades funcionam com trabalho humano.
3.1. PLANTATION
O estado do Pará durante a colônia era a capitania do Grão Pará. Por ser distante dos
centros mais populosos, como o litoral nordestino e no século XVIII o Sudeste, sempre predominou
um isolamento político, em que a presença do Estado se faz através das instituições, mas em razão
da grande dimensão territorial e colonização esparsa é muito difícil a fiscalização do território. Este
quadro estimula o localismo político. Na colônia o povoamento da região norte era estratégico
tanto pela Amazônia, quanto pelo controle da foz do amazonas. O contato administrativo sempre
ocorreu diretamente com Portugal, e raramente com os poderes políticos da capital da colônia. A
extração de drogas do sertão e destacadamente a madeira foram sempre intensas. Após a
independência do Brasil os grandes proprietários realizavam comércio de madeira diretamente
com os portugueses, também devido à distância dos centros mais povoados.
Durante todo o período colonial, até meados do século XIX, a única forma de ter acesso à posse
da terra era o benefício do ganho. Os capitães donatários tinham a obrigação de gerar
povoamento e para isso eram distribuídas sesmarias.
Sesmarias eram grandes lotes de terra distribuídos pelo capitão donatário com o objetivo
de gerar povoamento. Está na origem da organização das terras em grandes propriedades.
1% no número de propriedades no país, ocupam hoje, 50% das terras agrícolas. Em 1850 o
estado Brasileiro promulgou a Lei de terras. A partir dela a terra se transformava em
propriedade comercializável, mas para compra-las só em leilão público e se fossem pagas à
vista.
No século XX, desde a década de 40, a região amazônica é uma preocupação central do
estado Brasileiro. Tanto aumentar a ocupação através de políticas de estímulo ao povoamento,
quanto a discussão sobre os povos indígenas e sua integração no território nacional. Surgem as
primeiras reservas indígenas. São projetos conservacionistas. Pretendem conservar as culturas
indígenas em seus locais de origem. Mas a expansão da fronteira agrícola, muitas terras que são
desejadas por grandes proprietários para algum fim comercial são alvos de disputas na justiça e
disputas violentas entre indígenas e proprietários de terra.
O mapa nos demonstra que as terras do estado do Pará são em sua maioria ocupadas por
posseiros e grileiros. As terras são a principal razão dos conflitos no campo. O estado do Pará é um
dos mais violentos do Brasil, com um alto índice de criminalidade, em boa parte das vezes, ligadas
a atividades como a pistolagem (pistoleiros particulares) contra líderes comunitários como a
missionária Dorothy Stang. Missionários, sindicalistas e, nas cidades mais violentas, até mesmo
desempregados são mortos. Em todo o território amazônico os conflitos são grandes e violentos e
não podemos esquecer de citar o assassinato do líder comunitário seringueiro Chico Mendes, em
Xapuri, no Acre.
Ainda há uma grande área de terras potencialmente exploradas, mas que são latifúndios
improdutivos. Com o avanço da fronteira agrícolas as áreas não aproveitadas são cada vez
menores. O agronegócio expandiu e com novas técnicas agrícolas, e alta demanda, são cada vez
menores os números dos latifúndios não aproveitados.
De acordo com o mapa acima podemos observar que o número de assassinatos em razão
das disputas e conflitos pela posse da terra são frequentes no estado do Pará e ainda tendem a
aumentar. O avanço da fronteira agrícola tornou a terra mais cara e mais disputada. De acordo
com o novo código florestal, nas áreas de bioma amazônicos as APPs (áreas de proteção
permanente) é de 80% do território da fazenda. Na discussão nacional que antecedeu a aprovação
do novo código em 2012, havia o argumento de que o novo código impediria o desenvolvimento
da produção agrícola. Esta visão não dá ouvidos aos pareceres técnicos de especialistas de várias
instituições, de que é possível aumentar a produtividade agrícola em até 4 vezes sem aumentar a
área cultivada. Com métodos simples, é possível aumentar a produtividade sem aumentar o
desmatamento da floresta. Mas não é somente a floresta que está em jogo. Existe uma tensão no
campo entre grandes proprietários grileiros e pequenos proprietários, quilombolas e reservas
indígenas.
O estado do Pará foi um dos que mais assentaram pessoas no campo. Há uma grande
quantidade de terras devolutas (terras sem registro pertencentes à União). É o estado mais
populoso e povoado da região norte, o agronegócio avança a passos largos, bem como os conflitos.
É um estado que possui milhares de famílias para assentar pela reforma agrária, mas o processo de
assentamento de famílias que se inscreveram em programas de distribuição de lotes no estado, foi
cercado de denúncias de casos de corrupção. Os gráficos refletem a realidade nos anos anteriores,
mas os padrões se mantêm. São dados atualizados pelo IBGE. É que para ter resultados de
pesquisas sobre a distribuição da terra é um levantamento demorado.
Analise o mapa abaixo (o Brasil agrário) cuidadosamente. Preste atenção nos detalhes.
No Pará são registrados vários casos de exploração do trabalho escravo. São fazendas
monocultoras ou carvoarias que submetem o trabalhador à situação de escravidão em razão da
superexploração do trabalho, dívidas impagáveis e cerceamento da liberdade, impedindo-o de
abandonar a fazenda.
Grileiro: é o que comete a ação de grilagem. É a apropriação das terras devolutas através
de documentos que atestam a posse da área. Falsificam, inclusive, certidões de posse da
época das Capitanias hereditárias. Para falsificar os documentos, alguns os coloca em
caixas com grilos, e suas fezes envelhecem o documento. É uma técnica de falsificação de
documentos antigos. Em geral são grandes proprietários. A maior parte das terras agrícolas
do Pará são griladas.
Posseiro: normalmente pequeno proprietário que ocupa uma terra sem ter sua
documentação. Em 5 anos, se ninguém requere a posse da terra o posseiro a adquire pela
lei do usucapião. Boa parte dos assentados pela reforma agrária são ex-posseiros.
O território amazônico, até meados da década de 50, era muito pouco povoado e não havia
uma presença representativa do Estado. A partir do governo JK e durante o governo militar, a
integração do território nacional e a integração dos territórios do Norte se tornaram um
importante elemento estratégico. Além do mais, a presença do estado se faz necessária pois a
Amazônia é um bioma internacional. Para garantir a posse do território e sua integração nacional é
importantes destacarmos:
Criação de Brasília.
Perceba que a produção entre as culturas temporárias (que dão em ramos e há uma ou mais
colheitas ao ano) é a soja. Este grão passou por uma grande expansão produtiva desde que foi
liberado o cultivo dos transgênicos. Então para compreendermos o que motivou a expansão da
fronteira agrícola temos que conhecer um pouco sobre o agronegócio.
8. AGRONEGÓCIO.
São todos os setores produtivos da cadeia agrícola. Estão incluídos no agronegócio, por
exemplo, a lavoura mecanizada, mas também a indústria de maquinários agrícolas, adubos e
fertilizantes. Inclusive o processamento final do alimento também é agronegócio, por exemplo,
uma fábrica de sucos.
agrícolas como plantadeiras, aradeiras, colhedeiras e tratores, fertilizantes e agrotóxicos foi muito
grande. Esta modernização no campo promoveu uma transformação estrutural da agricultura e
aumentou muito a produtividade. Hoje a agropecuária se articula em modelos cada vez mais
complexos, que chamamos agroindústria ou simplesmente agronegócio. Como agronegócios
podemos considerar toda a cadeia produtiva da agricultura, desde as áreas cultivadas altamente
mecanizadas, como a indústria que produz os insumos (maquinários) e componentes químicos
(fertilizantes e agrotóxicos). Também a indústria que processa o produto como um grande
frigorífico ou fábrica de sucos. A modernização do campo e o aumento de produtividade que
ocorreu na década de 60 e 70 chamaram de revolução verde. Esta modernização no campo
começou a partir do desenvolvimento de novas técnicas e seleção de espécies para viabilizar a
agricultura em regiões em que ela não era praticada, por alguma limitação natural ou
socioeconômica. A revolução verde contou com apoio da ONU, pois viu nela uma oportunidade
para o aumento da produção de alimentos e a erradicação da fome no mundo. Infelizmente este
objetivo não foi alcançado. A produtividade aumentou, mas principalmente a da agricultura
comercial de exportação (plantation mecanizado). Na África, por exemplo, na região conhecida
como SAHEL (região na transição do deserto para a savana e com os piores índices
socioeconômicos do continente) ocorreu a expansão da agricultura, mas ela produz para
exportação, não para suprir as necessidades da região. Os países pioneiros na revolução agrícola
foram o México, Brasil, Índia e Tailândia. Todos estes países hoje são grandes produtores e
exportadores agrícolas. Foi um amplo programa idealizado para aumentar a produção agrícola por
meio de melhorias genéticas em sementes, desenvolvimento de sementes híbridas, mecanização e
redução do custo de manejo agrícola. As grandes propriedades no Brasil e no mundo, são
essencialmente mono produtoras para exportação. O plantation normalmente produz poucos
alimentos, ou nenhum. As lavouras de milho e soja, por exemplo, são destinadas à produção de
ração. Os alimentos são produzidos principalmente pela agricultura familiar realizada nas
pequenas propriedades.
8.1. A BIOTECNOLOGIA.
São realizadas várias pesquisas em busca do melhoramento genético das plantas para
selecionarmos as características mais desejáveis. Existem as sementes híbridas e as sementes
transgênicas. Os híbridos são vegetais selecionados e cruzados em laboratório, para conseguirmos
assim plantas mais resistentes às pragas, ou maiores e mais suculentas. As plantas são cruzadas e
selecionadas, mas não sofrem modificação genética. Já os transgênicos são OGMs (Organismos
Geneticamente Modificados). Selecionam e introduzem características desejáveis (mesmo que não
sejam naturais da espécie). Podem tornar as plantas resistentes à ação de pragas e a utilização de
agrotóxicos, além de adaptá-las a condições climáticas e de solo específicas. Vamos ao exemplo
dos transgênicos no Brasil. Somos atualmente o terceiro maior produtor mundial de Soja. Até 2005
a soja, que é um cultivo tipicamente de climas temperados e era cultivada somente na região sul.
Foi desenvolvida uma variedade de sementes transgênicas adaptadas ao clima tropical e ao solo do
cerrado. Isso possibilitou a expansão da agricultura brasileira com base na produção da soja, que
hoje ocupa uma grande área cultivada e suas lavouras possuem grande produtividade.
A nova tecnologia das plantas transgênicas, antes de serem liberadas pela lei, provocou um
grande debate entre os cidadãos e cientistas sobre os possíveis impactos nocivos do uso destas
sementes. São muitas as consequências e muito variadas, pois são tanto ambientais, econômicas e
na saúde humana. As pesquisas realizadas sobre os impactos dos alimentos transgênicos na saúde
humana não foram conclusivas, ou seja, foram liberados antes de sabermos se podem provocar
efeitos nocivos. Os principais riscos dos transgênicos apontados são: Risco de cruzamento
espontâneo, desaparecimento das espécies originais, dependência do produtor das grandes
corporações, o problema bioético sobre patentes sobre organismos vivos.
Para tentar minimizar os riscos na alimentação, devido a possíveis mutações e adaptações dos
transgênicos, foi criado na Noruega um banco de sementes chamado de “banco do fim do
mundo”, que reúne coleções de sementes de todos os principais alimentos conhecidos pelo
homem em sua variedade natural. Caso ocorra um problema imprevisto que possa comprometer a
alimentação mundial, teremos armazenadas as matrizes genéticas originais. No Brasil enquanto o
debate sobre os transgênicos ocorria, foi aprovada no congresso a chamada Lei de Biossegurança,
de 2005. Numa mesma lei foram aprovados dois temas polêmicos na época. O plantio de
transgênicos e a pesquisa com células tronco (que contava com a resistência de grupos religiosos).
9. A AGRICULTURA NO BRASIL.
importadas pelos chineses. No açúcar, fornecemos 1,5 das 2,4 milhões de toneladas
compradas pela China.
Em carne bovina, de janeiro a setembro, exportamos 158 milhões de toneladas para
Hong Kong, enquanto a China continental, para onde não exportamos de tudo porque a
carne brasileira estava sob embargo, importou, no total, 116 milhões de toneladas.
Fomos, no mesmo período, o terceiro maior exportador de celulose e o quarto
exportador de algodão para o mercado chinês.
O risco é nos contentarmos com os resultados. O caso da soja, por exemplo: nos
primeiros dez meses de 2014, aumentamos o volume das exportações para a China em
4%, enquanto os EUA aumentaram 38,35%, a Argentina, 28,32% e o Canadá, 22,41%.
Os americanos estão se movendo, levando os produtores a interagir mais com os
compradores, algo que não fazemos. Em carne bovina, não podemos ficar tão
dependentes das entradas via Hong Kong. A China faz vista grossa para essa
triangulação, mas não será para sempre.
Nossas exportações de algodão para o mercado chinês de janeiro a outubro tiveram
queda de 45% em relação ao mesmo período de 2013.
Fornecemos apenas 0,2% da carne de porco e 4,2% do café importados pelos chineses.
O mercado de café, segundo um estudo da OIC (Organização Internacional do Café),
cresce 12,8% ao ano. O consumo médio per capita é de 25 gramas, enquanto em outros
países esse número vai a 12 kg. Quando ocuparemos maior espaço?
Links interessantes:
http://www.ormnews.com.br/noticia/para-teve-o-quarto-maior-saldo-da-balanca-
comercial-do-pais
10. EXERCÍCIOS.
1. (Unicamp 2009)
As figuras a seguir representam duas concepções geopolíticas de ocupação da Amazônia
brasileira no período militar. Responda às perguntas:
Comentários
a) Na década de 1970 o Estado passa a ter forte presença na ocupação da Região Norte a partir do
Programa de Integração Nacional, PIN, com projetos econômicos e migrações dirigidas. O projeto
Calha Norte do Exército, implantado a partir de 1985, visa a fiscalização e integração da fronteira
norte-noroeste do Brasil, coibindo contrabando e garimpos clandestinos.
b) Projeto de suporte a exploração de uma das maiores jazidas minerais do mundo. Fazem parte
do projeto infraestrutura de transporte como a Ferrovia Carajás, a construção da hidroelétrica de
Tucuruí, usina de peletização, projetos agropecuários, com grande participação do capital externo.
2. (Enem 2010)
No dia 28 de fevereiro de 1985, era inaugurada a Estrada de Ferro Carajás, pertencente e
diretamente operada pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), na região Norte do país,
ligando o interior ao principal porto da região, em São Luís. Por seus, aproximadamente, 900
quilômetros de linha, passam, hoje, 5353 vagões e 100 locomotivas.
Dísponivel em: http://www.transportes.gov.br. Acesso em 27 jul. 2010 (adaptado).
pescadores. São 1,8 mil moradores que sofrem com graves problemas nos rins, dores no
corpo, diarreia, e vômitos decorrentes da contaminação do solo e da água por arsênio.
MILANEZ, B. “Impactos da mineração”. Le monde diplomatique. São Paulo, ano 3, n. 36.
Adaptado.
4. (Enem 2006)
Em certas regiões litorâneas, o sal é obtido da água do mar pelo processo de cristalização por
evaporação. Para o desenvolvimento dessa atividade, é mais adequado um local:
A) plano, com alta pluviosidade e pouco vento.
B) plano, com baixa pluviosidade e muito vento.
C) plano, com baixa pluviosidade e pouco vento.
D) montanhoso, com alta pluviosidade e muito vento.
E) montanhoso, com baixa pluviosidade e pouco vento.
Comentários
Áreas litorâneas com litoral baixo, ventos constantes, alta insolação e evaporação e baixa
pluviosidade são condições ideais para a extração de sal marinho.
Gabarito: B
5. (Vunesp 2011)
O mapa representa a “Amazônia Azul”, uma área de aproximadamente 4,5 milhões de km 2,
traçada ao longo do litoral brasileiro.
6. (Vunesp 2013)
Leia o texto e analise os mapas.
As terras-raras formam um grupo de 17 elementos químicos, com propriedades muito
semelhantes entre si, em termos de maleabilidade e resistência, que permitem aplicações
diversas. Indispensáveis à indústria de alta tecnologia, elas estão no centro de uma disputa
global. As maiores reservas em potencial estão situadas no Brasil. A extração e
principalmente o refino das terras-raras são, porém, altamente poluentes; por esta razão,
cientistas estudam novos meios de exploração e novas aplicações que poluam menos.
De acordo com a leitura do texto e a observação dos mapas, é correto afirmar que as duas
maiores concentrações de reservas de terras-raras estão localizadas nas regiões de
integração e desenvolvimento do:
A) Oeste e Araguaia-Tocantins.
B) Sudoeste e Sul.
C) Arco Norte e Madeira-Amazonas.
D) São Francisco e Transnordestino.
E) Sudeste e Transnordestino.
Comentários
A maioria das terras-raras, recursos minerais estratégicos para a indústria de alta tecnologia e com
reservas limitadas na crosta terrestre, localizam-se nas regiões de integração e desenvolvimento
do Sudeste e Transnordestino. São exemplos as reservas de lítio em MG e no CE.
Gabarito: E
8. (Ueg 2015)
A atividade de mineração no Brasil acabou por contribuir para a instalação de um sistema de
infraestrutura na área de transporte e geração de energia. Nesse sentido, para a instalação
de um grande projeto de extração de minério de ferro pela Vale do Rio Doce no estado do
Pará no início da década de 1980, foi necessária a construção da:
A) Ferrovia do Aço e Porto de Santos.
B) Rodovia Belém-Brasília e Hidrelétrica de Belo Monte.
C) Estrada de Ferro Carajás e Usina Hidrelétrica de Tucurui.
D) Rodovia Transamazônica e Usina Hidrelétrica de Balbina.
Comentários
O Programa Grande Carajás foi instalado no sul do Pará na década de 1980 com o objetivo de
viabilizar as exportações de recursos minerais explorados para Vale do Rio Doce como ferro e
manganês para exportação. Para viabilizar o projeto foi necessário investir na logística de
transportes e na geração de energia para o empreendimento. São exemplos: Estrada de Ferro
Carajás (PA/MA), o porto de Itaqui (MA) e a hidrelétrica de Tucuruí no rio Tocantins (PA).
Gabarito: C
04) INCORRETO. José está próximo à Caruaru e, portanto, na região nordeste no estado de
Pernambuco.
08) INCORRETO. Paulo está em Santos e José em trânsito de Campina Grande para Caruaru;
portanto, encontram-se, respectivamente, no Sudeste (São Paulo) e no Nordeste (Paraíba para
Pernambuco).
16) CORRETO. João está em Cáceres e André na Chapada dos Veadeiros; portanto, encontram-se,
respectivamente, no Mato Grosso e em Goiás.
Gabarito: 02 + 16 = 18.
Fonte: adaptado de Ministério dos Transportes, 2011; Hervé Théry e Neli Aparecida de Mello.
Atlas do Brasil. Disparidades e Dinâmicas do Território. 2a ed. P, 201. São Paulo: Edusp, 2009.
Comentários
O Maciço do Urucum, localizado no Pantanal Mato-grossense, é um complexo rochoso
metamórfico arqueo-proterozoico rico em minério de ferro e manganês.
A alternativa [A] é falsa. O Quadrilátero Ferrífero fica em Minas Gerais.
Na alternativa [B] a Serra dos Carajás fica no sudeste do Pará.
Em [C] o Vale do rio Trombetas fica entre os estados do Pará e do Amazonas.
Em [E] o Vale do Aço fica em Minas Gerais.
Gabarito: D
Os fragmentos do poema de João Cabral de Meio Neto retratam a questão da terra no Brasil.
Logo:
I. A estrutura econômica e social, assentada na desigual repartição da terra e da renda é
geradora de privilégios para alguns, da miséria de muitos e da violência desenfreada no
campo.
II. Os conflitos no campo brasileiro não têm relação com a concentração fundiária.
III. A questão fundiária é um problema estrutural. Para os sem-terra só existem duas saídas:
RESISTIR e envolver-se em constantes conflitos pela posse da terra ou MIGRAR para os
grandes centros urbanos à procura de novas oportunidades de sobrevivência.
IV. No campo o trabalhador sem terra vai de encontro à CERCA, que simboliza a crescente
concentração fundiária. Na cidade encontra o MURO, símbolo da especulação imobiliária.
Estão corretas:
A) Apenas as proposições II e IV.
B) Apenas as proposições I e II.
C) Apenas as proposições I, III e IV.
Com base nas informações acima e nos seus conhecimentos sobre a estrutura fundiária
brasileira, assinale a alternativa correta.
A) Constitui uma questão primordial para a sociedade brasileira que, no entanto, não avança
no que diz respeito à aplicação efetiva de uma ampla reforma agrária.
B) Tal como vem ocorrendo nas últimas décadas, tem promovido a inclusão social dos
trabalhadores rurais e sua absorção pelo mercado de trabalho.
C) Tem contribuído para aumentar a capacidade produtiva das pequenas propriedades rurais,
garantindo, assim, as condições de subsistência para a agricultura familiar.
D) Contribui para acentuar a degradação ambiental, provocada pelas monoculturas de
exportação, realizadas, em geral, nas pequenas e médias propriedades.
E) A legislação agrária proibiu a compra de terras por empresas estrangeiras, de modo que as
áreas agrícolas ociosas passaram a ser ocupadas pelos trabalhadores rurais, democratizando
o acesso à terra.
Comentários
Como mencionado corretamente na alternativa [A], a questão fundiária envolve aspectos sociais e
produtivos, entretanto, ao longo da história tem permanecido inalterada em sua tendência de
concentração.
Estão incorretas as alternativas:
[B], [C] e [D], porque em razão da concentração fundiária, ou seja, do predomínio das grandes
propriedades comerciais, posterga-se a exclusão social do trabalhador rural, reduz-se investimento
e capacidade da agricultura familiar, e potencializa-se a degradação ambiental;
[E], porque a terra é uma mercadoria e tal qual, tem valor de mercado, o que impossibilita o acesso
democrático a ela.
Gabarito: A
Vários fatores contribuíram para a modernização agrícola brasileira, que também provocou
uma série de consequências, como:
A) a substituição dos trabalhadores rurais pelo uso intensivo de equipamentos e técnicas
revolucionárias na produção, que tornaram o produtor independente dos fatores ambientais
e dependente da indústria agrícola.
B) a ampliação dos impactos ambientais, sobretudo causados pelo uso de produtos tóxicos
sem os cuidados necessários, embora a utilização de agrotóxicos tenha possibilitado o
aumento da produção de alimentos, destinados, principalmente, ao abastecimento interno.
C) a necessidade de contratação da mão de obra cada vez mais qualificada, que reduziu
drasticamente o lucro dos produtores rurais, pois os salários pagos a estes novos
trabalhadores eram bem superiores aos salários pagos aos trabalhadores não qualificados
que foram dispensados.
D) a grande concentração de terras nas mãos de poucos produtores, o que tem gerado
imensos conflitos no campo, buscando a Reforma Agrária como uma forma de democratizar o
acesso à terra.
Comentários
No Brasil, o avanço de alguns setores do agronegócio nas últimas décadas favoreceu a
concentração fundiária, a exemplo da produção de soja e de cana-de-açúcar. O país tornou-se
grande exportador de alimentos, porém não resolveu problemas históricos com a insuficiência de
reforma agrária e os frequentes conflitos pela posse da terra que resultam em violência.
Gabarito: D
O tamanho médio das propriedades familiares é maior nas seguintes regiões brasileiras:
A) Sul e Nordeste.
B) Nordeste e Norte.
C) Centro-Oeste e Sul.
D) Norte e Centro-Oeste.
E) Sul e Norte.
Comentários
Como observado no gráfico, 10% dos estabelecimentos correspondem a 21% da área ocupada na
região norte e, 5% dos estabelecimentos correspondem a 12% da área ocupada na região centro-
oeste e, portanto, como mencionado corretamente na alternativa [D], são as duas regiões cujo
tamanho médio das propriedades familiares é maior.
Gabarito: D
Nos fragmentos dos textos, os posicionamentos em relação à reforma agrária se opõem. Isso
acontece porque os autores associam a reforma agrária, respectivamente, à:
A) redução do inchaço urbano e à crítica ao minifúndio camponês.
B) ampliação da renda nacional e à prioridade ao mercado externo.
C) contenção da mecanização agrícola e ao combate ao êxodo rural.
D) privatização de empresas estatais e ao estímulo ao crescimento econômico.
E) correção de distorções históricas e ao prejuízo ao agronegócio.
Comentários
[A] INCORRETO – O texto I não faz menção ao êxodo rural embora o II estabeleça uma crítica ao
minifúndio.
[B] INCORRETO – A ampliação da renda poderia ser consequência e não causa da posição adotada
pelo texto I, e o texto II não menciona o mercado externo.
[C] INCORRETO – A modernização agrícola não é abordada como causa da concentração fundiária
no texto I, ao passo que o texto II não faz menção ao êxodo rural.
[D] INCORRETO – A privatização das estatais não é indicada como causa no texto I, e o texto II
afirma que o crescimento econômico só ocorreria caso não houvesse a reforma agrária.
[E] CORRETO – O enfoque do texto I remete à questão da redistribuição da terra cuja concentração
tem origens históricas, ao passo que o texto II faz uma crítica velada ao processo da redistribuição
da terra, sugerindo como alternativa a absorção da mão de obra direcionando-a para o setor
produtivo.
Gabarito: E
Sobre a atuação das organizações e dos movimentos sociais nessa região é correto afirmar:
A) Desde a década de 1970, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) representa os interesses de
trabalhadores rurais, posseiros e peões, visto que, naquele período, as lideranças populares
no campo e na cidade eram alvo da repressão política. A regularização fundiária é a sua
principal reivindicação e foi somente conquistada a partir do programa Amazônia Terra Legal
do Governo Federal.
B) O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) é um dos movimentos sociais críticos à
matriz energética implantada na Amazônia, que constrói complexos hidrelétricos para
atender as demandas dos grandes projetos de exploração e beneficiamento mineral, tais
como Albrás/Alunorte. Sua principal reivindicação é a utilização de recursos renováveis como
a biomassa da floresta.
C) O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desde 1990 atua no Sudeste do
Para, quando dirige as primeiras ocupações. Dentre suas reivindicações está a reforma
agrária de mercado, pela qual o Movimento pressiona o Estado para que haja desapropriação
e indenização das terras improdutivas e para que sejam vendidas a preços de mercado para
os trabalhadores rurais.
D) A Aliança dos Povos da Floresta é um movimento social que congrega povos indígenas,
seringueiros, ribeirinhos, camponeses, em suma, todos os que têm nos recursos da floresta
seu principal sustento. Esse movimento nasce como resposta à implantação de grandes
projetos de exploração mineral e madereira, e de beneficiamento energético, agropecuário e
rodoviário, que ameaçam a reprodução da floresta, de seus recursos e povos.
E) As organizações e os movimentos sociais que atuam na Amazônia agrupam-se em torno de
duas grandes matrizes: a desenvolvimentista e a ambientalista. A primeira propõe o nacional
desenvolvimentismo, impulsionado por grandes obras de infraestrutura que está
representado no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A segunda defende o
desenvolvimento economicamente viável, ambientalmente sustentável e socialmente justo.
Comentários
A Amazônia possui uma riqueza natural de grande importância e é cobiçada pelo capital
internacional. O tipo de exploração de vocação racional é um enorme potencial para ações
sustentáveis. Nesse sentido, os chamados povos da floresta, a partir de ações próprias e de
convênios com empresas e instituições que acreditam no desenvolvimento com baixo impacto
sobre o meio ambiente credenciam-se como as formas mais equilibradas de exploração alinhadas
à sustentabilidade, porém contrariando interesses de grupos transnacionais.
A alternativa [A] é falsa, a regularização fundiária na região ainda é indefinida.
A alternativa [B] é falsa, não há reivindicação por uso de biomassa da floresta devido aos impactos
sobre a vegetação e a economia da silvicultura.
A alternativa [C] é falsa, a pressão é por terras doadas por desapropriação para fins sociais.
A alternativa [E] é falsa, o PAC, que não é um programa apenas desenvolvimentista, não se destina
apenas à região e suas propostas para a Amazônia contemplam níveis de sustentabilidade.
Gabarito: D
Comentários
A modernização da agricultura AMPLIOU a concentração fundiária, que tem origens coloniais no
Brasil, gerando dificuldades na empregabilidade e insegurança trabalhista (contratos, jornadas de
trabalho reguladas, política salarial, entre outros aspectos).
A alternativa [A] é falsa, os movimentos sociais no campo não garantem ao homem do campo o
direito à terra.
A alternativa [B] é falsa, a política agrária brasileira dá maio ênfase à produção destinada à
exportação ou ao consumo industrial.
A alternativa [D] é falsa, a zona rural ainda detém números sociais abaixo das médias nacionais em
vários aspectos socioeconômicos.
Gabarito: C
Com base na leitura desses versos e na literatura sobre o assunto, é correto afirmar:
A) A violência decorrente dos conflitos por terra é uma característica marcante apenas da
Amazônia.
B) A ocupação do espaço agrário pelo agronegócio produz impactos sociais e ambientais
negativos.
C) A derrubada da mata, seguida do seu reflorestamento, resolveria os conflitos por terra na
Amazônia.
D) As ações públicas de ocupação do espaço rural foram planejadas de acordo com a
população local.
E) As sociedades indígenas foram privilegiadas com a chegada das multinacionais ao campo.
Comentários
O Brasil desde a sua ocupação pelos portugueses sofreu um processo de ocupação de terra onde
poucos foram beneficiados. Começou com as Capitanias Hereditárias, Lei de terras (terras
adquiridas através de leilões), Estatuto das Terras (reforma agrária, entretanto, não atendeu a
grande massa de trabalhadores sem terra). Esses grandes latifúndios priorizaram os produtos para
serem exportados (plantations – cana, algodão, café etc.).
Com o processo de globalização, os espaços agrários de países mais pobres passaram por
mudanças, onde grandes grupos transnacionais formaram complexos agroindustriais priorizando
ainda mais o mercado externo (por exemplo, a soja). A formação desses novos espaços provocou
desemprego, e a monocultura ocasionou impactos ambientais negativos.
Gabarito: B
O texto sustenta que a Primeira República brasileira foi caracterizada por permanências e
mudanças históricas. De maneira geral, o período republicano, iniciado em 1889 e que se
estendeu até 1930, foi caracterizado:
A) pela predominância dos interesses dos industriais, com a exportação de bens duráveis e de
capital.
B) por conflitos no campo, com o avanço do movimento de reforma agrária liderado pelos
antigos monarquistas.
C) pelo poder político da oligarquia rural e pela economia de exportação de produtos
primários.
D) pela instituição de uma democracia socialista graças à pressão exercida pelos operários
anarquistas.
E) pelo planejamento econômico feito pelo Estado, que protegia os preços dos produtos
manufaturados.
Comentários
Apesar de o enunciado da questão mencionar “mudanças e permanências históricas”, na Velha
República, a alternativa correta menciona apenas permanências (poder político oligárquico rural e
economia de exportação de produtos primários). De fato, foram elementos herdados de períodos
anteriores que permaneceram até o final do referido período, e se consideramos algumas regiões
do país, até os dias atuais. Porém como mudanças, poder-se-ia destacar o fim da escravidão,
aceleração da urbanização (ambos ainda ocorridos no final do período imperial) e o início do
processo de industrialização.
Gabarito: C
Nesse início de século XXI, um exemplo dos desencontros entre natureza e economia é o(a)
A) replantio de espécies da Mata Atlântica em substituição às lavouras de café.
B) derrubada de trechos de floresta para a conclusão de viadutos na Rodovia
Transamazônica.
de novos agenciamentos como turismo, acesso à energia elétrica, ciclos econômicos mais
dinâmicos ajudam a mudar a paisagem e modificam a fama das zonas rurais outrora consideradas
lugares pacatos e bucólicos.
A alternativa [A] é falsa, o agronegócio não se constitui em instrumento de justiça social na forma
de distribuição de terras.
A alternativa [C] é falsa, diminui o isolamento com maior integração das áreas agrícolas facilitada
por meios de comunicação e transportes baratos acessíveis e confiáveis.
A alternativa [D] é falsa, a fronteira agrícola se expande e dinamiza.
A alternativa [E] é falsa, o emprego formal se expande, inclusive com necessidades crescentes de
qualificação.
Gabarito: B
Assinale a alternativa que contém o estado da Região Norte onde esse fato está ocorrendo,
os rios mencionados e três causas do desmatamento naquela área.
A) Roraima; Mamoré e Negro; fronteira agrícola, especulação imobiliária e criação de gado
leiteiro.
B) Acre; Tapajós e Xingu; invasões de terra, formação de pastagens e de campos de soja.
C) Rondônia; Madeira e Mamoré; especulação imobiliária, corte de madeiras nobres,
formação de pastagens.
D) Amazonas; Solimões e Madeira; especulação imobiliária, corte de madeiras de lei, criação
de gado estabulado.
E) Pará; Solimões e Negro; assentamentos rurais, corte de madeiras nobres, criação extensiva
de bovinos.
Comentários
O desmatamento no estado de Rondônia é maior nas proximidades dos rios Madeira e Mamoré. As
causas são a expansão do agronegócio, valorização das terras, exploração de madeira e a
construção das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio no rio Madeira. Quando totalmente
concluídas as novas hidrelétricas poderão atrair empreendimentos econômicos, inclusive de
mineração, que causariam mais desflorestamento.
Gabarito: C
A atual expansão da agricultura e do agronegócio no Brasil deve-se, entre outros fatores ao(à)
A) forte vinculação da agricultura à indústria, ampliando a participação de produtos com
maior valor agregado no valor das exportações brasileiras, como os dos complexos de soja e
do setor sucroalcooleiro.
B) expansão da fronteira agrícola no Centro-Oeste e na Amazônia e ao emprego intensivo de
mão de obra no campo, nessas áreas, determinando o aumento da produtividade agrícola.
C) difusão de modernas tecnologias e técnicas de plantio na maioria dos estabelecimentos
rurais do País, contribuindo para a expansão das exportações brasileiras.
D) modelo agrícola brasileiro, pautado na policultura de exportação e na concentração da
propriedade rural.
E) Revolução Verde, que, disseminada em larga escala nas pequenas e médias propriedades
do País, incentivou a agricultura voltada para os mercados interno e externo.
Comentários
O sucesso do agronegócio brasileiro deve-se ao aumento de produtividade graças à mecanização,
uso intensivo de insumos e fertilizantes, além da aplicação da biotecnologia. O setor articula a
agropecuária à indústria, a exemplo da produção de açúcar refinado, etanol, suco de laranja, óleo
de soja, café solúvel e produtos alimentícios a base de frango e carne bovina. Assim, a pauta de
exportações apresenta produtos básicos, mas também produtos semimanufaturados e
manufaturados com melhor valor agregado. Os principais produtos de exportação são produzidos
em médias e grandes propriedades rurais.
Gabarito: A
Está(ão) correta(s):
A) apenas I.
B) apenas II.
C) apenas I e III.
D) apenas II e III.
E) I, II e III.
Comentários
O item [II] está incorreto, uma vez que as hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, implantadas no rio
Madeira, estado de Rondônia, são de grande porte e provocaram diversos impactos ambientais e
sociais. Assim, não podem ser consideradas como exemplos de desenvolvimento sustentável. As
novas hidrelétricas construídas na Amazônia a partir da década de 2000 integram o PAC (Programa
de Aceleração do Crescimento) do governo federal e objetivam dar conta do aumento da demanda
por energia elétrica na região Norte e também no Centro-Sul do país.
Gabarito: C
B) V - F - V - F
C) F - F - F - V
D) V - V - F - F
E) F - F - V - F
Comentários
Um dos aspectos mais importantes relacionados ao aumento da produção agropecuária no Brasil
nos últimos anos está relacionado a expansão do agronegócio, que muito embora não tenha dado
muitas soluções para as graves crises sociais das populações excluídas do interior, oferece
souluções técnicas e disponibilidade de capital para o custeio das safras, que tem possibilitado o
aumento da produtividade (rendimento da produção em relação à área utilizada) e melhorias
técnicas e infraestruturais.
Quanto as demais frases, a primeira tem na expansão da fronteira agrícola no Centro-Oeste o
melhor increment da produção.
Na segunda frase, a soja e o algodão, foram os produtos com maior aumento de produtividade. A
terceira frase é falsa, pois a produção de biodiesel está associada à plantas oleaginosas como soja
e dendê.
Gabarito: C
1. (Unicamp 2009)
As figuras a seguir representam duas concepções geopolíticas de ocupação da Amazônia
brasileira no período militar. Responda às perguntas:
2. (Enem 2010)
No dia 28 de fevereiro de 1985, era inaugurada a Estrada de Ferro Carajás, pertencente e
diretamente operada pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), na região Norte do país,
ligando o interior ao principal porto da região, em São Luís. Por seus, aproximadamente, 900
quilômetros de linha, passam, hoje, 5353 vagões e 100 locomotivas.
Dísponivel em: http://www.transportes.gov.br. Acesso em 27 jul. 2010 (adaptado).
4. (Enem 2006)
Em certas regiões litorâneas, o sal é obtido da água do mar pelo processo de cristalização por
evaporação. Para o desenvolvimento dessa atividade, é mais adequado um local:
A) plano, com alta pluviosidade e pouco vento.
B) plano, com baixa pluviosidade e muito vento.
C) plano, com baixa pluviosidade e pouco vento.
D) montanhoso, com alta pluviosidade e muito vento.
E) montanhoso, com baixa pluviosidade e pouco vento.
5. (Vunesp 2011)
O mapa representa a “Amazônia Azul”, uma área de aproximadamente 4,5 milhões de km 2,
traçada ao longo do litoral brasileiro.
6. (Vunesp 2013)
Leia o texto e analise os mapas.
De acordo com a leitura do texto e a observação dos mapas, é correto afirmar que as duas
maiores concentrações de reservas de terras-raras estão localizadas nas regiões de
integração e desenvolvimento do:
A) Oeste e Araguaia-Tocantins.
B) Sudoeste e Sul.
C) Arco Norte e Madeira-Amazonas.
D) São Francisco e Transnordestino.
E) Sudeste e Transnordestino.
8. (Ueg 2015)
A atividade de mineração no Brasil acabou por contribuir para a instalação de um sistema de
infraestrutura na área de transporte e geração de energia. Nesse sentido, para a instalação
de um grande projeto de extração de minério de ferro pela Vale do Rio Doce no estado do
Pará no início da década de 1980, foi necessária a construção da:
A) Ferrovia do Aço e Porto de Santos.
B) Rodovia Belém-Brasília e Hidrelétrica de Belo Monte.
C) Estrada de Ferro Carajás e Usina Hidrelétrica de Tucurui.
D) Rodovia Transamazônica e Usina Hidrelétrica de Balbina.
16) João e André estão na Região Centro-Oeste do Brasil, o primeiro em Mato Grosso e o
segundo em Goiás.
Fonte: adaptado de Ministério dos Transportes, 2011; Hervé Théry e Neli Aparecida de Mello.
Atlas do Brasil. Disparidades e Dinâmicas do Território. 2a ed. P, 201. São Paulo: Edusp, 2009.
Os fragmentos do poema de João Cabral de Meio Neto retratam a questão da terra no Brasil.
Logo:
I. A estrutura econômica e social, assentada na desigual repartição da terra e da renda é
geradora de privilégios para alguns, da miséria de muitos e da violência desenfreada no
campo.
II. Os conflitos no campo brasileiro não têm relação com a concentração fundiária.
III. A questão fundiária é um problema estrutural. Para os sem-terra só existem duas saídas:
RESISTIR e envolver-se em constantes conflitos pela posse da terra ou MIGRAR para os
grandes centros urbanos à procura de novas oportunidades de sobrevivência.
IV. No campo o trabalhador sem terra vai de encontro à CERCA, que simboliza a crescente
concentração fundiária. Na cidade encontra o MURO, símbolo da especulação imobiliária.
Estão corretas:
A) Apenas as proposições II e IV.
B) Apenas as proposições I e II.
C) Apenas as proposições I, III e IV.
D) Apenas as proposições II, III e IV.
E) Todas as proposições.
Com base nas informações acima e nos seus conhecimentos sobre a estrutura fundiária
brasileira, assinale a alternativa correta.
A) Constitui uma questão primordial para a sociedade brasileira que, no entanto, não avança
no que diz respeito à aplicação efetiva de uma ampla reforma agrária.
B) Tal como vem ocorrendo nas últimas décadas, tem promovido a inclusão social dos
trabalhadores rurais e sua absorção pelo mercado de trabalho.
C) Tem contribuído para aumentar a capacidade produtiva das pequenas propriedades rurais,
garantindo, assim, as condições de subsistência para a agricultura familiar.
D) Contribui para acentuar a degradação ambiental, provocada pelas monoculturas de
exportação, realizadas, em geral, nas pequenas e médias propriedades.
E) A legislação agrária proibiu a compra de terras por empresas estrangeiras, de modo que as
áreas agrícolas ociosas passaram a ser ocupadas pelos trabalhadores rurais, democratizando
o acesso à terra.
Vários fatores contribuíram para a modernização agrícola brasileira, que também provocou
uma série de consequências, como:
A) a substituição dos trabalhadores rurais pelo uso intensivo de equipamentos e técnicas
revolucionárias na produção, que tornaram o produtor independente dos fatores ambientais
e dependente da indústria agrícola.
B) a ampliação dos impactos ambientais, sobretudo causados pelo uso de produtos tóxicos
sem os cuidados necessários, embora a utilização de agrotóxicos tenha possibilitado o
aumento da produção de alimentos, destinados, principalmente, ao abastecimento interno.
C) a necessidade de contratação da mão de obra cada vez mais qualificada, que reduziu
drasticamente o lucro dos produtores rurais, pois os salários pagos a estes novos
trabalhadores eram bem superiores aos salários pagos aos trabalhadores não qualificados
que foram dispensados.
D) a grande concentração de terras nas mãos de poucos produtores, o que tem gerado
imensos conflitos no campo, buscando a Reforma Agrária como uma forma de democratizar o
acesso à terra.
O tamanho médio das propriedades familiares é maior nas seguintes regiões brasileiras:
A) Sul e Nordeste.
B) Nordeste e Norte.
C) Centro-Oeste e Sul.
D) Norte e Centro-Oeste.
E) Sul e Norte.
Nos fragmentos dos textos, os posicionamentos em relação à reforma agrária se opõem. Isso
acontece porque os autores associam a reforma agrária, respectivamente, à:
A) redução do inchaço urbano e à crítica ao minifúndio camponês.
B) ampliação da renda nacional e à prioridade ao mercado externo.
C) contenção da mecanização agrícola e ao combate ao êxodo rural.
D) privatização de empresas estatais e ao estímulo ao crescimento econômico.
E) correção de distorções históricas e ao prejuízo ao agronegócio.
Sobre a atuação das organizações e dos movimentos sociais nessa região é correto afirmar:
A) Desde a década de 1970, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) representa os interesses de
trabalhadores rurais, posseiros e peões, visto que, naquele período, as lideranças populares
no campo e na cidade eram alvo da repressão política. A regularização fundiária é a sua
principal reivindicação e foi somente conquistada a partir do programa Amazônia Terra Legal
do Governo Federal.
B) O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) é um dos movimentos sociais críticos à
matriz energética implantada na Amazônia, que constrói complexos hidrelétricos para
atender as demandas dos grandes projetos de exploração e beneficiamento mineral, tais
como Albrás/Alunorte. Sua principal reivindicação é a utilização de recursos renováveis como
a biomassa da floresta.
C) O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desde 1990 atua no Sudeste do
Para, quando dirige as primeiras ocupações. Dentre suas reivindicações está a reforma
agrária de mercado, pela qual o Movimento pressiona o Estado para que haja desapropriação
e indenização das terras improdutivas e para que sejam vendidas a preços de mercado para
os trabalhadores rurais.
D) A Aliança dos Povos da Floresta é um movimento social que congrega povos indígenas,
seringueiros, ribeirinhos, camponeses, em suma, todos os que têm nos recursos da floresta
seu principal sustento. Esse movimento nasce como resposta à implantação de grandes
projetos de exploração mineral e madereira, e de beneficiamento energético, agropecuário e
rodoviário, que ameaçam a reprodução da floresta, de seus recursos e povos.
E) As organizações e os movimentos sociais que atuam na Amazônia agrupam-se em torno de
duas grandes matrizes: a desenvolvimentista e a ambientalista. A primeira propõe o nacional
desenvolvimentismo, impulsionado por grandes obras de infraestrutura que está
representado no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A segunda defende o
desenvolvimento economicamente viável, ambientalmente sustentável e socialmente justo.
Com base na leitura desses versos e na literatura sobre o assunto, é correto afirmar:
A) A violência decorrente dos conflitos por terra é uma característica marcante apenas da
Amazônia.
B) A ocupação do espaço agrário pelo agronegócio produz impactos sociais e ambientais
negativos.
C) A derrubada da mata, seguida do seu reflorestamento, resolveria os conflitos por terra na
Amazônia.
D) As ações públicas de ocupação do espaço rural foram planejadas de acordo com a
população local.
E) As sociedades indígenas foram privilegiadas com a chegada das multinacionais ao campo.
O texto sustenta que a Primeira República brasileira foi caracterizada por permanências e
mudanças históricas. De maneira geral, o período republicano, iniciado em 1889 e que se
estendeu até 1930, foi caracterizado:
A) pela predominância dos interesses dos industriais, com a exportação de bens duráveis e de
capital.
B) por conflitos no campo, com o avanço do movimento de reforma agrária liderado pelos
antigos monarquistas.
C) pelo poder político da oligarquia rural e pela economia de exportação de produtos
primários.
D) pela instituição de uma democracia socialista graças à pressão exercida pelos operários
anarquistas.
E) pelo planejamento econômico feito pelo Estado, que protegia os preços dos produtos
manufaturados.
Nesse início de século XXI, um exemplo dos desencontros entre natureza e economia é o(a)
A) replantio de espécies da Mata Atlântica em substituição às lavouras de café.
B) derrubada de trechos de floresta para a conclusão de viadutos na Rodovia
Transamazônica.
C) expansão da fronteira agrícola na Amazônia, a fim de expandir as áreas de plantio de soja.
D) redução da Mata de Araucárias devido à urbanização descontrolada nas diferentes regiões
do país.
E) diminuição do Pantanal, tendo em vista a expansão dos latifúndios, que cumprem sua
função social.
Assinale a alternativa que contém o estado da Região Norte onde esse fato está ocorrendo,
os rios mencionados e três causas do desmatamento naquela área.
A) Roraima; Mamoré e Negro; fronteira agrícola, especulação imobiliária e criação de gado
leiteiro.
B) Acre; Tapajós e Xingu; invasões de terra, formação de pastagens e de campos de soja.
C) Rondônia; Madeira e Mamoré; especulação imobiliária, corte de madeiras nobres,
formação de pastagens.
D) Amazonas; Solimões e Madeira; especulação imobiliária, corte de madeiras de lei, criação
de gado estabulado.
E) Pará; Solimões e Negro; assentamentos rurais, corte de madeiras nobres, criação extensiva
de bovinos.
A atual expansão da agricultura e do agronegócio no Brasil deve-se, entre outros fatores ao(à)
A) forte vinculação da agricultura à indústria, ampliando a participação de produtos com
maior valor agregado no valor das exportações brasileiras, como os dos complexos de soja e
do setor sucroalcooleiro.
B) expansão da fronteira agrícola no Centro-Oeste e na Amazônia e ao emprego intensivo de
mão de obra no campo, nessas áreas, determinando o aumento da produtividade agrícola.
Está(ão) correta(s):
A) apenas I.
B) apenas II.
C) apenas I e III.
D) apenas II e III.
E) I, II e III.
I) A maior reserva de Ferro está na província de Carajás no Pará, com quase 80% das jazidas. É
essencial ao setor elétrico devido à condutividade e maleabilidade.
II) O Cobre é o principal mineral exportado pelo Brasil. É extraído principalmente da hematita,
magnetita, limonita e siderita.
III) Alumínio é extraído da bauxita por processo de eletrólise. As maiores reservas nacionais
estão no Pará.
IV) O estanho é extraído da cassiterita e sua utilização tem se ampliado principalmente na
formação de ligas.
V) O Manganês é o segundo minério em importância no Brasil. Sua maior utilização está na
fabricação do aço, misturado ao ferro, no setor metalúrgico de ferro-liga.
A) I, IV e V.
B) I, II e III.
C) II, III e IV.
D) III, IV e V.
E) II, III e V.
B) I. ouro, aponta o início da produção desse mineral no Brasil, em 1930; II. minério de ferro e
início da produção na Serra de Carajás, PA, em 1930.
C) I. minério de ferro, aponta a produção na Serra de Carajás, PA, na década de 1980; II . ouro
e a produção de Serra Pelada, PA, na década de 1980.
D) I. ouro, aponta o início da produção em Serra Pelada, PA, em 1930; II. minério de ferro e
início da produção na Serra de Carajás, PA, na década de 1930.
E) I. minério de ferro, aponta o início da produção no país na Serra Pelada, PA, na década de
1980; II. ouro e início da produção aurícola no país, na década de 1980.
Fonte: VESENTINI, J. William; VLACH, Vânia. Geografia crítica: o espaço social e o espaço
brasileiro. 14. ed. São Paulo: Ática, 1998. (adaptado)
01) A área delimitada pelas hachuras corresponde à região Norte, rica em minerais e com
significativa população indígena. Ela é dominada pela maior bacia hidrográfica do mundo e
por uma cobertura vegetal densa, higrófila e heterogênea.
02) As fronteiras com a Venezuela e a Colômbia, respectivamente números 3 e 4, são
permanentemente vigiadas pelas Forças Armadas devido ao contrabando de armas químicas
que provocam o desmatamento indiscriminado de extensas áreas florestais.
04) A cidade de Manaus, assinalada no mapa pelo número 1, tornou-se um polo de
desenvolvimento industrial, incentivado pela criação da Zona Franca. Esta, sendo uma área
beneficiada com a isenção de alguns impostos, estimulou a instalação de empresas,
sobretudo do setor eletro-eletrônico.
08) No período da ditadura militar, foi implementado um plano estratégico de ocupação da
região Norte, em que se destacaram a construção da rodovia Transamazônica, o Sistema de
Vigilância da Amazônia (SIVAM), o Projeto Calha Norte e o estímulo ao ecoturismo.
16) Na porção oriental da região Norte existem importantes reservas minerais de uso
industrial, com destaque para as jazidas de minério de ferro da serra dos Carajás. Esse
minério de ferro é escoado por ferrovia até o porto de Itaqui, no Maranhão, indicado no
mapa pelo número 2.
Assinale a alternativa que aponta CORRETAMENTE o nome dessa nova região produtora, bem
como o nome e a localização do porto destinado à exportação do minério de ferro lá
extraído.
A) Serra dos Carajás e porto Trombetas, em Macapá (Amapá).
B) Serra do Navio e porto de Tubarão, em Macapá (Amapá).
C) Serra dos Carajás e porto de Itaqui, em São Luís (Maranhão).
D) Maciço do Urucum e porto de Santos, em Santos (São Paulo).
E) Serra do Navio e porto Trombetas, em Macapá (Amapá).
57. (Ufu)
O gráfico a seguir apresenta o número de ocupações de terra no Brasil no período 1988-2004.
Com base nas informações contidas neste gráfico, assinale a alternativa INCORRETA.
A) O aumento dos conflitos no campo é decorrente, por um lado, da ação histórica arbitrária
e opressiva do Estado e, de outro, da ofensiva dos trabalhadores rurais sem-terra na
ocupação dos latifúndios.
B) A aceleração das ocupações de terras ocorreu a partir do Governo FHC, demonstrando que
a questão da Reforma Agrária continua sendo um problema para o atual governo Lula,
caracterizado pela expansão do agronegócio.
C) Os números refletem um maior nível de mobilização de movimentos de luta pelo acesso à
terra que surgiram nas últimas décadas no Brasil, compostos, inclusive, por camponeses,
indígenas, afrodescendentes e mulheres.
D) Os números, relativamente baixos, de ocupações de terras até 1995 caracterizam-se pela
ausência de pressões sociais pela Reforma Agrária, em razão da baixa concentração privada
de terras nas mãos dos latifundiários.
58. (Ufsc)
No Brasil, a concentração de terras resultou numa história de conflitos, inclusive com mortes.
Entretanto, esses conflitos se situam, em sua maior parte, em algumas regiões do país.
Fonte: VESENTINI, José William." Brasil Sociedade & Espaço - Geografia do Brasil". 31 ed.
São Paulo: Ática, 2002, p. 130. (adaptado)
A partir do mapa que dispõe sobre os mortos em conflitos no campo no Brasil, assinale a(s)
proposição(ões) CORRETA(S).
01) Os conflitos no campo se apresentam em diferentes proporções por todo o país.
02) Os conflitos no campo estão associados, dentre outros problemas, aos descaminhos na
implantação da reforma agrária.
04) O Estado do Pará apresenta a maior concentração de conflitos com mortes no campo.
08) Um dos movimentos sociais que reivindicam mudanças na estrutura fundiária do país e
uma melhor distribuição das terras é o Movimento dos Sem Terra (MST).
16) Não são todos os estados brasileiros que apresentam conflitos no campo com mortes
registradas.
59. (Uerj)
Fonte: Conflitos no Campo Brasil 1997. Comissão Pastoral da Terra. (SANTOS, M. e SILVEIRA,
M. L. "O Brasil: território e sociedade no início do século XXI". Rio de Janeiro: Record, 2001.)
60. (Uece)
No Brasil, contemporaneamente, a questão agrária invadiu o debate popular quotidiano, da
mesma forma que os brasileiros aprenderam a interpretar conceitos anteriormente
considerados desconhecidos, tais como reforma agrária, estrutura fundiária, assentamentos
rurais, dentre outros.
Com base na organização do espaço agrário brasileiro, marque a opção verdadeira.
A) Qualquer discussão sobre a questão da terra no Brasil, passa necessariamente, pela óbvia
constatação de que há, historicamente, uma desigualdade bastante expressiva na
distribuição fundiária do território nacional.
B) O debate a respeito de projetos políticos, sociais e econômicos no Brasil, geralmente
reservados à elite pensante, priorizou a questão agrária a tal ponto que, hoje, todas as
propostas sobre o desenvolvimento econômico e social do país contemplam a distribuição
equitativa das terras entre os trabalhadores rurais.
C) A questão da terra e a imperiosa necessidade de um modelo de reforma agrária no Brasil,
fizeram nascer inúmeros movimentos de contestação da tradicional estrutura fundiária
brasileira, a exemplo do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), da União
Democrática Ruralista (UDR) e da Comissão Pastoral da Terra (CPT).
D) A constituição de um mercado interno no Brasil na década de 1950, marcado por
atividades econômicas urbano-industriais, incorreu necessáriamente numa mudança de
status das classes sociais rurais, todas inseridas na perspectiva do agronegócio.
61. (Ufsm)
Observe o gráfico e a charge:
Estão corretas:
A) apenas I e II.
B) apenas I e III.
C) apenas II e IV.
D) apenas III e IV.
E) I, II, III e IV.
63. (Unirio)
64. (Uerj)
Povoando dramaticamente esta paisagem e esta realidade social e econômica, vagando entre
o sonho e o desespero existem 4.800.000 famílias de rurais sem terras. A terra está ali, diante
dos olhos e dos braços, uma imensa metade de um país imenso, mas aquela gente (quantas
pessoas ao todo? 15 milhões? mais ainda?) não pode lá entrar para trabalhar, para viver com
a dignidade simples que só o trabalho pode conferir, porque os voracíssimos descendentes
daqueles homens que haviam dito: "Esta terra é minha" (...) rodearam a terra de leis que os
protegem (...).
(SARAMAGO, José. In: MORISSAWA, Mitsue. "A História da luta pela terra e o MST". São
Paulo: Expressão Popular, 2001.)
OS SERTÕES
Foi no século passado
No interior da Bahia
Um homem revoltado com a sorte
Do mundo em que vivia
Ocultou-se no sertão
Espalhando a rebeldia
(...)
Defendendo Canudos
Naquela guerra fatal.
Edeor de Paulo, samba-enredo da escola de samba "Em Cima da Hora", 1976
Os dois textos acima têm como principais elementos geradores das problemáticas apontadas
os processos de:
A) assentamento agrícola e êxodo rural
B) proletarização rural e reforma agrária
C) modernização agrícola e revolta social
D) concentração fundiária e conflitos no campo
C) aos efeitos do Mercosul, que intensificou o fluxo de produtos agrícolas brasileiros, como a
laranja e a cana-de-açúcar, para países da América Latina.
D) aos projetos governamentais de integração que visam à consolidação do Merconorte,
tendo a Venezuela e o Chile como corredores de exportação.
E) às estratégias geopolíticas e controle das fronteiras Norte e Oeste do país através da
expansão e integração das vias de circulação.
B) A política de reforma agrária dos últimos 20 anos tem se pautado por regularizar as terras
ocupadas pelos movimentos sociais do campo (Mapa III), o que explica a localização
dominante dos assentamentos tal como mostra o Mapa IV.
C) Os assentamentos (Mapa IV) se concentram na zona de fronteira agropecuária (Mapa I),
que é justamente onde dominam terras mais baratas e menos funcionais para a grande
produção comercial como a soja (Mapa II), pois a infraestrutura geográfica é precária
(estradas, portos etc.).
D) A fronteira agropecuária (Mapa I) resulta da política do Estado em implementar ali a
reforma agrária nas últimas duas décadas, o que tem levado a região a sofrer sérios
problemas relacionados à degradação ambiental, mas, por outro lado, eliminando a violência
no campo (Mapa III).
E) A ocupação de terras (Mapa III) ocorre especialmente nas regiões onde predomina a
produção de soja (Mapa II), porque na produção da soja dominam os maiores latifúndios do
país atualmente, e os movimentos dos sem-terra focalizam, nas suas ações, especialmente,
os grandes latifúndios.
A) Parte da expansão recente da fronteira agrícola na Amazônia Legal é marcada por um novo
perfil produtivo caracterizado, entre outros fatores, pelos elevados índices de produtividade
em áreas de baixa densidade demográfica.
B) Na Amazônia Legal, a exigência de numerosa mão de obra por parte da pecuária extensiva,
provocou uma intensa fragmentação política, elevando o número de municípios da região.
C) A predominância da agricultura de subsistência na Amazônia Legal, fortalecida pelos atuais
movimentos migratórios, criou um novo padrão produtivo e tecnológico, alterando a
dinâmica tradicional de ocupação dessa imensa região.
D) Entre as mudanças ocorridas no uso da terra na Amazônia Legal, destaca-se a implantação
de projetos agroindustriais baseados na fruticultura irrigada, que vem substituindo a pecuária
como principal fator de avanço e expansão da ocupação da região.
E) Por estar circunscrita às áreas de transição entre floresta e cerrado, a expansão do padrão
produtivo agrícola moderno oferece poucos riscos aos ecossistemas da Amazônia Legal.
Até logo...